No dia 16 de abril, a Câmara de Comércio e Indústria Portuguesa, a Caixa Geral de Depósitos, a Yunit Consulting e a Associação Comercial do Porto promovem uma business talk dedicada à estratégia da internacionalização das empresas nacionais.
A "Via Verde para a Internacionalização" reúne diferentes perspectivas sobre os domínios do planeamento, da exportação, do acesso a incentivos e do financiamento das empresas que ambicionam crescer em mercados externos.
09h30 | Receção dos participantes
10h00 | Abertura
Nuno Botelho | Presidente | Associação Comercial do Porto
10h20 | Da decisão de exportar à entrada num mercado
Pedro Magalhães | Diretor de Internacionalização | CCIP
10h40 | Erros a evitar e fatores críticos de sucesso numa candidatura; Incentivos Financeiros disponíveis para apoio ao Financiamento
Fátima Roxo | Gestor Comercial | Yunit
Eduardo Silva | Diretor de Operações | Yunit
11h00 | O papel da Banca e as soluções de financiamento de apoio aos Incentivos – CGD
José Mota Freitas | Diretor Adjunto | CGD
11h20 | Mesa-Redonda: Testemunhos de empresas portuguesas
Mónica Domingues | Export Sales Manager | Embalcer (TBC)
11h45 | Perguntas e Respostas
12h00 | Encerramento e Networking Coffee
A conferência, terá lugar na Palácio da Bolsa, entre as 9h30 e as 12h00, é de acesso livre, mas sujeita a inscrição prévia e limitada ao número de lugares disponíveis.
Durante 4 dias, as empresas portuguesas que se juntaram a esta Missão, tiveram reuniões individuais com importadores, distribuidores e/ou clientes finais, previamente validados e de acordo com o que pretendiam para este mercado.
As possibilidades de negócio a curto/médio prazo são uma evidência, esperando alcançar a presença de empresas portuguesas neste mercado.
A CCIP organizou a 16ª Missão Empresarial a Marrocos, uma economia com cerca de 38 milhões de habitantes e que se caracteriza por apresentar estabilidade política, social e económica.
Ao longo de 5 dias, os participantes de diversos setores de atividade tiveram a oportunidade de conhecer o ambiente de negócios do país, ter reuniões individuais de negócios com importadores, distribuidores e clientes finais, conhecer os principais operadores do mercado em diferentes setores, estabelecer contactos com o meio empresarial local e contactar com parceiros locais de referência.
No âmbito do programa desta missão a delegação portuguesa participou também num jantar debate, subordinado ao tema “ How to Boost Economic Ties Between Portugal and Morocco – Walk the Talk!”, no qual Paulo Portas, Vice-Presidente da CCIP, foi um dos oradores convidados.
Face às oportunidades de negócio, que este mercado oferece, para as empresas portuguesas a CCIP vai organizar novamente uma Missão Empresarial a Marrocos que se irá realizar de 24 a 28 de junho.
O dia 6 de março foi dedicado à iniciativa “Exportador do Mês” da Câmara de Comércio e Indústria Portuguesa.
A CCIP levou empresas portuguesas de diversos setores de atividade a conhecerem os bastidores e o dia a dia da Casa Mendes Gonçalves. Esta iniciativa permitiu aos participantes visitarem as instalações e assistirem a uma apresentação por parte dos líderes da empresa.
A Casa Mendes Gonçalves é a empresa portuguesa líder na produção de vinagres, molhos e temperos. Fundada em 1982 e com cerca de 350 colaboradores de 12 nacionalidades, trabalha com o propósito de ser uma referência na alimentação do futuro, com rigor e exigência, impactando positivamente pessoas, a sociedade e o meio ambiente.
No mês de abril poderá conhecer os bastidores e o dia a dia da Renova.
O Bootcamp de Marketing, já na 12ª edição, é um dos eventos mais aguardados do calendário anual da Câmara de Comércio e Indústria Portuguesa. Este ano realizou-se em formato presencial, no dia 6 de março e contou com mais de 20 oradores especialistas.
Esta edição registou uma expressiva afluência de participantes, facto que inscreve este evento na lista de excelência das iniciativas com maior sucesso e notoriedade da CCIP, integralmente organizadas e conduzidas pela última.
O Salão Nobre da CCIP acolheu um ecossistema diversificado de participantes a quem foi dada a oportunidade única de ouvir e interagir com os diferentes painéis de oradores, dinamizados por um fantástico grupo de especialistas a quem coube a apresentação das principais tendências do setor.
O Bootcamp abriu da melhor forma possível, com uma criativa apresentação intitulada “To be or not to be - O que Shakespeare nos ensinou sobre Marketing”, que entusiasmou todos os presentes e acabou por ser um dos pontos altos do evento.
Foram abordados temas como “O Marketing como owner da customer journey”; a criatividade aliada a uma perspetiva de gestão de tempo; as novas oportunidades de comunicação para um futuro sustentável; a sustentabilidade; o papel da transformação digital no Marketing e os principais desafios e oportunidades da inteligência artificial e a gestão de dados.
Esta iniciativa é um palco privilegiado para o networking empresarial. Este ano, confirmou-se a regra. Mas não só o mundo empresarial esteve representado.
Destaca-se a presença de vários estudantes universitários de marketing que procuraram neste evento a oportunidade de experimentar um ambiente mais profissionalizado, apresentado por grandes especialistas a quem a CCIP agradece, também por esta via, a disponibilidade e o entusiasmo demonstrados, ao aceitarem o desafio e o convite lançado. Especialistas que ajudaram a valorizar este que é um dos momentos mais aguardados do ano.
E que comece a preparação da 13ª edição do Bootcamp.
Para o ano há mais.
Se tem uma empresa na região do Norte de Portugal e quer internacionalizar o seu negócio, este evento é para si!
No dia 7 de março, das 14h30 às 16h45, inicia-se a jornada “Via Verde para a Internacionalização”, uma iniciativa entre a Câmara de Comércio e Indústria Portuguesa, a Caixa Geral de Depósitos e a Yunit Consulting que tem como objetivo apoiar as empresas a prepararem a sua jornada rumo à internacionalização.
14h30 | Receção dos participantes
15h00 | Abertura
Gonçalo Pimenta de Castro | Vice-Presidente para a Internacionalização | AE Minho
15h20 | Internacionalização: Factos & números | Tópicos-chave a ter em conta
Pedro Magalhães | Diretor de Internacionalização | CCIP
15h40 | Erros a evitar e fatores críticos de sucesso numa candidatura | Incentivos Financeiros disponíveis para apoio ao Financiamento
Ricardo Vale | Gestor Comercial | Yunit
Eduardo Silva | Diretor de Operações | Yunit
16h00 | O papel da Banca e as soluções de financiamento de apoio aos Incentivos
José Mota Freitas | Diretor Adjunto | Caixa Geral de Depósitos
16h20 | Mesa-Redonda
Gonçalo Pimenta de Castro | Vice-Presidente para a Internacionalização | AEMinho
Paulo Aparício | Diretor Executivo | Grupo MCA
José Mota Freitas | Diretor Adjunto | Caixa Geral de Depósitos
16h45 | Encerramento e Networking Coffee
A 1ª Missão Empresarial ao Paraguai, organizada pela Câmara de Comércio e Indústria Portuguesa excedeu as expectativas de todos os participantes.
Empresas portuguesas dos setores vinícola, metalomecânica, engenharia para a construção e tecnologias da informação tiveram inúmeras reuniões individuais com os principais players dentro dos seus setores, com possibilidades de negócio concretas para curto/médio prazo.
O Paraguai está a conseguir atrair investimento estrangeiro através de uma política fiscal muito atrativa, entre outras vantagens. Com um ambiente de negócios propício e um crescente interesse em inovações tecnológicas, o país demonstra um grande potencial para o mercado externo.
O Salão Nobre da CCIP, na manhã do dia 21 de fevereiro, foi o palco escolhido para a entrega de diplomas aos participantes da 1ª edição do programa de formação "Da exportação à internacionalização", realizado no âmbito da parceria estabelecida entre a CCIP e a Universidade Católica Portuguesa através da Católica International Business Platform.
Foram 24 os primeiros diplomados do Programa, que arrancou a 17 de novembro de 2023, na Católica-Lisbon Executivos. Hoje, foram homenageados perante uma extraordinária plateia, destacada por Rui Miguel Nabeiro, Presidente da CCIP; Miguel Athayde Marques, Vice-Reitor da Universidade Católica Portuguesa; Filipe Santos, Dean da Católica-Lisbon; Margarida Ramalho, Diretora Executiva da Católica International Business Platform; Lídia Tarré, membro da direção da CCIP, Administradora da Gelpeixe e participante no programa, e João Pedro Guimarães, Secretário-Geral da CCIP.
Rui Miguel Nabeiro, Presidente da CCIP, no seu discurso de boas-vindas e também de celebração por este ser um dia “muito especial”, referiu o profundo comprometimento da CCIP em apoiar as “nossas empresas para que o país possa criar riqueza e prosperidade em benefício de todos”.
O Presidente da Câmara de Comércio reforçou ainda a importância do momento que simboliza o compromisso que a CCIP tem em oferecer formação avançada aos seus empresários, apoiando-os no processo de crescimento e desenvolvimento das suas empresas. Rui Miguel Nabeiro expressou especial satisfação pela concretização da parceria com a Universidade Católica, que “nos enche de orgulho” e “nos une a uma instituição de referência”.
Seguiu-se a intervenção de Filipe Santos, Dean da Católica-Lisbon, que realçou a importância do programa, desenhado à medida das necessidades de desenvolvimento das empresas portuguesas. Adiantou que o programa da Academia CEO é encarado como uma oportunidade de “nos superarmos” e que os primeiros diplomados são pioneiros de uma jornada que começou nesta 1ª edição do curso. Filipe Santos finalizou o seu discurso dando destaque ao trabalho conjunto desenvolvido com as empresas e com a CCIP no sentido de melhorar o setor empresarial português.
Margarida Ramalho começou por dizer que a criação de valor económico é acima de tudo um processo de Cocriação e Active Learning. Referiu que o programa da “exportação à internacionalização” foi desenhado à medida para dar uma visão integrada do contexto em que atuam as empresas, e de como podem avançar da exportação para a internacionalização com sustentabilidade. “Havendo um quadro comum de referências na primeira linha das empresas, é possível promover a reflexão e o debate, e tomar decisões sustentadas”. Por fim, sublinhou a importância de permanecer ativo na procura e partilha de conhecimento, “Stay active in learning” é o mote da Academia CEO Future Ready e o programa “da exportação à internacionalização”, a porta de entrada.
A CCIP destaca ainda a intervenção de Lídia Tarré, participante no Programa, que na sua intervenção, destacou o orgulho que sente na realização desta parceria, por toda a resiliência e profissionalismo das partes, acreditando ser por estas vias que a CCIP capacita empresas e ajuda a voar mais alto.
Miguel Athayde Marques encerrou o painel das intervenções, partilhando com todos os presentes: “para sobrevivermos, e sermos sustentáveis no futuro, é hoje que temos de tomar as decisões”. Apontando para o futuro, terminou dizendo que “temos de seguir uma abordagem multidimensional, envolvendo recursos (ganhos de produtividade), pessoas (melhoria das “skills” e da qualidade de vida), e sistemas (boa governance e boa gestão).
A cerimónia terminou com a entrega individual dos diplomas, nesta que foi a edição pioneira do programa da Academia CEO.
A Simoldes é uma empresa portuguesa no setor de moldes, reconhecida globalmente. Fundada em 1959, é líder na produção de moldes para a indústria automotiva e possui presença internacional com unidades em diversos países, incluindo Brasil, Polónia e Espanha. Com foco na inovação e tecnologia, estabeleceu parcerias estratégicas, consolidando a sua posição como um player relevante no mercado global.
Para além do networking e do contacto direto com os responsáveis da Simoldes, os participantes de empresas de diversos setores de atividade tiveram a oportunidade de conhecer as boas práticas e cultura inovadora da empresa.
Como anfitriã, a Simoldes, recebeu uma Menção Honrosa da CCIP, reconhecendo o seu importante papel na internacionalização da economia portuguesa.
No mês de março poderá participar no “Exportador do Mês” e conhecer os bastidores da Casa Mendes Gonçalves. Saiba mais aqui.
A economia do México tem apresentado nos últimos anos um notável nível de diversificação. A estabilidade macroeconómica do país, contribui para a diminuição da inflação e das taxas de juro, e constitui uma base fundamental para fomentar investimentos e promover o crescimento no setor privado.
Este mercado oferece diversas oportunidades de negócio e, por isso, a CCIP levou empresas portuguesas de diferentes setores a realizarem reuniões individuais com importadores, retalhistas e distribuidores locais e internacionais.
Conheça as próximas iniciativas para internacionalizar o seu negócio!
Este e-book reúne insights valiosos de diversos profissionais de Marketing, que prontamente aceitaram partilhar as suas visões, estratégias e soluções.
A voz das empresas e dos profissionais de marketing, revela como enfrentarão os desafios deste ano, sendo claro que há uma tendência incontornável: a Inteligência Artificial e o seu impacto nos diversos sectores.
A Câmara de Comércio e Indústria Portuguesa dá os parabéns aos alunos que ao longo de 7 meses se reuniram com um propósito comum - fortalecerem as suas competências em gestão.
Esta foi a 4ª edição do programa executivo de formação para gestores de PME criado pela CCIP e pela Nova-SBE, em 2019. Um programa que tem como obetivos proporcionar uma visão abrangente e transversal das principais áreas da gestão, identificar as melhores práticas e ferramentas que permitam ganhos de competitividade às PME, disponibilizando uma formação executiva certificada de elevada qualidade e com um investimento competitivo.
A entrega dos diplomas, realizada no Salão Nobre da CCIP contou com a presença de Lídia Tarré, membro da direção da CCIP e administradora da Gelpeixe e de Nadim Habib diretor deste programa executivo, juntamente com os representantes dos patrocinadores desta 4ª edição: a Softinança e a Yunit Consulting.
Depois do sucesso de 2023, a iniciativa Exportador do Mês continua a ser uma aposta da CCIP.
Esta é uma iniciativa exclusiva para um número limite de participantes e que permitiu que 17 empresas iniciassem 2024 com uma visita à Tecnimede.
O evento, composto pela apresentação da empresa e pela visita às suas instalações, contou com a presença dos seus responsáveis.
Direcionado para empresas exportadoras, o programa teve como objetivo dar a conhecer a cultura da Tecnimede, a forma de trabalhar e as suas boas práticas.
No tradicional pequeno-almoço “Geoestratégia do Mundo”, realizado a 25 de janeiro e organizado pela Câmara de Comércio e Indústria Portuguesa, o Vice-Presidente da CCIP, Paulo Portas, lançou o ano que agora começa afirmando que é necessário “aprender a navegar na imprevisibilidade”, considerando que, se 2024 “tiver menos imprevisibilidade do que 2023, já é um progresso”.
Começando por analisar a evolução da economia global em 2023, Paulo Portas afirmou que “houve recuperação, mas não foi espetacular”, destacando os EUA “como a grande lição do ano” com um crescimento que pode chegar aos 2,5%, o que classificou como “absolutamente extraordinário” tendo em conta que a maioria das previsões davam conta de que o país poderia entrar em estagflação.
A China teve um crescimento a rondar os 5,2% o que, no contexto chinês, é fraco, atendendo a que este é um país que se acostumou a registar crescimentos na ordem dos dois dígitos nas últimas décadas.
Apesar disso, Paulo Portas considerou que desconsiderar a China dos mercados internacionais que servem de destino às empresas portuguesas “não é boa ideia”. “Mas, atenção, há um problema sério com o imobiliário, com a empregabilidade jovem nas grandes cidades, com a dívida pública e com a atração de investimento estrangeiro”, alertou ainda.
No ano passado houve também a projeção de cenários de recessão em três das cinco maiores economias europeias – Alemanha, Itália e Reino Unidos sendo que apenas se confirmou a recessão na Alemanha e “quando a Alemanha contrai é difícil que a Europa tenha um ano luminoso”.
Perante o crescimento modesto registado na Zona Euro, o Vice-Presidente da CCIP defendeu que “o nosso modelo de competitividade está a fraquejar”, defendendo que “não estamos só a viver num continente a envelhecer demograficamente, mas também a envelhecer tecnologicamente”.
Portugal e Espanha acabaram por crescer acima da média europeia em 2023, e, no caso português, apontou quatro fatores principais para tal ter acontecido:
Para 2024 deixa duas preocupações: o “risco real” de fragmentação na geoeconomia com a aceitação da ideia, especialmente no setor tecnológico, de que “não se pode fazer negócios com os clientes e só se pode fazer negócios com os nossos aliados”. Além disso, a influência da Inteligência Artificial no ano eleitoral é também um motivo de alerta: “O poder do algoritmo é colocar todos contra todos”.
Além disso, avisou que o “sistema internacional colapsa se tiver de gerir quatro conflitos”, referindo-se aos principais focos de conflito ou de tensão existentes atualmente: Ucrânia, Médio Oriente, Mar Vermelho e Taiwan.
Por fim, destacou três economias que estão em ascensão “supersónica”: Índia, México e Indonésia, acrescentando que se prevê um ano melhor para os PALOP, aconselhando os empresários portugueses a permanecerem atentos a África, especialmente no que respeita à transição energética.
Durante a visita, as empresas participantes exploraram oportunidades em vários setores, estabelecendo parcerias estratégicas com empresários senegaleses.
A CCIP desempenha um papel crucial como facilitadora desses diálogos, promovendo as exportações das empresas portuguesas e agradece a todos os participantes e parceiros locais que contribuíram para o sucesso desta Missão.
A Eurochambres, com o apoio das Câmaras de Comércio e Indústria europeias, elaborou um estudo sobre as dificuldades que as empresas ainda enfrentam quando pretendem fazer negócios noutro pais da União Europeia e as possíveis soluções que poderiam ajudar a eliminar uma serie de barreiras ainda existentes.
Seja por questões de legislação, de diferentes exigências nacionais ou de procedimentos excessivamente complexos, a realidade do dia-a-dia dos empresários, demonstra que ao fazerem negócios noutro país da União Europeia podem encontrar obstáculos que ainda persistem.
A manhã de hoje foi dedicada à 2ª edição do Fórum de Reflexão “Um Mundo Mais Complexo” que contou com a participação de Rui Miguel Nabeiro, Presidente da CCIP e CEO da Delta Cafés, Isabel Ucha, CEO da Euronext, Thierry Ligonnière, CEO da ANA Aeroportos e José Manuel Dias da Fonseca, CEO da MDS, numa conversa moderada por Pierre Debourdeau, Managing Partner do Eurogroup Consulting Portugal e membro da direção da CCIP, tendo sido debatidos os desafios que nos esperam em 2024.
Começando por analisar o ano que agora terminou, mais uma vez marcado pelos impactos das guerras e pela volatilidade económica, o objetivo foi lançar 2024 tendo presente os complexos desafios que os diversos setores enfrentarão. Apesar da incerteza que o atual contexto económico, político e social a nível global coloca, os oradores refletiram sobre propostas de ação num cenário dinâmico, dando pistas sobre o que os empresários e empresas poderão fazer para enfrentar mais um ano que se prevê de constantes mudanças.
O que podemos esperar? E o que podemos fazer? Estas foram as perguntas fundamentais a que este fórum tentou responder.
João Mira Gomes, embaixador de Portugal em Madrid, é o vencedor do prémio Francisco de Melo e Torres, atribuído pela Câmara de Comércio e Indústria Portuguesa, que distingue anualmente o chefe de missão diplomática que mais se destacou pelos resultados no apoio à internacionalização das empresas portuguesas e na promoção da imagem de Portugal.
Mira Gomes é embaixador em Madrid desde 2020, depois de ter estado em Berlim nos cinco anos anteriores. Antes disso foi ainda o Representante Permanente na NATO. O cargo que o vencedor do prémio Francisco de Melo e Torres deste ano ocupa é de especial importância pois Espanha mantém-se como principal parceiro económico de Portugal, sendo que, em 2022, 26% das exportações nacionais tiveram como destino este país e 32% das importações tiveram origem em Espanha.
A atividade de Mira Gomes tem-se centrado na promoção das empresas portuguesas e da imagem de Portugal no mercado espanhol em articulação com as duas Câmaras de Comércio, em Lisboa e Madrid. Nesse sentido, tem promovido várias iniciativas descentralizadas em colaboração com associações empresariais em diversas comunidades autónomas no país vizinho. Por outro lado, também tem prestado uma atenção particular à dimensão transfronteiriça através do envolvimento de PME e associando as vertentes turismo e cultura.
A CCIP lançou o prémio Francisco de Melo e Torres durante o Seminário Diplomático em 2013, tendo sido promovido pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros, pela AICEP e pelo Instituto Diplomático, premiando anualmente o chefe de missão diplomática que mais contribuiu para o crescimento da economia portuguesa.
O galardão deste ano foi entregue dia 3 de janeiro, durante o Seminário Diplomático.
No passado dia 18 de dezembro a União Europeia (UE) e o Quénia assinaram um acordo de parceria económica (APE) que irá impulsionar o comércio bilateral e criar novas oportunidades para as empresas europeias e quenianas.
Trata-se do acordo comercial mais ambicioso da UE com um país em desenvolvimento em questões relacionadas com a sustentabilidade, a proteção do clima e do ambiente e os direitos laborais.
Assim que este acordo entrar em vigor as exportações do Quénia para a UE passam a estar isentas de direitos aduaneiros. Simultaneamente haverá uma abertura parcial e gradual do mercado queniano às importações de produtos da UE.
Depois de o Parlamento Europeu ter dado a sua aprovação, e a UE e o Quénia se terem notificado mutuamente da conclusão dos seus procedimentos jurídicos internos, o acordo pode entrar em vigor.
A UE é segundo maior parceiro comercial do Quénia e o mercado de exportação mais importante, com trocas comerciais de bens, em 2022, que atingiram 3,3 mil milhões de euros.
No contexto do comércio internacional português, o Quénia como cliente de Portugal, ocupou a 103ª posição, em 2022, e como fornecedor a 109ª posição.
As exportações nacionais para este mercado, em 2022, totalizaram 13 milhões de euros, sendo que as importações de produtos quenianos, no mesmo período, ascenderam a 7,7 milhões de euros.
Na estrutura das exportações destacam-se as máquinas e aparelhos (34,6% do total), matérias têxteis (19,7% do total), os produtos químicos (10,2% do total), os plásticos e borracha (6,6%).
Os principais grupos de produtos importados foram os produtos agrícolas (73,3% do total), os produtos alimentares (23,1 % do total), os plásticos e borracha (0,9% do total), o vestuário (0,8% do total) e os instrumentos de ótica e precisão.
Com a entrada em vigor deste acordo abrem-se novas perspetivas e oportunidades para as empresas portuguesas.
(fonte: Comissão Europeia)
A UE e Angola assinaram, no passado mês de novembro, um Acordo de Facilitação do Investimento Sustentável (AFIS), o primeiro acordo deste tipo que a UE celebra, e que dá resposta à ambição de Angola diversificar a sua economia, que está muito dependente do petróleo.
O acordo, com os seus compromissos para melhorar o clima e a sustentabilidade empresariais em Angola, deverá atrair nos investimentos da UE para setores em que o potencial de Angola está ainda por explorar.
Angola é o sexto destino mais importante no que se refere aos investimentos da UE em África, representando 7% dos investimentos diretos estrangeiro no continente africano, que ascenderam a 14,1 mil milhões de euros em 2021.
(fonte: Comissão Europeia)
A Comissão Europeia introduziu, recentemente, novas funcionalidades na Plataforma “Access2Markets” que disponibiliza informação sobre direitos e impostos, procedimentos aduaneiros, formalidades e requisitos de importação ou de exportação para mais de 135 mercados em todo o mundo bem como estatísticas de comércio internacional.
Nesta Plataforma está também disponível a funcionalidade “o meu assistente comercial para serviços e investimento” que abrange, até à data, quatro países – Canadá, Reino Unido, Canadá e Suíça - com informações sobre os requisitos de acesso ao mercado para 100 setores de serviços, nomeadamente financeiros, telecomunicações, transporte marítimo e distribuição, entre muitos outros.
Esta plataforma online inclui ainda uma ferramenta que permite às empresas exportadoras fazerem uma autoavaliação do cumprimento das regras de origem pelos seus produtos, no âmbito dos 31 acordos comerciais da UE os quais abrangem 119 países.
As empresas podem ainda apresentar casos concretos de obstáculos relacionados com o acesso aos mercados ou incumprimento das regras de sustentabilidade relacionadas com o comércio e o desenvolvimento sustentável, para que a Comissão Europeia possa analisar a denúncia, identificar o problema reportado e desenvolver as ações tidas por relevantes.
No passado dia 21 de setembro, a UE e o Canadá celebraram o sexto aniversário da entrada em vigor do Acordo Económico e Comercial Global (CETA). Entrou em vigor em 2017, e passará a definitivo quando todos os Estados-Membros ratificarem o acordo com os respetivos procedimentos nacionais. Até à data 18 dos 27 Estados-Membros, incluindo Portugal, já ratificaram o CETA.
O saldo destes seis anos é muito positivo, com o comércio bilateral entre a UE e Canadá a registar um aumento de 66% para as mercadorias - atingindo 77 mil milhões de euros - e de 46% para os serviços, em comparação com a situação antes da entrada em vigor do CETA.
Com a sua aplicação foram desde logo eliminadas 98% das tarifas alfandegárias. Gradualmente, num prazo de 7 anos, que termina em 2024, atingir-se-ão os 100% para os restantes produtos previstos para a liberalização, podendo as empresas da UE poupar até 590 milhões de euros por ano só em direitos aduaneiros.
Este acordo confere igualmente às empresas da UE o melhor acesso aos contratos públicos canadianos jamais oferecido a empresas estrangeiras, não só a nível federal, mas também a nível provincial e municipal.
No contexto do comércio internacional português, não sendo um dos principais parceiros comerciais, o Canadá é, ainda assim, um importante mercado para o comércio internacional português e com potencial de crescimento. Ocupou, em 2022, a 26º posição no ranking de clientes e a 31º no de fornecedores, com quotas de 0,6% e 0,4% respetivamente.
A balança comercial com o Canadá, ao longo do período 2017- 2021, foi sempre favorável a Portugal, tendo, todavia, em 2022, apresentado um défice de 47 milhões de euros, essencialmente devido a um acentuado aumento das importações de material de transporte (757%), de produtos do reino vegetal (46%), de produtos minerais (38%) e de produtos das indústrias alimentares (36%). No que respeita à estrutura das exportações nacionais, em 2022, por grupos de produtos, destacam-se os
produtos alimentares (15,5% do total), seguidos de matérias têxteis (14,7 %), dos plásticos e borracha (10,9%), de produtos químicos (9%), de metais comuns (8,9%) e de produtos químicos (6,9%) que, no seu conjunto, representaram 59% das nossas vendas para este mercado.
Em 2022 exportaram para o Canadá 1.921 empresas portuguesas e as vendas de bens atingiram 431 milhões de euros, o que corresponde a um crescimento de 22,8% em relação a 2021, essencialmente motivado por um aumento das vendas de máquinas e aparelhos (120%), material de transporte (79%), produtos químicos (58%), calçado (36%), matérias têxteis e suas obras (26%), plásticos e suas obras (18%) e produtos das indústrias alimentares (6%).
Dados mais recentes do Instituto Nacional de Estatística, revelam que entre janeiro e setembro de 2023, as exportações portuguesas abrandaram, tendo alcançado 303 milhões de euros, o que corresponde a um decréscimo de 10,6%, comparativamente com o período homologo anterior.
O CETA veio facilitar as exportações para o mercado canadiano e proporcionar importantes oportunidades de negócio. Mais informações poderão ser obtidas através dos seguintes links:
Guia para o Acordo Económico e Comercial Global (CETA)
Fichas informativas
Procedimentos para exportar para o Canadá
A UE e a Tailândia relançaram as negociações - que foram suspensas em 2014 - com vista à celebração de um acordo de comércio livre, para impulsionar o comércio e o investimento.
A UE é o 4º maior parceiro comercial da Tailândia e por sua vez a Tailândia- segunda maior economia da região da ASEAN- é o 4º parceiro comercial da UE na região (e o 25º a nível mundial).
O comércio de bens entre a UE e a Tailândia representou 42,1 mil milhões de euros em 2022 e o comércio de serviços ascendeu a 8,2 mil milhões de euros em 2021.
A UE e a Tailândia estão empenhadas em fazer avançar rapidamente as negociações deste acordo de comércio livre estando já agendada uma segunda ronda de negociações para a semana de 24 de janeiro 2024.
As exportações portuguesas para Tailândia têm ainda uma importância muito reduzida no contexto do comércio internacional português de bens. Em 2022 este país ocupou a 67ª posição no ranking de mercados clientes de Portugal, com as exportações de bens a totalizarem 46 milhões de euros. Ao nível das importações ocupou o 42º lugar com importações no valor de mais de 237 milhões de euros. Entre os principais produtos portugueses exportados para este mercado destacam-se: máquinas e aparelhos (20,6% do total); veículos e material de transporte (19,7%) pastas celulósicas e papel (12,1%), produtos alimentares (10%) e plásticos e borracha (8%), que no seu conjunto representaram mais de 70% das exportações para este mercado.
De acordo com os dados mais recentes do Instituto Nacional de Estatística, 356 empresas portuguesas exportaram para este mercado em 2021 e, de janeiro a outubro de 2023, as exportações portuguesas totalizaram 29,6 milhões de euros.
Com a entrada em vigor do acordo o comércio entre Portugal e este país tem grandes potencialidades para se desenvolver e irá proporcionar novas oportunidades para as empresas diversificarem os mercados de destino das suas exportações.
A UE concluiu, no passado dia 27 de novembro, os procedimentos políticos de ratificação do Acordo de Comércio Livre com a Nova Zelândia, que inclui compromissos em matéria de sustentabilidade, nomeadamente o respeito do Acordo de Paris sobre as Alterações Climáticas e dos direitos fundamentais, aplicáveis através de sanções comerciais como último recurso.
Antes deste acordo poder entrar em vigor a Nova Zelândia terá de concluir o seu processo de ratificação, prevendo-se que o processo esteja concluído no primeiro ou segundo semestre de 2024.
O comércio bilateral da UE com a Nova Zelândia ascendeu, em 2022, a 9,1 mil milhões de euros para as mercadorias e a 3,5 mil milhões de euros para os serviços em 2021. A UE exportou para a Nova Zelândia bens no valor de 6,3 mil milhões de euros e importou produtos no valor de 2,8 mil milhões de euros.
No que se refere aos serviços, a UE exportou 1,9 mil milhões de euros de serviços prestados por empresas da UE a clientes na Nova Zelândia contra 0,8 mil milhões de euros em serviços prestados a clientes da UE por empresas da Nova Zelândia.
Este acordo comercial oferece grandes oportunidades para ambas as partes. As empresas da UE irão beneficiar de um acesso privilegiado a um mercado de mais de 5 milhões de consumidores. Graças a este acordo prevê-se um aumento do comércio bilateral em cerca de 30%, com um crescimento anual das exportações da UE que poderá alcançar 4,5 mil milhões de euros. A partir do primeiro ano o acordo poderá reduzir os direitos aduaneiros que oneram as empresas da UE em cerca de 140 milhões de euros por ano. (fonte Comissão Europeia)
A entrada em vigor deste acordo oferecerá novas oportunidades às empresas da UE em especial:
Portugal é um dos países da UE que irá beneficiar com a entrada em vigor deste acordo comercial. Em 2022 as exportações portuguesas de mercadorias aumentaram 28% face a 2021 e totalizaram 55,24 milhões de euros. Na estrutura das exportações nacionais para este mercado destacam-se os veículos e outro material de transporte (50,6% do total), os plásticos e borracha (12,4% do total), as matérias têxteis (7,5% do total), os produtos alimentares (4,2% do total) e as máquinas e aparelhos (2,1% do total).
As importações alcançaram 21,83 milhões o que representou um crescimento de cerca de 13% comparativamente com a ano anterior. Os principais grupos de produtos importados foram os produtos agrícolas (65,3% do total), as matérias têxteis (11,7 % do total), pastas celulósicas e papel (9% do total), máquinas e aparelhos (3% do total) e os minerais e minérios (2,5% do total).
Com a entrada em vigor deste acordo abrem-se novas perspectivas e oportunidades para as empresas portuguesas.
A Comissão Europeia publicou, recentemente, o terceiro relatório anual sobre a aplicação e o cumprimento da política comercial da UE. O relatório analisa e fornece informações sobre a aplicação dos acordos comerciais da UE, que já vigoravam em 2022, e descreve as ações da Comissão, em estreita parceria com as empresas da UE, os Estados-Membros e as partes interessadas, com vista a manter os mercados abertos e a garantir que os parceiros comerciais da UE cumprem os seus compromissos.
Em 2022, a UE tinha em vigor 42 acordos comerciais que abrangem 74 países. Cerca de 44% das trocas comerciais realizaram-se ao abrigo destes acordos, prevendo-se que este número possa aumentar para 47%, com a incorporação de acordos atualmente em vias de adoção ou de ratificação. De acordo com o relatório apresentado, o comércio entre a UE e os parceiros preferenciais aumentou mais em termos de valor (21,2%) do que o comércio com os parceiros não preferenciais (18,9%), entre 2021 e 2022.
O comércio da UE com os 74 países, em 2022, totalizou 2 434 mil milhões de euros, com as exportações a alcançar 1 254 mil milhões de euros e as importações 1 180 mil milhões de euros, resultando num saldo positivo de 74 mil milhões euros. O Reino Unido é o primeiro parceiro preferencial da UE - 3º maior em termos globais, a seguir aos EUA e à China - representando 22,5% do comércio da UE com os 74 parceiros preferenciais, seguido da Suíça (13,7%), da Turquia (8,1%), da Noruega (9,4%) e do Japão (5,8%). Em conjunto este grupo de cinco mercados foi responsável por mais metade do comércio preferencial da UE (59,5%). No entanto, os exportadores europeus poderiam tirar ainda maior partido das oportunidades oferecidas pelos acordos em vigor.
A Comissão Europeia através do portal “Access2Markets”, disponibiliza todas as informações sobre o funcionamento dos acordos comerciais. As empresas podem também consultar informação sobre 135 mercados de exportação nomeadamente: direitos aduaneiros, impostos internos, regras de origem aplicáveis e formalidades de importação e procedimentos aduaneiros. Neste portal as empresas podem ainda apresentar casos concretos de obstáculos relacionados com o acesso aos mercados, para que a Comissão Europeia possa analisar a denúncia, identificar o problema reportado e desenvolver as ações tidas por relevantes. (fonte: Comissão Europeia).
Nas Previsões Económicas de Outono (Autumn 2023 Economic Forecast), recentemente publicadas, a Comissão Europeia prevê, para a UE, um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 0,6 % em 2023, 1,3% para 2024 e 1,7% para 2025 na UE27.
Para os 20 países da zona Euro as previsões apontam para um crescimento do PIB de 0,6 % em 2023,, de 1,2% em 2024 e de 1,6% em 2025.
"A economia europeia perdeu dinamismo este ano, num contexto de elevado custo de vida, fraca procura externa e restrições monetárias. Um longo período de inflação pesa sobre os gastos dos consumidores e as taxas de juro mais elevadas do Banco Central Europeu impedem a contratação de empréstimos para compras e investimentos, o que explica a quebra no crescimento económico”.
Já para Portugal, as expectativas apontam para um crescimento de 2,2% em 2023, de 1,3% em 2024 (revisão em baixa face às Previsões Económicas da Primavera, em 0.2 pontos percentuais para 2023 e 0.5 pontos percentuais para 2024) e de 1,8% em 2025.
Os valores da inflação continuam a registar uma trajetoria descendente. Para Portugal, a Comissão prevê uma taxa de inflacção de 5,5% para este ano, de 3,2% para 2024 e de 2,4% para 2025.
Por sua vez, a taxa de desemprego em Portugal deverá situar-se nos 6,5 % em 2023 e 2024, baixando para 6,4% em 2025.
Quatro vezes por ano, na Primavera (maio), no Verão (julho), no Outono (novembro) e no Inverno (fevereiro), a Comissão Europeia divulga as previsões económicas para a União Europeia e área do euro quanto à evolução de alguns indicadores económicos como por exemplo, o produto interno bruto, a inflação e o número de desempregados, entre outros. (fonte: Comissão Europeia)
Com vários Estados europeus a ponderar potenciais iniciativas legislativas sobre dever de diligência obrigatório em matéria de direitos humanos e ambiente, e com as três instituições da UE a negociar, no âmbito do Trílogo, a proposta de diretiva relativa ao dever de diligência [devida] das empresas em matéria de sustentabilidade (doravante referida como “Diretiva”), França, pioneira a nível mundial, com a sua lei sobre o dever de vigilância das sociedades-mãe e contratantes (a "Lei sobre o Dever de Vigilância" ou abreviadamente designada por “LdV”) está no centro das atenções. Será a lei francesa LdV uma fonte de inspiração e um exemplo a seguir ou um a evitar na preparação de legislação europeia ambiciosa?
Contexto de aprovação da lei LdV
Inspirada nos Princípios Orientadores das Nações Unidas sobre Empresas e Direitos Humanos, (doravante referidos como “UNGPs”), bem como nas Linhas Diretrizes da OCDE para as Empresas Multinacionais e o Dever de Diligência (doravante referidas como “Linhas Diretrizes da OCDE”), a Lei sobre o Dever de Vigilância (Devoir de Vigilance), também conhecida como “Lei Rana Plaza”, foi pioneira na Europa. A LdV foi aprovada em 23 de março de 2017 após um longo período de discussões e entrou em vigor em 27 de março de 2017 com o objetivo de prevenir os riscos de violações graves dos direitos humanos e do ambiente por parte das empresas transnacionais na sua cadeia de abastecimento.
A adoção da lei está dramaticamente ligada ao trágico acidente do Rana Plaza que assinalou o seu décimo aniversário no 24 de abril de 2023. O trágico colapso deste edifício em 2013, que albergava várias fábricas têxteis de grandes marcas internacionais renomadas na cidade de Daca, no Bangladesh, ficou conhecido mundialmente após a morte de mais de 1100 trabalhadores e serviu para expor as condições de trabalho insalubres e a falta de diligência nas cadeias de abastecimento da indústria da moda. Gerou uma onda de indignação internacional e nacional e a conscientização da necessidade de regular a atividade empresarial e de responsabilizar as empresas transnacionais pelas violações de direitos humanos.
O “Dever de Vigilância” (Devoir de Vigilance) das maiores sociedades comerciais francesas
A LdV aplica-se às maiores empresas francesas de todos os sectores de atividade: as empresas constituídas ou registadas em França que durante dois exercícios fiscais consecutivos empreguem pelo menos 5.000 (cinco mil) pessoas em França (diretamente ou através das suas
filiais francesas) ou pelo menos 10.000 (dez mil) pessoas a nível mundial (através das suas filiais situadas em França e no estrangeiro).
Sumariamente, a lei francesa exige que as empresas no seu âmbito de aplicação desenvolvam e implementem eficazmente um plano de vigilância (plan de vigilance). O plano de vigilância deve incluir medidas de diligência devida para identificar e prevenir danos graves aos direitos humanos e às liberdades fundamentais, à saúde e segurança humana e ao ambiente em conexão com as operações (i) da própria sociedade comercial, (ii) das suas subsidiárias diretas e indiretas (conforme definido pela legislação comercial francesa), e (iii) das entidades subcontratantes e dos fornecedores com os quais a empresa mantém relações comerciais. O dever de devida diligência é ampliado à cadeia de abastecimento.
Este plano de vigilância é composto por cinco elementos fundamentais: (i) um mapa de riscos; (ii) procedimentos de avaliação regular da situação das filiais, subcontratantes e fornecedores relevantes; (iii) ações adequadas para atenuar os riscos ou evitar impactos graves; (iv) um mecanismo de alerta, estabelecido em consulta com os sindicatos considerados representativos na empresa; e (v) um sistema de controlo das medidas aplicadas e de avaliação da sua eficácia.Constitui a espinha dorsal do sistema de prevenção de riscos em que se baseia o dever de vigilância das empresas francesas.
Em caso de incumprimento identificado das obrigações de vigilância acima referidas por parte de uma empresa, a LdV prevê que "qualquer pessoa com um interesse legítimo" (que inclui, por exemplo, trabalhadores, ONGs ou sindicatos) possa notificar formalmente a sociedade comercial do incumprimento. Caso a empresa continue a não cumprir as suas obrigações após um período de três meses após a receção da notificação formal de incumprimento, pode ser apresentada uma ação judicial para que sejam ordenadas medidas urgentes de divulgação e/ou alteração do plano de vigilância, que podem inclusivamente ser associadas a sanções financeiras coercivas. Um segundo tipo de recurso relaciona-se com a responsabilidade civil (extracontratual) da sociedade em incumprimento caso sejam provados danos causados pelas atividades da própria empresa, da sua subsidiária direta ou indireta, ou dos seus subcontratantes e fornecedores com os quais a sociedade em incumprimento tenha uma "relação comercial estabelecida", e desde que seja provado que os danos razoavelmente poderiam ter sido evitados com um plano vigilância efetivamente implementado que incluísse medidas razoáveis de diligência devida destinadas a identificar e prevenir danos graves às pessoas e/ou ao ambiente.
Avanços e limitações da Lei sobre o Dever de Vigilância: Algumas lições aprendidas para dar vida a um Devoir de vigilance europeu eficaz
As ONG e outros membros da sociedade civil, bem como as próprias empresas abrangidas pela lei, estão de acordo num ponto: a adoção da LdV funcionou como um catalisador da ação corporativa a favor do respeito pelos direitos humanos e pelo ambiente e provocou um marco histórico na diligência devida obrigatória por parte das empresas em França e na Europa.
Após seis anos de aplicação, as empresas francesas impulsionaram e algumas até atingiram uma mudança de paradigma nos processos internos de gestão de risco. Estes, classicamente direcionados à proteção da própria empresa, estão a ser reorientados para a proteção das pessoas e do ambiente.
No entanto, apesar dos progressos registados, a Lei sobre o Dever de Vigilância – pioneira no mundo, e curta, mas, ambiciosa no papel – tem sido repetidamente criticada pela sua falta de eficácia na prática, como o demonstram os vários processos judiciais nos tribunais franceses, relativamente aos quais ainda não foi tomada qualquer decisão de mérito.
Entre muitas outras, há três lições a tirar da lei francesa LdV, que são apresentadas de seguida para alimentar o debate sobre a introdução de um dever de vigilância das empresas à escala europeia.
1. Uma ampliação necessária do âmbito de aplicação da legislação
A Lei sobre o Dever de Vigilância está centrada nas grandes empresas em resultado da aplicação do critério único do número de trabalhadores. Além disso, só se aplica a determinadas formas jurídicas de sociedades. No entanto, este critério único cria dificuldades na identificação das entidades sujeitas à lei devido a falta de informação pública acessível. De facto, o número de 3 empresas francesas efetivamente sujeitas à LdV não é conhecido com exatidão. Estima-se que entre 250 e 280 empresas francesas estejam abrangidas pela lei.
Por outro lado, este âmbito de aplicação limitado às grandes sociedades comerciais exclui entidades que, independentemente da sua dimensão, podem ter um impacto potencialmente significativo nos direitos humanos e no ambiente. Os especialistas no tema e as ONGs defendem a redução do critério de trabalhadores e a introdução de outros critérios alternativos (rendimentos, por exemplo) que alargariam o âmbito do dever de vigilância. É de salientar que os critérios a introduzir devem ser alternativos e não cumulativos ao critério relativo ao número de trabalhadores.
2. Um dever de vigilância que deve abranger toda a cadeia de valor da sociedade-mãe
A LdV introduz uma obrigação de vigilância alargada paras as grandes empresas que abrange as violações graves dos direitos humanos e das liberdades fundamentais, da saúde e segurança das pessoas e do ambiente. No entanto, este dever de diligência relaciona-se apenas com a diligência devida das operações das entidades (fornecedores e subcontratantes) "com as quais existe uma relação comercial estabelecida", para além das atividades e operações da sociedademãe e das suas subsidiárias.
Na ausência de uma decisão judicial sobre o mérito até à data, esta noção de "relação comercial estabelecida" no contexto do dever de diligência é muitas vezes insuficientemente compreendida ou interpretada de forma restritiva pelas empresas, o que limita a aplicaçãodo dever de diligência devida na cadeia de valor das empresas transnacionais. Cabe recomendar que o âmbito de aplicação da futura regulamentação europeia inclua toda a cadeia de valor das entidades abrangidas pelo futuro dever de vigilância europeu.
3. Uma associação das partes interessadas efetiva para a identificação dos impactos negativos reais ou potenciais e a elaboração de medidas corretivas adequadas
A LdV prevê que o plano de vigilância “tem por objetivo” (a vocation à) ser desenvolvido em parceria com as partes interessadas da empresa, com exceção do desenvolvimento do mecanismo de alerta, que deve ser "estabelecido em consulta com as organizações sindicais representativas da referida empresa" (conforme espressamente referido na LdV).
Embora a análise dos últimos planos de diligência devida revele um envolvimento crescente das partes interessadas, este compromisso é frequentemente assumido no âmbito de iniciativas existentes e com os representantes dos trabalhadores. Poucas empresas, por exemplo, criaram um comité de partes interessadas especificamente dedicado à implementação do dever de vigilância. A participação das partes interessadas na identificação dos riscos e na elaboração dos planos de diligência é deixada ao único critério das empresas, sem obrigação de divulgação da metodologia aplicada. Quando a divulgação existe, assemelha-se mais a uma simples informação do conteúdo do plano de vigilância, continuando a ser insuficiente.
Embora a Diretiva deva permitir certa flexibilidade para as empresas identificarem as partes interessadas relevantes no seu contexto de operação, é fundamental um melhor alinhamento com as expectativas dos UNGPs e com as Linhas Diretrizes da OCDE, que dão grande ênfase à participação efetiva das partes interessadas em todas as fases da diligência devida.
Céline da Graça Pires, Investigadora Associada no NOVA Knowledge Centre for Business, Human Rights and the Environment
Numa parceria entre a Câmara de Comércio e Indústria Portuguesa (CCIP), a embaixada do Paraguai em Portugal e a Câmara de Comércio Paraguai-Portugal foi organizado um pequeno-almoço empresarial com vista à preparação da Missão Empresarial a este país, que terá lugar no próximo mês de fevereiro.
Este evento juntou representantes de diversas empresas interessadas em explorar novas oportunidades de negócio no Paraguai, com uma explicação das vantagens de exportação e investimento para este mercado bem como networking entre os participantes.
Para além das intervenções do senhor embaixador do Paraguai em Portugal Julio Duarte Van Humbeck e do Consultor local da CCIP para este mercado, os participantes puderam também ouvir casos de sucesso de três empresas portuguesas que já operam neste mercado.
O sucesso deste evento eleva as expetativas para a Missão Empresarial ao Paraguai. As empresas participantes estão mais preparadas e motivadas para explorar as oportunidades de investimento no Paraguai, fortalecendo os laços comerciais entre Portugal e o Paraguai.
Se tem interesse neste mercado e pretende juntar-se a esta Missão, consulte o programa completo e/ou contacte através do internacional@ccip.pt
Rui Miguel Nabeiro, Presidente da Câmara de Comércio e Indústria Portuguesa esteve à conversa com Carlos Moedas, Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, sobre inovação, liderança e gestão de pessoas, questões sociais, colaboração entre o setor público e privado, depois de dois anos de mandato.
Ao longo da manhã, Carlos Moedas referiu a importância de Lisboa ser capital europeia da inovação e da forma como este reconhecimento impacta a cidade; da liderança de mais de 9.000 colaboradores num contexto vasto e diversificado afirmando que a sua “função passa também por ouvir as pessoas”. Temas como a habitação, obras e medidas implementadas para abordar necessidades emergentes na cidade foram referidos bem como a importância do papel das empresas no futuro de Lisboa.
A Câmara de Comércio e Indústria Portuguesa agradece a todos os participantes deste evento!
No passado dia 3 de outubro de 2023, o Center for Responsible Business and Leadership da Universidade Católica apresentou o seu Relatório Anual do Observatório dos ODS sobre a sustentabilidade no setor empresarial português. O estudo incluiu a realização de questionários a 61 Grandes Empresas - das quais 54 são multinacionais - e a 108 Pequenas e Médias Empresas - das quais 101 são multinacionais.
Várias foram as conclusões retiradas no Relatório, sendo de destacar os seguintes aspetos:
i. Cerca de 97% das GEs e 87% das PME consideram que a sustentabilidade significa uma oportunidade de crescimento substancial para a competitividade dos seus negócios;
ii. O reporte corporativo de sustentabilidade aumentou, em geral, nas empresas portuguesas, sendo esse aumento notoriamente mais significativo nas GEs;
iii. Em particular, tornou-se evidente que as GEs estão bastante melhor preparadas para atuar na promoção da sustentabilidade e dos ODS em relação às PME;
iv. 67% das GEs considera estar preparada para o cumprimento da legislação que imporá o dever de reporte corporativo em matéria de sustentabilidade, sendo que apenas 7% das PME o afirma;
v. 82% das GEs criou ou mantém um departamento de sustentabilidade, sendo que apenas 9% das PME o pode afirmar;
vi. Todas as empresas declaram ter dificuldades em implementar os ODS, sobretudo devido à falta de conhecimentos para o efeito;
vii. Ainda assim, a maioria (cerca de 70%) das PME não fizeram nenhuma sessão de formação sobre o tema;
O que levou a equipa a concluir que “as empresas portuguesas estão numa trajetória ascendente, mas há muito a fazer”. Neste sentido, é necessário que a sua progressão no cumprimento destes objetivos seja cada vez mais ambiciosa e real.
Analisando especificamente algumas questões que foram colocadas às empresas objeto do estudo desenvolvido, é útil notar nas diferenças substanciais que distinguem o desempenho em matéria de sustentabilidade das GEs face às PME.
Estrutura empresarial. Das GEs objeto do estudo, a esmagadora maioria são sociedades anónimas (86,7%), sendo que, por sua vez, a maioria das PMEs analisadas é constituída por sociedades por quotas (60,2%) e empresas familiares (74,1%), sendo que, no caso das PMEs, o setor de atividade predominante é o de bens e serviços industriais (27,8%).
Sustentabilidade como benefício? A ideia de que a sustentabilidade se revela benéfica para os negócios é generalizada no panorama nacional.
Alterações implementadas. Metade das PME inquiridas considera que os seus negócios já tinham sofrido alterações devido a preocupações com a sustentabilidade, sendo que muitas destas encaram a sustentabilidade como “the way forward” e uma forma de se diferenciarem no mercado no futuro. Ainda assim é interessante verificar que 80% das GEs vão muito mais longe e asseguram que a sustentabilidade está já claramente incorporada nas suas operações, com ainda 68,8% destas a afirmar que o alinhamento com a sustentabilidade é já parte do ADN da empresa.
ESG. É interessante comparar os graus de importância que as GEs e as PME atribuem à sustentabilidade ambiental, social e económica. Para as PME, a vertente económica última continua a representar a dimensão mais importante, ao passo que, para as GEs, a sustentabilidade social passou a ser a mais relevante.
ODS. As empresas foram também questionadas acerca do acolhimento dos objetivos de desenvolvimento sustentável, tendo sido concluído que as PMEs apresentam níveis mais baixos de conhecimento destas matérias do que as GEs. Em ambos os grupos, o nível de conhecimento parece ter diminuído face às respostas dadas no primeiro ano do estudo, o que é interessante de analisar. Esta redução do conhecimento reportado poderá ser uma consequência de as empresas estarem, na verdade, mais conscientes deste tema e das suas inúmeras implicações, assumindo, também por isso, uma posição mais cautelosa face ao ano anterior no que toca a classificar-se como tendo elevado conhecimento sobre os ODS.
ODS em particular. O estudo pretendeu ainda averiguar quais os ODS com maior importância estratégica para as empresas. As PME, que no primeiro ano do estudo davam maior importância aos ODS sociais (1, 2, 3, 4 e 5), apontam agora para o 5 (igualdade de género), 7 (energias renováveis e acessíveis), 8 (trabalho digno e crescimento económico), 9 (indústria, inovação e infraestruturas) e 12 (produção e consumo sustentáveis) como os mais importantes, sendo estas escolhas curiosamente mais semelhantes às das GEs.
Formação e parcerias. Por outro lado, tanto a nível de formações sobre os ODS, como da existência de taskforces nas empresas especialmente dedicadas à sustentabilidade, é notório que as empresas inquiridas podem ainda francamente melhorar, ficando, contudo, as PMEs muito aquém das GEs. Por exemplo, 73,1% das PMEs refere não ter feito nenhuma formação sobre os ODS na empresa nos últimos dois anos. Esta é uma descoberta interessante do estudo, no sentido em que coloca à vista a necessidade de as empresas potenciarem o desenvolvimento das suas atividades em conjunto com a comunidade e parceiros estratégicos. Em termos de parcerias estabelecidas, as GEs apontam como principais parceiros as organizações sociais e internacionais e as universidades. Curiosamente, as PMEs apontam os clientes, os fornecedores e as organizações sociais.
Obrigações de reporte. Relativamente às novas obrigações de reporte estabelecidas na Diretiva sobre o Reporte de Sustentabilidade, que irão aplicar-se já em 2024 às GEs e em 2026 às PME cotadas, as empresas sentem-se moderadamente preparadas. Mais uma vez, as PME apresentam resultados piores, sendo que 60,2% destas empresas revela não conhecer as obrigações de reporte que lhes serão aplicáveis. Dois dos fatores identificados como obstáculos ao cumprimento destas obrigações são a falta de dados sobre como implementá-las na prática, bem como a complexidade na recolha destas informações.
Motivações. As principais motivações das PME para a adoção dos ODS prendem-se com a identificação de uma oportunidade de crescimento de negócio, mas também de uma forma de conseguirem uma vantagem competitiva e de aquisição de reputação no mercado. Mais uma vez se verifica que a sustentabilidade financeira continua a ser o elemento preponderante para as PME. Já as GEs parecem ter uma maior preocupação com o impacto na sociedade, encarando os ODS como um meio de participar na resolução de problemas sociais e ambientais.
Gaps. O estudo permitiu ainda concluir que, mesmo dando importância a cada dimensão da sustentabilidade e aos diferentes ODS, existe ainda um desequilíbrio muito relevante entre a importância que lhes é dada pelas empresas e o que é efetivamente levado a cabo para os colocar em prática, algo que se verifica tanto nas GEs como nas PME. O mesmo se passa com a importância que as empresas dão à incorporação dos ODS na sua estratégia e o seu nível de implementação na prática. Estes são os principais gaps que o estudo demonstrou existirem, pelo que se conclui que as empresas inquiridas já estão em grande medida conscientes da importância da sustentabilidade, nas suas diversas vertentes, e mais concretamente da necessidade de adotar os ODS. Contudo, a sua concretização na prática tem ainda um caminho pela frente, mais longo para as PME – que representam a grande maioria das empresas em Portugal – do que para as GEs. Nas vertentes da sustentabilidade, a discrepância maior prende-se com a importância dada à vertente ambiental e à sua implementação. Do mesmo modo, o maior gap entre a importância atribuída e a sua implementação na prática verifica-se nos ODS de cariz ambiental. Assim, é possível verificar que as empresas estão cada vez mais cientes da importância e necessidade de cuidar do ambiente. Outra conclusão interessante deste estudo é a de que a igualdade de género representa um gap francamente menor para as PME do que para as GEs, apesar de existente em ambos os casos.
Deste modo, tornou-se evidente que é generalizada a perceção empresarial de que o investimento na sustentabilidade é uma oportunidade significativa e de baixo risco para os negócios. É sobretudo de destacar a existência de uma evolução positiva face aos resultados do primeiro ano do estudo, estando as empresas, particularmente as GEs, mais comprometidas e alinhadas estrategicamente com os ODS. As PMEs, por seu turno, vão a caminho.
Beatriz Albuquerque é doutoranda em Direito na NOVA School of Law, advogada na Vieira de Almeida & Associados e investigadora associada do NOVA Business, Human Rights and the Environment.
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Maria Miguel Oliveira da Silva é doutoranda em Direito na NOVA School of Law, assistente convidada da NOVA School of Law, investigadora associada do NOVA Business, Human Rights and the Environment e investigadora do CEDIS e do NOVA Consumer Lab.
Fátima Carioca, Dean da AESE Business School abordou o tema “Sucesso, Tradição e Sustentabilidade”.
Francisco Soares Franco, Executive Board Member da José Maria da Fonseca, Martim Costa Duarte, Administrador da Costa Duarte, Raquel Santos Administradora da A Metalúrgica Bakeware Production SA estiveram numa conversa moderada por Roberto Morales, CEO da Roberto Morales Asesores sobre o tema “Um negócio sustentável inspirado nos valores da família – mais de um século de experiência”.
A manhã seguiu-se com o tema “Pontes para o Futuro: a sucessão nas empresas familiares e a continuidade dos negócios” abordado por Carolina Breda, Administradora da Bresimar, Inês Janz, CEO da Janz Luxury, João Rodrigues Pena, Founder & Managing Partner da Arboris com a moderação de Lídia Tarré, Administradora da Gelpeixe. Membro da Direção CCIP, AEF e Rede Mulher Líder.
Luís Marques, Tax Partner, Business Tax Services da Ernst & Young, S.A abordou o tema “Criação de holdings familiares – Aspectos Fiscais”.
O evento terminou numa conversa entre Peter Villax, Presidente da AEF, CEO da Mediceus e Chairman Bionova Capital e Lídia Tarré.
A CCIP agradece a todos os participantes e aos oradores que contribuíram para o sucesso desta 1ª edição!
A Riberalves está presente em mais de 20 países, sendo considerada uma das maiores e mais inovadoras empresas de produção de bacalhau em Portugal.
As empresas participantes nesta edição do Exportador do Mês, tiveram a oportunidade de estar em contacto direto com os líderes da Riberalves, conhecer a cultura, o método de trabalho e as boas práticas da empresa.
As empresas portuguesas que participaram nesta Missão tiveram reuniões individuais com alguns dos principais players dos seus respetivos setores, esperando que a curto prazo se fechem relações comerciais, tendo em consideração as oportunidades que este mercado oferece.
A CCIP irá realizar a 4ª Missão Empresarial à Arábia Saudita em fevereiro de 2024.
Durante a sessão haverá momentos de networking e serão abordados temas cruciais como a programação do evento, informação sobre os expositores e as últimas tendências no setor do transporte e logística.
Estarão presentes especialistas para orientação personalizada. A sessão também irá destacar o “Portuguese Pavillion” na SITL, permitindo às empresas perceberem a dinâmica da feira e como é que se podem posicionar estrategicamente no mercado global.
Esta iniciativa visa ser informativa e interativa, fornecendo às empresas portuguesas as ferramentas necessárias para maximizar a sua presença na SITL e explorar as oportunidades no cenário internacional de transporte e logística.
Caso pretenda participar nesta sessão de esclarecimento contacte através do e-mail internacional@ccip.pt
A abertura do programa foi feita por Miguel Athayde Marques, Vice-Reitor da Universidade Católica Portuguesa e Diretor Académico da Católica International Business Platform, Margarida Ramalho, Diretora Executiva da Católica International Business Platform, e Lídia Tarré, membro da Direção da CCIP e Administradora Executiva da Gelpeixe.
A manhã foi dedicada ao tema “Desafios da globalização e posição de Portugal no comércio internacional. Riscos e oportunidades da sua estratégia de internacionalização”.
Miguel Athayde Marques destacou a importância de agirmos e criarmos as nossas próprias oportunidades. "If you want to predict the future, create it".
Francisco Proença Garcia falou sobre o regresso da geopolítica, as grandes potências e a nova ordem em construção, a guerra.
Francisco Mendes Palma reforçou a importância de crescer ao incorporar valor em todos os setores de atividade.
A Câmara de Comércio e Indústria Portuguesa (CCIP) participou, com uma delegação de empresários liderada pelo Vice-Presidente, Nuno Pinto de Magalhães, no “European Parliament of Enterprises” (EPE), que teve lugar no dia 14 de novembro, no hemiciclo do Parlamento Europeu, em Bruxelas.
O EPE é uma iniciativa bienal organizada pela EUROCHAMBRES em colaboração com o Parlamento Europeu e as Câmaras de Comércio e Indústria europeias. O objetivo desta iniciativa é dar a palavra aos empresários, os verdadeiros atores do crescimento económico na Europa, e permitir que os decisores da UE saibam - por meio das próprias vozes das empresas - o que a comunidade empresarial espera deles no futuro.
A Eurochambres – Associação de Câmaras de Comércio e Indústria Europeias desenvolve, anualmente, em colaboração com as Câmaras de Comércio e Indústria Europeias, um Estudo Económico Europeu, o qual é resultado de um inquérito anual à atividade das empresas e tem por objetivo, a recolha de informação e de opinião junto dos empresários na Europa, sobre alguns aspetos da atividade empresarial, nomeadamente, evolução da procura e das vendas; investimento; emprego e clima de negócios.
Colaboraram, nesta 31ª edição do estudo mais de 43.000 empresas de 27 países europeus. A nível nacional o estudo foi desenvolvido pela Câmara de Comércio e Indústria Portuguesa.
A 4ª edição do Bootcamp de Recursos Humanos e Sustentabilidade da CCIP realizou-se nos dias 7 e 8 de novembro, num formato 100% gratuito e presencial.
Foram duas manhãs de partilha e reflexão sobre os Recursos humanos e Sustentabilidade em que 25 oradores, falaram de temas relevantes como: o bem-estar dos colaboradores, a liderança na construção de um futuro sustentável, gestão de pessoas como motor de inovação, o ESG como vantagem competitiva, economia circular e o impacto dos eventos na construção de marcas mais sustentáveis.
A CCIP agradece a todos os participantes, oradores e parceiros que contribuíram para o sucesso desta edição!
Este e-book reúne insights valiosos de diversos profissionais de Recursos Humanos, que prontamente aceitaram o desafio de explorar temas em constante evolução.
Pretende-se proporcionar uma visão abrangente de algumas áreas que moldam a forma como as organizações abordam as suas estratégias de gestão de talentos e o impacto que isso tem nos mesmos. Compreender como se deve responder às necessidades e aspirações dos colaboradores é essencial para o sucesso a longo prazo.
Neste e-book vai encontrar mais de 20 artigos de opinião, elaborados por quem gere pessoas e que moldam não apenas as empresas, mas também as experiências e o desenvolvimento de cada indivíduo dentro delas.
Rui Miguel Nabeiro, Presidente da Câmara de Comércio e Indústria Portuguesa e CEO do Grupo Nabeiro foi um dos responsáveis presentes nesta Missão. Estiveram também presentes representantes do Estado Angolano e empresários de diferentes setores.
A Câmara de Comércio e Indústria Portuguesa organizou reuniões para as empresas portuguesas participantes, com os principais importadores, distribuidores e retalhistas do setor alimentar e bebidas em Angola.
O objetivo principal desta ação é premiar e valorizar anualmente as iniciativas do chefe da missão diplomática que se tenha distinguido pelos resultados obtidos no apoio à internacionalização das empresas portuguesas, na captação de investimento estrangeiro e na promoção da imagem de Portugal durante o ano de 2023. O júri deste ano é constituído: pelo Embaixador António Monteiro, Rui Miguel Nabeiro Presidente da CCIP, Paulo Portas Vice-Presidente da CCIP e Nuno Pindo de Magalhães Vice-Presidente CCIP.
As candidaturas estão abertas e desafiamos todas as empresas e entidades que queiram enviar o seu suporte a um embaixador que se tenha destacado durante este ano.
Sustentabilidade e ESG são termos cada vez mais utilizados e recorrentes no meio empresarial. O acervo legislativo neste âmbito, em particular ao nível da União Europeia, é também muito relevante, e as expressões CSRD e ESRS têm sido alvo de algum protagonismo recentemente. Mas o que são e qual o seu impacto no panorama e atividade das empresas?
A Corporate Sustainability Reporting Directive ou Diretiva de Reporte Corporativo de Sustentabilidade (CSRD), aprovada pela Comissão Europeia, é um dos pilares fundamentais da estratégia europeia em matéria de investimento sustentável e tem como principal objetivo aumentar a transparência e credibilidade da informação divulgada pelas empresas a financiadores, investidores e outros stakeholders.
A CSRD exige que as empresas publiquem as suas estratégias e objetivos de sustentabilidade, quais as políticas e medidas adotadas para atingir esses objetivos e a forma como os progressos nesta matéria são monitorizados e comunicados. Substitui a NFRD (Diretiva para Comunicação de Informações Não Financeiras), de 2014, colmatando algumas lacunas do anterior pacote legislativo, reforçando os deveres de divulgação sobre informação não financeira e sustentabilidade e impondo-os a mais empresas.
A CSRD aplica-se às grandes empresas europeias que cumpram dois de três critérios:
Também se aplica às PME cotadas num mercado regulamentado da União Europeia e a subsidiárias de empresas de países terceiros com um volume de negócios superior a €150 milhões por ano na União Europeia, que tenham pelo menos uma grande filial ou sucursal da União Europeia com um volume de negócios superior a €40 milhões ou uma subsidiária que seja uma grande empresa ou uma PME cotada.
Isto significa que, na prática, a CSRD impacta quase 50.000 empresas na União Europeia.
As ESRS (European Sustainability Reporting Standards) surgem num contexto em que as empresas demonstraram não divulgar informação sobre sustentabilidade de forma completa, suficiente e adequada, o que resultou em casos de omissão de informações relevantes aos investidores e stakeholders, na dificuldade dos investidores compararem informações publicadas por diferentes empresas e na falibilidade das informações divulgadas.
Com a CSRD, o relatório e contas anual das empresas passa a integrar uma declaração sobre sustentabilidade, cuja divulgação deverá ser feita de acordo com as ESRS. O objetivo fundamental passa por harmonizar a forma como a informação é preparada e divulgada pelas empresas, para permitir maior fiabilidade e a sua comparabilidade.
As ESRS são, assim, o primeiro conjunto de normas que as empresas devem ter por referência quando divulgarem informações relacionadas com sustentabilidade numa secção especifica do seu relatório de gestão anual.
Embora os deveres de relato de sustentabilidade sejam aplicáveis a empresas com diferentes tipos de características e dimensões, as ESRS iniciais foram preparadas para o leque de empresas melhor descrito infra. Assim, a Comissão Europeia irá ainda criar normas adicionais, em função das características e dimensões das restantes empresas sujeitas aos deveres de relato de sustentabilidade.
Foi definida a seguinte cronologia para adoção dos requisitos de relato em matéria de sustentabilidade pelas diferentes categorias de empresas:
Relativamente às PME cotadas e às empresas de países fora da União Europeia abrangidas pela CSRD, a Comissão Europeia adotará conjuntos de ESRS com normas especificas e proporcionais à realidade destas empresas.
Refira-se, também, por ter especial impacto, que as PMEs cotadas, sujeitas à elaboração da declaração de sustentabilidade a partir de 1 de janeiro de 2026, terão a possibilidade de optarem voluntariamente pela sua não elaboração durante os dois primeiros exercícios.
A CSRD e as ESRS representam um avanço importante ao permitir esquematizar a informação sobre o desempenho e posicionamento das empresas em matéria de sustentabilidade, nomeadamente criando mecanismos para que a comparação do seu desempenho seja mais eficaz e transparente. Para além disso, contribuem para se poder avaliar o impacto concreto das empresas e para determinar como é que a sustentabilidade pode afetar a sua evolução, performance e posição comparativa. Adicionalmente, contribuem para as empresas conseguirem identificar as suas necessidades de melhoria e tomar as medidas adequadas para colmatar eventuais falhas.
Mas, na prática, estes normativos também representam um desafio, sobretudo para as empresas que não estavam abrangidas pela NFRD, na medida em que lhes será imposto um trabalho exigente de recolha e processamento de informação para adaptação às novas exigências legais.
Dados recentes revelam que a maioria das PME ainda não conhece as suas futuras obrigações de reporte ao abrigo da CSRD, pelo que há um caminho importante que estas empresas devem trilhar para conseguirem dar resposta aos desafios legais que lhes são impostos em matéria de relato de sustentabilidade.
Diferentemente, e sem prejuízo do cronograma previsto para aplicação dos novos normativos, muitas grandes empresas já começaram a trabalhar na sua adaptação às novas normas para conseguirem assegurar o seu cumprimento atempado e adequado, conscientes de que os requisitos da CSRD podem impactar os seus procedimentos e políticas internas, implicar um diálogo mais aberto e uma possível revisão de condições contratuais com fornecedores e clientes, e a implementação de mecanismos adicionais para identificar quais os impactos negativos da empresa no ambiente e direitos humanos.
Para 2024, espera-se que mais empresas se munam dos recursos adequados para fazer face à regulamentação aplicável e comecem os trabalhos de preparação do relato de sustentabilidade, o que pode representar uma vantagem competitiva face aos seus pares.
Autora: Rita Sacadura Orvalho. Consultora sénior da PLMJ nas áreas de Bancário, Financeiro e Mercado de Capitais e Responsible Business.
Email: rita.sacaduraorvalho@plmj.pt
A abertura do evento contou com a presença de Bernardo Correia, Country Manager da Google Portugal.
Fernando Pereira, Vice-Presidente da Google foi o keynote speaker desta manhã em que abordou temas relacionados com a linguagem natural e a aprendizagem automática.
O evento seguiu-se com um painel composto por Fernando Pereira, Vice-Presidente da Google, Francisco Santos, Vice-Presidente da Fundação para a Ciência e Tecnologia,
Joana Rafael, CO-Founder e COO da Sensei, Vasco Pedro, CO-Fundador e CEO da Unbabel e com Rosália Amorim, Jornalista e Diretora da TSF como moderadora.
O encerramento do evento foi realizado por Pedro Cilínio, Secretário de Estado da Economia.
A CCIP agradece a todos os participantes!
O passado dia 13 de outubro foi marcado pelo encerramento da segunda Missão Empresarial ao Cazaquistão, uma iniciativa organizada pela Câmara de Comércio e Indústria Portuguesa (CCIP). Empresários portugueses de diversos setores participaram ativamente nesta ação, e os resultados traduzem-se em oportunidades de negócio.
O mercado cazaque revelou-se uma grande surpresa positiva para os participantes, que destacam a receptividade e a hospitalidade impressionante dos empresários locais, muitos dos quais representam empresas de considerável dimensão.
Com um território vasto e um índice de desenvolvimento notável, o Cazaquistão é um país com potencial extraordinário em termos económicos, sociais e turísticos.
A CCIP destaca-se ao oferecer informações valiosas para os interessados em explorar as oportunidades de negócios no Cazaquistão. Se deseja saber mais sobre como ingressar nesse mercado promissor, a Câmara de Comércio e Indústria Portuguesa fornece orientações e apoio personalizado.
Este sucesso reforça não apenas as relações comerciais entre Portugal e o Cazaquistão, mas também demonstra a importância de iniciativas que promovem o intercâmbio comercial e cultural. A expectativa é que essa colaboração traga benefícios mútuos e fortaleça os laços bilaterais.
Para além do networking e do contacto direto com os líderes da PHC, os participantes de empresas de diversos setores de atividade tiveram a oportunidade de conhecer as boas práticas e cultura inovadora da empresa.
Como anfitriã, a PHC, recebeu uma Menção Honrosa da CCIP, reconhecendo o seu importante papel na internacionalização da economia portuguesa.
Poderá saber mais sobre as iniciativas da CCIP consultando o Plano de Ações 2023.
O evento contou com a presença do Subsecretário para a Promoção do Comércio e Investimento da Argentina, Guilhermo Merediz, do Embaixador da Argentina em Portugal, Rodolfo Gil e do Secretário-Geral da CCIP, João Pedro Guimarães.
O encontro reuniu representantes de empresas portuguesas importadoras e distribuidoras no setor alimentar e bebidas com empresas argentinas produtoras do mesmo setor. O foco principal do evento foi destacar a oferta alimentar argentina e estabelecer parcerias comerciais entre empresas portuguesas e argentinas.
No evento, os participantes tiveram a oportunidade de conhecer de perto as riquezas e a qualidade dos produtos alimentares argentinos, incluindo carnes, vinhos e outros produtos tradicionais que a Argentina tem para oferecer ao mercado português. Existiu uma ronda de negócios B2B que juntou empresas portuguesas e argentinas de modo a explorar novas oportunidades de negócio.
O seu Contributo é Importante!
Por ocasião do 30º aniversário do Mercado Único a Eurochambres está a realizar um inquérito sobre as dificuldades que as empresas ainda enfrentam quando pretendem fazer negócios noutro pais da União Europeia e as possíveis soluções que poderiam ajudar a eliminar uma serie de barreiras ainda existentes.
Seja por questões de legislação, de diferentes exigências nacionais ou de procedimentos excessivamente complexos, a realidade do dia-a-dia dos empresários, demonstra que ao fazerem negócios noutro país da União Europeia podem encontrar obstáculos que ainda persistem.
Agora, mais do que nunca, os empresários estão sujeitos a uma pressão crescente devido a perturbações na cadeia de abastecimento, a barreiras unilaterais ao comércio ou a encargos regulamentares.
Os resultados do inquérito serão incluídos num relatório a apresentar à Comissão Europeia e aos legisladores da UE.
Aceda ao inquérito, que demora menos de 10 minutos a responder.
O seu contributo é importante! Agradecemos a sua colaboração até ao dia 20 de novembro.
O dia 29 de setembro foi dedicado ao Open Day, um dos principais eventos da Câmara de Comércio e Indústria Portuguesa (CCIP).
Carlos Brazão, Investidor da Vawlt foi o Keynote Speaker do Painel “Mentes e Máquinas – Os Desafios da Inovação”, num painel composto por Pedro Petiz, Diretor de Desenvolvimento Estratégico da Tekever, Pedro Garcia da Silva, Coordenador Científico da Fundação Champalimaud, Micaela Seemann Monteiro, Chief Medical Officer for digital transformation, CUF - Hospitais e Clínicas, com a moderação de Andreia Jotta, Diretora de Marketing e Parcerias da Yunit Consulting.
“Cultura e Criatividade - Novas Oportunidades” foi o tema abordado pelo Keynote Speaker Rui Morais, Membro do Conselho de Administração do OPART, que deu o mote para o debate entre Miguel Saraiva, CEO da Saraiva & Associados, Mariana Duarte Silva, Fundadora e Diretora da Skoola e Fundadora da Village Underground Lisboa, Joana Astolfi, Designer, Arquiteta e Artista da Studio Astolfi com a moderação de Mafalda Marques, CEO da Media em Movimento.
A tarde seguiu-se com o tema “A Sustentabilidade nos Projetos Empresariais” com Inês dos Santos Costa, Climate & Sustainability - Risk Advisory e Associate Partner da Deloitte como Keynote Speaker. O painel foi composto por Sofia Santos, CEO da Systemic, Mariana Doria, Gerente de Inovação da A4F Algae for Future, Ana Rovisco, Head of ESG Relations Environment da Jerónimo Martins com a moderação de Luís Roberto, Gestor, Professor e Especialista em Sustentabilidade.
O evento terminou com Ricardo Diniz, Navegador Solitário, Cristina Amaro, CEO da The Empower Brands House, Ricardo Parreira, CEO da PHC Software, Mário Vinhas COO da MDS Portugal e Miguel Vicente, CEO da Made2web a abordarem o tema “Liderança e Resiliência - Construir Equipas de Sucesso”.
A CCIP agradece aos mais de 130 participantes e aos oradores que contribuíram para o sucesso desta 6ª edição do Open Day!
APOIO
A nossa jornada até Lagos, capital de um dos países mais populosos de África começou em Lisboa e teve uma escala de 2h30 em Casablanca, Marrocos.
Estereótipos sobre a Nigéria abundam nas conversas entre as empresas portuguesas que compõem a segunda missão empresarial a este país, organizada pela Câmara de Comércio e Indústria Portuguesa.
Chegados a Lagos, foi com surpresa que rapidamente passámos o controlo alfandegário. Motorista à nossa espera e em 30 minutos estávamos no nosso simpático hotel em Victoria Island, uma das zonas mais modernas e bem reputadas desta gigante cidade, com 25 milhões de cidadãos.
Reunimos prontamente com o nosso consultor local que nos informa das últimas atualizações de cada agenda individuai, organizada especialmente para cada uma das empresas portuguesas. Temos reuniões marcadas em toda a região da grande Lagos.
Recebemos o aviso de que as deslocações são longas e o trânsito é caótico, que podem acontecer alterações nas horas e que é normal sermos recebidos em lugares pouco condizentes com o tamanho, capacidade e abrangência das empresas nigerianas.
Apesar das poucas horas de sono, reina a boa disposição e a vontade de ir para o terreno, sentir o mercado. Neste primeiro dia deu para perceber a dimensão e as complexidades desta enorme metrópole. Muitas horas no trânsito para fazer poucos quilómetros, em estradas difíceis e com um fluxo de milhões de pessoas, um “preço” que estamos dispostos a pagar pelas possibilidades de novos negócios.
Ao percorrer a cidade, assistimos a cenários antagónicos onde reina o caos urbano e uma modernidade apressada e sem lógica arquitetónica. Edifícios contemporâneos, lojas e restaurantes, mas, também, mercados a céu aberto, bairros de lata e muita poluição. Nada de novo para quem anda por países em vias de desenvolvimento, como é o caso das empresas que compõem a comitiva.
Seguem-se três dias de reuniões em locais tão díspares como instalações modernas ou armazéns e sedes de empresas sem qualquer condição para os nossos parâmetros. Aqui, a economia informal é gigante e nos mercados de rua podemos encontrar de tudo um pouco..
Apanhamos chuva e sol, com humidade e calor à mistura, viajámos por ruas e estradas danificadas, entre outras permanentes constatações da realidade social e económica da Nigéria.
Ainda assim, o sentimento é unânime: só vindo ao “terreno” é possível perceber as possibilidades que existem para fazer negócios e só desta forma se podem afastar as ideias pré-concebidas sobre a Nigéria.
As reuniões presenciais com os diferentes permitem-nos recolher informações preciosas sobre o modus operandi do mercado.
O volume aqui é brutal, de tudo! A informalidade parece dominar e as barreiras são muitas, nomeadamente as dificuldades de entrada no mercado. Mas existe sempre uma maneira de contornar estes obstáculos, de forma legal e com as pessoas certas a ajudarem.
Estão cá muitas marcas internacionais e existe também uma classe social alta com alguma expressão, que procura produtos com maior qualidade. Notamosa presença de alguns produtos portugueses, que nos garantem ser crescente, apesar de ainda reduzida.
Contatamos com alguns expatriados de diferentes países, que aqui estão nas mais diferentes indústrias e que nos comentam, de forma geral, que o mercado vale a pena, mas que exige grande resiliência. Paralelo semelhante a tantos outros mercados por onde andam as nossas empresas, onde os portugueses demonstram a sua capacidade de adaptação ímpar.
Quatro dias depois de termos chegado, saímos de Lagos em direção a Lisboa com a clara sensação de que existem condições e oportunidades para conseguirmos aumentar o volume de exportações de Portugal para a Nigéria.
PEDRO MAGALHÃES
Diretor de Comércio Internacional da Câmara de Comércio e Indústria Portuguesa
Fernando Alfaiate, Presidente da Estrutura Missão Recuperar Portugal, instituição que tem como missão negociar, contratualizar e monitorizar a execução do PRR e Celeste Hagatong, Presidente do Banco Português de Fomento abordaram a importância do PRR para o crescimento empresarial e dinamização da economia portuguesa.
Durante o evento estiveram presentes Helena Garrido, Economista, Bernardo Maciel, CEO da Yunit Consulting, e Pedro Brinca, Professor da Nova-SBE, num debate moderado pelo Economista e Gestor Jaime Quesado.
A organização desta reflexão surgiu da convicção de que o PRR pode ser um instrumento fundamental para que, se bem implementado, Portugal desenvolva e reestruture a sua economia nas próximas décadas.
A CCIP agradece a todos os participantes e oradores!