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O 1º semestre ainda não terminou, mas podemos adiantar que já concretizámos 196 horas de formação e capacitámos 296 pessoas nas mais variadas áreas!

Contudo, ainda, este mês, temos algumas ações calendarizadas como o workshop sobre a certificação de origem e produtividade e planeamento inteligente.

Arrancámos em maio com a 2ª edição da Pós-Graduação em Gestão Aplicada para Gestores de PME em parceria com a NOVA SBE e, até outubro, 31 gestores estarão focados no seu processo de crescimento pessoal e profissional.

Continuamos a apostar na formação como foco de valorização das pessoas e, consequentemente, das empresas.

Esta aposta e este crescimento também tem sido feito à medida das empresas, com um trabalho totalmente customizado e ajustado. Em parceria com os nossos Associados temos acompanhado o processo formativo de equipas de trabalho de várias empresas. Este ano são já mais de 100 horas de formação e cerca de 50 pessoas que confiaram nas nossas soluções.

Novos projetos e novidades vão surgir, mas para já partilhamos o plano de formação do 3º trimestre que traz uma novidade: pela primeira vez vamos estar juntos no mês de agosto!

Os meses de julho e setembro estão focados em temas da área internacional e, em agosto, vamos dinamizar um workshop prático sobre o que podemos fazer e como fazer para nos (re)adaptarmos a uma nova mudança: o regresso progressivo do presencial (ou misto) às empresas, para grande parte das pessoas.

No nosso site, no calendário de eventos estão disponíveis informações mais detalhadas sobre as ações dos próximos meses. Para qualquer esclarecimento adicional ou pedido de informação contacte-nos através do email formacao@ccip.pt

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Artigo de Bruno Bobone, Presidente da CCIP, na sua rúbrica semanal no Diário de Notícias.

Desde já há alguns anos que assistimos a uma tomada dos lugares públicos por pessoas com pouca preparação, tanto profissional como cultural, acabando por prestar um mau serviço ao nosso país. Na sua generalidade são pessoas que fizeram carreira partidária ou de assessoria governativa a outros que partilhavam a sua origem.

A culpa não é deles! É, sim, de quem lá os coloca, mas é também e principalmente de todos nós que não estamos disponíveis para assumir o lugar público.

E temos normalmente boas razões para não o fazer. Seja pelo excesso de exposição e de devassa das nossas vidas, seja pelo pouco que paga esse serviço a bem da nação e dos nossos concidadãos, seja porque não queremos correr o risco de perder ou de assumir as responsabilidades - a verdade é que não estamos lá.

E não estando disponíveis, terão de ser aqueles outros, que muitas vezes nada terão a perder, a tomar conta do nosso país e das nossas cidades.

Mas, desta vez, apareceu alguém que não tem medo de perder, que não tem medo de se expor, que está preocupado com o seu país e com os seus concidadãos. Que não hesitou em abdicar de um excelente lugar, garantido e bem remunerado, para se dedicar ao bem comum.

Uma pessoa que já deu provas da sua competência, da sua capacidade de trabalho e da sua independência.

Uma pessoa com princípios e valores e que os vive de uma forma verdadeira, ao ponto de deixar o seu lugar de elite e a sua vida bem-sucedida porque acredita que há um bem maior ao servir a comunidade.

Mas aquilo que mais me atrai na sua candidatura, sem desvalorizar em nada o que antes referi, é a sua preocupação com as pessoas.

A centralidade da pessoa humana no projeto público de Carlos Moedas é uma enorme revolução na política portuguesa, em que tudo faz sentido e tudo se constrói em torno do que é melhor para a forma de viver daqueles que do seu trabalho vão depender.

Hoje, todos aqueles que desempenham funções de liderança pública preocupam-se essencialmente com a dimensão espetacular dos seus projetos, com a sua dimensão e visibilidade, e com o protagonismo gerado.

Passado o momento da visibilidade, poucos se preocupam em lhes dar a continuidade indispensável à obtenção dos resultados em prol de todos aqueles a quem estavam destinados.

Realizar a Web Summit está muito bem. Mas quem sabe hoje qual foi o verdadeiro resultado desse evento na vida dos habitantes de Lisboa?

Promover o turismo é fundamental, mas quem se preocupou em tornar Lisboa numa cidade em que as pessoas querem viver beneficiando da riqueza criada por esse mesmo turismo?

Entre 2010 e 2019 Lisboa perdeu cerca de 42 mil habitantes. Como se faz uma cidade sem cidadãos?

Carlos Moedas não deixará de promover grandes eventos nem retirará turistas à cidade de Lisboa.

Mas Carlos Moedas vai seguramente ouvir os seus concidadãos para conseguir melhor resolver o convívio entre interesses - que são por vezes antagónicos e outras vezes complementares -, para dar aos lisboetas uma nova forma de viver, com mais tempo para cada um aproveitar a sua vida, os seus amigos, o seu trabalho, a sua cultura e o seu lazer.

E a grande revolução de Carlos Moedas vai ser trazer à política portuguesa um conceito fundamental: servir os portugueses e ajudá-los a caminhar para serem felizes!

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Mais de 400 empresas que participaram nas Missões Empresariais da CCIP

Desde 2016, a CCIP já organizou mais de 90 Missões – em formato presencial ou virtual – e trabalhou com mais de 400 empresas portuguesas de renome que apostam na internacionalização como forma de expansão do seu negócio.

A CCIP tem a satisfação de poder contar com vários clientes que confiam nos seus serviços de apoio à internacionalização, nomeadamente as Missões Empresariais, onde para cada empresa participante é construída uma agenda individual de reuniões focada no contacto com potenciais clientes / distribuidores / importadores / parceiros de negócio, feita a partir dos objetivos individuais e do tipo de contactos pretendido pela empresa.

É com um enorme orgulho que a CCIP acompanha os seus clientes na esfera internacional, ajudando a impulsionar a “marca Portugal” pelo mundo fora.

Veja alguns testemunhos de empresas que beneficiaram da ajuda da CCIP para aumentar os seus negócios pelo mundo fora: 

  • Missão Empresarial Geórgia Março 2021

Tenho a referir que foi bem organizada, com um painel de reuniões interessante e diverso. O apoio no terreno antes e durante a missão, prestado pela CCIP, foi muito importante. Não teremos dúvidas em participar nestas iniciativas sempre e quando o mercado alvo nos interessar.

David Santiago Sousa
Key Account Manager | Carmo Wood

  • Missão virtual Marrocos Fevereiro 2021

Em termos globais gostei imenso da missão. As empresas que me apresentaram foram, na sua grande maioria, muito interessantes e com potencial para se concretizar negócios. Felizmente tudo correu bem e já conseguimos concretizar um negócio e com perspetivas de fechar outros.

Francisco Capela
General Manager | WEX - Comércio Internacional

  • Missão Empresarial EAU Novembro 2020 e Missão Egito Fevereiro 2021

Graças ao apoio da Câmara de Comércio e Indústria, tivemos a oportunidade de conhecer e aprender em diferentes mercados como os Emirados Árabes Unidos e o Egito, ajudando-nos a conhecer clientes potenciais através de missões comerciais presenciais, ações essenciais para alcançar a introdução da nossa marca nestes mercados. Atualmente, já estamos presentes nos Emirados Árabes Unidos e em processo de registo para iniciar a penetração no Egito nos próximos meses.

Carlos Jimenez
International Commercial Executive | Carob World

  • Missão Empresarial EAU Novembro 2020

A presente missão ajudou-nos a reforçar a nossa rede de contactos na região, que prevemos concretizar grandes implementações da nossa tecnologia nos próximos 6 meses, o que é bastante rápido no nosso setor de tecnologia industrial.

André Godinho Luz
Managing Partner | Infinite Foundry

  • Marcação de reuniões online Alemanha

O trabalho realizado pela CCIP no agendamento de reuniões para o mercado alemão decorreu com enorme profissionalismo, dedicação, persistência e foco no atingimento dos objetivos.

Mário Rodrigues
Sales Manager | Soul & Flavors Distribuição Produtos Regionais Lda

  • Marcação de Reuniões online Países do Báltico

A metodologia usada para estabelecimento de contactos, o planeamento e organização da marcação de Reuniões Online, bem como o apoio durante e após as mesmas, minimizaram o impacto e eventuais desvantagens de não ser possível realizar uma visita presencial aos mercados. Uma aposta de sucesso da CCIP que deverá ser mantida, mesmo no futuro pós pandémico.

Cláudia Oliveira
International Area Manager | Laboratório Medinfar SA

  • Missão Empresarial Chile 2019

“O balanço que faço é muito positivo. Todos os contactos proporcionados tinham potencial para efectuar negócio, o que é o que se espera de este tipo de missões. Seguramente que iremos estar presentes em futuros eventos do mesmo género.”

Pedro Gaspar
Partner | Portuguese Olive Oil Partners

  • Missão Empresarial México 2019

“Queria dar os parabéns pela forma cuidada e profissional como foi organizada esta missão ao México.
Considero que o profissionalismo demonstrado virá a que participemos novamente em ações semelhantes.”

Fernando Oliveira
Sales Director | Global Fire

  • Missão Empresarial Marrocos Dezembro 2017

A participação da Trim NW, Lda na missão empresarial a Marrocos em Dezembro de 2017 foi a primeira atividade da nova estratégia de expansão.
Desde aí temos repetido a experiência por entendermos que é uma mais valia para certos mercados, quer do ponto de vista do acompanhamento durante a missão, bem como na organização e preparação dos contactos.
Iremos certamente contar com a Câmara de Comércio para nos continuar a apoiar neste e noutro tipo de ações.

Ricardo Fernandes
Diretor Comercial | Trim NW

 

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Acelere a sua exportação com o site de verificação dos certificados de origem (CO)

A fraude na certificação de origem não é uma novidade no mundo do comércio internacional. No entanto, desde o surto de COVID-19, existiu um aumento significativo do número de casos de fraude, nomeadamente quando se trata de remessas para o combate à pandemia.

Os funcionários das alfândegas, a nível mundial, procuram constantemente o Selo ICC WCF CO das Câmaras de Comércios Acreditadas pela ICC nos CO que recebem, antes de permitir que as mercadorias entrem no seu país, de forma a garantir a autenticidade dos mesmos.

Com o site de verificação de CO, este processo é realizado em apenas alguns minutos, garantindo o rápido desalfandegamento das mercadorias. Deste modo, não constitui uma surpresa que o site de verificação, no ano de 2020, tenha atingido um número recorde de acessos por parte das alfândegas (+ 193% em relação a 2019).

 

A Câmara de Comércio e Indústria Portuguesa é a única entidade portuguesa emissora de co eletrónicos devidamente acreditada pela icc e a única com acesso ao site de verificação

 

Em janeiro de 2013, todas as organizações e administrações alfandegárias mundiais foram notificadas sobre a implementação do site de verificação para os CO desenvolvido pela ICC WCF. Criado para apoiar os membros da Cadeia de Acreditação de CO da ICC WCF International, o site permite que as autoridades alfandegárias verifiquem a autenticidade dos CO emitidos pelas Câmaras Acreditadas, através da utilização de uma plataforma segura.

As autoridades aduaneiras podem validar o CO inserindo na plataforma o número do certificado e selecionando a Câmara de Comércio Acreditada emissora. As informações do CO são imediatamente disponibilizadas, nomeadamente a data de emissão, o nome do expedidor e as informações de contacto da Câmara emissora. Se o CO não tiver sido emitido por uma Câmara Acreditada, surge de imediato uma notificação de segurança, garantindo assim a fiabilidade do sistema de verificação.

 

4 vantagens do site de verificação de CO
  • Acreditação

Criado para os membros da Cadeia de Acreditação de CO, o site de verificação reforça os padrões internacionalmente aceites na Certificação de Origem.

  • Segurança

Para garantir a autenticidade das informações apresentadas, apenas as Câmaras emissoras estão autorizadas a transferir dados para a plataforma global.

  • Padronização

Os dados transferidos são carregados diariamente no site de verificação de CO. As informações incluem o número do CO, a data de emissão e o nome do expedidor do CO.

  • Eficiência

O site de verificação permite que as autoridades alfandegárias, embaixadas e quaisquer outras entidades envolvidas no processo de verificação, confirmem a autenticidade da informação presente nos CO ainda antes da chegada das mercadorias.

Para saber mais fale connosco através do telefone 21 322 40 50 ou do email certif@ccip.pt.

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Artigo de Bruno Bobone, Presidente da CCIP, na sua rúbrica semanal no Diário de Notícias.

Foi publicada nesta semana uma sondagem que prevê para o PSD uma percentagem de votos inferior à que teve nas últimas eleições.

Neste momento estamos a viver o sexto ano do mandato de António Costa à frente do governo do nosso país, e, apesar de serem reconhecidos pela comunicação social, pelos partidos políticos e pela população em geral vários casos de gestão governativa negativos, a verdade é que a probabilidade de se verificar uma alternância a este governo é praticamente nula.

Todos sabemos, e eu, que fui seu companheiro de liceu ainda mais, que António Costa é um grande político, muito inteligente e rápido na sua gestão e que isso, a par de uma primeira sensação de melhoria de qualidade de vida após os quatro anos de contenção a que estivemos sujeitos, são condições que lhe dão uma certa vantagem na apreciação popular.

Contudo, nem sequer isso justifica que não haja, à direita, uma solução alternativa que entusiasme os portugueses que se revêm no valor da pessoa humana, na iniciativa privada, na defesa do Bem Comum, na defesa do compromisso com a sociedade, no rigor das decisões governativas e no desenvolvimento da economia com o objetivo de criar riqueza que beneficie a população portuguesa.

A eleição de António Costa e a maioria parlamentar que se gerou provocaram uma mudança na liderança dos partidos da oposição tradicionais e no lançamento de novos partidos dentro desse espectro.

Ainda assim, e apesar da falta de oposição ou de alternativa ao projeto socialista, nem as novas direções dos antigos partidos, nem os novos projetos conseguiram criar uma verdadeira onda de apoio que mobilizasse uma população de direita e do centro, que normalmente estaria hoje a trabalhar numa alternativa à situação atual e a organizar-se para dar continuidade à alternância que caracteriza as democracias de sucesso.

Na realidade, a falta de projeto estimulante e motivador resultou naquilo que as sondagens nos transmitem hoje: ninguém se move!

É preciso acordar Portugal!

É preciso encontrar lideranças mais estruturadas, com carisma e com um projeto que seja inovador na nossa forma de viver, que justifique que cada um se envolva na luta por um Portugal melhor e maior, que nos faça sair do marasmo em que nos encontramos, sem líder nem projeto que nos faça acreditar e que nos deixe sonhar.

Portugal está a viver um novo período de eleições em que a estrutura partidária não está a realizar a sua função de promover a mudança, de nos fazer chegar mais longe.

É tempo de voltar a defender Portugal. Temos que sair à rua para dizer o que queremos, exigir daqueles que se apresentam para nos governar aquilo que Portugal precisa para que os portugueses vivam melhor.

Precisamos de deixar este modelo em que apenas se preocupam em parecer, e passar a procurar que o nosso país seja um país de valor, de responsabilidade, comprometido com o desenvolvimento do Mundo, cuidando do Mundo, mas também criando condições de vida digna, de respeito pelos nossos concidadãos.

Temos que deixar de ser comandados por quem apenas quer o poder e passar a participar nas decisões que comandam o caminho de Portugal.

Por este nosso país maravilhoso vale a pena lutar. Vale a pena sair do nosso conforto e trabalhar para o Bem Comum e para cada um dos que cá vive!

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A Câmara de Comércio levou a cabo uma Missão Empresarial presencial à Sérvia, que decorreu de 16 a 21 de maio. Os empresários portugueses encontram-se com o Secretário de Estado para a Internacionalização em Belgrado.

Pedro Magalhães, Diretor de Comércio Internacional da CCIP, acompanhou várias empresas portuguesas numa Missão Empresarial presencial a Belgrado, capital da Sérvia.

As missões empresariais da Câmara de Comércio são focadas em proporcionar novos negócios. Nestas iniciativas, garantimos que cada empresa participante tem uma agenda de reuniões individual, com contactos de qualidade, adequada ao seu setor e objetivos.

No âmbito desta missão foram preparadas, em parceria com o consultor local, agendas individuais e personalizadas para empresas ligadas aos setores das TIC, Telecomunicações e Indústria Automóvel. Assim, os empresários tiveram oportunidade de reunir com potenciais clientes finais, distribuidores e parceiros locais.

Tendo coincidido neste período a deslocação institucional do Secretário de Estado da Internacionalização, Eurico Brilhante Dias, foi proporcionado um encontro de networking, na Embaixada Portuguesa em Belgrado, entre a comitiva portuguesa e empresas sérvias com interesse no mercado português.

Outros encontros e iniciativas contaram com a participação de Eurico Brilhante Dias que, nomeadamente, visitou a unidade industrial da Cabopol, uma empresa que se dedica à produção de termoplásticos e que representa um importante investimento português na Sérvia.

A deslocação presencial das empresas portuguesas aos mercados tem demonstrado excelentes resultados na concretização de negócios a nível internacional, contribuindo para o aumento das exportações portuguesas.

Este ano, a Câmara de Comércio e Indústria Portuguesa já organizou missões empresarias em formato presencial a mercados como o Egito (fevereiro), Panamá e Costa Rica (março), Geórgia (abril) e Sérvia (maio), estando previstas mais deslocações nos próximos meses. Veja o Plano Internacional da CCIP e fale connosco para mais informações.

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Na segunda-feira, dia de 17 de maio, a Câmara de Comércio abriu as suas portas para a entrega dos diplomas dos alunos da 1ª edição da Pós-Graduação em Gestão Aplicada para Gestores de PME e acolheu os alunos da 2ª edição.

Nesta cerimónia, os alunos da edição piloto receberam os seus diplomas e certificados pelas mãos dos patrocinadores: Bernardo Maciel, CEO da Yunit Consulting, e Josep Raventós, Country Manager da Sage Portugal, acompanhados por Bruno Bobone, Presidente da CCIP.

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A Câmara de Comércio e Indústria Portuguesa felicita os alunos por esta conquista! Para a CCIP é um orgulho contribuir para uma nova geração de gestores mais preparados para enfrentar os desafios da gestão empresarial.

A 2ª edição da Pós-Graduação CCIP/Nova-SBE conta com 30 participantes que iniciaram o seu percurso na aquisição de novos conhecimentos e partilha de experiências. Especialmente para eles, os patrocinadores da nova edição (SofFinança, Yunit Consulting e Sage Portugal) assim como o embaixador do programa, Rui Fonseca, CEO da Altronix, transmitiram uma mensagem de motivação e reforçaram a importância da aposta numa formação de executivos relevante.

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Aos novos alunos a CCIP dá as boas-vindas e deseja muito sucesso neste percurso de 4 meses que inicia agora.

 

Para mais informações sobre a Pós-Graduação de Gestão Aplicada para Gestores de PME, contacte formacao@ccip.pt

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Artigo de Bruno Bobone, Presidente da CCIP, na sua rúbrica semanal no Diário de Notícias.

O vírus quando já não mata passa a ser uma doença normal! Em Portugal morreram, durante a pandemia, cerca de 17 mil pessoas, sendo que 650 tinham menos de 60 anos. Destas 650, a sua quase totalidade tinha comorbilidades.

Hoje, tanto em Portugal como na Europa, na América do Norte e na América do Sul, estes grupos de risco estão praticamente todos vacinados e, por isso, estamos a assistir a uma diminuição sustentada do número de mortes associadas a esta doença, que tenderá para desaparecer à medida que a vacinação vá prosseguindo.

A estatística de casualidades desta pandemia vem reforçar a ideia de que a forma de tratar assumida pelos líderes das várias nações foi francamente incompetente ao não terem tido a coragem de isolar e proteger grupos de risco, que encheram os hospitais e criaram as situações de catástrofe nos serviços de saúde.

Pelo contrário, reagindo por medo e falta de clareza, deixaram estas populações desprotegidas e criaram fortes e graves medidas de limitação à liberdade da sociedade em geral, através de proibições de circulação e de desenvolvimento de atividades que, por um lado destruíram psicologicamente os cidadãos e, por outro, prejudicaram enormemente a economia criando uma nova onda de pobreza de que nos vamos dar conta a partir dos tempos mais próximos.

A desculpa de falta de conhecimento da situação, que poderia ter sido aceite no início da crise, deixou de fazer qualquer sentido a partir do verão do ano de 2020, altura em que se tornou claro quais eram os grupos afetados dramaticamente pelo vírus.

A esta falta de coragem e de competência para enfrentar a crise da pandemia, à falta de confiança na população que tem demonstrado sempre uma enorme competência na tomada de cuidados sobre os seus comportamentos e através da impunidade com que se limitou a liberdade aos cidadãos, veio juntar-se uma postura de poder ditatorial que passou a permitir todas e quaisquer decisões sem que pudessem ser contrariadas por quem se sentisse prejudicado ou mesmo sujeito a um abuso de poder.

A limitação dos horários de funcionamento de algumas atividades, que promoveram a concentração de pessoas nos supermercados, a limitação dos horários dos restaurantes, que ainda hoje se mantêm sem qualquer razão entendível, as decisões de operacionalidade dos recintos públicos que levaram o aeroporto de Lisboa a manter portas fechadas para obrigar todas as pessoas a utilizar apenas uma porta para entrar e outra para sair - e muitas outras, são a demonstração de que apenas havia vontade de criar proibições e de abusar do poder sem qualquer efeito positivo para a gestão da crise pandémica.

A requisição das instalações do empreendimento Zmar, em Odemira, apenas veio reforçar a postura de desrespeito democrático pelos cidadãos por parte das autoridades, dando-nos a ideia de que, afinal, tudo aquilo que nos parecia ser sagrado, e que era a liberdade individual de cada português, apenas funciona para quem pode, para quem está junto de quem pode ou para quem tem a força para exigir, como foi o caso de algumas entidades políticas.

Se aceitámos posturas irrazoáveis durante o período em que a pandemia estava mais ativa, isso justifica-se por este povo ser correto e humanista, sempre preparado para corresponder ao apelo da solidariedade.

Mas hoje basta! Não são aceitáveis negacionismos: nem de quem não quis ver a ameaça nem de quem nos nega, agora, um futuro.

Não queremos mais ditadura. Queremos voltar a viver, a ser donos da nossa vontade e a ser respeitados por aqueles que nos deviam servir e que muitas vezes se servem de nós.

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É inquestionável o papel que os jogos olímpicos assumem no panorama internacional. Falamos do maior evento desportivo a nível global, de uma competição que estimula e agrega povos dos seis continentes.

Já referia Pierre de Coubertin, considerado o fundador dos jogos olímpicos da era moderna, “o importante não é vencer, mas competir. E com dignidade”.

Se pensarmos no evento propriamente dito, tratando-se da maior competição deste género a nível mundial, a logística associada à sua organização requer um esforço de milhares de pessoas e um planeamento extremamente rigoroso.

Um dos eixos de trabalho é garantir que todos os equipamentos necessários à competição dos atletas viajem para o país anfitrião, sem qualquer contratempo. Tendo 6 continentes a participar, falamos duma logística com um nível de complexidade que abrange todo o planeta. Neste sentido e para evitar atrasos e adversidades, torna-se essencial contar com mecanismos que facilitem todo este processo.

Se por um lado terá que ser assegurado que não existem atrasos nem contratempos, por outro, é crucial garantir que não teremos qualquer custo quando os bens necessários à competição entram no país que os recebe.

Desde há várias olimpíadas que a Câmara de Comércio contribui de uma forma eficaz para a chegada dos bens dos nossos atletas ao país anfitrião. Este contributo é assegurado através da emissão de um passaporte temporário de mercadorias (Carnet ATA), a utilizar nas alfândegas respetivas e que vai garantir que estão reunidas as condições aduaneiras para evitar qualquer problema ou cobrança de valores nestes casos.

Já sobejamente conhecido por diversas federações nacionais e atletas, é possível afirmar que nomes ligados à vela, jet-ski, remo, equitação, futebol, pesca submarina, entre outros, já utilizam este documento.

Estando em ano de olimpíadas, a CCIP deseja a todos os atletas participantes uma excelente competição e se possível, algumas medalhas para Portugal!

 

Autora: Sónia Morgadinho, Consultora ATA @ Câmara de Comércio e Indústria Portuguesa

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Depois de receber o prémio de diplomata económico do ano em 2020 atribuído pela CCIP, o embaixador de Portugal no Senegal, Vítor Sereno, lançou a unio, uma aplicação informática que se destina a ajudar os empresários portugueses a encontrar oportunidades de negócio no estrangeiro e que foi apresentada ao público esta segunda-feira, dia 10 de maio, no quadro da Presidência Portuguesa da União Europeia.

Ao inscreverem-se, as empresas portuguesas e senegalesas inserem os seus dados, serviços e necessidades. Desta forma, passam a ter automaticamente contacto com aquelas que estejam a disponibilizar serviços que respondam a essas necessidades ou oportunidades. "Se houver um match entre as duas abre-se uma sala de chat onde os seus responsáveis podem conversar, trocar contactos e experiências e a partir daí potenciar parcerias e negócios", referiu Vítor Sereno.

João Pedro Guimarães, Secretário-Geral da CCIP, explicou que “criámos o prémio Francisco de Melo e Torres que distingue, anualmente o chefe de missão diplomática que se tenha destacado pelo seu empenho pessoal no apoio à internacionalização das empresas portuguesas e na captação do investimento estrangeiro, contribuindo para o crescimento da economia portuguesa. Neste contexto, a criação e desenvolvimento da aplicação unio, projeto do embaixador de Portugal no Senegal, Vítor Sereno, insere-se perfeitamente no espírito do prémio e vem, uma vez mais reforçar o excelente trabalho que tem realizado à frente da nossa missão diplomática em Dakar.”

O Prémio atribuído pela CCIP, no valor de 25 mil euros, permitiu desenvolver esta aplicação que teve um investimento de 15 mil euros. “O remanescente será utilizado um grande seminário sobre petróleo e gás que está a ser preparado também", indicou o diplomata.

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Artigo de Bruno Bobone, Presidente da CCIP, na sua rúbrica semanal no Diário de Notícias.

A CPLP é, sem qualquer dúvida, o espaço natural de desenvolvimento do mercado português. Contudo, quando foi criada, baseava-se em três pilares que lhe davam a forma, o objetivo e o caminho. A concertação político-diplomática, a cooperação e a promoção e a difusão da língua portuguesa eram as metas que se estabeleceram nessa altura e que serviram bem para criar este conceito.

Em 1996, com uma visão clara de que os países de língua portuguesa beneficiariam muito de ter uma voz comum a defender os seus interesses, era muito importante dar o pontapé de saída para este enorme projeto.

Passados estes anos de consolidação desta ideia, tornou-se óbvio que a CPLP não poderia cumprir a sua missão sem envolver dois novos aspetos essenciais à vida dos países e dos seus cidadãos, que são fundamentais ao desenvolvimento das sociedades que os compõem.

Uma comunidade nunca é uma verdadeira comunidade se os seus membros não tiverem iguais direitos de acesso à totalidade do seu espaço comunitário.
É fundamental conseguir instituir uma livre circulação de pessoas entre os países que compõem a CPLP, de forma a falarmos, de facto, de uma comunidade que se sente unida e que só nessas condições poderá defender interesses comuns.

Por outro lado, uma ideia de união que nos comprometa a todos a cooperar no sentido do desenvolvimento precisa de ter interesses comuns mais fortes do que os interesses individuais de cada um dos seus membros e isso só é possível introduzindo o pilar económico na sua estrutura.

A partir do momento em que se inclua a economia, com uma perspetiva muito clara de que todos podem contribuir para o desenvolvimento de cada um, então passaremos a encontrar muito mais pontos de convergência para as decisões conjuntas que precisamos de tomar se queremos vir a ser uma verdadeira comunidade.

A introdução deste pilar económico na estrutura da CPLP tem a vantagem de associar, aos intervenientes que desde o seu início acompanharam e acarinharam a formação desta organização, que maioritariamente seriam representantes do setor governativo dos Estados que a compõem, os representantes da iniciativa privada e das empresas. Estes têm sempre uma maior capacidade de intervenção direta nos mercados e nas suas gentes e verão nesta decisão a oportunidade de fazer crescer os seus mercados naturais para a dimensão total da CPLP que hoje engloba cerca de 260 milhões de pessoas.

Esta motivação dada aos empresários é claramente uma forma de fazer crescer o interesse de todas por um projeto que é querido a todos os países mas que sem estes nunca chegará verdadeiramente a atingir os seus objetivos.

A criação da Confederação Empresarial da CPLP foi um grande passo nesse sentido. E a cimeira que hoje se realiza em Malabo demonstrou com clareza como todos podemos ser úteis e retirar vantagens deste projeto que une os utilizadores da língua portuguesa num projeto comum de desenvolvimento.

O apoio dado pelos Estados representados neste evento, em alguns casos através dos seus mais altos representantes, foi inequívoco e em uníssono se ouviu com clareza as suas palavras de compromisso profundo com este caminho.

Neste mandato presidencial liderado por Cabo Verde foi dada força ao processo da livre circulação dentro do espaço de língua portuguesa, com um apoio inequívoco de Portugal. Na próxima presidência será promovido o pilar económico.

É fundamental que Portugal não perca esta oportunidade.

Para as empresas portuguesas e para o desenvolvimento da nossa economia é indispensável a promoção de dimensão dos mercados em que operamos e a promoção de mercados que nos deem vantagens competitivas para nos permitir continuar a crescer na concorrência com as grandes empresas internacionais.

Não nos podemos distrair com a Europa e esquecer o que mais nos pode ajudar.

Costa Silva, na sua estratégia, disse com muita clareza: sempre que nos virámos para a Europa definhámos e apenas crescemos quando nos virámos para o mar. A CPLP está no caminho e do lado do mar.

É fundamental caminhar por aí e cuidar daqueles que podem verdadeiramente ser a solução do nosso país!

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Artigo de Bruno Bobone, Presidente da CCIP, na sua rúbrica semanal no Diário de Notícias.

Enrique Shaw foi um empresário argentino que viveu a sua experiência empresarial sempre trazendo os ensinamentos de Jesus Cristo no seu dia-a-dia.

Foi militar, foi empresário, foi preso, mas, em todas as fases da sua vida, nunca deixou de ter presente a preocupação de olhar o outro como pessoa, como destino essencial de todas as suas decisões.

A sua frase, "para juzgar a un obrero primero hay que amarlo", é bem representativa da sua visão do mundo e, no seu caso, do mundo empresarial.

No final da semana passada, o Papa Francisco declarou a Venerabilidade de Enrique Shaw.

E o que é que torna tão importante esta declaração, num momento em que a Igreja Católica tem tido uma postura de tornar santos todos aqueles que, cumprindo os critérios essenciais a essa santificação, sejam exemplos de vida que possam ser seguidos por todos os crentes?

A perspetiva de reconhecer um empresário como exemplo de um caminho de santidade é inédita e aproxima muito duas realidades que costumamos considerar como quase antagónicas, apesar de nada na sua essência o justificar.

Toda a religião tem como projeto a salvação da humanidade. E, porque isso está sempre ligado à criação divina, a primeira obrigação de cada pessoa é adorar a Deus.

A forma de adorar a Deus no nosso dia-a-dia é apenas possível através das nossas ações e dos seus efeitos nos outros.

Por outro lado, a vida de empresário está normalmente associada a uma perspetiva de competitividade que leva a pensar que tudo se pode esquecer e que tudo se torna permitido para conseguir atingir o melhor resultado possível.

É por isso que esta declaração se torna tão relevante, porque aproxima a razão de ser empresário da razão de viver.

Porque uma vida como a de Enrique Shaw mostra que também o empresário pode ser exemplo de vida e amar aqueles que o rodeiam. Ou ainda mais, que é através da relação com aqueles que consigo trabalham que o empresário consegue atingir o seu melhor resultado.

O empresário é, na sua génese, um criador. Tem uma ideia, desenha um projeto e cria uma nova oportunidade de desenvolvimento. E cria emprego e novas oportunidades de vida para todos quantos com ele caminham.

Não há maior amor do que criar oportunidades aos outros. É fundamental que quem seja capaz de ter esta vocação tão nobre de empreender compreenda que o seu êxito está em conseguir que todos aqueles que com ele colaboram no empreendimento sejam parte da sua vida.

Mas este processo de santificação tem ainda o mérito de fazer ver aos que são responsáveis pela Igreja que sejam também capazes de melhor compreender a enorme função que tem e deve ter o empresário na construção de um mundo melhor, em que todos tenham lugar e em que todos se sintam incluídos.

Um mundo que podemos construir em conjunto, sem ter objetivos contrários, já que a criação de felicidade é promotora da motivação de fazer melhor e a vontade de incluir todos torna-nos mais próximos e mais resilientes perante as dificuldades.

É, por isso, muito importante que encontremos nesta declaração de Venerabilidade de Enrique Shaw a oportunidade de mudar a nossa forma de nos confrontarmos, dirigentes e empregados, responsáveis religiosos e responsáveis das empresas.

É o momento para mudar e deixar de combater para passarmos a colaborar entre todos.

Enrique Shaw quando estava a morrer precisou de transfusões de sangue e todos se admiraram de ver que todos os seus empregados estavam à porta do hospital para lhe dar o que ele precisava e ele dizia que tinha o orgulho de ter o sangue dos seus colaboradores nas suas veias.

Mais do que dizia Enrique Shaw, para julgar um operário e para julgar um empresário, é preciso primeiro amá-lo.

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Fazer Bolo de Chocolate: ser artista ou seguir a receita?

Nadim Habib partilhou com a audiência: “Eu não sei cozinhar, mas a minha mulher comprou uma bimby e eu já sei fazer bolo de chocolate”. Quando serve esse bolo aos seus amigos dizem-lhe que não foi ele que o fez, mas sim a bimby. Ao que lhes responde “querem um bom bolo de chocolate ou preferem que eu invente e tente ser artista?”. Nadim acredita que se o for, 9 em cada 10 vão correr mal, mas se seguir a receita, corre sempre bem. Estamos a falar de um bolo de chocolate, embora o professor da Nova SBE considere que na gestão de uma empresa, a situação é a mesma.

Existem receitas muito claras para gerir bem as empresas.

 

O contexto pandémico em que vivemos há mais de um ano trouxe muitas mudanças. No entanto, muitos gestores continuam a tratar a pandemia como uma exceção e que, “quando tudo passar”, voltamos ao ponto de partida e que iremos regressar “àquele normal”. Mas na realidade não será assim!

A economia e a nossa forma de trabalhar mudaram de forma permanente e, se continuarmos a encarar esta mudança como uma exceção ou uma situação temporária, enfrentamos um problema. Como alertou Nadim Habib, no passado dia 23 de abril, perante uma audiência online de mais de 150 gestores, “se persistirmos nesta visão, é certo que chegará o dia em que não conseguiremos acompanhar o ritmo e será o fim.” Temos de repensar a nossa forma de trabalhar e voltar a ganhar rentabilidade e crescimento!

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Na sua intervenção, no âmbito do webinar dedicado à jornada de profissionalização de um gestor de PME, Nadim referiu que, já em 2019, estávamos a ter “sinais” de que as coisas não eram sustentáveis e que era preciso mudar. Mudar o quê? Na sua perspetiva, os gestores destacavam duas áreas: a organização e o planeamento.

Sobre a organização afirmou que “organizamos para controlar”, mas que há uma grande diferença entre organização e controle. Por exemplo “a simples marcação de férias pode dar a noção de que estamos a organizar quando as pessoas marcam as suas férias, mas isto não é organização, é controlo. É alguém a controlar que todas as pessoas têm as férias marcadas. E isto é muito diferente daquilo que começamos a encontrar em empresas novas, pequenas e grandes, que estão a dizer aos seus funcionários que não há limite de férias, tirem os dias que quiserem, mas preocupem-se em garantir que todos os elementos da equipa estão coordenados.” Isto é uma forma diferente de organizar e que traz resultados mais interessantes.

Relativamente ao planeamento, os gestores referem que têm de planear melhor, mas na realidade, mesmo quando o conseguimos fazer podemos não conseguir cumprir com o que planeámos, porque o mundo muda e o mundo mudou. E o planeamento também tem necessariamente de mudar.

 

Quando pensamos numa empresa devemos ter presente que é necessário repensar a forma de organizar e de planear, e isto não se faz por instinto, existem receitas. Nadim salientou que é preciso “gerir bem como uma ciência e não como uma arte”, mas gerir com ciência implica conhecimento e seguir a receita!

 

“Há pessoas que pensam que gerir é uma arte, no sentido de que qualquer pessoa o pode fazer, e isto é um problema por dois motivos. Pois a arte é altamente subjetiva e uma empresa não é subjetiva, os lucros são muito objetivos, há crescimento ou não há crescimento, tenho clientes satisfeitos, ou não tenho clientes satisfeitos, tenho pessoas que querem trabalhar comigo ou não tenho, e isto não é arte, é ciência!”.

 

Todos nós conhecemos empresas de sucesso e com bons desempenhos. Isso acontece porque implementam práticas de gestão com rigor e ciência e que trabalham essa gestão com muita disciplina. Não é muito relevante se gerimos uma empresa porque queremos deixar um legado para a família, ou porque queremos ter rendimentos no final do mês ou porque queremos mudar o mundo. O que mais importa é “que devemos perceber que para gerir uma empresa é preciso ciência, rigor e disciplina”.

E essa ciência pode ser encontrada num programa de gestão, que tem que incutir, necessariamente, três coisas nas pessoas:

  • A teoria que é a base da ciência e que serve para começarmos a trabalhar;
  • A discussão e o debate que envolvem a teoria e que serve para nos adaptarmos a cada realidade;
  • Realidade individual, pois cada pessoa deve levar as duas ideias anteriores para o seu dia-a-dia, interiorizá-las e adaptá-las.

Desta forma, quando abordamos a gestão de um ponto de vista científico e a gerimos dessa forma, no prazo de 3 a 6 meses é possível ter melhores resultados.

Começamos a ter uma empresa que funciona bem, sem grande intervenção do seu gestor ou fundador, e que lhe permitirá começar a planear os próximos 6 a 24 meses, sem estar preocupado em “apagar fogos”.

Em síntese, quando gerimos uma organização e queremos construir rentabilidade daqui para a frente, devemos ter:

1. Uma visão clara e estratégica sobre a maneira de funcionar;
2. Disciplina para implementar as coisas, mesmo que sem resultados imediatos, e
3. Refletir em como queremos desenhar a empresa para daqui a 6, 12 ou 24 meses.

Nadim Habib termina a sua exposição com um conselho “abordem a gestão como ciência”, “estudem a gestão como deve ser, implementem os procedimentos e práticas gradualmente e, um dia, ao acordarem, de repente, vão ver que têm mais sucesso”.

 

Nadim Habib

Mestre em Economia pela London School of Economics e um comunicador nato. Consultor internacional nas áreas de estratégia, inovação e criatividade, sendo frequentemente convidado como orador. Com uma vasta experiência internacional de gestão, é professor assistente na Nova-SBE e no Curso Executivo da CCIP, onde leciona o módulo dedicado à Agilidade Organizacional.

 

Saiba mais sobre a 2ª edição do curso executivo da CCIP/Nova-SBE.

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Artigo de Bruno Bobone, Presidente da CCIP, na sua rúbrica semanal no Diário de Notícias.

É tempo de assumirmos a nossa responsabilidade.

Cada ano que passa vamos assistindo a um maior fosso entre as lideranças políticas do país e os cidadãos.

A mais evidente prova dessa separação está à vista no constante aumento da abstenção nas eleições, uma tendência que prevalece sem retorno.

É claro que o mais fácil é pôr as culpas naqueles que ocupam esses lugares de chefia e dizer que são incompetentes. É a solução mais simples, que resolve a minha consciência e absolve a minha culpa, mas não muda nada e nada soluciona.

O comum dos cidadãos vê nos líderes e na atividade política uma espécie de lepra da qual quer distância e que lhe dá repulsa. Tratamo-los por "eles", os que assumem essa função e sempre calculamos que só lá estão porque querem tirar benefícios por isso.

É esse o nosso erro e é essa a razão pela qual estamos cada vez mais desmoralizados com o caminho do país.

Mas, graças a Deus, a culpa também é minha!

Costumo dizer que só quando tenho eu a culpa é que posso mudar aquilo que está errado. Quando não sou responsável, dependo dos outros e nada posso fazer.

A verdade é que o nosso país e o sistema democrático em que vivemos está a ser condenado por não assumirmos a nossa responsabilidade de cuidar dele.

Viver numa democracia, sistema em que todos temos a capacidade de decidir sobre o nosso futuro, em que não nos colocamos nas mãos de um, ou de poucos, para que decidam por nós, significa que temos de assumir a responsabilidade de cuidar do país e da sua condução para garantir que vamos para onde queremos e conseguimos aquilo que pretendemos.

Isso significa também pensar no modelo de sociedade que desejamos, de nos batermos por essas ideias e de trabalhar para a comunidade, de modo a ajudar a construir esse modelo.

Em concreto, significa ter um comportamento cívico participativo, assumir as responsabilidades e poder dizer: eu também tenho a culpa e, por isso, posso mudar!

Para isso é fundamental aumentar a educação cívica da nossa juventude, criar na sua educação uma perspetiva de responsabilidade, não só pela sua vida como pelo desenvolvimento da sociedade em que vivem. Compreender que ser político não significa ter vantagens, mas sim ter responsabilidades, e que todos somos chamados a assumi-las.

Implica respeitar aqueles que nos educam para que possamos aprender mais e melhor.

Mas, acima de tudo, sermos capazes de voltar a ser responsáveis pela vida deste país - e não a entregar-nos nas mãos de uns quantos para que decidam por nós.

A perda da democracia não resulta de haver correntes políticas que propõem regimes totalitários, mas da desistência de um povo de trabalhar e cuidar da sua democracia.

A escolha de soluções de lideranças paternalistas advém da frustração da forma como funciona, ou não funciona, a democracia e isso é da responsabilidade de cada um de nós.

Estamos a chegar a um ponto de saturação já muito avançado, o que se manifesta no extremar das soluções políticas que têm surgido ao longo dos anos. Ainda estamos a tempo de retomar o nosso caminho e de não perder a liberdade de decidir.

Mas para inverter esse caminho temos de compreender que temos a responsabilidade e o poder de o fazer. Temos de ter a vontade e o querer. Temos de assumir o trabalho de cuidar.

Para isso tenho de ter a consciência de que a culpa também é minha e por isso posso mudar!

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Artigo de Bruno Bobone, Presidente da CCIP, na sua rúbrica semanal no Diário de Notícias.

Assistimos na passada sexta-feira a um episódio da maior importância no que respeita à justiça portuguesa.

A leitura da decisão instrutória do processo Operação Marquês foi acompanhada por uma parte importante dos cidadãos nacionais, que no final ficaram muito mal impressionados com o sistema judicial português.

Na sua decisão, o juiz Ivo Rosa conseguiu reconhecer que o acusado tinha praticado atos de corrupção, mas não pode ser julgado por isso. Que o acusado recebeu dinheiro de outras pessoas sem que houvesse razão para tal acontecer, mas encontrou razões para o justificar e para o ilibar do pagamento de imposto que paga o comum dos mortais, apenas por receber o seu salário honesto. Não acusou aqueles que receberam dinheiro e pagaram favores, mas acusou os seus acusadores. Finalmente o juiz Ivo Rosa ilibou pessoas, apesar de reconhecer que foram parte em transferências de valores importantes não justificadas, sem nunca o ter preocupado a origem e a razão dessas transferências.

Em face desta situação, as reações fizeram-se sentir e dividiram-se entre aqueles que consideram que o Juiz Ivo Rosa é incompetente por não conseguir pronunciar quem é corrompido nem quem é corruptor, outros que, ainda que justifiquem a sua competência, consideram que errou em várias das suas decisões e os terceiros que, por alguma relação política ou pessoal com os arguidos, preferem reconhecer que, apesar da postura amigável do juiz Ivo Rosa, ainda assim há uma pronúncia aos acusados que não deixa de ser alguma justiça.

Em todas elas há uma coincidência.
A sensação de que a justiça não foi alcançada!

E não importa se a competência do juiz advém da sua formação de origem nem se o processo penal deve ou não ser encarado desta ou de outra maneira. Aquilo que se pretende de um processo judicial é que faça justiça, e isso falhou.


A existência de apenas dois juízes para se ocuparem desta fase do processo não é compreendida, mas que estes dois juízes tenham entendimentos tão distintos daquilo que é a justiça funciona como uma desacreditação de todo o sistema. Se sair um juiz, a probabilidade é de que seja pronunciado, se sair outro, já não.

Daquilo que entendi, a decisão do juiz de instrução baseia-se na sua análise sobre se há uma previsibilidade substancial de que haja uma condenação, caso em que deve decidir-se pela pronúncia.

Ora, esta dependência da justiça sobre a capacidade de previsão de um juiz não deixa de a tornar, ainda mais, um certo jogo de sorte, já que, presumo eu, as avaliações das capacidades prospetivas não farão parte da prova de exame para juiz.

Na verdade, aquilo que verificamos, se formos analisar os casos que têm sido tornados públicos e que estiveram nas mãos do juiz Ivo Rosa, é que a capacidade de previsão deste juiz é bastante fraca, já que, em muitos deles, depois de decidir não pronunciar muitos daqueles que estavam acusados pelo Ministério Público, estes acabaram por ser julgados e condenados.

Ou seja, tudo leva a concluir que não há dúvida de que o sistema judicial português não está a funcionar e que as suas decisões deixaram todos convencidos de que a justiça não foi feita. É certo que ainda há todo um caminho e que existem muitas possibilidades de mudar aquilo que foi agora decidido. Mas se é para mudar porque não se faz certo desde o princípio?


Na verdade, aquilo que esta decisão de Ivo Rosa nos veio trazer foi a certeza de que o sistema judicial português tem de ser mudado.

Por isso digo que temos hoje, a partir das diferentes reações à decisão deste juiz, a oportunidade de mudar a justiça portuguesa e essa mudança pode ser verdadeiramente a sua salvação.

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A saída do Reino Unido da União Europeia trouxe consigo alterações substanciais, no que diz respeito à circulação das mercadorias. Atualmente, assistimos a um contexto diferente do que era habitual. Onde antes se aplicavam as regras de livre circulação de mercadorias, agora existe a obrigatoriedade de declaração junto das alfândegas correspondentes.

Assim, quem se desloca para o Reino Unido com mercadorias novas ou usadas, sejam elas de âmbito profissional, para demonstração em feiras, amostras comerciais, material científico e desportivo, entre outros, e cujo objetivo não seja uma transação comercial (ou seja, a intenção é sair do país e regressar), terá obrigatoriamente que assegurar as respetivas formalidades, sob pena de enfrentar o pagamento de garantias e retenção das mercadorias.

Na Câmara de Comércio recebemos inúmeros pedidos de esclarecimento sobre como fazer uma exportação temporária para fora da União Europeia. Para ajudar a clarificar algumas dúvidas, desenhámos um fluxo que ilustra as várias hipóteses, bem como os seus perigos, riscos e vantagens.

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Para assegurar uma simplificação de todo este processo, a CCIP disponibiliza um passaporte de mercadorias (Carnet ATA), simples de pedir e de utilizar, que resolve todas as questões na alfândega sem complicações.

Esta solução, que não requer um conhecimento específico nem apoio especializado, basta ser apresentada com as mercadorias na respetiva alfândega, na entrada e saída dos bens.

O Carnet ATA é um documento alfandegário internacional que permite a entrada temporária de mercadorias em mais de 110 países/regiões, com o limite de um ano, sem pagamentos aduaneiros. As iniciais “ATA” provêm das palavras francesas e inglesas “Admission Temporaire/Temporary Admission”.

Este documento cobre diversos tipos de bens, tais como: equipamento eletrónico, ferramentas, instrumentos, joias, arte diversa, máquinas, equipamento desportivo e para competições, cavalos, entre outros.

Se precisa de fazer uma exportação temporária para o Reino Unido ou outros destinos fora da União Europeia, fale com os nossos consultores de Comércio Internacional.

Saiba mais através do telefone 213 224 064 ou do email ata@ccip.pt

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Artigo de Bruno Bobone, Presidente da CCIP, na sua rúbrica semanal no Diário de Notícias.

Dizia António Costa Silva, no seu Plano de Recuperação, que Portugal sempre cresceu quando assumiu a sua vocação atlântica e definhou quando se virou para a Europa. E propunha que desta vez Portugal aproveite as duas vertentes para crescer melhor.

António Costa está completamente focado na sua ligação europeia, até pela responsabilidade que assumiu com a presidência portuguesa da União Europeia, mas esqueceu outra vertente, aquela que dá outra capacidade de crescimento e desenvolvimento, que é a atlântica.

Em todo o Projeto de Recuperação e Resiliência não há qualquer referência a um grande investimento no mar nem qualquer referência a um maior envolvimento com os países africanos de língua oficial portuguesa.

Num momento em que todo o mundo já compreendeu que o futuro terá o seu foco de maior desenvolvimento na exploração dos recursos marítimos e no desenvolvimento do continente africano nós, Portugal, que temos extraordinários recursos marítimos e que somos, ainda, referência nas relações com os países africanos, de língua oficial portuguesa e outros, decidimos que não temos qualquer interesse em investir em qualquer destas áreas, que nos poderia tornar relevantes no mundo em que vivemos.

Portugal candidatou-se a ficar com a responsabilidade de gerir uma extensão do oceano Atlântico que nos permitirá obter uma dimensão territorial superior ao subcontinente indiano. Vários governos investiram neste processo e asseguraram ter as competências para o realizar.

E agora, num momento de grande oportunidade de fazer os investimentos necessários a beneficiar deste projeto, apenas nos esquecemos de o incluir na nossa estratégia!

Quanto ao continente africano, e ao mesmo tempo em que assistimos a um avanço enorme da influência chinesa, nós, sem qualquer nota de preocupação, deixamos abandonados aqueles países, que não só têm sofrido com crises económicas fortes como estão a precisar do nosso apoio em face da pandemia.

E, claro, se não ocupamos o nosso lugar, outros o ocuparão. Assistimos, nesta semana, a uma movimentação por parte do governo espanhol para ganhar posição em África garantindo todo o apoio às suas empresas e assegurando a capacidade de lhes dar a influência para ganharem esses mercados.

E Portugal, o que tem feito? O nosso governo pensa de forma diferente: por questões de ideologia, que não lhe permitem reconhecer a importância de apoiar as empresas portuguesas, num momento em que o Conselho Económico da CPLP faz uma reunião com todos os seus membros e com representantes dos respetivos governos, em alguns casos com a participação do próprio Presidente da República, não envia qualquer representante seu a esta reunião, manifestando o claro desinteresse por este projeto, que é tão-só uma das maiores oportunidades para o crescimento da nossa economia e das nossas empresas.

Gerir momentos é uma qualidade essencial para sobreviver hoje, mas não haverá país se não existir uma visão e uma estratégia para o futuro. E as nossas empresas e os portugueses não merecem essas vistas curtas que destruirão tudo aquilo que foram eles a construir.

As vistas curtas das nossas elites não podem deitar a perder tudo aquilo que os portugueses criaram.

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Ninguém tem dúvidas, hoje em dia, sobre a importância da formação para uma carreira profissional bem-sucedida. Nem se põe em causa que a formação - dos gestores e colaboradores - numa perspetiva de aprendizagem ao longo da vida beneficia, em primeira (e última) instância, as instituições nas quais trabalham.

A Câmara de Comércio e Indústria Portuguesa (CCIP) tem este facto bem presente desde que foi criada, em 1834.

Com efeito, logo nos primeiros anos de vida, começou por pressionar as instituições responsáveis pelo Ensino Técnico no sentido de criarem o “Curso de Direito Mercantil” (lecionado ao tempo por José Maria Alves de Sá) e, em seguida, fundou o curso de “Economia Política”, que ficou a cargo de António de Oliveira Marreca.

E a verdade é que nunca mais parou. Durante estes 187 anos de história, a CCIP tem desenvolvido ações de formação (para associados e não associados), dirigidas aos gestores portugueses interessados em aprofundar os seus conhecimentos e em fazer crescer as suas operações.

 

Criação de novo curso

Foi neste contexto que, no final de 2019, a CCIP decidiu dar mais um contributo para ajudar as empresas portuguesas a capacitarem-se e a adquirirem novas competências para se diferenciarem da concorrência e atingirem uma performance ainda melhor.

Sabemos, não temos dúvidas, de que o trabalho realizado pelos nossos empresários e gestores tem sido extraordinário e que tem sido a sua dedicação, persistência e empenho que tem estado na base do nosso crescimento, enquanto país, nos últimos anos.

No entanto, vivemos tempos que exigem conhecimentos específicos, nalguns casos, especialização, e sabemos que é importante, simultaneamente, aprender durante toda a vida.

Cientes deste facto, e assentes no conhecimento prático que temos da economia e da realidade vivida pelas empresas e por todos aqueles que vivem – e fazem viver - a nossa economia, decidimos lançar um novo curso dirigido aos gestores de PME portugueses.

 

Parceria com a Nova SBE

No entanto, na CCIP não gostamos de fazer as coisas sozinhos; acreditamos no valor das parcerias. E temos presente que, sempre que há colaboração, a soma é maior do que as partes.

Temos também a sorte, diria o privilégio, de conseguirmos trabalhar com os melhores. E na formação não é diferente.

Foi assim que avançámos para a 1ª edição deste curso com a NOVA SBE, uma escola que é, não apenas líder nas áreas de gestão e economia como, também, reconhecidamente, uma instituição inovadora com os olhos postos no futuro.

E o sucesso foi tal que estamos agora a arrancar para a 2ª edição. A junção entre saberes com origens distintas, o terreno e a academia, não podia ser mais complementar.

 

Importância para a internacionalização

Por outro lado, e numa outra vertente, a CCIP tem realizado um trabalho ímpar na internacionalização das empresas portuguesas. A internacionalização – o apoio nesta área – e, ainda, a ajuda na identificação de novos mercados de destino (diminuindo o risco da exposição quase única ao mercado da União Europeia), são também funções “originais” desta Câmara de Comércio.

Um exemplo, entre tantos ao longo da história, diz-nos que cerca de 1840 o então Ministro da Marinha consulta a nossa Câmara de Comércio sobre a oportunidade de se formar uma companhia de barcos a vapor com a finalidade de facilitarem as comunicações litorais com os portos da América. Um outro, bem mais recente, expressa-se no InSight, um estudo de cariz único em Portugal que a CCIP promove (juntamente com outro excelente parceiro, a ROI) sobre a internacionalização das PME e que vai já na 4ª edição.

Um estudo que nos ajuda a enquadrar a necessidade de fazer face à mudança, a repensar a atividade e a forma como as empresas trabalham e a importância da aquisição de competências que permitam aos gestores das PME navegar eficazmente a mudança que os tempos sempre trazem, ajudando-os a tomar melhores decisões, identificar as melhores oportunidades por forma a aumentarem a sua competitividade, em Portugal e no estrangeiro.

E a CCIP é o parceiro certo para apoiar os empresários já que, por um lado, proporciona as ferramentas e as soluções formativas juntamente com a Nova SBE, ajustadas às necessidades atuais e, por outro, presta o apoio comercial necessário aos primeiros passos na internacionalização das empresas.

 

Conclusão

Acreditamos firmemente que a conjugação destas duas realidades e áreas de trabalho, a formação e a internacionalização, poderá formar um círculo virtuoso contribuindo, no final do dia, para a melhor gestão das nossas PME exportadoras e, também, para aumentar, como todos queremos, as exportações, quer em valor, quer em termos de peso no PIB nacional.

 

Autor: João Pedro Guimarães, Secretário-geral da Câmara de Comércio e Indústria Portuguesa

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12 áreas indispensáveis de conhecimento e prática

O acesso a ferramentas práticas e conhecimento que permitam ganhos de competitividade e o aumento de níveis de produção e vendas é crucial para que as pequenas e médias empresas possam diferenciar-se e ser mais competitivas no mundo atual.

É fundamental dotar as pessoas, e consequentemente as empresas, das ferramentas e competências necessárias para enfrentarem novos desafios, facilitarem os processos de mudança e promoverem a sua capacidade de adaptação e resiliência.

Esta aquisição de competências pode ser efetuada de várias formas, sendo que a formação executiva desempenha aqui um papel fundamental porque permite consolidar e experienciar os conhecimentos adquiridos, além da troca de experiências e partilha entre empresas de diferentes sectores e dimensão.

Conseguir uma visão 360º e holística do negócio é uma ambição de muitos gestores e que significa uma compreensão das dimensões culturais, processos e pessoas de uma organização, uma “imagem única” de componentes como estratégia, atividade, comunicação e informação, recursos disponíveis, liderança, entre outras, e as suas ligações.

Isto permite tomar decisões e perceber o seu impacto nas diferentes componentes da empresa, sem se perder a abrangência e o propósito.

Abaixo partilho 12 áreas de conhecimento e intervenção que poderão servir de base a um roadmap para os gestores conseguirem mais eficazmente esta visão única e abrangente do seu negócio:

1. Aquisição e consolidação e conceitos e princípios económicos que servem de suporte a boas práticas de gestão.

2. Agilidade organizacional: em muitas organizações, o desafio estratégico está na execução. Ou, seja, na tradução de linhas orientadoras em atividades, projetos, indicadores e atitudes.

3. Identificação do potencial de criação de valor de uma empresa e o modo como esta pode, através das suas decisões estratégicas, influenciar a sua rentabilidade.

4. Integração de ferramentas de planeamento estratégico, por forma a traduzir a estratégia em ação, construir um quadro conceptual de referência comum que apoie os colaboradores na sua atividade de gestão quotidiana.

5. Aposta nas competências de negociação que permitam encarar situações negociais, quer internas ou externas, com habilidade e capacidade de decisão.

6. Compreensão da linguagem contabilística, que é por excelência a linguagem dos negócios. No atual contexto organizacional, é fundamental dispor de conhecimentos que possibilitem aos mais diversos intervenientes na atividade económica estarem aptos a compreender e a usar informação de natureza económico financeira.

7. Implementação de um processo de transformação digital que vise impactar toda a organização e implique uma aculturação do processo por todos.

8. Construção de uma cultura positiva que gere estratégias mais eficazes, melhores resultados e mais talento. Esta combinação traduz-se em equipas e pessoas mais focadas, mais motivadas e mais resilientes, que lideram a mudança em vez de se limitarem a reagir a ela.

9. Aplicação de estratégias de comunicação e persuasão a situações comuns nas organizações, desde a linguagem de venda à criação de adesão interna.

10. Promoção de competências de gestão de equipas que levem ao seu alto desempenho, na perspetiva da sua contribuição para a performance global da organização.

11. Planeamento para a internacionalização e preparação para as especificidades de novos mercados e culturas.

12. Identificação das principais tendências do Marketing do Futuro e as suas implicações no marketing das PME.

 

Construir uma visão 360º do negócio não é uma tarefa fácil, mas com o apoio de duas entidades líderes nas suas áreas de atividade - Câmara de Comércio e Indústria Portuguesa (CCIP) e Nova School of Business and Economics – é possível!

Em parceria, foi desenhada a Pós-Graduação em Gestão Aplicada para Gestores de PME, um programa direcionado para os desafios específicos das pequenas e médias empresas, com a garantia de qualidade da formação executiva para grandes empresas e um investimento competitivo e ajustado à sua realidade. Descubra aqui a jornada deste programa executivo.

 

Autor: Andreia Jotta, Diretora de Marketing e Comunicação

BB EXPRESSO DESTAQUE

O Observatório Insight chega à sua quarta edição. Desde 2016 que esta é uma plataforma de grande importância para responder à necessidade de maior conhecimento sobre a internacionalização das PME portuguesas. Desde o início que o principal objetivo é compreender as dinâmicas de internacionalização, os níveis de confiança e as perspetivas de desenvolvimento futuro. Tudo isto para que possamos apoiar as nossas PME no futuro, olhando para o que se tem feito até aqui.

Esta é, provavelmente, a edição mais importante até ao momento porque estamos a viver uma fase crítica que veio alterar completamente a realidade das empresas.

Não é de estranhar, portanto, que o sentimento das empresas internacionalizadas se tenha alterado tanto quando comparado com o início do ano. É isso que nos demonstra a comparação com um inquérito realizado em fevereiro de 2020, onde 90% das empresas internacionalizadas afirmaram que este ano seria positivo ou muito positivo. Oito meses depois, em outubro, 47% das empresas inquiridas previam quebras superiores a 10%, quando no início do ano apenas 2% estimavam quebras na atividade internacional.

Este dado apenas demonstra a profunda alteração de cenário que a pandemia provocou. Mas é imperativo destacar um facto extraordinário que este Insight demonstra: apesar das enormes incertezas em relação ao futuro, continua a existir otimismo e, acima de tudo, uma enorme resiliência.

As empresas estão dispostas a enfrentar os desafios que se avizinham para construir um futuro sustentável e estável. Têm também consciência dos obstáculos e da mudança de paradigma. Mas sozinhas, pouco ou nada poderão alcançar. O que este Insight demonstra é que todo o ecossistema económico deve remar para o mesmo lado, apoiando todos que dele fazem parte. A CCIP aqui estará para o fazer, apoiando as nossas empresas para que possam atravessar esta tempestade.

 

Autor: Bruno Bobone, Presidente da Câmara de Comércio e Indústria Portuguesa

 

Veja o vídeo de Bruno Bobone onde explica a importância do Insight.

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Artigo de Bruno Bobone, Presidente da CCIP, na sua rúbrica semanal no Diário de Notícias.

Ao longo dos últimos anos o Papa Francisco tem-se referido à atividade económica como uma nobre vocação. E é nobre porque é capaz de criar riqueza, de criar emprego e de contribuir para o desenvolvimento económico das sociedades.

São os empresários que receberam essa vocação quem tem a responsabilidade de a pôr em prática e de conseguir cumprir as expectativas de desenvolvimento de uma comunidade.

A vocação não é em si mesma um mérito de quem a recebe. É um dom e como tal não é conquistado. O mérito total do empresário que arriscou é a aplicação prática dessa vocação, através do trabalho e do risco assumido em cada investimento.

É esse ato responsável de pôr a render os seus talentos que lhe atribui a nobreza da sua circunstância. É aí que o empresário se pode assumir como detentor de uma vocação nobre.

Ser nobre é sempre sinónimo de qualidades especiais. Representa alguém que se distingue dos seus pares por possuir capacidades diferentes da maioria e que lhe permite acesso a responsabilidades na direção de uma comunidade.

Mas ser nobre é ter a responsabilidade de entregar os resultados dessa nobreza, das suas capacidades diferentes e das suas competências superiores. É ter como missão contribuir para que aqueles que dirige sejam tratados com humanidade e que tenham uma vida digna e um desenvolvimento constante.

Ora, nas empresas, a vocação nobre tem obrigação de ser aplicada naquilo que é o seu objetivo: criar riqueza. Mas tem de criar riqueza de forma que não ponha em causa a dignidade da pessoa humana nem a sociedade em que se insere ou a natureza que a rodeia. Tem de criar riqueza com respeito.

Mas tem também de ter em atenção qual será o destino dessa riqueza e a vocação nobre do empresário. Isso implica que a riqueza criada se destine a cuidar daqueles que colaboraram para criação dessa mesma riqueza, de uma forma justa e digna.

Estamos a viver a Semana Santa, na preparação da Páscoa, um tempo de meditação e de preparação e arrependimento. Em Portugal, país em que 80% da população se considera católica, seria um bom momento para que empresários e dirigentes da sociedade utilizassem este tempo para compreender o que temos de fazer para conseguir criar bom trabalho, bons produtos e boa riqueza no dia-a-dia das empresas.

Mas também para compreender como podemos assegurar que essa boa riqueza criada pelas empresas seja distribuída de forma a tornar a vida de todos mais digna e condigna com a convicção que, como católicos, devemos ter da função de cada um de nós no mundo e que é de amar o próximo como a si mesmo.

Gostaria de desafiar todos os portugueses, católicos e não católicos, empresários e trabalhadores, ricos e pobres, a aproveitar este tempo de reflexão - para uns motivado pela vivência da Quaresma e para outros resultante da violência do confinamento - para nos darmos conta de tudo o que foi falado neste ano de pandemia sobre a solidariedade e sobre a heroicidade de ajudar os que mais necessitam, para que possamos, em conjunto, mudar a estrutura da nossa sociedade deixando de estar divididos e passando a estar solidários, garantindo que partilhamos de uma forma mais justa e que nos unimos verdadeiramente para produzir maior riqueza e para termos mais para distribuir.

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Artigo de Bruno Bobone, Presidente da CCIP, na sua rúbrica semanal no Diário de Notícias.

Na reunião da concertação social da passada semana, Francisco Assis tentou santificar-se salvando o mundo das injustiças e das desigualdades.

Apresentou um documento com o título: "Manual de linguagem neutra".

É a entronização do politicamente correto em que tudo se pretende e não se pretende nada.

Como se alguma coisa mudasse por se mudar os termos que se utilizam para os definir e como se alguém deixasse de estar marginalizado ou maltratado por lhe mudarem o nome ou o adjetivo.

A mudança que se procura, e que é essencial, é uma mudança cultural de verdadeiro respeito e de atenção a cada um. Uma cultura integradora e inclusiva que veja em cada um as suas virtudes e que as estimule e valorize.

Mas, claro, isto dá muito trabalho.

É preciso educar, cuidar, responsabilizar, solidarizar e acima de tudo tolerar e confiar. Tudo o contrário daquilo que defendem os atuais donos da nova verdade, que querem criar uma sociedade permissiva baseada no facilitismo, na desunião, no egoísmo e na desconfiança.

Assim, para que se pretenda que se faz de facto um trabalho no que respeita à integração e ao respeito por todos os membros da nossa sociedade, sem esse esforço que lhe é essencial, a alternativa simplista que nos é apresentada é a de criar um manual de comportamento, neste caso linguístico e, a partir deste, uma censura baseada na denúncia, para que se encontrem culpados e descansem as consciências sem que verdadeiramente nada tenha mudado.

Já assistimos muitas vezes a este tipo de caminho de fingimento que cria um embrulho para mudar o conteúdo. Passou-se exatamente a mesma coisa com a tentativa de criar transparência no setor económico.

Criaram-se uns quantos códigos, inventaram-se novas palavras, esqueceu-se a educação e acabámos cheios de governança nas empresas - e com bancos falidos por falta de respeito pelas normas básicas da confiança. Carregados de códigos de ética, mas sem qualquer pejo em roubar todos os acionistas e depositantes.

Não é por definir uma pessoa pela cor, pela raça ou por qualquer outra característica que se desrespeita um qualquer membro da sociedade em que vivemos. Todos eles se orgulham da sua raça e essa não será nunca a sua vergonha. É na educação, no respeito pelos outros e no amor ao próximo que poderemos ir buscar as bases de uma sociedade justa, inclusiva e respeitadora de cada um.

Dizer que alguém é de raça cigana ou de etnia cigana é exatamente a mesma coisa e não melhora em nada o respeito por um ser humano. Aquilo que melhora é saber que essa pessoa é uma pessoa e como tal merece todo o meu respeito, e isso não muda com o nome, mas sim com a educação.

Por essa lógica, acabarão por criar "etnistas" em vez de racistas, o que também resultará exatamente no mesmo desrespeito social.

Fica ainda também a incompetência do proposto no manual que quer transformar "gestores" em "população em cargos de gestão". Não se compreende se, por passar uma palavra masculina a uma frase feminina, passará a ser mais inclusiva. Porque não advogam antes uma "germanização" do português, criando o género neutro, ou a "britanização"da nossa língua, tratando tudo como neutro.

Ah, claro, isso daria imenso trabalho...

Do que estou certíssimo é de que há racismo nos países que falam inglês e há também desigualdade em muitos desses países em que a língua nada ajudou!

O tempo que passamos a mudar os nomes às coisas é exatamente o tempo que não dedicamos a tratar dessas mesmas coisas.

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A Câmara de Comércio está mais uma vez a acompanhar as empresas portuguesas a fazer negócios no estrangeiro

A CCIP continua a estar ao lado de todas as empresas que pretendem exportar ou expandir os seus negócios para economias em franco crescimento. Em Março de 2021, foi a vez de as levar ao Panamá e Costa Rica (de 22 a 29 de Março).

O Panamá é o segundo país da América Latina com a maior taxa de crescimento do PIB projetada para 2021, traduzindo-se num ambiente em que os investimentos públicos são altos e o investimento privado continua forte.

Já a Costa Rica teve um crescimento económico estável nos últimos 25 anos, resultado de uma estratégia de crescimento voltada para o exterior, atraindo o investimento estrangeiro e o comércio internacional.

Os dois mercados estão estragicamente localizados, o que permite um claro destaque das empresas portuguesas que exportem os seus produtos ou serviços para estas geografias.

Conheça os próximos destinos.

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A pandemia, com todas as suas regras e restrições, veio mostrar às organizações, grandes e pequenas, a necessidade absoluta de adotar novas formas de relacionamento com clientes e empregados não por uma questão de diferenciação, mas sim por pura necessidade de manutenção da sua atividade.

Quer tenha sido a força de trabalho que num único dia se tornou remota, ou os clientes que deixaram de poder utilizar os tradicionais canais de relacionamento com a organização, em qualquer caso o digital foi a saída, para qualquer destas abordagens.

Independentemente da dimensão de uma organização, os princípios que esta tem que adotar para definir e executar com sucesso a sua estratégia transformadora são basicamente os mesmos.

No entanto, grandes e pequenas organizações têm perante si desafios distintos. Enquanto uma grande empresa tem acesso a recursos para poder reunir-se das melhores condições para definir e executar a sua estratégia, as PME têm normalmente maiores restrições orçamentais e de recursos, apesar de terem uma maior flexibilidade. Esta ausência de recursos obriga as PME a serem muito mais precisas nos seus objetivos e flexíveis ao executar a mudança.

Uma transformação digital é uma estratégia essencialmente centrada na excelência operacional da organização e nas experiências que esta proporciona a clientes e colaboradores sempre que estes com ela interagem. Para alcançar estes objetivos a organização recorre à utilização de tecnologia, à recolha e exploração intensiva dos dados, e ao redesenho dos processos. Estes três fatores, combinados em novas configurações permitem à organização definir o programa de mudança capaz de levar a organização a transitar do seu estado atual para níveis superiores de funcionamento.

Desenhar um programa de mudança não é, no entanto, tarefa simples. É absolutamente necessário criar uma equipa que reúna um elevado conhecimento de tecnologia e de exploração analítica de dados e que, conhecendo igualmente o negócio, seja capaz de entender as melhores oportunidades combinar estes fatores de forma a transformar o negócio. As PME raramente possuem na sua estrutura todos estes elementos, forçando-as à escolha criteriosa de serviços especializados que a possam apoiar, na realização dessa transformação.

 

brainstormingO programa de transformação e mudança de uma PME deve centrar-se nos seguintes esforços:

  • Na experiência do cliente, tentando compreender cada etapa de interação deste com a marca, em todos os pontos de contato com a organização, oferecendo-lhe experiências de excelência, personalizadas, alinhadas com as suas expetativas, capazes de aumentar o conforto e a comodidade da sua relação com a organização.
  • Na obrigatória presença da marca nos vários canais digitais utilizados pelo cliente e a construção de lojas virtuais enquadradas em marketplaces ou landing pages capazes de proporcionar visibilidade e permitir satisfazer as necessidades do cliente.
  • Na experiência do colaborador, que se afirma pela disponibilização aos colaboradores dos meios necessários para que estes possam, de forma remota e eficiente, continuar a assistir a atividade operacional da organização.
  • Na excelência operacional, que se traduz pela perseguição de novas formas de utilização de tecnologia e dados de forma a simplificar e tornar mais eficientes os processos operativos da organização.

 

Transversal a todos estes aspetos, a adoção de políticas de tomada de decisão conduzidas pela análise continuada dos dados permite que a organização seja capaz de identificar novas oportunidades de melhorar a sua eficiência, melhor compreender os hábitos e anseios dos seus clientes e de melhor apetrechar os seus colaboradores.

Mas o programa de transformação é apenas isso, um programa. Mais do que o definir é fundamental executá-lo, e é aqui que reside o risco de alguma coisa correr mal.

As PME têm uma vantagem importante quando se trata da capacidade de uma organização executar a mudança, fruto da sua pequena ou média dimensão, estas organizações são mais ágeis comparativamente com as grandes organizações, e têm igualmente maior facilidade em desenvolver ligações sólidas com os seus clientes e colaboradores.

 

O verdadeiro fator decisivo acaba por ser a cultura da organização que terá que executar essa mudança.

 

De pouco servirá ter a melhor estratégia se a organização não for capaz de partilhar a cultura necessária para a concretizar. Se os seus colaboradores não abraçarem a visão da empresa terão pouco entusiasmo na execução do plano e a estratégia terá fracas hipóteses de ser bem-sucedida.

Enquanto a estratégia define a direção e o foco, a cultura é o ambiente em que a estratégia tem sucesso ou fracassa. A estratégia foca os recursos e as competências, enquanto que a cultura define o engagement, a paixão e a execução.

Torna-se assim, o fator crucial para executar a mudança, conseguir reunir a equipa certa de tecnologia, dados e processos capaz de trabalhar em conjunto, enquadrada por um líder forte capaz de trazer a mudança, alguém que seja capaz de não deixar que “a estratégia seja comida pela cultura ao pequeno-almoço” (Peter Drucker).

 

luis-teodoroAutor: Luís Teodoro, Administrador na SoftFinança

 

A Softfinança apoia a 2ª edição Pós-Graduação - Gestão Aplicada para Gestores de PME

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O Observatório Insight, promovido pela Câmara de Comércio e Indústria Portuguesa (CCIP) em colaboração com o E-Monitor, apresenta a sua quarta edição, disponibilizada gratuitamente.

 

Uma edição especialmente desenhada para compreender os impactos da "crise da Covid-19" na atividade das PME portuguesas internacionalizadas.

 

Desde a sua génese, em 2016, que o Insight pretende assumir-se como uma plataforma de conhecimento para compreender a realidade das PME internacionalizadas, as suas atividades de internacionalização e as perspetivas de desenvolvimento futuro.

" Esta é, provavelmente, a edição mais importante até ao momento porque estamos a viver uma fase crítica que veio alterar completamente a realidade das empresas."

Bruno Bobone, Presidente da CCIP

 

Num inquérito realizado em fevereiro de 2020 (cujos resultados nunca chegaram a ser apresentados), pouco antes do pico da pandemia na europa, o InSight confrontou-se com 90% das empresas internacionalizadas inquiridas a afirmarem que 2020 seria um ano positivo, ou muito positivo, ainda que desafiante face à crescente competitividade dos mercados internacionais.

 

O indicador de Mood evidenciava (à entrada de 2020) os valores mais elevados dos 4 anos de análise.

 

Em outubro, os resultados ilustram uma realidade totalmente distinta, passando-se de apenas 2% dos inquiridos a preverem uma quebra de atividade internacional, para 47% a anteciparem quebras em 2020 superiores a 10%. A realidade mudou de forma inequívoca e, com ela, mudaram as perspetivas de futuro!

 

O regresso a níveis de atividade 2019 demorará a concretizar-se e será um processo exigente. Se é verdade que a maioria das empresas (54%) projetam a recuperação total da atividade para 2021 ou 2022, importa ter em linha de vista o facto de que, para mais de 20%, a expectativa é a de que recuperação demore mais de 3 anos a concretizar-se (perspetivas que refletem a realidade de uma “Economia dos 90%” que muitos especialistas têm vindo a descrever).

Aceda gratuitamente ao estudo Insight

O futuro está a começar a ser construído com um otimismo ainda prevalecente! Da nossa parte fica a garantia que continuaremos a acompanhar a história e a apoiar as empresas neste caminho.

 

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Artigo de Bruno Bobone, Presidente da CCIP, na sua rúbrica semanal no Diário de Notícias.

Depois de um ano de combate contra um inimigo comum em que assistimos e aplaudimos a dedicação e o espírito de entreajuda dos portugueses - e muito especialmente os médicos - colocando o bem dos outros acima dos interesses individuais, vale a pena analisar as decisões tomadas por alguns dos nossos governantes que chocam com aquele espírito.

Num momento em que estamos a fazer frente a um perigo exterior à comunidade e que ameaça toda uma população por igual, seria expectável uma posição de união e atitudes que reforçassem as nossas forças e nos permitissem assegurar a máxima eficácia.

Daí que me tenha espantado a atitude da ministra da Saúde que, desde março de 2020, nunca perdeu uma oportunidade para ostracizar os grupos hospitalares privados, de estabelecer claras diferenças de tratamento e, claro, sempre tentando justificar as suas atitudes atrás de pretensas incapacidades.

Hoje, em face da enorme exigência de meios que requereu a pandemia e em face da óbvia necessidade de contar com todos, dando o dito por não dito, acabou por reconhecer a excelente ajuda que aqueles operadores trouxeram ao trabalho de cuidar de todos os portugueses que não mereciam aquela discriminação.
Mas esta foi apenas a primeira das atitudes que vieram a ser tomadas no sentido da divisão entre portugueses.

A segunda foi a determinação de que apenas seriam sujeitos a vacinação prioritária os médicos ao serviço de hospitais públicos, em detrimento dos que trabalham em hospitais de gestão privada. Tal era a discriminação que, em pouco tempo, se solucionou o problema.

Depois foram as escolas. Fomos informados de que, no início do segundo confinamento, as escolas privadas estavam proibidas de oferecer aulas por meios digitais. O governo atuou em nome da igualdade, que sempre trouxe pobreza, porque na sua cabeça marxista o que conta é nivelar por baixo. Felizmente reverteu perante a pressão.

Mais recentemente, assistimos à fobia a privados no setor da aviação, num jogo impercetível comandado pelo número um ideológico do governo, o ministro que ninguém controla e que tudo pode.

Em todos estes casos, forçado pela opinião pública, veio o primeiro-ministro desdizer os seus ministros e alterar as decisões por eles tomadas, ainda que nunca a tempo de serem verdadeiramente inócuas.

Mas há um caso em que isso ainda não aconteceu: a absurda diferença de tratamento entre funcionários públicos e privados. Num momento em que o Estado teve de assumir a responsabilidade de solucionar o apoio a todos quantos sofreram de falta de trabalho resultante da pandemia, as pessoas afetadas sofreram uma redução significativa do seu rendimento e muitas receberam cerca de 60% do seu salário. No caso da função pública, ninguém perdeu rendimento e nem sequer foi afetado pela eliminação do subsídio de almoço.

Todos sabemos que gerir uma crise desta dimensão implica decisões muito corajosas e muitas vezes incompreendidas, mas decidir tratar com diferença e promover decisões ideológicas num momento de enorme dificuldade parece-me grave e injusto.

Para além de injusto, é destrutivo para a sociedade em que vivemos. Demonstra ainda a incompetência para o lugar dos governantes que promoveram aquelas medidas, por razão obscura e de interesse próprio.

É responsabilidade do governo garantir a sobrevivência de todos os portugueses. Compete-lhe tudo fazer para que todos sejam tratados igualmente e não aproveitar uma crise para fazer política, promovendo a divisão em vez da união e agravando o sofrimento das pessoas. Isto não é governar.

assembleia-geral-2021-destaque 

Nos termos estatutários, designadamente ao abrigo do artigo 23º, a Câmara de Comércio e Indústria Portuguesa convocou os seus Sócios para a Assembleia Geral, a ter lugar no próximo dia 26 de março de 2021, pelas 15:00 horas. A mesma será realizada exclusivamente através de meios telemáticos.

Ordem de trabalhos

1 – Análise e discussão do Relatório Anual de Atividades da Instituição, Balanço e Contas, bem como do Parecer do Conselho Fiscal relativos ao exercício de 2020 e deliberar sobre os dois primeiros;

2 – Análise e discussão da proposta de aplicação de resultados;

3 – Deliberar mandatar a Direção para aquisição de um ou mais imóveis pelo preço, termos e condições que entender convenientes e no melhor interesse da Associação, nos termos previstos e permitidos pela alínea f) do artigo 20º dos Estatutos.

 

O Relatório e Contas da Direção e o Parecer do Conselho Fiscal encontram-se à disposição dos Associados.

Para mais informações poderá contactar o gabinete.associado@ccip.pt.

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Artigo de Bruno Bobone, Presidente da CCIP, na sua rúbrica semanal no Diário de Notícias.

Estamos há quase 60 dias fechados em casa. Muitos dirão que o confinamento foi indispensável pois sem isso não se teria contrariado a fatalidade da pandemia.

Outros dirão que não era preciso fazer tanto, pois existem exemplos em que menores rigores tiveram iguais efeitos.

O que eu sei é que com menos de 60 anos apenas morreram 640 pessoas. Que a maioria das pessoas que acederam aos cuidados intensivos tinham mais de 60 anos. Que os novos desempregados são praticamente todos de idade inferior a 60 anos. Que a economia poderia ter funcionado abertamente com todos aqueles que, com menos de 60 anos, arriscando ser infectados com o vírus, mas sem consequências letais, teriam mantido o mundo numa actividade razoável e sem se expor a uma situação de pobreza dramática que iremos enfrentar.

É muito difícil tomar decisões em face de uma situação nova e desconhecida, quando ainda não se sabe como se vai desenvolver. Mais difícil ainda quando em resultado dessas decisões podem ocorrer mortes.

E é praticamente impossível nestas circunstâncias decidir contra tudo aquilo que o mundo inteiro parece acreditar.

É por isto que estamos em confinamento e estamos tão tranquilos. Contudo, penso que aquilo que aprendemos das experiências passadas devia ter-nos colocado noutro caminho, mais inteligente e, ainda que prudente, menos nefasto para a população.

Nisto, penso que falharam as nossas elites, uma vez que quase todos têm sido mais ou menos coniventes com as decisões tomadas.

Na realidade, a primeira abordagem dos serviços públicos sobre a pandemia foi despreocupada e ligeira - como tendem a ser quase todas as opiniões daqueles que nos lideram. Que a doença não iria chegar a Portugal, que não seria tão contagiosa e que as máscaras seriam até negativas para a contenção da doença são três exemplos da irresponsabilidade de quem nos dirige.

Estas três afirmações são inúteis, não têm sentido, num momento em que nada se conhece, e desmobilizam a prudência dos cidadãos face a um potencial perigo.

Depois confinámos uma primeira vez a totalidade do país. Já nessa altura se podia concluir que esta pandemia era extremamente contagiosa, mas que efectivamente apenas era letal para as pessoas mais idosas e para os que tivessem outras determinadas doenças.

Aceita-se a primeira decisão ainda que se devesse já nesse momento preparar as condições para que se protegessem aqueles que seriam os principais prejudicados pela doença e que seriam também os principais responsáveis pelas dificuldades do SNS, ao ocuparem em grande número as camas de cuidados intensivos.

Hoje, ao fim de mais um confinamento total, e quando começamos a verificar os resultados das medidas tomadas, através do número de desempregados que apenas começou a subir e do aumento do número das famílias que necessitam de apoio para a sua sobrevivência, percebemos que teria valido a pena apostar noutro caminho.

Fugir do politicamente correcto em que não se quis assumir que a idade era verdadeiramente um factor de letalidade, que se justificava confinar uma parte da população, obrigando os restantes a cumprir normas de protecção exigentes para viverem um dia-a-dia normal que lhes permitisse continuar a trabalhar e viver, seria a solução que menos prejudicaria a vida de muitos que serão os que pagarão os custos das decisões tomadas.

Para manterem a sua imagem perante aqueles que teriam de ser confinados para objectivamente ultrapassar os perigos desta doença, optaram os nossos dirigentes por fechar toda a economia. Em vez de sofrerem uns quantos por uma falta de liberdade destinada a protegê-los deste mal, vão pagar muitas famílias com uma vida de pobreza por terem perdido tudo o que tinham durante este período em que não quisemos viver.

Assim como nas vésperas da Segunda Guerra, as decisões foram tomadas por medo de se assumir uma posição de força face a um mal que acabaria por destruir a Europa. Desta vez, o mal também beneficiou do medo de afectar a qualidade de vida de apenas uma parte, acabando por prejudicar enormemente muitos outros.

Ainda não aprendemos a ouvir Churchill.

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Pedro Siza Vieira, Ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital, esteve à conversa com Bruno Bobone, Presidente da Câmara de Comércio e Indústria Portuguesa, sobre o relançamento da economia portuguesa e as medidas de apoio às empresas.

“Tomámos uma decisão de prolongar o regime do apoio à retoma progressiva até setembro deste ano, eventualmente mantendo até níveis mais intensos de redução da TSU para as empresas que estão neste regime”, referiu Pedro Siza Vieira.

A gravação está disponível no canal Youtube da CCIP. Clique na imagem para ver.

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Artigo de Bruno Bobone, Presidente da CCIP, na sua rúbrica semanal no Diário de Notícias.

Uma discussão que terá sido demasiado curta para que possa ser suficientemente ampla e para que possa ser verdadeiramente promotora de alternativas àquela que é a vontade de quem governa.

E não há nenhum mal em que se faça a vontade de quem governa, foi para isso que foram eleitos. Aquilo que não é bom é criar a expectativa aos portugueses de que serão responsáveis pelas escolhas feitas para a recuperação económica do nosso país quando na realidade isso não será verdade.

Também não é inteligente poder utilizar as ideias de todos os que estarão envolvidos nessa retoma e não tirar proveito disso.

O mais importante é que saia daqui um projeto que sirva verdadeiramente o futuro de Portugal.

Contudo, aquilo que lemos no projeto apresentado é muito mais um aproveitamento de dinheiros para pagar os prejuízos passados do que para projetar Portugal para um futuro melhor para os portugueses.

Já todos se deram conta de que o Estado resolveu ficar com dois terços do valor da bazuca, deixando apenas um terço para as empresas, que são quem representa a grande capacidade criativa para a economia do nosso país.

E isto acontece porque o Estado tem medo de apostar num ganho futuro resultante de um maior desenvolvimento das nossas estruturas produtivas, que lhe assegurariam um muito maior rendimento através do aumento da produção de riqueza, escolhendo garantir, desde já, o suficiente para cobrir os seus custos de passado.

É também o medo que leva o Estado a decidir atribuir um valor muito reduzido à capitalização das empresas, fator essencial à sua capacidade de desenvolvimento e que tem sido sempre o seu principal fator de incapacidade para crescer e ganhar novos mercados. Acresce a tudo isto que o mesmo Estado que assim toma decisões resolveu entregar a atribuição de verbas através da discricionariedade do banco de fomento - que até hoje ninguém sabe como funcionará.

Por outro lado, com base na mesma preocupação de resolver os seus problemas de custo de funcionamento, cativou para si dois terços do valor do investimento na "digitalização" do Estado, mas nada refere quanto à desejável diminuição do número de funcionários públicos que resultará desse processo.

Ora, todos sabemos que a digitalização é instrumental. Serve essencialmente para obter um aumento significativo da eficiência dos processos e facilitar a vida dos contribuintes, implicando a diminuição da intervenção do fator humano e levando à redução da despesa com pessoal (que na administração pública central, em 2021, ascende a 18,7 mil milhões). "Digitalizar" o Estado tem de ser um investimento reprodutivo e não uma mera troca de equipamentos e redes importados.

Para além destes pontos mais evidentes, que nos levam a acreditar que o governo está mais preocupado em garantir a sua própria liquidez e que terá medo de se arriscar a verdadeiramente desenvolver a nossa economia, a falta de referência clara aos projetos de internacionalização e à criação de projetos ligados ao mar - o recurso que mais nos dá diferença competitiva - são claros indicadores da postura defensiva da nossa elite e confirmam a tendência de medo com que enfrentamos os nossos desafios.

Portugal poderia ter, com as verbas disponíveis neste programa de recuperação, uma oportunidade única de se tornar um país desenvolvido, com competências de intervenção em novos mercados, com a criação de empresas mais fortes e resilientes que conquistem lugares de destaque para a economia do nosso país.

De tornar a vida dos portugueses numa vida digna, com crescimento e de qualidade. De criar nos portugueses de novo um orgulho em participar nas decisões que determinam o caminho do mundo podendo beneficiar dos seus resultados. De fazer verdadeiramente a diferença.

Desiludam-se os otimistas. Com este plano que aí vem vence, mais uma vez, a falta de ambição e de visão. E perdem - inexoravelmente - os portugueses que defendem a adequação do Estado às necessidades das pessoas e não a submissão das pessoas às necessidades do Estado.

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A Câmara de Comércio e Indústria Portuguesa realizou a 9ª edição do Bootcamp de Marketing Digital, nos dias 23 e 24 de fevereiro de 2021. Foi alcançado um novo recorde de inscritos.

Ao longo de dois dias, os cerca de 550 participantes assistiram a 16 sessões entre conferências, workshops e mesas redondas sobre temas tão variados como Love Brands, Fenómenos no Digital, Trabalhar com Criadores de Conteúdo, Copywriting, Neuromarketing, e-commerce entre outros.

Todo o evento decorreu dentro de uma WebApp que permitia diversas funcionalidades:

  • Consultar a agenda completa com possibilidade de explorar as biografias dos oradores, colocar questões e tirar notas;
  • Interagir com todos os participantes através do chat;
  • Conhecer os participantes, enviar-lhes uma mensagem, agendar reuniões ou mesmo conectar através do linkedin
  • Participar no Bootcamp Marketing Digital Challenge com a possibilidade de completar diversos desafios e, no final, receber prémios;
  • Partilhar fotografias no mural de partilha;
  • Visitar a área de exposição virtual e conversar com os representantes das marcas e;
  • Receber apoio técnico no helpdesk do evento onde a equipa técnica se manteve disponível para apoiar na resolução de problemas.

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Os participantes terão novamente acesso à plataforma, durante um mês, para que possam rever os conteúdos e continuar a criar ligações.

 

Quando questionados sobre a probabilidade de recomendar este evento, responderam-nos com uma média de 9.19, numa escala de 0 a 10.

 

Desde a sua realização, a CCIP tem recebido diversos testemunhos sobre a 9ª edição do Bootcamp de Marketing Digital

"Foi a primeira vez que participei no Bootcamp e estou extremamente satisfeita. Os temas abordados foram super oportunos, com oradores de excelência e uma estrutura muito bem definida. Parabéns não só pelo conteúdo, mas também pela webapp, estava muito bem construída. 5 estrelas!"

 

"Apesar de conhecer a qualidade das iniciativas da CCIP, este evento surpreendeu-me pela dinâmica e pela capacidade de "agarrar" os participantes! A surpresa prendeu-se com a capacidade de transpor a participação física para o digital. Os Oradores foram excelentes, pelo que este tempo dedicado ao Marketing foi muito, muito proveitoso! Parabéns pela iniciativa e um agradecimento à equipa da CCIP que mais diretamente esteve envolvida na organização desta iniciativa! Até ao próximo!"

 

"Foi a primeira vez que participei no evento e estou totalmente satisfeita. Sem dúvida que tenho vontade de repetir e tenho muita pena de não ter vindo nas edições anteriores, tenho noção que perdi algo incrível. Gostei muito e com certeza que vou recomendar!"

 

"Foi absolutamente extraordinário. Desde a organização, à excelência dos oradores, às temáticas discutidas e à interação, através de plataforma, que foi possível manter com oradores, organização e todos os participantes. Depois desta maratona de dois dias fica, sem dúvida, a informação, o conhecimento, as dicas, as partilhas e diferentes perspetivas para absorver, refletir e "crescer"."

 

"Deixo o meu sincero agradecimento à CCIP pela organização extremamente profissional do evento. A plataforma foi bastante intuitiva, o programa foi forte, palestrantes adequados aos temas e toda a equipa prestável. Tive uma experiência muito positiva e estarei atenta a próximas iniciativas!"

 

"A diversidade de temas e oradores pertinentes para mim foi o melhor. A organização está de parabéns, a nível de conteúdo foi riquíssimo."

 

"A organização superou as minhas expectativas, está mesmo de parabéns! Os convidados e oradores foram excelentes para falar dos assuntos em questão. A rede de Networking que o evento proporciona é simplesmente INCRÍVEL. Não tinha conhecimento de mais de metade das pessoas e das empresas que estiveram presentes, por isso foi muito bom!”"

 

Se não teve oportunidade de se inscrever e pretende ter acesso às gravações na íntegra do evento por um valor especial, envie um e-mail para eventos@ccip.pt 

 

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A 2ª edição do Programa executivo da Câmara de Comércio e Nova-SBE para gestores de PME arranca em Maio

A Câmara de Comércio renovou a parceria com a NOVA SBE para lançar a 2ª edição da Pós-Graduação em Gestão Aplicada para Gestores PME, que terá início em maio e decorrerá até outubro.

“Esta é uma solução formativa muito orientada para as PME, que formam a grande maioria do nosso tecido empresarial, e que, por isso, terá muitos frutos a curto e médio prazo não só nos participantes, mas também na dinamização das empresas”, afirma Bruno Bobone, presidente da CCIP, numa espécie de balanço sobre a 1ª edição desta pós-graduação, que foi o “pontapé de saída” para um projeto que acreditamos necessário para os nossos empresários e que os transformará em gestores profissionalizados e mais capacitados.

A nossa aposta nesta Formação de Executivos assentou em 3 premissas:

  • Necessidade de uma visão 360º das principais temáticas que envolva a gestão das empresas;
  • Qualificação superior do tecido empresarial português;
  • Conciliar a qualidade dos conteúdos e da oferta com uma componente financeira ajustável e viável para os seus destinatários.

Nesta 2ª edição, Rui Fonseca, CEO da Altronix (empresa Heróis PME), mantém-se como Embaixador do programa. Também a SAGE e a YUNIT Consulting renovaram a sua ligação a esta iniciativa, à qual se juntou a Softfinança.

À semelhança do que já aconteceu na 1ª edição, a comparticipação financeira da CCIP proporcionará aos interessados frequentarem uma formação de excelência com um investimento bastante mais acessível, quando comparado com outros programas semelhantes.

Os módulos decorrem de 15 em 15 dias, às sextas-feiras e sábados, na sede da CCIP. As inscrições estão abertas até dia 7 de maio.

Para consultar todas as informações sobre a 2ª edição da Pós-Graduação descarregue aqui a brochura e conheça o programa, docentes, valores de inscrição entre outras informações.

 

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A Câmara de Comércio aceita o desafio do Eco para apoiar os setores da retoma 2021.

O ECO lançou uma iniciativa destinada a dar destaque aos responsáveis dos principais sectores de atividade no âmbito das estratégias de retoma em 2021 para a qual desafiou a Câmara de Comércio e Indústria Portuguesa a participar. Esta rubrica tem como objetivo de divulgar, amplificar e promover diferentes sectores da economia, as suas perspetivas, expectativas e o seu contributo para a retoma.

O mês de março será então dedicado à Internacionalização das empresas portuguesas onde irá encontrar:

Para além disso, foram também desenvolvidos diversos artigos:

Ao apoiar esta iniciativa, a CCIP pretende reforçar a sua notoriedade enquanto principal player no apoio à internacionalização das empresas portuguesas, dando maior visibilidade às iniciativas e serviços da área internacional.

Explore a edição de março dos "setores da retoma"

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O investimento em formação profissional tem deixado de ser percecionado com um mero cumprimento da legislação para passar ser visto como uma ferramenta de excelência na valorização do capital humano.

O contexto em que temos vivido desde março do ano passado veio reforçar ainda mais esta visão, recordando-nos que a formação profissional não deve ser uma obrigação para as empresas, mas sim uma necessidade.

É crucial dotar as pessoas, e consequentemente as empresas, das ferramentas e competências necessárias para gerirem eficazmente pessoas, enfrentarem novos desafios, otimizarem as vendas online e organizarem melhor o seu tempo. Tudo isto com o objetivo de facilitar os processos de mudança e promover a sua capacidade de adaptação e resiliência.

Durante este 1º trimestre, a Câmara de Comércio dinamizou um conjunto de ações que estão em linha com as necessidades que nos foram partilhadas pelas empresas e seus colaboradores: foram mais de 140h de formação e 190 pessoas que viram as suas competências reforçadas em áreas como o desenvolvimento pessoal, vendas, marketing e finanças.

Já planeadas diversas ações de formação para o 2º semestre que irão abordar algumas temáticas novas, como por exemplo: “Felicidade no Trabalho”, “Alta Performance & Home Office”, “Inglês Corporativo”, “Fiscalidade no E-Commerce”, “Certificação de Origem no âmbito da exportação de mercadorias”, “Cartas de Crédito”, entre muitas outros temas. De destacar a 2ª edição da pós-graduação em Gestão Aplicada para Gestores de PME.

Na área de eventos do site estão disponíveis informações mais detalhadas sobre as formações. Para qualquer esclarecimento adicional ou pedido de informação contacte-nos através do email formacao@ccip.pt

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Artigo de Bruno Bobone, Presidente da CCIP, na sua rúbrica semanal no Diário de Notícias.

A democracia foi a grande conquista do 25 de Abril e foi querida tanto pelos que nele participaram como pelos que contribuíram para a reestruturação do modelo de vida que desde aí fomos criando.

Com maior e menor acordo sobre o caminho político que foi sendo escolhido, fomos convivendo e desenhando a nossa sociedade acreditando que Portugal merecia a nossa dedicação e o nosso esforço.

E foi assim porque a democracia representava o respeito pela opinião de todos, a possibilidade de ser diferente, de pensar diferente e de manifestar as ideias de cada um sem que isso levasse a uma censura ou mesmo a uma ostracização da sociedade.

Seria, talvez, uma consciência muito teórica e inocente, própria de quem tinha vivido num sistema essencialmente paternalista que nos indicava o caminho, cuidava de nós tentando que não nos magoássemos e, para isso, controlava os nossos movimentos e as nossas ideias de maneira que não pudéssemos arriscar viver.

Mas a verdade é que ninguém gosta de ser preso nos seus movimentos - e desde a adolescência todos vamos pondo em causa a autoridade paternal e queremos caminhar por nós mesmos.

A frase de que mais me lembro desses tempos era a de que a minha liberdade, direito fundamental da vida, termina no momento em que inibe a liberdade do outro. Quer isto dizer que a democracia que todos quisemos era baseada na tolerância e no respeito mútuo.

Com o passar dos tempos, e muito por culpa da ambição de alcançar o poder, os políticos e as suas organizações trocaram a defesa de projetos de governo do país baseado em ideias e estratégias de crescimento da sociedade, seja económica seja social ou culturalmente, passando a defender soluções de carácter muito mais imediato, cedendo à tentação de oferecer benefícios a setores que representam a garantia da sua eleição, comprometendo as suas convicções sobre o efetivo interesse nacional.

Entrámos no permissivismo em contraposição à tolerância. Apesar de poder parecer que são quase sinónimos, estas duas palavras definem dois conceitos de vida radicalmente opostos.

Enquanto a tolerância é uma atitude de grandiosidade, a permissividade é uma atitude que resulta do medo de perder e que não ambiciona melhorar nem engrandecer coisa nenhuma.

Infelizmente esta enorme clivagem na condução das democracias não é uma característica nacional. Podemos ver o seu resultado em muitos outros países, como é o caso de Espanha, hoje a conviver com uma situação que advém claramente de uma atitude de muitos anos e que acabou nesta loucura social em que parte da população, pensando estar a defender uma posição política, está apenas a tentar justificar um criminoso.

No caso espanhol, os políticos foram abdicando das suas responsabilidades, na educação, na justiça e em outras áreas essenciais, ao longo de décadas. Essa lógica levou à criação de um governo constituído por forças com visões antagónicas da sociedade - apenas para assegurar o acesso ao poder - e que hoje se posicionam em lados opostos, numa questão que não pode permitir dúvidas. Com isto vão claramente contribuir para mais um passo na destruição da democracia.

Este é um momento crítico em que todos os responsáveis políticos têm de assumir as suas responsabilidades de líderes de uma sociedade. Em que têm de defender este valor superior que é a democracia.

A permissividade eleitoralista tem de deixar de condicionar a nossa maneira de viver sob pena de, em pouco tempo, vermos desaparecer a liberdade que tanto prezamos.

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Artigo de Bruno Bobone, Presidente da CCIP, na sua rúbrica semanal no Diário de Notícias.

O que se está a passar com os partidos da direita tradicional?

Temos assistido, nos últimos anos, a uma mudança na estrutura partidária da direita, com o reforço de forças mais radicais e a perda de influência dos partidos tradicionais, representantes de uma direita mais moderada.

Isto acontece porque a oferta partidária não tem estado a dar resposta às ansiedades do seu eleitorado, confirmando a separação - ou mesmo o divórcio - entre políticos e eleitores (pessoas, portanto).

Este é o momento em que aqueles partidos podem e devem mudar. Em que devem alterar a sua atuação e servir o seu eleitorado como ele quer ser
servido.

O resultado das eleições presidenciais é um sinal forte que teve como objetivo mostrar exatamente essa frustração. O processo é reversível, mas é preciso atuar já. Políticas claras, menos tramas internas feitas de conspirações e guerrilhas, um discurso mais objetivo: é isso que se pede. E não é pedir muito.

A direita tem de perceber que o politicamente correto, que resultou de uma falsa tentativa de manter a unidade dentro da democracia, permitiu a criação de um sistema de controlo sobre a vida dos portugueses, por parte dos partidos radicais de esquerda.

Esses partidos souberam utilizar a sua militância para introduzir uma atitude de censura baseada num novo moralismo para a sociedade portuguesa, criando uma enorme frustração aos eleitores de direita.

É preciso que a direita deixe de ter medo de defender aquilo que é a base das suas convicções para que possa voltar a ser o refúgio dos seus eleitores.

Por outro lado, o foco excessivo destes partidos e dos seus líderes no objetivo económico fez desaparecer do seu projeto político os restantes elementos fundamentais da vida e da sociedade.

Para lá de um combate reativo nos temas que a esquerda tem promovido, nunca a direita se propôs seriamente a tratar de temas sociais, culturais e políticos que se tornaram campo de ação da esquerda, mas que foram claramente elementos fundamentais para a eleição do Presidente da República que, sendo de direita, sempre se dedicou à causa social, cultural e política.

Por último, a direita tradicional precisa de criar espaços de intervenção que levem os seus apoiantes a voltarem a querer estar presentes em eventos de debate, em manifestações de posição pública sobre temas que os galvanizem e que lhes deem a esperança e a vontade de promover a mudança e de fazer parte dessa mudança. De deixarem de se sentir cansados e comodamente quietos e passarem sentir de novo que a sua voz importa, que é necessária e que será reconhecida.

Para tudo isto e como sempre, a direita precisa de um novo líder. Que aglutine a direita, que lhe dê uma nova razão de viver. Que diga a verdade e que não se esconda atrás de conceitos inventados pelo politicamente correto. Que esteja disponível para lutar por aquilo que são os seus valores.

Um líder que dê esperança e que defenda uma sociedade livre e verdadeira. Uma sociedade em que as pessoas são mais importantes do que as instituições, mas que tenha instituições fortes para as servirem.

Um líder que verdadeiramente se bata por Portugal.

Formacao-Controlo-Financeiro-Destaque

Testar e medir para uma empresa sólida e rentável.

Quem não mede não controla, quem não controla não consegue gerir uma empresa. Isto torna difícil tomar decisões assertivas.

Você não consegue gerir o que não mede e não consegue melhorar o que não é testado!

Os nossos resultados são o reflexo da qualidade da informação que temos no momento de decisão, independentemente do departamento que está a tomar decisões.

É assim que começo este artigo, para o convidar a participar na formação que iremos realizar, em parceira com a CCIP, no dia 23 de fevereiro, sobre Controlo Financeiro 360º.

Uma das áreas que a formação irá abordar é “testar e medir” nas diferentes vertentes do seu negócio. Esta é uma estratégia simples, que pode ser aplicada em diferentes departamentos e que é crítica para a tomada de decisão e controlo de uma organização.

 

Porque é tão importante testar?

Sem nos apercebermos testamos tudo na nossa vida diariamente. Estamos constantemente a tomar decisões com base na informação que vamos observando.

Por exemplo, antes de comprarmos um carro novo realizamos um test drive. Acordar de manhã e verificar o tempo antes de escolher a roupa para o dia, também é uma forma de testar. Estamos sempre a fazê-lo, só não pensamos nisso.

No entanto, algumas empresas insistem em abraçar novas estratégias que podem ser caras, com pouca ou nenhuma ideia do resultado. É imperativo testar uma nova estratégia antes de investir a maior parte do orçamento. Pode ser uma estratégia ousada, inovadora, mas vamos encarar os factos, ninguém consegue ter a certeza sobre o resultado de uma estratégia se não a testar e medir primeiro.

 

Sugestão:

Comprometa apenas 10 a 15% do orçamento para uma nova estratégia e teste os resultados antes de massificar a estratégia.

Isto leva-nos a compreender o equilíbrio da frase “testar e medir”.

Não faz sentido testar uma estratégia e não se medir os resultados. Uma medição cuidada e uma análise dos resultados de uma estratégia em fase de testes vai fornecer muita informação necessária para ter em conta na tomada de decisão. Os resultados da medição vão quantificar o sucesso da estratégia em teste. Os resultados podem depois ser extrapolados para testar a solidez da estratégia.

 

Exemplo:

Um mailing de teste para 500 famílias produz 10 respostas. Cada resposta resulta numa venda média de 150€, com uma margem de 40%, o que significa 60€ de lucros por venda realizada, portanto 600€ de lucro no total (60€ X 10 respostas).

Vamos assumir que o custo total do envio do mailing é 1€ cada, ou, por outras palavras, 500€ no total. Então, a empresa apresentou um lucro líquido de 100€ (600€ - 500€).

Neste caso, testamos e medimos o impacto que pode vir a ter uma estratégia de Marketing quando massificada.

A verdade sobre testar e medir é que pode (e deve) ser aplicada em todas as áreas do seu negócio. Isto implica saber para onde quer ir e o que quer alcançar. E isso passa por saber onde esteve e onde pode vir a estar, testando e medindo todas as estratégias.

Não se esqueça, você não consegue gerir o que não mede e não consegue melhorar o que não é testado!

Saiba mais informações sobre a formação aqui.

 

Artigo de Hugo Monteiro | Coach Empresarial & Consultor & Formador

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A CCIP acompanhou empresas portuguesas na visita a uma das economias de maior crescimento a nível mundial!

Depois de algumas alterações e reajustes devido à conjuntura em que vivemos atualmente, a Câmara de Comércio conseguiu levar com sucesso empresas portuguesas ao Egito, desde o setor alimentar e bebidas, passando pela construção, e também indústria automóvel especializada.

A Missão Empresarial ao Egito teve início no dia 8 de fevereiro e o regresso a Portugal foi no dia 12. Para os dias 9, 10 e 11 foram agendadas uma média de 7 reuniões individuais para cada uma das empresas, com boas perspetivas de negócios.

Veja algumas fotografias desta viagem de negócios:

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Artigo de Bruno Bobone, Presidente da CCIP, na sua rúbrica semanal no Diário de Notícias.

Falar de causa própria em público exige um enorme rigor e uma humildade acrescida: vou tentar, mas, confesso que não sei se consigo, tão grande é o orgulho.

O Grupo Pinto Basto, a que estou ligado, comemora neste ano o seu 250.º aniversário. Em 1853, a partir de Londres, o Barão de Forrester escreveu em The Prize Essay on Portugal: "Os Ferreira Pinto Basto são uma família muito antiga e muito próspera (...). Cultivam o seu próprio milho, azeitona, fruta, lúpulo e legumes; criam os seus próprios cavalos, gado, ovelhas e porcos; produzem o seu próprio pão, vinho, manteiga, queijo e óleo, e refinam o seu próprio couro; constroem os seus próprios coches; são os arquitetos e construtores das suas vastas residências; são empreiteiros de obras públicas e, não raramente, de empréstimos governamentais também. Desde o Minho ao Algarve, possuem um conjunto de pousadas em propriedades suas, com uma distância entre elas de um dia de caminho."

Esta breve citação remete-nos para a descrição de um conglomerado de base familiar que tem resistido, com momentos piores e outros melhores, mas sempre com um sentido de responsabilidade e gosto pelo risco, numa busca permanente pela criação e pela partilha. Hoje o Grupo tem um perfil diferente, mas não mudou o essencial.

A empresa existe para criar riqueza. Mas o seu verdadeiro objetivo só se concretiza quando essa riqueza é distribuída por todos quantos nela e com ela trabalham. Em 2019, cerca de duzentos CEO das maiores corporações americanas lançaram uma declaração sobre o que deve ser o propósito da empresa, assumindo um compromisso para benefício dos chamados stakeholders - clientes, funcionários, fornecedores, comunidades e acionistas, e por essa ordem.

E o que defendem esses multimilionários?

Que os americanos merecem uma economia que permita a cada pessoa ter sucesso e levar uma vida com sentido e dignidade; - o mercado é o melhor meio para gerar bons empregos, uma economia forte e sustentável, inovação, um meio ambiente saudável e oportunidades para todos;

  • o investimento nos colaboradores, com uma compensação justa e formação adequadas, a promoção da diversidade e inclusão, dignidade e respeito;
  • o apoio às comunidades, protegendo o meio ambiente e adotando práticas sustentáveis;
  • a geração de valor de longo prazo para os acionistas, que fornecem o capital que permite às empresas investir, crescer e inovar.

Não deixa de ser extraordinário que sejam alguns dos homens mais bem pagos nos EUA a liderar a mudança sensata que se impõe ao capitalismo ocidental. E uma mudança que não deixa de ser um bom regresso aos princípios da gestão e da boa convivência humana.

A Pinto Basto, criada em 1771 por Domingos Ferreira Pinto Basto, adquire com o seu filho José uma dimensão e uma consolidação que permitiram a longevidade que a trouxe até aos dias de hoje.

O senhor Pinto Basto acreditava que ser empresário é ser criativo, trabalhador e inovador. Que a empresa é feita por pessoas que precisam de ser cuidadas e realizadas, que investe na instrução dos seus empregados, tanto técnica como social e cultural, criando creches nas suas empresas, promovendo clubes desportivos, orquestras e teatros para que possam ter acesso a maior educação e a viverem a vida com maior conhecimento e oportunidades.

Foi com esta visão que se desenvolveu a caminhada deste grupo familiar que chega a 2021 com um quarto de milénio de vida, sempre com a consciência de que é a pessoa que importa.

É uma visão que está longe de ser universal. Mas é a razão de a Pinto Basto ter conseguido aqui chegar.

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Artigo de Bruno Bobone, Presidente da CCIP, na sua rúbrica semanal no Diário de Notícias.

Assistimos nos últimos dias a um absurdo na distribuição de vacinas, sem qualquer razão de prioridade e apenas porque, de uma forma ou de outra, o poder de decidir falhou e usaram-se critérios errados. Tal foi feito de forma abusiva, seja por falta de controlo, seja por más decisões.

A verdade é que, num momento em que estamos a viver uma situação de crise profunda, em que há pessoas em risco de morte iminente por terem características específicas e que, por isso, eram consideradas prioritárias na vacinação, foram preteridas por outras que não o eram.

E isto numa altura em que todo o processo está sob o intenso escrutínio não só da comunicação social, mas de toda a população. E a tolerância para este tipo de erros não é - nem pode ser - grande.

O pequeníssimo número dos decisores que passaram por esta situação e que se demitiram vem demonstrar a falta de preparação e de qualidade que têm muitas das nossas elites e da permissividade em que se encontra a nossa sociedade.

Estamos agora também na iminência de receber uma enorme quantidade de dinheiro da Europa - a bazuca - e, como no caso da distribuição das vacinas, a sua atribuição vai passar por decisores que estarão nas mesmas condições dos que decidiram sobre aquelas.

Ora, num tema que não implica a morte de cidadãos e em que a capacidade de controlo é muito mais difícil de implementar, com a permissividade e falta de qualidade, como é que podemos acreditar que se vão aplicar aqueles capitais sem a interferência dos que decidem em seu próprio favor ou que, por incapacidade, deixam que os seus próximos se aproveitem?

O país está a sofrer com uma pandemia e já sabemos que não a tratámos com o cuidado necessário. Permitimos demasiada influência ideológica e faltou o rigor que seria indispensável.

Ao mesmo tempo, assistimos a uma falta de rigor nas atitudes de vários ministros e na aplicação das vacinas - acredito que sem conhecimento do governo. Isto deixa-nos com uma enorme desconfiança, injusta por vezes, sobre todos os que são responsáveis neste país.

O país está doente muito para lá da pandemia!

Não temos formação das nossas elites, dos nossos decisores. Precisamos de investir em formação técnica, mas muito mais em formação cívica, em que os responsáveis assumam o seu papel de servir o país e não a si mesmos. Precisamos de mostrar que vale a pena lutar por Portugal e compreender que será muito mais o que ganhamos juntos do que aquilo que cada um pode fazer por si roubando os seus iguais.

Mas precisamos também de uma liderança corajosa, que intervenha quando as coisas estão mal, que não se desculpe, mas que assuma a responsabilidade de mudar.

Sem estas duas mudanças, o país continuará a definhar e a estar sujeito ao saque daqueles que não têm vergonha. Sujeitaremos todos aqueles que não têm poder a uma situação em que nem uns nem outros viverão melhor e em que a podridão começará a eclodir.

Podemos continuar a beneficiar de todas as ajudas, seja de vacinas, seja de apoios financeiros, mas, se não mudarmos a nossa maneira de conviver em Portugal, morrerão os mais frágeis por não receberem vacinas. E morrerá o país porque lhe roubarão os apoios. E quanto mais dinheiro for injetado neste sistema, maior será a sua podridão.

É fundamental acreditar que temos de formar elites fortes para termos gente forte neste nosso Portugal!

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A Made2Web estabeleceu uma parceria corporate com a Câmara de Comércio com o objetivo de estar cada vez mais próxima das empresas portuguesas.

No vídeo que partilhamos, Miguel Vicente, CEO da Made2Web, refere que pretende apoiar os Associados na capacitação e desenvolvimento de planos de crescimento no digital.

 

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Clique na imagem para ver o vídeo. 

 

A Made2Web é especialista em Marketing Digital, através de estratégias de Inbound Marketing, Account Based Marketing, E-commerce e Desenvolvimento Web. Enquanto Agência digital que promove o posicionamento dos websites no topo do Google, ao torná-los mais visiveis está a contribuir para um potencial aumento nas vendas digitais, garantindo maior integração entre a área de Vendas e o Marketing.

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A Direção-Geral das Atividades Económicas, do Ministério da Economia e da Transição Digital, em colaboração com o Ministério dos Negócios Estrangeiros, vai organizar no dia 10 de fevereiro, das 14h00 às 18h00, no âmbito da Presidência Portuguesa do Conselho da União Europeia, um webinar sobre Política Comercial.

Neste webinar (ver programa) serão discutidos temas relevantes para a internacionalização das empresas e para a defesa da indústria, nomeadamente os acordos de comércio livre da União Europeia ou os instrumentos de defesa comercial.

Será também apresentada pela Comissão Europeia, a nova plataforma ACCESS2MARKETS, ferramenta online de apoio à internacionalização das empresas europeias.

O webinar contará com a participação do Alto Responsável para a Execução da Política Comercial, da Comissão Europeia, Denis Redonnet e de S. Exas. a Secretária de Estado dos Assuntos Europeus, Ana Paula Zacarias e o Secretário de Estado do Comércio, Serviços e Defesa do Consumidor, João Torres.

As inscrições encontram-se abertas até ao dia 9 de fevereiro, através do preenchimento do respetivo formulário neste link.

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Caixa reforça apoio às exportações portuguesas

#Publireportagem

Segundo dados de 2019 da OMC, Portugal é a 45ª maior economia de exportação do mundo com uma crescente tendência de diversificação de mercados, representando as exportações 44% do PIB português.

Desde a crise da dívida em 2011, as empresas portuguesas aumentaram a sua vocação exportadora contribuindo de forma evidente para o equilíbrio da balança comercial e para o fortalecimento da economia nacional. Esta tendência foi interrompida pela pandemia COVID-19 que tem trazido pesadas consequências económicas e financeiras para Portugal. Apesar da incerteza sobre o futuro, o aparecimento da vacina deverá acelerar a recuperação em termos de saúde, sociais e económicos.
Poderemos confiar em que as exportadoras portuguesas representarão, mais uma vez, um importante papel na recuperação da economia nacional. São de destacar alguns setores que, em setembro deste ano, já apresentaram crescimentos face a 2019; são exemplos, a metalurgia, os produtos alimentares (com realce para os vinhos), as máquinas e material elétrico e a fileira têxtil.

Apesar do presente contexto, as exportadoras reconhecem que, redesenhando as suas estratégias de crescimento, de inovação (dados do Eurostat apontam para uma relação direta entre a inovação das empresas e as suas exportações), de diversificação de risco e com abordagem a novos mercados e com novos processos (necessidade de reconversão dos planos de aprendizagem e transferência de conhecimento para plataformas digitais existentes no mercado), as encomendas surgirão.

 

O digital como mola de relançamento das exportações

As empresas para serem competitivas nos mercados externos precisam, em regra, de deter uma certa dimensão que lhes permita capacidade de resposta e músculo financeiro para abordar os mercados externos, de apostar na inovação e dispor de meios digitais.

Exportar online e utilizar os mercados digitais de venda de produtos, fazem parte do caminho que deverá ser seguido pelos exportadores portugueses. Em concreto, as exportadoras deverão expandir a cooperação digital, readaptar os procedimentos e processos para trabalhar em conjunto e interagir com os clientes, desenvolver plataformas digitais de aprendizagem, de transferência do conhecimento e aceleração da transformação digital dos processos. Estes deverão ser os principais passos a dar na sequência da pandemia da covid-19, como forma de minimizar as incertezas sobre a sua internacionalização.

É de sublinhar a relevância dada no Plano de Recuperação e Resiliência no sentido de apoiar as empresas a procurarem a sua transição digital, com processos mais amigos do ambiente, e com melhores qualificações.

 

A Caixa como parceiro para ultrapassar obstáculos à internacionalização

A Caixa posiciona-se como um banco que apoia as exportações e importações num contínuo processo de inovação e com uma aposta forte nas mais modernas soluções tecnológicas digitais, com uma oferta que permite o financiamento das empresas - seguindo uma cultura de risco - com soluções de liquidez, com soluções para garantir a segurança das transações de comércio internacional. Contando com equipas de especialistas em Portugal e na vasta rede internacional do Grupo Caixa, com um conjunto de bancos correspondentes em cerca de 200 países e com sofisticadas plataformas digitais próprias (Caixadirecta Empresas) e plataformas de e-trade internacionais) que permitem às empresas ganhos em eficiência, segurança e rapidez e numa filosofia 100% digital. O simulador iAPEX da Caixa ajuda as empresas na seleção de mercados de exportação mais adequados e atrativos para o seu produto (mais de 8.000 produtos simuláveis), com a correspondência na oferta da Caixa para cada mercado escolhido.

São também fundamentais a colaboração e a estreita ligação entre os vários players do negócio internacional: bancos, transitários, alfândegas, seguradoras e crédito, associações empresariais, agências públicas de apoio ao comércio externo, câmaras de comércio bilaterais e a CCIP - Câmara de Comércio e Indústria Portuguesa, da qual a Caixa é parceira há vários anos. Todos têm de fazer um forte esforço de adaptação a processos mais rápidos, desmaterializados, confiando no papel dos bancos e na capacidade destes em ajudar as empresas a reduzir os riscos envolvidos nos processos de exportação.

Deixo o compromisso renovado da Caixa em estar sempre ao lado das empresas, independentemente das conjunturas, e em estabelecer relações duradouras e disponibilizar soluções simples e flexíveis aos nossos clientes, em alinhamento com as políticas públicas e com os programas de financiamento à economia. Destaco o Programa Internacionalizar 2030 como um elemento importante na estratégia do governo e em complemento com as linhas de crédito dito à indústria exportadora, nas suas diversas modalidades.


Francisco Cary

Administrador Executivo da Caixa Geral de Depósitos
Dezembro 2020

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Risco Cibernético - uma prioridade para os empresários

#Publireportagem

O número de incidentes cibernéticos em Portugal e no mundo têm aumentado progressiva e exponencialmente nos últimos anos. Se esta tendência era notória e preocupante, o surto pandémico que vivemos exacerbou-a para proporções nunca antes vistas e nem sequer antecipadas.

A necessidade de reduzirmos a exposição ao risco de contágio e combater a propagação do vírus alterou, de um momento para o outro, a forma como trabalhamos, como adquirimos bens e serviços, como comunicamos, tanto a nível pessoal como profissional.

E mudou as rotinas diárias de todos - famílias, alunos e empresas -, empurrando-as para um mundo virtual e tornando-as fortemente dependentes de sistemas informáticos, de ferramentas de comunicação digital e de trabalho remoto.

Perante a ameaça do vírus, o foco das organizações centrou-se na proteção da saúde dos seus trabalhadores e em garantir a continuidade do seu negócio e operações, o que potenciou a exposição a riscos e vulnerabilidades no que à segurança cibernética diz respeito.

Por um lado, pelo aumento dos possíveis alvos gerado pela proliferação dos pontos de acesso e, por outro, pelo incremento das fragilidades de segurança cibernética decorrentes da transição/transformação digital muito acelerada e pragmática, por vezes pouco planeada.

Os cibercriminosos aproveitaram e exploraram este contexto mais favorável para causar disrupção e maximizar danos e lucros indevidos. E fazem-no de forma profissional, estruturada e muito organizada, lançando ataques progressivamente mais diversificados e sofisticados. Estima-se que a indústria ilícita de cibercrime movimente mais de 10 biliões de euros este ano.

 

Portugal no Top 30 dos países que registam maior número de ataques cibernéticos

Segundo os dados mais recentes do Gabinete de Cibercrime da Procuradoria Geral da República, só nos primeiros cinco meses deste ano já tinham sido registadas mais 139% de denúncias de crimes cibernéticos do que em todo o ano de 2019.

A própria Interpol destacou que, no primeiro quadrimestre do corrente ano, foram detetadas: 907.000 mensagens de spam, 737 incidentes referentes a malware e 48.000 endereço eletrónico (URLs) maliciosos – todos relativos ao COVID-19.

Relevantes também são os dados indicados por sites especializados que monitorizam o número de eventos cibernéticos maliciosos concretizados e tentados. Por exemplo, o site: https://cybermap.kaspersky.com/pt refere que ocorrem centenas de milhares de incidentes por dia em Portugal! Aliás, Portugal figura, diariamente, no top 30 no ranking de países que são alvo de maiores ataques/incidentes cyber.

 

Segurança cibernética crucial para assegurar a continuidade do negócio

Importa destacar que, cada vez mais, existe uma maior consciencialização das empresas e dos seus administradores para esta problemática, até porque a dependência do negócio do mundo cibernético é crescente. Por isso, atualmente, uma das principais obrigações dos gestores é garantir a continuidade de negócio e proteger atividades, informação e dados (seus e dos seus clientes).

Esta afirmação é corroborada pelos resultados do estudo «MDS Research - Situação Económica em Portugal», realizado pela MDS no passado mês de junho. Este estudo revelou “…que os empresários e gestores estão preocupados com a sustentabilidade dos seus negócios, identificando como os principais riscos da sua atividade, passíveis de ser cobertos, a continuidade do negócio, a saúde dos colaboradores, o crédito a clientes e o risco cibernético.” “De realçar que mais de um terço (34,8%) das empresas sinalizou o risco cibernético, o qual se terá tornado ainda mais relevante com a adoção do teletrabalho e o crescente número de ataques que vieram a público.”.

 

O papel da gestão de risco cibernético

A atual pandemia forçou as organizações a reagirem e a readaptarem-se, sendo que aquelas que tinham práticas de gestão de risco e planos de continuidade de negócio robustos estiveram em melhores condições para se readaptar.

Nesta linha de raciocínio, é crítico para o sucesso e continuidade dos negócios que todos os riscos suscetíveis de afetar as organizações (incluindo-se obviamente os riscos cibernéticos) sejam objeto de cuidada análise e gestão.

Com efeito, para sobreviverem as organizações têm de elevar a gestão dos riscos cibernéticos para um patamar estratégico. Numa primeira fase é essencial compreender e avaliar cada risco, quer na sua ocorrência, quer nos seus impactos, e, numa segunda fase, promover e implementar estratégias de prevenção, de resposta e de recuperação que diminuam a probabilidade de ocorrência, minimizem o impacto de um incidente de cibersegurança e garantam a continuidade do negócio.

 

O seguro cyber - garantias abrangentes e um vasto leque de serviços associados

A atividade de gestão de risco cyber das empresas abrange, forçosamente, a sua transferência para o mercado segurador, através do cyber seguro, de forma a aumentarem a sua resiliência e garantirem a continuidade das suas operações e atividades.

É de salientar que o seguro cibernético não substitui nem exclui os mecanismos de segurança e os planos eficazes de resposta a incidentes; como também estes, não tornam o seguro desnecessário ou redundante. Estas realidades complementam-se. Aliás, é já um facto indiscutível que a maioria dos incidentes resulta, por variadíssimas razões e formas, do erro humano (por exemplo, a simples perda de um portátil ou de um telemóvel; o descarregar, por descuido, um ficheiro malicioso anexo a um email de phishing, etc.) e não, unicamente, de problemas na infraestrutura de segurança.

O próprio seguro tem acompanhado a alteração das necessidades de mercado e evoluído para responder, eficazmente, às necessidades dos segurados e ser capaz de reduzir, com significado, o impacto económico e operacional de incidentes.

Uma solução de seguro atual e bem construída ultrapassa os limites e modelos de atuação das apólices tradicionais, disponibilizando uma oferta integrada de serviços e coberturas. Serviços que incluem a prevenção e monitorização de ataques, resposta urgente em caso de sinistro, bem como acesso a redes de especialistas informáticos e peritos forenses com experiência comprovada no tratamento de sinistros.

Simultaneamente, estes seguros garantem os custos relacionados com os danos e prejuízos sofridos pela própria empresa, perdas de lucros resultantes de interrupção de negócio, e responsabilidades perante terceiros.

Para concretizar melhor as valências do seguro e explicar o que o seguro em ação, partilhamos um exemplo real que afetou uma empresa portuguesa.

Em meados de abril uma pequena empresa recebeu um email proveniente de um domínio estrangeiro informando que o seu sistema de informático tinha sido atacado e infetado com vírus e que iria ser bloqueado, sendo que posteriormente a toda a base de dados iria ser destruída. Para impedir o bloqueio e destruição dos dados o hacker exigiu 10.000€ de resgaste.

A empresa acionou de imediato a sua apólice de seguro cyber. A seguradora disponibilizou os serviços dos seus especialistas e peritos forenses que detetaram qual tinha sido a “porta de entrada” do hacker (tinha sido o descarregar por parte de um colaborador de um ficheiro relacionado com o Covid-19 anexo a um email fraudulento). O segurado beneficiou, também e desde a primeira hora, de apoio jurídico. Volvidos 5 dias os especialistas conseguiram repor o sistema operacional e recuperar os dados.

A seguradora suportou todos estes custos, que ascenderam a vários milhares de euros. Adicionalmente, e como a empresa esteve inativa e teve que suspender a sua atividade comercial, a seguradora pagou as perdas de lucros que sofreu. Não existiram reclamações de clientes decorrentes da falha na segurança da rede do segurado ou falha na proteção dos dados, todavia, se tal tivesse sucedido, estariam cobertas.

Conforme se constata, um seguro cyber competente oferece, a preços ainda reduzidos, um leque muito alargado de serviços e coberturas.

Em suma, o risco cibernético deixou de ser apenas emergente para passar a ser, definitivamente, presente. De facto, pode-se afirmar que, para todos nós, um incidente cibernético é certo - apenas a sua hora é que é incerta.

Já não é uma realidade longínqua, abstracta, que só afeta os outros ou só as grandes organizações. Não! Afeta de forma transversal e dura, toda a sociedade, isto é, cidadãos, famílias e organizações, sejam elas de pequena, média ou grande dimensão.

Pelo exposto, a gestão e transferência desse risco é - e será mais do que nunca - não só um factor crítico de sucesso, mas inclusivamente de sobrevivência e continuidade dos negócios.

 

Pedro Pinhal 

 

Pedro Pinhal
Diretor Técnico e Sinistros da MDS Portugal

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Artigo de Bruno Bobone, Presidente da CCIP, na sua rúbrica semanal no Diário de Notícias.

Temos novo presidente. Não falo de Marcelo Rebelo de Sousa, mas de Joe Biden. Apesar de todos sabermos que Biden "só" é presidente dos americanos, na realidade é o presidente de todos nós.

E é-o porque nos envolvemos na sua eleição e se nós, europeus, pudéssemos escolher o presidente dos Estados Unidos, Biden teria ganho de uma forma muito mais convincente.

Como bem sabemos, Donald Trump teve sempre muito mais críticos fora dos Estados Unidos do que lá dentro e, ainda que nos tenha custado, foi o candidato derrotado com mais votos de sempre.

Ninguém tem dúvida de que o presidente dos Estados Unidos tem uma enorme importância para a nossa vida. Desde a queda do Muro de Berlim, e até há pouco tempo, assistimos a uma ordem global que se baseava no poder de uma potência.

Isso permitiu reduzir tensões e inaugurar um período de estabilidade. Deixámos de nos preocupar com a gestão dos nossos interesses na escolha do nosso posicionamento internacional em termos de alianças. Essa ordem mundial, sem oposição, muito contribuiu para a globalização e para o crescimento da influência dos interesses americanos em todo o mundo.

O mundo está de novo a bipolarizar-se, tendo a China criado um poder que se bate com a América e que condiciona e condicionará a ordem que conhecíamos. Hoje temos duas superpotências que batalham pelo mesmo espaço de dominância política e económica: a era unipolar terminou.

Nesta perspetiva torna-se fundamental para Portugal e para a Europa redefinir o seu posicionamento.

É preciso assegurar um lugar que lhe garanta o crescimento económico e o desenvolvimento social. Tudo isto está dependente dos acordos e da posição negocial que consiga estabelecer. A União Europeia decidiu não esperar pelo início do novo ciclo nos Estados Unidos e celebrou um acordo de princípio sobre investimentos com a China, no final do ano passado. É um novo paradigma, onde os líderes europeus sinalizam que pretendem sair de baixo da asa de Washington. Mas é algo que não deverá ser bem recebido na Casa Branca.

Neste ambiente, e sabendo hoje que a Europa é o bloco económico com maiores níveis de consumo que ambas as potências necessitam de conquistar, torna-se fundamental conseguir estabelecer a estratégia para melhor conduzir essas negociações. O que naturalmente passará por conseguir reabrir portas com os Estados Unidos para a celebração de um tratado de livre comércio que assegure os interesses das exportações europeias e permita um estádio de potencial crescimento da economia.

Mas significa também recuperar o papel dos Estados Unidos e da sua posição nos acordos de que se alheou, e que vão desde o compromisso com os acordos de Paris, com a sua participação orçamental na NATO, na OMS e na OCDE. O regresso a alguns destes compromissos foi assinado por Biden no seu primeiro dia na Casa Branca.

Outro objetivo terá de ser a cooperação entre os dois blocos nas decisões de modo a enquadrar as posições a tomar frente aos interesses chineses. A meta é estruturar a relação com a China de maneira a tornar-se complementar e não conflituosa, sempre que possível. O princípio de acordo alcançado entre Bruxelas e Pequim pode ter sido um primeiro passo.

Para que tudo isto seja uma realidade precisamos que Biden seja um presidente forte, com uma visão global, seguindo a tradição norte-americana desde a II Guerra Mundial, e que queira também ser, verdadeiramente, um presidente de muito mais do que apenas dos americanos.

Que queira reconciliar os Estados Unidos com o mundo e traga a estabilidade estratégica que permita voltarmos a viver num clima de menor sobressalto, tão prejudicial às empresas e ao crescimento económico mundial.

E que assim se torne de facto o presidente de todos nós.

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Mudança: Adaptação à Crise ou simplesmente Gestão numa economia em movimento

#Publireportagem

 

Ciclicamente o mundo e a economia apresentam desafios provocados por crises de diferentes naturezas e que obrigam as empresas a reagir de forma excecional. Este contexto de crise pandémica fez os empresários questionarem o seu negócio a diferentes níveis: da estratégia, ao modelo de negócio, passando pela estrutura organizacional e, necessariamente, nos planos de investimento. Tudo tem sido alvo de reflexão. As formas de lidar com este imperativo têm sido diversas, mas a agilidade e a rapidez são para nós os pontos críticos e, sobretudo, os fatores comuns aos casos de sucesso que temos assistido.

Perante estes cenários de mudança e de exigência de transformação as empresas têm de estar preparadas, por um lado reagindo de forma competente a novos estímulos ou condicionantes, por outro, e sobretudo, dotando a organização de uma agilidade que permita mais rapidamente acomodar os desafios. É aqui que as empresas devem centrar a sua atenção e parte relevante dos seus investimentos. Os últimos 100 anos apresentaram-nos um conjunto de crises de diferentes naturezas que nos leva a crer que este será o contexto natural e permanente para fazer e gerir negócios. Tivemos crises com origem financeira, energética e de matérias primas. Assistimos a conflitos com escala e repercussões mundiais. Encolhemos o planeta com a Globalização com tudo o que implica de oportunidades e condicionantes. Hoje sofremos o impacto de uma Pandemia com tudo o que já tivemos de lidar, desde a saúde pública, à economia e até ao nível social. Para saber resistir, continuar a investir e a crescer, é exigido às empresas uma agilidade e capacidade de reação que só possível de forma eficaz se enfrentarmos estes momentos de disrupção como sendo um paradigma de normalidade.

 

Disrupção: como transformar a oportunidade em negócio

A forma como as organizações reagem perante os diferentes estímulos, sejam eles de oportunidade ou de mudança, determinam de forma definitiva os resultados e o futuro das organizações. Quando confrontados com momentos como este, de profundo estímulo à mudança, os gestores têm de estar alerta para reconhecerem essas potenciais oportunidades ou ameaças. Identificamos três momentos críticos onde a rapidez se exige para fazer a diferença:

  • No reconhecimento:
    O alerta para a necessidade de mudança e a rapidez com que os estímulos externos são reconhecidos como oportunidades ou ameaças. A tradução rápida do que acontece no mundo e nos diferentes mercados, seja ao nível económico, mas também político e social, condiciona e permite identificar sinais de mudança. Neste contexto tem ganho elevado relevo o tema dos mercados internacionais onde as alterações no comportamento do consumo seja ao nível do B2B ou do B2C. Se neste a capacidade de identificar tendências precocemente pode fazer a diferença, ao nível do negócio entre empresas o mercado internacional tem sido marcado por elevadas condicionantes ao nível das cadeias de fornecimento, distribuição e até legislativo. A capacidade de transformar esta contingência numa oportunidade depende muito da celeridade da observação e da monitorização destas mudanças críticas;

 

  • Na Decisão:
    A capacidade de decidir um novo ou diferente rumo e a velocidade com que essas decisões de ação são tomadas, é determinante. Colocar nos Board das empresas a informação das tendências identificadas, permite analisar e planear com mais capacidade, além de assegurar a rapidez das decisões, já que esta é crítica para que o timing seja certeiro. O estar preparado para decidir bem as alterações estratégicas ou de negócio passam também pela robustez financeira. Seja para acomodar o impacto de quebras significativas nos rendimentos, seja para aproveitar oportunidades que o mercado proporcione, a saúde e qualidade da gestão financeira condicionarão as decisões;

 

  • Na Execução:
    A capacidade de mudança efetiva e mobilização dos recursos necessários são peças chave na implementação das ações. A rapidez com que se mobilizam e articulam os diferentes recursos, pessoas e processos determinam quando a atuação das empresas é percecionada no mercado. A capacidade de implementar a mudança e preparar a organização para novos rumos depende da eficácia na execução. Não basta reconhecer tendências nem decidir novos caminhos. Se os processos de negócio e a eficiência organizacional não estiverem devidamente desenhados e afinados para acomodar e implementar as decisões, todo este processo de evolução e crescimento ficará comprometido. Assumem elevada relevância a adoção de tecnologias e soluções digitais, sendo que o mapeamento competente das necessidades e a ótima implementação nas organizações, ditarão se estas estão aptas a acomodar e a executar essas novas decisões.


Continuar a acelerar o negócio

Temos acompanhado as empresas ao longo dos últimos anos trabalhando desde a estratégia, à revisão dos modelos de negócio e ao business plan para desenhar cenários e sustentar decisões. Todas estas peças são cruciais para que o caminho a trilhar seja mais firme e seguro, mas o recurso a todos estes instrumentos, associado ao timing certo e à velocidade da sua implementação, faz a diferença nos casos de sucesso.

As respostas efetivas a crises exigem toda esta agilidade organizacional. A combinação destes três momentos e a adequada articulação entre estas fases determinam e condicionam o futuro. É certo que a mudança envolve incerteza e risco, mas a atuação nestes momentos determina se as empresas estão só a competir ou a jogar para ganhar nesta corrida pelos resultados.

Vencer hoje exige ter os olhos no Mundo mesmo que para agir numa geografia mais restrita. Gerir implica ter gestores com a cabeça bem no alto para ver longe o caminho a percorrer, mas, ao mesmo tempo, os pés bem assentes na terra para preparar todos os pequenos passos necessários para competir.

Se há momentos em que a mudança comportamental permite a melhoria e o crescimento desejados, quando procuramos dar saltos significativos perante os desafios mais importantes, só conseguimos com êxito através de uma mudança rápida e ágil de paradigma.

Faça o download gratuito do Estudo Insight aqui

 

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Pedro Magalhães, responsável pela área internacional na CCIP, revela, em entrevista ao Dinheiro Vivo, que as empresas estão mais atentas e a procurar oportunidades em novos mercados.

Pedro Magalhães, Diretor de Comércio Internacional da CCIP, conversou com o Dinheiro Vivo sobre as dificuldades que as empresas exportadoras estão a enfrentar e do aumento da procura de serviços de apoio à internacionalização.

O Diretor de Comércio Internacional acredita que o tecido empresarial exportador está bem preparado para procurar oportunidades, mas salienta que fazer previsões no atual contexto é muito difícil.

 

“Portugal goza de uma imagem internacional em termos turísticos, empresariais e de credibilidade como há muitos anos não víamos e o investimento estrangeiro aqui, até à pandemia, atingiu valores recorde, pelo que temos todas as condições para uma recuperação rápida e sustentada. Mas vai ser preciso manter o foco na internacionalização e nas exportações (fazendo crescer a sua importância no PIB nacional) e captar o investimento estrangeiro e o capital de que precisamos, num quadro de concorrência internacional a que o nosso vice-presidente, Paulo Portas, ainda recentemente se referiu como muito exigente."

 

Pedro Magalhães aborda ainda a dificuldade que há em realizar Missões Empresariais presencialmente, apesar dessa ser a vontade das empresas. Reconhece que "o contacto pessoal é sempre diferente, gerador de confiança e empatia e garantia de que se conhece em maior detalhe a realidade de cada empresa envolvida", mas, assegura que, quando necessário as Missões Empresariais assumem o formato virtual para que as empresas possam concretizar as reuniões previstas.

 

Veja a entrevista completa ""Empresas procuram ainda mais" serviços de apoio à internacionalização"

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Artigo de Bruno Bobone, Presidente da CCIP, na sua rúbrica semanal no Diário de Notícias.

Foi há praticamente dois anos que tive a oportunidade de publicamente desafiar Marcelo Rebelo de Sousa a candidatar-se a um segundo mandato. Fui provavelmente o primeiro a fazê-lo e fi-lo exatamente pelas mesmas razões que me levam a escrever - hoje, aqui - este texto.

Durante largas décadas a Europa e o mundo evoluíram no sentido da democracia e da liberdade. A ideia de mudar o acesso ao poder, atribuindo aos atos eleitorais a base desse mesmo poder, era a solução ambicionada pelo mundo para conseguir chegar a um estádio de liberdade e respeito pelas pessoas.

Com este sistema de governação, e confiantes de que este sistema nos permitiria a confiança para nos abrirmos ao mundo, avançámos na globalização. E fizemo-lo sempre baseados no paradigma de sucesso da economia de mercado - o sistema que mais contribuiu para a criação de riqueza.

Contudo, tanto pela habituação ao sistema, pelo comodismo que se instalou através dessa mesma criação de riqueza, como pela clara perda de foco sobre aquilo que é a essência de todas as nossas ações - e que é a pessoa humana -, a verdade é que chegámos a um ponto em que o sistema deixou de nos encantar e passou a ser a razão de todas as frustrações, e como tal condenável.

É em resultado desta sensação de frustração que assistimos ao despontar por todo o mundo de movimentos de contestação que se afirmam contra o politicamente correto e que se tornam muito apelativos, pois geralmente prometem aquilo que as pessoas gostariam de conquistar.

Para combater essas frustrações torna-se fundamental a promoção de projetos que vão ao encontro dos anseios das pessoas que, na sua origem, se fundam em questões que verdadeiramente importa corrigir e melhorar. Contudo, quando associadas aos temas mais populistas, promovem a instabilidade e a imprevisibilidade e acabam por criar situações com as quais não queremos conviver, mas que não poderemos evitar.

Veja-se o caso daquilo que sucedeu nos Estados Unidos: mesmo os mais entusiastas defensores das políticas imprevisíveis de Donald Trump nunca suspeitariam que poderia tudo terminar com um assalto ao Capitólio. Da mesma maneira, os admiradores de Maduro não poderiam acreditar que um país com a riqueza da Venezuela pudesse estar a passar fome, nem que a China voltasse a ter um presidente vitalício.

É neste mundo que temos de ir votar. Ainda que em Portugal o papel constitucional do presidente da República não seja decisivo para tudo mudar nesta matéria, o presidente é a referência do país que queremos e é o garante do tipo de sociedade que pretendemos para o nosso futuro.

E o que eu quero é uma sociedade que se foque na qualidade das pessoas que a compõem, em que todos importam e em que todos têm o direito de ser felizes. Uma sociedade em que o respeito verdadeiro pelas pessoas e pelos seus ideais seja intocável.

Em que as religiões sejam respeitadas pelo que representam para os crentes e em que o bem comum tenha primazia sobre o bem individual.

Uma sociedade em que haja oportunidades iguais para todos, onde haja uma preocupação de criar riqueza, mas que seja sempre criada com o objetivo de ser distribuída com justiça por todos os seus membros.

Uma sociedade e um país em que procuremos todos juntos encontrar um caminho integrador e inclusivo em que produzamos sempre mais pela complementaridade do que pela competição.

Um país em que seja mais importante ser feliz do que ser rico, ajudar do que ganhar, ser pessoa e parte do todo, do que ser só mais um membro de uma fação.

É por tudo isto que acredito que vale a pena Marcelo..

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A Câmara de Comércio e Indústria de Portugal (CCIP) aposta em missões empresariais de promoção de indústrias portuguesas nos mercados internacionais. Em entrevista à PME Magazine, Pedro Magalhães, diretor de comércio internacional da CCIP, faz o balanço de 2020, um ano atípico para o crescimento e exportação das empresas portuguesas, e fala das expectativas para 2021.

Com missões nos Emirados Árabes Unidos e no Cazaquistão, a Câmara de Comércio e Indústria de Portugal (CCIP) entrou em 2020 a acompanhar empresas de vários setores e a fazer a ponte entre as agendas das indústrias nacionais e potenciais importadores, distribuidores, clientes finais e novos parceiros de negócio. Cada missão tem em vista a criação de uma nova relação laboral entre Portugal e um determinado mercado internacional, com a CCIP a organizar reuniões de negócios que respondam às necessidades individuais das empresas e à procura do mercado no qual pretendem entrar.

Pedro Magalhães, diretor de comércio internacional da CCIP, refere que todo o processo de internacionalização “envolve um trabalho prévio com as empresas para perceber em detalhe aquilo que elas procuram ao nível de contactos e aquilo que existe ao nível da oferta local, para haver um matching ideal”.

 

Ações virtuais para não parar o investimento

Com a chegada da pandemia e do confinamento, os serviços da CCIP foram forçosamente adaptados. De março a setembro, todas as ações de preparação de agendas e reuniões presenciais – que implicavam a deslocação aos mercados – foram suspensas, passando a acontecer de forma virtual. “Fizemos vários webinars sobre outros mercados, bootcamps sobre internacionalização totalmente online. Passámos tudo para o digital, para conseguir responder às necessidades das empresas que continuavam à procura de contactos a nível internacional, mas estavam impedidos de fazer as suas deslocações”, explica Pedro Magalhães. A partir de setembro, principalmente nos meses de novembro e dezembro, as missões presenciais foram retomadas, uma vez que as empresas acreditam ser este o modelo mais indicado para concretizar negócios e explorar novos mercados. “Sou um defensor das duas vertentes. Acho que é possível fazer algumas coisas de forma virtual, mas nada substitui o contacto físico com as pessoas”, comenta.

Para o responsável, “é impensável haver uma ligação contratual, ou uma relação que se crie com um cliente, se as coisas forem todas feitas de forma virtual”. O diretor salienta a falta de condições técnicas na maioria dos mercados e a importância do contacto pessoal e da visita às instalações locais para que seja criada uma “noção mais precisa daquilo que é o mercado e uma relação com um potencial cliente importador ou distribuidor”.

Pedro Magalhães mostra-se, no entanto, confiante de que a incerteza deixada pela pandemia transformou o pensamento das empresas que, embora não descartem totalmente o formato virtual, também pretendem recuperar na totalidade as missões presenciais.

“A alternativa virtual foi muito boa para o tempo que vivemos. Mas creio que o futuro e, pelo que tenho visto pelas empresas, muitas delas querem voltar a viajar, querem voltar presencialmente, e depois fazer um modelo híbrido – em vez de se deslocarem dez vezes por ano, passam a deslocar-se cinco, por exemplo”, explica.

 

Plano "ambicioso" para 2021

No que respeita a 2021, a CCIP pretende que as missões anteriormente realizadas de forma presencial em Portugal, na sua maioria em Lisboa, passem a ser virtuais e substituídas por seminários temáticos sobre os mercados, webinars, programas de export mentoring, entre outras iniciativas. Também prevista está a visita a Portugal de potenciais compradores, importadores, retalhistas e distribuidores internacionais, dos setores alimentar e de bebidas, têxtil e de vinhos.

“Tendo em conta as enormes incertezas que nos reserva 2021, preparámos um plano ambicioso e que procura responder às necessidades das empresas exportadoras nacionais, que pretendem alavancar os seus negócios a nível internacional”, refere Pedro Magalhães.

 

“As empresas estão muito esperançosas que todo o tema das vacinas e todas as impossibilidades de deslocação se levantem e que 2021 seja um ano de crescimento. Embora não seja um crescimento louco, será uma recuperação e um ano melhor do que 2020, seguramente”, destaca.

 

Quanto às 45 missões empresariais internacionais previstas, estas irão manter-se num registo misto – virtual e presencial –, sendo cada mês do ano associado a um mercado diferente. Planeados estão já janeiro, como o mês de África; em fevereiro será dado destaque ao Médio Oriente; em março à América Latina e em abril à zona da Eurásia. Os destinos escolhidos têm apresentado um crescimento económico significativo e, em missões anteriores, trouxeram bons resultados a empresas portu- guesas, como o caso do México, de Marrocos, da Rússia, da Costa do Marfim e da Coreia do Sul.

Será também dada continuidade aos seminários “Meet-the-Market”, desta vez em formato online e gratuito, que aprofundam a realidade económica e comercial de um determinado país, e às iniciativas online one-to-one, cujas sessões individuais e personalizadas juntam empresas e representantes locais dos diversos mercados.

A CCIP vai, ainda, promover ações de formação para a in- ternacionalização das empresas, assim como um serviço de consultoria individual e de mentoring para as indústrias portuguesas que pretendam iniciar a sua expansão nos mercados internacionais.

“Procuramos pegar em cada empresa e trabalhá-la de forma customizada”, afirma Pedro Magalhães, salientando ser esse o fator que marca a diferença, uma vez que “o foco é conseguir reuniões que deem negócio”. O processo de preparação de uma missão empresarial pode levar entre 30 e 45 dias, tempo em que a CCIP trabalha como intermediária entre o consultor local e a empresa cliente, “para garantir que o processo é uniforme”. Pedro Magalhães explica: “Focamo-nos em trazer às empresas uma agenda muito concreta, em que elas já sabem quem vão ver - as empresas portuguesas validam todas estas reuniões antes de se deslocarem ao mercado. É um trabalho que demora mês ou mês e meio a preparar, a juntar contactos, a empresa portuguesa valida e depois inicia-se o processo de marcação das reuniões”.

Uma missão empresarial internacional pode durar entre cinco e sete dias. No total, os custos de cada missão podem rondar entre os três e os quatro mil euros, incluindo as deslocações ao país de destino, alojamento, seguro e agendamento de reuniões. O responsável revela que a CCIP vai ainda lançar a quarta edição do Barómetro para a Internacionalização, um inquérito realizado a mais de 750 indústrias portuguesas que resume o “estado da arte das empresas sobre a internacionalização, as suas perspetivas para o futuro e sobre o impacto que teve a pandemia em 2020”.

Antecipando os resultados do inquérito, Pedro Magalhães afirma que, em 2020, o setor da metalomecânica foi o maior exportador a nível nacional, seguindo-se a indústria alimentar que, embora seja um setor sem índices elevados de exportação, tem vindo a aumentar o seu volume de negócios. Em terceiro lugar surge o setor dos vinhos, cujo consumo aumentou exponencialmente durante o período de confinamento, e o setor das tecnologias da informação. Por último surgem as empresas da área farmacêutica, têxtil e calçado, turismo, restauração e hotelaria, que sofreram reduções ao longo de 2020.

 

Entrevista a Pedro Magalhães à revista PME Magazine.

 

Texto por: Mafalda Marques e Maria Inês Jorge

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As delegações do Hong Kong Economic and Trade Office (HKETO), em Bruxelas e em Berlim, vão organizar, no dia 5 de fevereiro às 09h00, um webinar com a chefe do Executivo de Hong Kong, Mrs. Carrie Lam, que irá falar sobre as oportunidades de negócio para as empresas europeias.

Este evento online contará também com a participação do Secretary for Commerce and Economic Development, Mr. Eduard Yau, do Secretary for Environment Mr. Wong Kam-seng e do Secretary for Financial Services and Treasury, Mr. Christopher Hui.

Os interessados podem fazer a inscrição através deste link.

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