
De maneira a percecionar os desafios e oportunidades na internacionalização das empresas portuguesas para 2022, a Câmara de Comércio e Indústria Portuguesa (CCIP), elaborou um questionário que esteve disponível online durante os dois primeiros meses de 2022 e que passamos a analisar:
Contámos com a participação de mais de 350 empresas portuguesas exportadoras. Este inquérito teve uma abrangência territorial de norte a sul do país com empresas das mais diversas dimensões e volumes de faturação.
Constatámos que 77% das empresas preveem para 2022 um crescimento no orçamento destinado às ações comerciais focadas em mercados externos. Neste âmbito, a CCIP é a entidade externa a quem mais recorrem para entrada em novos mercados, sendo que, 82% das empresas consideram que as Missões Presenciais e Agendamento de Reuniões Customizadas são as metodologias mais eficientes na prospeção de novos mercados e de alcance dos seus objetivos. Cerca de 70% pondera recorrer a fundos individuais para a internacionalização, sendo que os serviços da CCIP são enquadráveis nestes projetos.
Mais de metade das empresas está alerta para as dificuldades/barreiras que enfrentarão durante este ano, derivadas, entre outras, pelo aumento do custo das matérias-primas e problemas logísticos. No entanto, acreditam que perante estas dificuldades poderão advir oportunidades de negócio, como o crescimento na procura de fornecedores alternativos que estejam mais próximos geograficamente, de maneira a reduzir custos de transporte e tempos de entrega.
No que respeita à Documentação Internacional, as empresas portuguesas demonstram ter conhecimento dos serviços oferecidos pela CCIP, líder nacional na emissão dos Certificados de Origem e Carnet ATA. Mais de 99% das empresas que reuniram com a nossa equipa, diz ter ficado esclarecido sobre as funções e de como/quando pedir essas autenticações.
Estamos disponíveis para lhe explicar em detalhe como podemos ajudar a sua empresa com contactos de qualidade a nível internacional, que permitam alavancar os seus negócios. Consulte o nosso Plano de Ações Internacionais, bem como os links com testemunhos dos nossos clientes.

Artigo de Bruno Bobone, Presidente da CCIP, na sua rúbrica semanal no Diário de Notícias.
Ao fim de quase 15 dias de uma guerra inexplicável, assistimos uma vez mais na história do mundo a um louco tomar o poder e criar um clima de terror que coloca toda a população a temer pela sua vida e por tudo aquilo que ao longo de décadas foi criando com o seu trabalho, para garantir uma sociedade em que se possa viver com qualidade, tranquilidade e segurança.
Uma história que se repete essencialmente porque fomos comprometendo as nossas convicções com decisões fracas, que apenas tinham como objetivo não provocar aquilo que hoje já começou. Uma nova guerra.
Se tivéssemos sido corajosos e firmes nas nossas posições, teríamos provavelmente tido de enfrentar este louco numa fase menos desenvolvida da sua loucura e, certamente, num momento em que a sua força era ainda muito menor do que é hoje.
Com a nossa posição condicionada pelos nossos medos, permitimos que se fosse preparando para uma guerra que queríamos evitar e que apenas conseguimos promover.
É sempre o medo de assumir o confronto que nos leva às piores consequências.
Desta vez, a guerra foi feita a um povo que, ao contrário da maioria dos nossos dirigentes e das nossas sociedades, não tem medo.
Um povo que se juntou para combater um adversário muito maior do que ele, com uma capacidade de equipamento incomensuravelmente superior e que é, já hoje, o maior herói desta crise mundial.
É, não só o seu presidente que o representa, mas é também todo aquele povo que resolveu ficar para defender a sua terra. E ainda todos aqueles que deixaram as suas vidas noutras partes do mundo para irem lutar pelo que é por direito seu e pelos valores em que acreditam.
Glória à Ucrânia é um grito de uma grandiosidade e de uma beleza tal que se torna fundamental defendê-lo e promovê-lo dentro de todas as nossas sociedades.
Temos de aprender deste povo para saber tornar grande o nosso país, o nosso continente e o nosso mundo.
Não podemos continuar a deixar-nos liderar por quem não tem a coragem de se afirmar a quem promove o que está errado, que não tem o orgulho de dizer Glória a Portugal e Glória à Europa, quem nunca teria a coragem de ir para a guerra defender aquilo que é a nossa sociedade e os nossos valores.
Vivemos numa Europa que tem vergonha da sua história e da sua origem, que tem medo de impor a quem chega aquilo que são os valores que a fizeram, o continente onde todos quereriam viver e que por medo vai perdendo tudo aquilo que somos e pelo que os nossos antepassados, quais ucranianos, deram as suas vidas.
Não vejo nesta Europa um povo que estivesse disponível para enfrentar uma desgraça para defender a sua forma de viver, para, com orgulho, poder dizer eu morro por glória do meu país.
Hoje é tempo de tudo fazer com coragem, para ajudar a Ucrânia e os gloriosos ucranianos a ganhar esta guerra e a recuperarem a sua terra.
Mas de seguida temos de reconverter a nossa forma de estar e compreender que esta postura de comodismo, de indiferença, de medo e de permissividade só tem um fim.
Uma guerra provocada por outro louco fanático, que se aproveitará de todos aqueles nossos defeitos, para fazer valer a sua vaidade e loucura, num movimento de destruição de tudo aquilo que nos é querido e por que durante gerações trabalhámos.
Ao último louco tivemos a sorte de ter Churchill e os gloriosos ingleses a fazer frente. A este louco temos os ucranianos e o seu presidente a confrontar.
Não deixemos que, por nossa culpa e pelo nosso medo, venha a ser criado um novo louco que nos destrua.
Glória à Ucrânia, Glória a Portugal e Glória à Europa!

Marrocos tem uma das maiores economias no continente africano e considerado uma verdadeira porta de entrada no mercado da áfrica do norte.
Portugal surge, na 8ª posição enquanto fornecedor de Marrocos.
A evolução da economia marroquina, fruto de políticas e estratégias com resultados bastante positivos, estiveram, até agora, ligadas ao ambiente favorável da globalização dos negócios e assentes sobretudo na industrialização do país, na atração de IDE e na dinamização das designadas ZAI - Zonas de Aceleração Industrial.
No âmbito desta deslocação, a CCIP preparou um total de 40 reuniões individuais para as empresas participantes, que representam os setores de Atividades de Programação Informática, Fabricação de Artigos de Desporto, Suplementos Alimentares, Outras atividades de serviços de apoio prestados às empresas, Formação e Acessórios para Veículos Automóveis.
De 7 a 11 de março, os empresários participantes realizarão as suas reuniões negócio, previamente validadas e aprovadas, com empresas marroquinas. Desta forma a CCIP garante que cada empresa participante reúne apenas com os players mais indicados para o desenvolvimento dos seus negócios.
Devido à grande procura deste mercado e aos resultados francamente positivos que temos vindo a verificar, a CCIP já está a preparar um evento direcionado exclusivamente ao setor Alimentar e de Bebidas, que decorrerá entre 6 e 10 de Junho.
Conheça o nosso Plano de Ações Internacionais 2022, e faça mais negócios a nível internacional!

Artigo de Bruno Bobone, Presidente da CCIP, na sua rúbrica semanal no Diário de Notícias.
Foi lançado recentemente um livro extraordinário sobre a vida de uma das maiores empresas açucareiras mundiais que existiram em Moçambique e que era uma das suas maiores fontes de rendimento. A Senna Sugar.
O livro, Doce Amargura, foi escrito por Paul Laperre, holandês, que aí trabalhou durante as décadas de 1960 e 70, com uma enorme quantidade de informação e uma capacidade rara de ser neutral, apresentando sempre diferentes visões do mesmo acontecimento e retratando-o com enorme detalhe.
O livro trata de um período de cem anos da presença de Portugal em África, da independência de Moçambique e da guerra civil entre a Frelimo e a Renamo.
É um livro que consegue ser um romance da vida do criador da empresa, uma história da sua família, uma história de uma indústria, um retrato sociológico da época e um livro de história de dois países.
A obra é verdadeiramente excecional, muitíssimo interessante e é ainda um serviço público aos nossos países, pois é um documento fundamental para entender os últimos cem anos de presença de Portugal em África.
Por tudo isto estão de parabéns o seu autor, Paul Laperre, e Diane Villax, que o promoveu e o estimulou a editar esta obra.
Apenas tenho pena de não encontrar mais testemunhos como este, que os haverá em grande quantidade, e que infelizmente estarão a desaparecer com aqueles que viveram essas experiências e que não tiveram a oportunidade ou o saber de as escrever.
Essa é a fraca força da nossa cultura.
Pessoas de uma capacidade excecional que foram capazes de se lançar pelo mundo fora em condições de enorme dificuldade, vivendo verdadeiras aventuras a merecerem ser contadas, mas que, ao voltarem aos seus lares, deixam que o tempo leve esses momentos e essas histórias, sem que delas fique registo marcante e cultura para os que vierem depois.
Uma cultura de viver e de enfrentar as dificuldades, mas sem cultura de registar os seus êxitos e as suas desgraças.
E, ainda que possamos ter a sorte de que algum outro estrangeiro decida relatar a sua experiência no nosso país, será sempre com os olhos da sua própria cultura e da sua própria verdade, sempre condicionado por preconceitos e ideias preconcebidas que darão uma imagem mais crítica e muitas vezes incompreendida daquilo que este povo tão bem fez pelo mundo.
Com defeitos, naturalmente, como todos os outros, mas com enormes qualidades que aos outros não interessam louvar.
Grandes homens e grandes feitos que conhecemos e reconhecemos foram sempre relatados por quem estava próximo de quem os fez e, em casos muito especiais, pelos próprios que nunca quiseram deixar em mãos alheias a descrição das suas ações.
Tanto César como Churchill não deixaram de dignificar a sua intervenção nos destinos da humanidade.
É apenas justo que Portugal também possa beneficiar de quem o faça.
De quem conte a história da vida de quantos sonharam, trabalharam, arriscaram e criaram para fazer tudo aquilo que Portugal deixou por esse mundo fora e que ainda hoje é uma parte muito significativa daquilo que se conhece da história do nosso planeta.
Apostemos em contar as nossas histórias para fazermos grande a história de Portugal.

Trata-se do 2º país mais populoso da América Latina, com uma população de quase 130 milhões, uma classe média em crescimento e jovem. É também a segunda maior economia da região, posicionando-se como a 15ª a nível mundial. Foi maioritariamente por estas razões que várias empresas portuguesas aceitaram o desafio e integraram a Missão Empresarial a este mercado, na expectativa de alavancar os seus negócios para este mercado.
No âmbito desta deslocação, a CCIP preparou reuniões individuais para cada uma das empresas participantes, que têm atividade no sector da transformação e comercialização de mármores, granitos e cerâmicas, rochas ornamentais e importação, exportação, indústria e comércio por grosso de produtos alimentares e bebidas alcoólicas.
Os empresários participantes realizaram reuniões individuais de negócios com empresas mexicanas, previamente valoradas e aprovadas. Desta forma a CCIP garante que cada empresa participante apenas reúne com os players mais indicados para o desenvolvimento dos seus negócios. O México é um país em profunda transformação e com muitas oportunidades de negócio!
Convidamos a sua empresa a conhecer o nosso Plano de Ações Internacionais 2022, onde poderemos ajudar a sua empresa na entrada de novos mercados com contactos de qualidade e que aumentem as suas exportações.

A convocatória será oportunamente remetida aos Associados.
Participe!

Artigo de Bruno Bobone, Presidente da CCIP, na sua rúbrica semanal no Diário de Notícias.
Depois de um longo jogo de mentiras, meias-verdades e ameaças chegou a previsível notícia de que a Rússia está a invadir a Ucrânia.
É, de facto, uma muito má notícia em todos os aspetos.
É uma afirmação de desrespeito pela ordem internacional, é um desafio ao equilíbrio das relações internacionais, é um teste à firmeza da posição das democracias ocidentais e é uma mensagem de insegurança e instabilidade para a vida no mundo.
O maior risco está em saber quais são as intenções verdadeiras de quem decidiu enfrentar esta ordem internacional mostrando um total desprezo pela posição dos restantes países - e desconsiderando os prejuízos que terão junto da sua população as sanções económicas que foram prometidas para fazer face a esta tomada de decisão de começar uma guerra.
Em qualquer caso esta decisão de invadir a Ucrânia por parte da Rússia é uma decisão totalmente condenável e inaceitável à vista de todas as convenções internacionais.
Ao contrário da política, as decisões económicas, com exceção das que são controladas politicamente - o caso das sanções -, não tendem a ter em consideração quem é o detentor do direito aos recursos de determinado país.
Aquilo que conta para a economia e para os mercados é quem tem de facto a propriedade dos bens e dos serviços que são trocados a nível internacional.
Nesta perspetiva, o efeito que a guerra pode ter na economia tem mais que ver com o tempo que ela vai demorar do que com quem sairá com o poder nesse país.
Se uma guerra se prolonga, inibe o desenvolvimento da produção, diminui a possibilidade de estabelecer relações comerciais e acaba por eliminar os agentes económicos dessa região dos mercados internacionais.
Por outro lado, se a guerra se faz durante um curto período, a continuidade dos produtos no mercado não é afetada, independentemente de quem é o verdadeiro último beneficiário da venda desses produtos.
É, pois, aqui que se vai definir qual o impacto que esta guerra poderá ter na economia internacional, que por sua vez impactará na economia portuguesa, uma vez que a nossa relação comercial direta com a Ucrânia tem uma expressão muito reduzida.
Ao nível da economia mundial, se a guerra for curta e se for só esta, o efeito será como um pequeno soluço que trará durante um curto período um aumento dos custos de energia e das taxas de juro, paralelamente com um agravamento da inflação, mais motivado pelo medo psicológico dos decisores que evitarão tomar medidas, sem ter em consideração o efeito de uma guerra mais prolongada.
Se a guerra se prolongar, ou se depois desta for tentada uma outra qualquer invasão de outro país, aí sim, estaremos confrontados com uma subida da inflação que passará de conjuntural a estrutural e que afetará de forma muito mais grave a subida dos juros, o aumento dos custos de produção e tudo isto associado a uma diminuição da procura, que resulta também do medo que se cria numa situação como esta.
Daqui resulta que se a situação que estamos hoje a viver terminar num curto espaço de tempo e não trouxer nenhuma ação posterior de guerra, então a preocupação poderá ser apenas de curto prazo e sem um impacto que possa ser letal.
Na hipótese contrária, é bom que as empresas e os seus líderes se preparem para uma nova realidade em que a liquidez se vai tornar muito mais importante e em que o endividamento vai ter um impacto muito mais negativo sobre os resultados das nossas empresas.
Nestas circunstâncias é, na minha perspetiva, fundamental que os países aliados na NATO se preparem para uma reação muito mais forte e efetiva que assegure que as ambições russas sejam contrariadas, que politicamente seja defendida a autonomia e a independência da Ucrânia, para garantir que a economia mundial (e a portuguesa) possa continuar a crescer sem ser confrontada com as dificuldades adicionais que advêm desta crise.
É fundamental que a NATO se imponha assumindo que não dará uma oportunidade à Rússia de avançar nem mais um passo e preferencialmente recuperar a independência da Ucrânia.
A paz conquista-se com coragem, sensatez e visão. Ainda vamos a tempo.

Artigo de Bruno Bobone, Presidente da CCIP, na sua rúbrica semanal no Diário de Notícias.
É difícil ser empresário nos tempos em que vivemos. Ser empresário é estar só. É ter de decidir sozinho sobre tudo o que afeta a vida dos outros. É ter de saber correr riscos sem que ninguém esteja ao nosso lado para nos amparar. E é saber sair das crises e dos maus resultados assumindo a responsabilidade e com a capacidade de recomeçar.
Ser empresário é ser criativo, é ser sonhador, é ser generoso e é ser otimista.
Mas ser empresário é também ser responsável, é ser rigoroso, é ser prudente e é ser corajoso.
Por tudo isto, ser empresário é ter uma nobre vocação.
Mas o tempo que vivemos empurra-nos para sermos rápidos e imediatos, para nos preocuparmos com o que parece e não com aquilo que realmente é.
Não nos dá tempo para analisar as circunstâncias e obriga-nos a reagir na pressão do minuto. Quando há uma crise a resposta tem de ser já e não importa que seja boa.
Mas depressa e bem não há quem...
É neste mundo em que vivemos que é difícil ser empresário.
As crises económicas e financeiras, locais e internacionais, têm vindo a suceder-se com uma rapidez enorme e a estabilidade que todos ambicionamos é hoje uma raridade, o que eleva o risco a uma outra dimensão e torna a realidade muito mais volátil.
Por outro lado, a sociedade, provavelmente motivada por essa vontade de reencontrar a estabilidade perdida, tornou-se muito mais exigente para com o empresário quando as coisas não correm bem, esquecendo que a existência do risco é exatamente a promotora do sucesso e do insucesso de cada projeto.
Nestas circunstâncias, foi natural ao empresário procurar ele também a sua estabilidade na obtenção de maiores resultados e mais imediatos, de maneira a dar-lhe a possibilidade de sobreviver às suas perdas e de forma a permitir voltar a tentar o êxito.
A pressão da aceleração da vida, aliada à pressão social sobre o insucesso, levaram à perda de uma das principais preocupações: a pessoa.
Levaram a assumir que a criação de riqueza resultante da capacidade extraordinária do empresário de juntar os fatores de produção e criar o seu produto se tornasse no fim em si mesmo e que esquecesse a verdadeira essência da sua vocação que é criar riqueza para promover o desenvolvimento da sociedade e o crescimento de cada cidadão.
Só uma sociedade que se desenvolve é uma sociedade que pode trazer felicidade a quem nela vive e a felicidade é o objetivo de vida de cada um de nós.
Só uma sociedade que cresce pode continuar a servir de campo de desenvolvimento a qualquer projeto empresarial.
É por tudo isto que é difícil ser empresário hoje.
Não só pela solidão do lugar nem só pela responsabilidade da decisão e do êxito da empresa, mas acima de tudo pelo valor que a sociedade não consegue reconhecer ao empresário. Facilmente se transforma aquela pessoa que sonha, cria promove e distribui, que é responsável e corajoso, num mero resultado financeiro que define a pessoa como de sucesso ou de derrota.
E ainda assim, é ao empresário, uma vez mais, que vai competir ser capaz de voltar a olhar a sua nobre vocação e recentrar a sua forma de trabalhar na pessoa do seu colaborador, do seu fornecedor e do seu cliente, para que possa voltar a cumprir com a sua função de ser um pilar da sociedade e de ser a esperança de todos os que vivem ao seu redor.

Segundo as Previsões Económicas de Inverno (Winter 2022 Economic Forecast), a Comissão Europeia prevê, um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 4,0 % em 2022 e de 2,8% em 2023 na UE27. Para a zona Euro as previsões apontam também para um crescimento do PIB de 4,0 % em 2022 e de 2,7% em 2023.
Já para Portugal, as expectativas apontam para um crescimento de 5,5% em 2022 e de 2,6% em 2023.
A procura interna e os investimentos no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) deverão dar um contributo expressivo para este crescimento da economia portuguesa.
O crescimento continua a estar condicionado pelo impacto da pandemia na actividade económica e esta previsão pressupõe que a pressão sobre a economia causada pela Covid 19 será de curta duração.
As expectativas para a inflacção foram também revistas em alta. A inflacção na zona euro, em 2022, deverá subir para 3,5% (3,9% UE27) e em 2023 cair para 1,7% (1,9% EU27).
Para Portugal, a Comissão prevê uma taxa de inflacção de 2,3% para este ano e de 1,3% para 2023.
Estas previsões económicas de Inverno 2022 fornecem uma actualização dos dados de Outono 2021, que foram apresentados em novembro 2021.
Saiba mais sobre as previsões para a economia portuguesa aqui.

Artigo de Bruno Bobone, Presidente da CCIP, na sua rúbrica semanal no Diário de Notícias.
Entrámos num novo ciclo de quatro anos. Vamos ter um novo governo e muito dinheiro para relançar a nossa economia.
É o momento de aproveitar para fazer uma verdadeira reforma do aproveitamento dos nossos recursos e, protegendo o ambiente deste nosso mundo, investir naquilo que melhor nos pode fazer crescer e evoluir.
Há mais de uma década a Câmara de Comércio e Indústria Portuguesa ofereceu a Portugal um trabalho realizado pelo professor Ernâni Lopes sobre o hypercluster da economia do mar, que definiu como o único recurso verdadeiramente identitário do nosso país.
Chamou-lhe hypercluster porque envolvia todas as áreas da atividade económica e, por isso mesmo, propôs que não fosse criado um ministério para o promover, pois seria redutor da sua capacidade de realização, mas que ficasse na dependência direta do primeiro-ministro, para que existisse uma coordenação da estratégia do mar com todos e cada um dos restantes ministérios e com a supervisão do topo do governo.
Portugal está hoje a começar a dar os primeiros passos no plano de recuperação e resiliência. Já está claro que não será à custa das soluções antigas que o país poderá sair desta crise com a capacidade de competir internacionalmente.
Temos de deixar de pensar na economia de salários baixos e indústria de pequena mais-valia e seguir todos os que já se lançaram nos projetos do amanhã, em que, como sabemos, têm tido sucesso alguns nossos compatriotas.
E dentro destes projetos do amanhã está o mar.
O mar que nos deve levar a ser uma plataforma de comércio internacional através do aproveitamento das condições logísticas e geográficas extraordinárias que detemos e que, associadas às nossas qualidades de mediadores, poderá levar-nos a uma posição de destaque nas trocas comerciais a nível mundial.
Um mar com condições naturais para a criação de bom pescado, de qualidade reconhecida mundialmente e que pode tornar-se uma riqueza enorme para o nosso país.
Um mar com recursos energéticos que devem ser estudados e aproveitados em prol do desenvolvimento de novas tecnologias de utilização de recursos mais amigos do ambiente.
Um mar onde o estudo e a produção de projetos no campo das biotecnologias trarão novas oportunidades para encontrar produtos destinados ao tratamento de doenças e à prevenção de muitas outras.
Um mar que nos trará a descoberta de muitas outras oportunidades que nem sonhámos vir a conhecer e que permitirão dar ao mundo novas formas de viver e de sobreviver.
E tudo isto está aqui à nossa porta.
O grande óbice foi sempre a capacidade financeira para se lançar este desenvolvimento. Mas agora teremos dinheiro.
E temos pessoas capazes, por isso devemos aproveitá-las e criar condições para manter em Portugal todos os jovens que daqui saem à procura de novos desafios e de condições mínimas de vida.
Temos de criar um caminho de investimento para podermos ter sucesso.
Temos uma visão e temos uma estratégia. Temos gente e temos meios.
É urgente apostar numa cultura do mar. Trazer à nossa população o conhecimento e a proximidade com os temas do mar. Habituar os portugueses a olhar o mar como o amigo que lhes traz a vida.
Precisamos de investir no conhecimento e criar uma universidade do mar que albergue todos os campos do saber e que nos dê as competências para cuidarmos bem deste recurso.
Temos o tempo, a estabilidade e a necessidade.
Não percamos mais uma vez a oportunidade.

No dia 10 de fevereiro, o Senhor Embaixador Adel El Alfy esteve presente na sede da Câmara de Comércio, num encontro que teve como objetivo estreitar as relações económicas entre os dois países com vista a dinamizar o comércio bilateral.
Dadas as oportunidades que o mercado oferece às empresas portuguesas, a CCIP organiza a 2ª Missão Empresarial ao Egito, em Março de 2022. Saiba mais aqui.

De acordo com os dados mais recentes do relatório da Informa D&B, apenas cerca de 16% das empresas portuguesas pagam a horas, o que coloca em risco milhares de postos de trabalho e a sobrevivência das empresas mais pequenas.
O Compromisso Pagamento Pontual reúne a ACEGE - Associação Cristã de Empresários e Gestores, a CIP – Confederação Empresarial de Portugal , a APIFARMA - Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica, a Caixa Geral de Depósitos, o IAPMEI, a Ordem dos Contabilistas Certificados e mais 1.765 empresas e organizações que se afirmam empenhadas na promoção dos pagamentos a horas em Portugal.
Ajude a manter a nossa economia ativa, adira ao Compromisso Pagamento Pontual. Saiba mais aqui.

Artigo de Bruno Bobone, Presidente da CCIP, na sua rúbrica semanal no Diário de Notícias.
Chegar a uma maioria absoluta depois de seis anos de governo... é obra! Ao contrário do que muitos pensavam, o povo português está confortável com a forma como passou a crise pandémica e o medo que se instalou não promoveu grandes mudanças.
Por outro lado, a oposição pouco fez para apresentar uma solução que representasse uma verdadeira alternativa por que valesse a pena arriscar.
E cá vamos para quatro anos de governo, só que desta vez com toda a responsabilidade da sua condução e sem qualquer limitação ao seu caminho.
Como foi claro no discurso de vitória, a estabilidade é uma mais-valia para a democracia. E eu estou completamente convencido de que uma democracia funciona melhor com maiorias do que com minorias a governar.
Gostei dessa ideia de conseguir fazer as pazes entre o povo português e as maiorias.
Mas hoje já é dia para começar a fazer o trabalho de casa. De começar a pensar como vamos fazer deste país um sítio em que vale a pena viver, onde estamos todos alinhados para a criação de riqueza que permita a todos viver melhor e com mais dignidade.
Pensar em ajudar os que mais precisam, mas sem os alhear das responsabilidades sobre a sociedade em que vivem, o que significa envolvê-los e não apenas pagar-lhes.
Todos têm de se sentir necessários para se sentirem parte do projeto.
Temos também de olhar como podemos ajudar as nossas empresas a serem maiores e mais fortes para poderem competir no mundo, que será sempre o único mercado que nos poderá ajudar a crescer.
Para isso temos de envolver os empresários nas decisões que promovem o seu desenvolvimento.
A maioria absoluta permite evitar o populismo e permite o pragmatismo que beneficia o desenvolvimento.
Mas a maioria também permite a realização de reformas e a reforma da justiça é, sem qualquer dúvida, uma das maiores urgências da nossa democracia e da nossa economia.
No seu discurso diz também que uma maioria não é a vontade de um só.
Por isso será importante que a complementaridade entre público e privado seja verdadeiramente uma fórmula que beneficie o bom serviço aos portugueses.
Que a qualidade do serviço privado seja complemento à garantia de que o serviço chega a todos, dada pelo setor público.
Seja na educação, seja na saúde, o que podemos ganhar está mais nesse pragmatismo da união do que na divisão promovida pela ideologia.
Como disse no princípio, uma maioria depois de seis anos de governo é obra.
Aquilo que gostaria de poder dizer daqui a quatro anos é que a maioria fez obra.
E é para isso que escrevo hoje estas linhas, para dizer que hoje tudo é possível, mas tudo depende da forma como forem dados os primeiros passos.
Como forem feitas as primeiras conversas e da forma como forem todos envolvidos.
Todos manifestaram a sua preferência através voto no último domingo.
A maioria deu o seu apoio a um governo do Partido Socialista e este governo tem legitimidade para governar durante quatro anos - e é bom que assim aconteça, pois só assim funciona bem a democracia.
Estamos todos interessados e disponíveis para transformar Portugal, mas só se formos juntos o poderemos fazer.
De uma crise nunca se sai só, ou saímos todos ou não sai ninguém.
Passado que está o ato eleitoral vamos unir-nos por Portugal.

Artigo de Bruno Bobone, Presidente da CCIP, na sua rúbrica semanal no Diário de Notícias.
Estamos a dois dias de saber qual será a próxima solução governativa para Portugal. Provavelmente a grande maioria dos eleitores já sabe em quem vai votar e quais são as suas expectativas sobre o resultado final.
É exatamente neste momento, em que ainda está tudo por decidir e em que tudo pode acontecer, que é indispensável pensar sobre aquilo que queremos fazer a partir de segunda-feira.
Seja qual for a solução encontrada, vamos todos ter de voltar a trabalhar, a estudar, a produzir. Seja qual for a solução que nos aconteça, há coisas que são fundamentais e essas não podem deixar de ser realizadas.
Temos de voltar a lutar por continuar a crescer, a encontrar caminhos para melhorar a vida de todos os portugueses, de encontrar soluções que sejam criadoras de oportunidades, que criem trabalho e que construam riqueza pois, seja qual for o governo, nós não poderemos contar apenas com as suas políticas para chegarmos aonde temos de ir.
Há demasiado tempo que dependemos do Estado para fazer o nosso caminho. É tempo de nos tornarmos independentes e de fazer o Estado depender de nós.
Compete a todos e a cada um escolher aquilo que quer para a sua vida e não podemos nem devemos abdicar desse nosso enorme direito e poder.
Mandar na minha vida, ser dono das minhas decisões. É isso que me faz ser uma pessoa, um ser humano que quer fazer um caminho e encontrar uma razão para viver.
Pois é nesta convicção que eu apelo hoje a todos, nas vésperas de sabermos quem ficará com a responsabilidade de liderar o governo de Portugal, que decidamos para nós próprios qual é a nossa escolha sobre o que vamos fazer nos próximos quatro anos, independentemente das opções partidárias que venham a acontecer.
E é aos empresários que mais apelo, pois são aqueles que mais capacidade têm para assumir as suas decisões, e que mais coragem devem ter para seguir os seus caminhos sem se colocarem na dependência de ninguém.
Diz o Papa Francisco, também tido e achado pelos candidatos desta campanha eleitoral, que ser empresário é ter uma nobre vocação.
E é assim porque ao empresário foi dado o dom de saber juntar os recursos de uma forma eficiente para criar os produtos que fazem falta às populações e assim criar riqueza que deve permitir a essas populações viver melhor.
Mas é também uma vocação nobre porque lhe dá a vontade de estar sempre a encontrar soluções para vencer as dificuldades que se apresentam no seu caminho.
Ora, nestes tempos que se avizinham e independentemente de quem for eleito para governar, temos várias dificuldades para enfrentar.
Temos uma economia que temos de relançar, temos um desenvolvimento que temos de atingir, temos um capital que temos de empregar de uma forma eficiente e temos um povo castigado pelo medo que tem de voltar a viver.
Tudo isto poderá beneficiar mais ou menos da política de quem nos governar, mas hoje é o dia de decidir o que vamos fazer sem depender dessa condição.
O dia de decidir que vamos mandar na nossa vida, de que vamos ter a coragem de lutar pelo que acreditamos, seja qual for a solução com que tivermos de viver.
É hoje o dia em que podemos todos crescer como pessoas e tornar-nos detentores de uma nobre vocação.
A vocação de sermos livres, autónomos, independentes, responsáveis e donos da nossa vida.

O evento contou com a presença de Bruno Bobone (Presidente da CCIP), de Daniel Traça (Dean da Nova School of Business and Economics) e de Carlos Moedas (Presidente da Câmara Municipal de Lisboa) que fizeram a entrega dos diplomas, juntamente com os representantes dos patrocinadores desta 2ª Edição: a Softinança, a Yunit Consulting e a Sage.

Esta foi a segunda edição do programa executivo de formação para gestores de PMEs criado pela CCIP e pela Nova-SBE, em 2019. Um programa que tem como obetivos proporcionar uma visão abrangente e transversal das principais áreas da gestão, identificar as melhores práticas e ferramentas que permitam ganhos de competitividade às PME, disponibilizando uma formação executiva certificada de elevada qualidade e com um investimento competitivo.
Bruno Bobone afirmou que este é um “projeto da maior importância e do maior interesse para as empresas portuguesas”. A pós-graduação criada pela CCIP e pela Nova-SBE quer “dar às PME’s a capacidade de formar os seus quadros com a mesma facilidade das grandes empresas”, acrescentando, ainda, que a “CCIP é transversal, alberga grandes empresas e PME’s”, mas, “os grandes beneficiários da CCIP devem ser as PME’s”.
Daniel Traça destacou a importância da produtividade, garantindo que “o debate que interessa é o debate da produtividade”. “É preciso perceber que nos últimos 20 anos a produtividade tem crescido sempre abaixo da média da União Europeia e dos nossos parceiros. E esta é a base da economia”, explicou, antes de dizer aos diplomados que a sua “responsabilidade é enorme, porque o impacto que podem ter é enorme”.
Carlos Moedas afirmou que “a produtividade é o ponto mais importante da nossa sociedade”, e, citando o atual primeiro-ministro italiano, Mario Draghi, disse que “a produtividade agregada é a inovação multiplicada pela difusão dessa inovação”. Isto é, “temos grandes inovadores na Europa, mas isso fica apenas num grupo de empresas e não é contagiado à outra parte das PME’s. Esta difusão é a chave da produtividade”.
A 2ª edição da Pós-Graduação CCIP/Nova-SBE contou com 31 participantes. As inscrições já estão abertas para a 3ª Edição que terá lugar de março a julho de 2022.
Para mais informações sobre inscrições na Pós-Graduação de Gestão Aplicada para Gestores de PME, contacte formacao@ccip.pt.

Na base da intervenção esteve a convicção de que 2022 será um ano melhor do que 2021, tal como este foi melhor do que 2020, tanto do ponto de vista de saúde pública, como do ponto de vista económico. Na raiz desta afirmação está o facto de o mundo possuir, hoje, muito mais conhecimento sobre a pandemia da Covid-19 do que há um ano, o que faz o vice-presidente da CCIP acreditar que estamos mais perto de uma endemia do que da pandemia.
Criticando as teorias da conspiração que estão na origem dos negacionismos em relação às vacinas e à própria pandemia, e demonstrando com números os efeitos que estes movimentos têm nas economias nacionais, Paulo Portas destacou “a importância da aliança entre capital e ciência, investigação e indústria”.
O vice-presidente da CCIP chamou a atenção com particular ênfase para a evolução das taxas de inflação em todo o mundo, prevendo que, este ano, teremos “mais inflação do que estávamos habituados, o que vai ter consequências sobre as taxas de referência dos bancos centrais, o que vai reconvocar as questões das dívidas públicas, corporativas e familiares à escala global e nacional”. Ainda sobre este tema, Paulo Portas criticou que, a 10 dias das eleições legislativas em Portugal, este tema não tenha sido discutido no âmbito da campanha eleitoral.
Sobre a recuperação económica, destaca a impressionante evolução da economia irlandesa, que recuperou logo em 2020 os níveis registados em 2019, e a aplicação do Plano de Recuperação e Resiliência em Portugal que deveria ter “uma chaveta inversa daquela que tem: dois terços para o privado, um terço para modernizar a administração pública”. Em todo caso Paulo Portas recomendou que, seja qual for o resultado das eleições, Portugal não perca demasiado tempo em ‘revisões’ porque a reabertura do processo em Bruxelas seria sempre limitada e o tempo de execução é curto.
A situação nos Estados Unidos da América, o bloqueio político e legislativo e as tensões aí registadas mereceram também realce por parte de Paulo Portas, bem como a evolução do nacionalismo chinês e a questão de Taiwan; os extremismos ideológicos a ganhar terreno na América Latina; e o crescimento previsto com a entrada em vigor do acordo de comércio continental em África.
Por fim, referência às eleições em Angola, França e Hungria, que se realizarão este ano, e um aviso: crime e ciber. “Tratar bem as defesas a nível tecnológico”, pediu. “O crescimento dos resgates pagos tem aumentado de uma forma impressionante. O mundo tem que reconstruir defesas para esta nova forma de criminalidade”, afiançou.
"Há imensos problemas: sim. Há imensos riscos: alguns. Mas temos razões para confiar que teremos um ano melhor que o anterior".

Artigo de Bruno Bobone, Presidente da CCIP, na sua rúbrica semanal no Diário de Notícias.
Acredito numa sociedade baseada na pessoa. Numa sociedade que é tão melhor quanto mais respeitar a individualidade de cada um dos seus membros e que aproveite essas diferenças para criar um maior desenvolvimento - e não criar um mundo sem diferenças através da anulação do indivíduo, como propõe a esquerda.
Acredito numa sociedade que promova a criação da riqueza para benefício dos seus cidadãos e que se preocupe com a sua distribuição.
Acredito na responsabilidade da sociedade de acudir a todos os seus membros nas suas necessidades, ao mesmo tempo que acredito na responsabilização dos cidadãos para se conseguir garantir o equilíbrio e o desenvolvimento da sociedade em que se integram.
Acredito na propriedade privada e na autonomia sobre a dependência.
Acredito num Estado que garanta as necessidades mais básicas da sociedade e dos seus cidadãos, que cumpra a sua missão de garante da justiça e da condução da estratégia do país, mas que não intervenha ativamente na economia.
Acredito na igualdade de direitos entre todos, homens e mulheres, e nas diferenças que os caracterizam e que valorizam a sua complementaridade.
Acredito na diversidade de raças e na sua enorme capacidade de promover o desenvolvimento mundial através da complementaridade das suas características.
Acredito no direito à vida e na defesa dos mais necessitados.
Acredito no direito a participar nas decisões que afetam a vida de cada um, seja a nível profissional seja a nível político ou pessoal.
Acredito na defesa do ambiente e no respeito por todos os recursos naturais.
Acredito na vida digna de cada pessoa e por isso defendo um salário digno.
Acredito que quem lidera deve servir e não se servir.
E acredito que para receber é sempre preciso primeiro dar.
Não acredito num país em que todos temos de ser iguais.
Em que não se pode falar de raças para que acreditemos que não somos diferentes.
Em que não há homens nem mulheres, há apenas entes.
Em que não se promove a criação de riqueza e apenas se defende que basta distribuir o que acabará por não haver.
Em que se promova o Estado a participar mais na atividade económica.
Não acredito num Estado que seja dono da educação dos nossos filhos, sem qualquer direito de escolha.
Em que a vida é um assunto de consciência de cada um.
Em que apenas se está disponível para entregar dignidade depois de se ter recebido a riqueza.
Em que apenas se tente mudar os impostos numa sociedade que essencialmente põe em causa os valores.
Em que os diferendos se tentam resolver pelo confronto em vez de harmonia.
Por fim, acredito que deveria ter sido construída uma solução que unisse todas as pessoas que, com todas as suas diferenças e com todas as suas diferentes convicções, se pudessem rever genericamente nos valores acima enunciados.
Não existindo essa solução de unidade, existe uma solução: eu vou votar no CDS.

Artigo de Bruno Bobone, Presidente da CCIP, na sua rúbrica semanal no Diário de Notícias.
Estamos a 15 dias de umas eleições que deveriam resultar na escolha de um governo que levasse Portugal para um caminho de recuperação económica e de desenvolvimento, que permitisse recriar este nosso país para que fosse possível investir, trabalhar e viver com as condições que existem na maioria dos nossos parceiros europeus.
Mas, para que isso acontecesse, seria fundamental que alguns parâmetros fossem alterados e que o novo governo fizesse as mudanças que muitos defendem e que verdadeiramente seriam o fator dessa transformação.
Precisávamos de ter um governo que fizesse uma reforma que nos trouxesse uma justiça mais célere e mais efetiva, que passa por uma reformulação de muitas das práticas.
Precisávamos também de uma reforma fiscal que permitisse aos cidadãos viverem com mais qualidade e que não fosse tão redutora dos rendimentos de cada família. Uma diminuição do imposto sobre o rendimento é fundamental para que cada pessoa possa atingir um mínimo de dignidade para viver.
Precisávamos de ter instituições fortes, responsáveis e respeitadas que nos permitissem confiar no seu desempenho.
Não podemos continuar a assistir a situações em que as autoridades são atacadas sem se poderem defender, porque estão sempre postas em causa mesmo que estejam a cumprir corretamente o seu trabalho.
Não podemos continuar a saber através dos jornais os segredos de justiça, mas sem que haja uma condenação de quem é responsável por essas atitudes aparentemente condenáveis e punidas por lei.
Precisávamos de conseguir reestruturar a sociedade portuguesa de forma a permitir diminuir o peso do emprego público de forma a permitir criar uma sociedade mais produtiva e mais ativa em que os seus elementos se sentissem cada vez mais participantes na sua construção e participativos nos benefícios que daí adviessem.
É fundamental começar a criar o gosto pela criação, pelo empreendimento e pela realização que assuma maior capacidade de assumir o risco de viver e que nos afaste da cultura de dependência do Estado. Uma sociedade que promove os seus próprios projetos, que estimula as suas competências criativas e que obtém resultados do seu trabalho torna-se numa sociedade mais viva, mais alegre e mais realizada.
Infelizmente, pela perspetiva que se antevê pela forma como tem decorrido a campanha eleitoral e pelas alternativas que se apresentam com maior potencial de ganhar as eleições, a concretização de todas estas mudanças não será possível.
Ainda que a maioria dos partidos esteja de acordo em todos estes temas, não há um único projeto que nos dê uma perspetiva de crescimento económico e social que mude de facto o nosso destino.
Não há um único líder potencial que nos faça sonhar com um Portugal melhor.
A mudança de que precisamos é demasiadamente profunda para que seja possível realizar por partidos sujeitos à lógica da luta política eleitoral.
Só a sociedade civil poderá ser a promotora de todas estas reformas que são tão necessárias para fazer de Portugal um país diferente, onde valha a pena viver e com dignidade.
Juntemo-nos para mudar Portugal.

Uma iniciativa a pensar nos decisores e gestores de PMEs que pretendem aprofundar e atualizar os seus conhecimentos e competências nas várias áreas de gestão. Um programa executivo que alia a credibilidade dos conteúdos e corpo docente da Nova-SBE à experiência do terreno da CCIP.
Local: Sede da CCIP, em Lisboa e Nova SBE, no Campus em Carcavelos
Duração: 4 dias por mês - sextas-feiras e sábados
Idioma: Português
PATROCINADORES: SOFTFINANÇA E YUNIT CONSULTING
"É um projeto da maior importância e do maior interesse para as empresas portuguesas”. A pós-graduação criada pela CCIP e pela Nova-SBE quer “dar às PME’s a capacidade de formar os seus quadros com a mesma facilidade das grandes empresas”, acrescentando, ainda, que a “CCIP é transversal, alberga grandes empresas e PME’s”, mas, “os grandes beneficiários da CCIP devem ser as PME’s."
Bruno Bobone | Presidente da CCIP
"O debate que interessa é o debate da produtividade (...) É preciso perceber que nos últimos 20 anos a produtividade tem crescido sempre abaixo da média da União Europeia e dos nossos parceiros. E esta é a base da economia (...). A responsabilidade (dos formandos) é enorme, porque o impacto que podem ter é enorme."
Daniel Traça | Dean na Nova SBE
"Foi, sem dúvida, uma enorme mais-valia! Aprendi muito nesta pós-graduação e aprofundei o meu conhecimento em várias temáticas. A qualidade do corpo docente da Nova e a dinâmica que se cria entre o grupo são mais-valias que acrescentam valor a este curso executivo. Parabéns."
Participante 2ª Edição

Artigo de Bruno Bobone, Presidente da CCIP, na sua rúbrica semanal no Diário de Notícias.
A Alice viveu toda a sua infância no País das Maravilhas. Mas, quando cresceu, percebeu que vivia afinal no país do medo.
Um país em que os governantes não governam, em que os empresários não empreendem, em que os trabalhadores não trabalham, em que os vizinhos não se ajudam - porque todos têm medo.
Uns têm medo de perder o lugar, outros têm medo de arriscar, outros ainda têm medo de perder e há ainda outros que têm medo de parecer bonzinhos e que isso os poderá prejudicar.
Um país em que os empresários se tornaram dependentes do Estado para diminuir o risco do seu empreendimento e em que se focaram no salário baixo por medo de arriscar pagar para ter maior benefício.
Onde os trabalhadores têm medo de tudo dar pela empresa em que trabalham e que preferem combatê-la em vez de garantirem o seu êxito, por medo de não receberem o resultado do seu trabalho.
Onde dirigentes sindicais e patronais têm medo de concordar para resolver os seus diferendos por pensar que perderão os seus lugares.
Um país em que os cidadãos têm medo de ajudar os outros por não acreditarem que são membros da mesma sociedade e que partilham responsabilidades sobre a mesma.
Um país em que os políticos têm medo de dizer o que pensam para não serem expostos na imprensa e arriscarem perder o seu lugar. Em que o governo não decide mudar por medo de perder as eleições.
E foi neste país que a Alice tem vivido a pandemia da covid:
- Fechada em casa sem abrir a porta aos vizinhos, com medo do vírus, ainda que dizendo que é para defender os outros.
- Forçada por um governo que tem medo de ser responsabilizado pelos resultados das suas decisões e que prefere tomar as que mais facilmente nos inibem de viver, apesar dos efeitos gravíssimos nas nossas vidas -e porque estamos no país do medo ninguém os responsabilizará por elas.
Por outro lado, foi também pelo medo que conseguimos vencer a primeira fase do vírus. A nossa adesão à vacinação foi claramente uma forma de expressão do medo que grassa neste país, ainda que desta vez com resultados muito positivos.
Pena é que o medo tenha voltado a pôr-nos em casa. Com efeitos da pandemia completamente controlados graças ao sucesso da vacinação, nós, por medo, voltámos a fechar-nos, como se não estivéssemos vacinados e com os resultados que se verificam noutros países que, curiosamente, na sua maioria têm medidas de contenção muito menores do que as nossas.
Mas os nossos governantes e a sua oposição sabem que nós temos medo e, por isso, não duvidam uma única vez em prejudicar-nos um pouco mais - só por precaução.
E mandam fazer testes a todos os que não precisam, estragam a vida a todos os que querem viajar porque têm medo de um vírus que, em Portugal, não passa de uma gripe que parece mais generalizada, mas que nem isso sabemos, pois nunca ninguém se foi testar só para saber se acordou com gripe, nem nunca foi considerado morto por gripe quem morreu num acidente de viação ou de ataque de coração...
Por isso a Alice não compreende para que serviu o esforço se ninguém o valoriza. Se não tivéssemos sido tão cumpridores viveríamos exatamente o mesmo sacrifício.
E pensou que este medo destruiu o seu País das Maravilhas!
E a Alice saiu de casa, levou as crianças à escola e foi trabalhar. Tirou a máscara e foi respirar a brisa que vinha do mar, onde os valentes do seu país arriscaram sempre a vida, sem medo de morrer.
E foi viver, porque viver com medo também é morrer.

Artigo de Bruno Bobone, Presidente da CCIP, na sua rúbrica semanal no Diário de Notícias.
Há alguns anos, a Câmara de Comércio e Indústria Portuguesa pediu um estudo sobre as principais razões da limitação do crescimento da nossa economia na perspetiva dos empresários.
Foi com alguma surpresa que foram recebidas as respostas, principalmente porque os temas como a legislação laboral e a burocratização do sistema apareciam muito em baixo na lista, e à cabeça aparecia o tema da justiça. Curiosamente, os empresários não se queixavam das decisões dos juízes, em quem confiavam, mas dos mecanismos da justiça.
Em função deste inquérito, a CCIP preparou, com a Fundação Francisco Manuel dos Santos, um trabalho sobre "Justiça Económica", que entregou a vários governos, mas sem que se tenha obtido solução desta inibição, como se os nossos dirigentes pouco ou nada estejam interessados em resolvê-la.
Passados todos estes anos, chegando a este período natalício, em que fazemos uma revisão da nossa vida e preparamos o ano que aí vem, pensei qual seria o maior desejo para este nosso Portugal de 2022.
E dei comigo de novo às voltas com o tema da justiça. E não só da justiça económica, mas de toda a justiça que não se pratica e se devia praticar em Portugal.
Como é possível termos tantos casos de corrupção, em que não são penalizados aqueles que neles participam, tantos casos de crimes económicos, em que os seus responsáveis continuam a viver sem terem sequer sido julgados pelos seus atos, tantos outros crimes mais comuns em que a justiça se embrenha em fórmulas de atraso e de desleixo e em que nunca é dado o exemplo de que não vale a pena transgredir.
A justiça está condicionada por um processo que, pretendendo dar garantias aos mais desprotegidos, acaba por favorecer todos os que, tendo prevaricado, utilizam o sistema de proteção para adiar e tentar prescrever as decisões que os condenariam.
Está condicionada por um processo de decisão demorado e complexo que apenas garante que a justiça é sempre tardia - e todos sabemos que uma justiça tardia é sempre uma injustiça, que descredibiliza o sistema e o Estado de direito.
Assim, porque não acreditamos na justiça para assegurar o comportamento correto, fomos avançando com controlos prévios, de forma a garantir a anulação da hipótese de ser cometido o crime ou a prevaricação.
Por isso exigimos aos detentores de cargos públicos a publicação de todo o seu património, não permitimos a utilização de valores em dinheiro, proibimos as transferências sem que seja muito bem justificada a sua razão e muitas outras ações que violentam as pessoas retirando-lhes a liberdade a que devem ter direito, apenas porque o sistema judicial, que deveria ser o garante de todas estas situações, não funciona e ninguém quer atuar na fonte do problema.
O normal seria confiar num juiz para conhecer o património do detentor de cargo público para garantir que não há enriquecimento indevido, ou confiar num juiz para avaliar se uma determinada transação é correta ou criminosa.
Não é a sociedade nem os indivíduos quem deve fazer este tipo de policiamento - e o que, naturalmente, acaba por acontecer é que a informação tornada pública passa a ser utilizada para difamar, o que acaba por afugentar muitos dos que poderiam dar o seu contributo ao desenvolvimento da vida do país, não porque tenham algo a esconder, mas tão-só porque não se sentem bem com a intrusão na sua privacidade.
Por outro lado, a imaginação humana, que é extraordinariamente criativa, vai proporcionado novas formas de fazer o errado - como a criação das criptomoedas, a passagem de património para outros membros da família, etc. - dificultando ainda mais a aplicação da justiça.
Um problema só se resolve atacando a fonte do próprio problema e nós ainda não quisemos fazer isso. As soluções que mitigam o problema acabam sempre por criar problemas maiores e hoje temos mais corrupção, mais enriquecimento indevido e menos qualidade nos nossos dirigentes públicos.
Façamos algo de bom para nós mesmos. Tratemos da justiça.

Artigo de Bruno Bobone, Presidente da CCIP, na sua rúbrica semanal no Diário de Notícias.
Hoje é Natal, festejamos o dia em que nasceu Jesus. Uma enorme esperança de salvação para o mundo. Um momento em que somos chamados a sair dos nossos afazeres diários e a visitarmos aquilo que verdadeiramente importa nas nossas vidas.
Há 2021 anos, mais ou menos, os pastores que estavam a guardar os seus rebanhos foram chamados a visitar o Menino que tinha nascido numa manjedoura, um símbolo de pobreza que nos chama a atenção para a nossa humanidade e para a nossa fragilidade enquanto pessoas.
É um Salvador e um Rei que vem para servir.
Pois é isso mesmo que eu gostaria de pedir e viver neste Natal.
Que tivéssemos a sorte de receber um líder para o nosso país que viesse para nos servir. Que, tendo poder e competência, possa ter a distância da riqueza que lhe permita ser humano e ocupar-se de todos nós, olhando-nos como pessoas que somos.
Que não queira dividir-nos para poder reinar, que não queira mais aos seus do que a todos os outros e que seja capaz de ser justo sem medo de perder o seu poder.
Peço um presente para todos nós, que nos ajude a sair desta crise que estamos ainda a viver e que não sabemos quando vai acabar, para que saiamos todos juntos e para que saiamos todos melhores.
Passámos quase dois anos a olhar a nossa vida de uma perspetiva diferente e fomos capazes de dar prioridade àquilo que foi sempre o mais importante e que são as pessoas.
Fomos solidários e fomos caridosos, fomos valentes para ajudar os outros passando à frente dos nossos próprios interesses e fomos capazes de deixar de tudo fazer para enriquecer, para que saíssemos juntos desta crise.
Agora vamos começar uma nova fase em que temos de nos ajudar uns aos outros a recuperar as nossas vidas - e aqueles que menos perderam, ou que até ganharam, são os que podem agora partilhar com os outros aquilo que têm.
Mas tudo isto só será verdade se recebermos um presente de Natal bom e verdadeiro, um governo virado para as pessoas e não para si mesmo.
Um governo que se disponha a servir os portugueses criando-lhes novas oportunidades de voltar a construir as suas vidas.
Que não as destrua com impostos e que não as abandone sem cuidados, que não dê mais aos que já têm, mas que valorize todos aqueles que querem trabalhar para ser parte da sociedade.
Que ajude os mais pobres e mais vulneráveis, mas que o faça de uma maneira a que se sintam incluídos e não lhes dê apenas esmola.
Que motive os que são mais capazes a apoiarem os que mais precisam - e que não prejudique aqueles sem que consiga ajudar estes.
E que se apoie em nós para fazer crescer Portugal em vez de querer fazer crescer Portugal à custa da nossa perda.
Um presente de Natal que faça deste país uma pátria de todos os portugueses e que faça que os meus concidadãos se orgulhem de ser parte desta nação.
Que todos saibamos gostar daquele que está ao nosso lado e com quem partilhamos a nossa origem, a nossa língua e a nossa cultura.
Finalmente, um presente que acabe com a mentira e com a maledicência como base e fundamento da nossa sociedade e que transforme este país num projeto comum que valoriza cada um e que se baseia em cada um de nós para fazer um Portugal maior e melhor do que aquele que cada um por si seria capaz de construir.

O desafio foi lançado. Saber as tendências que vão estar no topo da lista de prioridades dos responsáveis de marketing e comunicação para o próximo ano.
Nesta 3ª Edição do E-book de Tendências de Marketing, contamos com mais de 50 contributos, de especialistas de 20 sectores de atividade, que partilharam as suas visões, estratégias e soluções.
Convidamos todos os interessados a fazer o download gratuito desta publicação e a conhecer o que vai estar no topo da lista de prioridades das equipas de marketing no próximo ano.
A todos os que aceitaram este nosso desafio, um muito obrigado!
A todos os que vão querer usufruir deste e-book como fonte de conhecimento prático e de inspiração, desejamos uma boa leitura!
Aceda aqui ao E-book sobre as Tendências de Marketing para 2022

Nos dias 10 e 11 de dezembro, 3 empresas portuguesas participaram no Belgrade Wine Salon, uma feira de vinhos na Sérvia onde a Câmara de Comércio organizou a primeira participação portuguesa.
O evento Belgrade Wine Salon (BWS) é uma combinação B2B e B2C. Durante o primeiro dia, que estava destinado à vertente B2B, os expositores tiveram oportunidade de apresentar os seus produtos a especialistas do setor, retalhistas, distribuidores, importadores, restaurantes e hotéis líderes nas suas áreas. Participaram mais de 400 convidados, o que permitiu aos três expositores realizar inúmeros contactos com empresários locais.
Cada expositor teve direito a um espaço individual para exposição dos seus produtos, organização de momentos de degustação em salas privadas, bem como experiências diretas com sommeliers da região dos Balcãs e potenciais clientes.
Os vinhos portugueses já marcam alguma presença no mercado, existindo ainda um potencial de crescimento muito significativo. Os consumidores e empresários sérvios e dos Balcãs tendem a associar os vinhos portugueses a qualidade, preço competitivo e diversidade das castas.
A Câmara de Comércio está disponível para ajudar as empresas do sector vinícola a conseguir contactos de qualidade no mercado dos Balcãs, através de consultorias individuais. Para mais informações contacte-nos através do email internacional@ccip.pt

Artigo de Bruno Bobone, Presidente da CCIP, na sua rúbrica semanal no Diário de Notícias.
Estamos a caminho de um momento importante para a nossa democracia. As eleições de 30 de janeiro poderão redefinir o espectro político da direita portuguesa.
Por um lado, temos os partidos tradicionais com uma redefinição de lideranças e com uma crise de identidade que vai levar a algum reposicionamento dos seus eleitores.
Por outro, os novos partidos, que surgiram com soluções mais radicais em alguns temas, tornam-se apelativos para quem se não revê na imagem actual daqueles partidos e assim tornam-se o porto de abrigo desses eleitores descontentes.
Na minha perspectiva estas eleições não têm, para a direita portuguesa, uma oferta motivadora e credível que seja suficiente para justificar uma nova escolha: uns porque estão descaracterizados e outros porque não apresentam uma solução global para a sociedade, mas tão só para uma parte dos problemas.
Para mim uma sociedade tem que se basear nos seguintes princípios e valores:
- Os princípios do Bem Comum, do Destino Universal dos Bens, da Subsidiariedade, da Participação e da Solidariedade;
- Os valores da Verdade da Liberdade e da Justiça.
Preconizo uma sociedade baseada na Pessoa e que defende o direito à vida, o direito a viver numa família unida e num ambiente moral favorável ao desenvolvimento da própria personalidade, o direito a maturar a sua inteligência e liberdade na procura e no conhecimento da verdade, o direito a participar no trabalho para valorizar os bens da terra e a obter dele o sustento próprio e dos seus familiares, o direito a fundar uma família e a acolher e educar os filhos segundo as suas convicções e o direito à liberdade religiosa, entendida como direito a viver na verdade da própria fé e em conformidade com a dignidade transcendente da pessoa.
Isto significa que acredito numa sociedade tolerante e inclusiva, respeitadora da liberdade de todos e que acredita na pessoa humana e no seu desenvolvimento sempre na busca de felicidade.
Acredito numa economia de criação de riqueza destinada a ser partilhada por todos através de uma sociedade participativa em que todos são parte e todos são beneficiários.
Acredito num salário digno e na inclusão e participação de todos na empresa.
Acredito numa economia social de mercado, numa economia de liberdade, mas com intervenção social para evitar os desajustes que se têm verificado no Mundo.
Acredito no direito à propriedade privada, mas sempre na perspectiva da sua contribuição para o bem comum.
Acredito na preservação da natureza ao serviço da humanidade.
Não acredito na permissividade que tem substituído a tolerância e sou completamente contrário ao politicamente correcto.
Por tudo isto, porque sou cristão e democrata, sou democrata cristão.
E, apesar de ver que quem defende a democracia cristã no nosso país tem andado mais distraído com a discussão do "quem" antes do "o quê", acredito que é fundamental manter uma referência desta forma de pensar e desta forma de viver. E isso só será possível se se mantiver um partido com estas referências.
Hoje discute-se lideranças e quem defende melhor estes princípios e valores, mas eu preocupo-me mais em defender esses valores, independentemente de quem vai estar a defendê-los.
Se quem hoje lá estiver não for capaz outro virá para o tentar. Mas se esse partido acabar, esse outro não terá como o fazer.
Também já outros tentaram e falharam, também muitos que podiam ter lá estado não o fizeram. Hoje não é o futuro, mas é o momento para o preparar.
E eu não quero um futuro sem democracia cristã.

Levar formação de qualidade, atenta aos desafios do mercado, às necessidades dos nossos parceiros e que acompanhe a inovação da sociedade é o mote para o nosso Plano de Formação do próximo ano.
Um plano capaz de responder às necessidades de quem nos procura.
Um plano pensado para o regresso ao modelo presencial e à troca de experiências que ele proporciona e, ao mesmo tempo pensado também para a continuidade e crescimento do modelo de formação online, capaz de nos manter próximos em contexto de aprendizagem, crescimento pessoal e profissional.
Esperamos em 2022, continuar a ser preferência de todos os que já nos acompanharam nos últimos anos e chegar a todos os que procuram um serviço de formação diferenciador e atento às necessidades das pessoas e das organizações.
Apresentamos as primeiras propostas de formação para os próximos 3 meses.
Esperamos receber-vos em breve.

Artigo de Bruno Bobone, Presidente da CCIP, na sua rúbrica semanal no Diário de Notícias.
Estão lançados os dados para as próximas eleições. Rui Rio ganhou o direito a representar o PSD enquanto o Xicão não permitiu que fosse questionado como próximo candidato do CDS a governar Portugal.
Em face destas últimas decisões, o espectro político da direita está dividido entre quatro partidos com muitas posições coincidentes e com algumas questões que os dividem.
E não importa tanto explicar as razões da sua divisão, pois esta sempre existiu, mas recordar que durante anos acabou por se albergar, na sua maioria, no PSD e os restantes no CDS.
Contudo, pela performance destes dois partidos - que se deixaram envolver por um politicamente correto promovido e suportado pela censura imposta pelos partidos de esquerda e os seus pseudointelectuais, deixando de ser voz do descontentamento dos seus eleitores e de se baterem pelos valores que realmente caracterizam a direita - assistimos a uma dispersão do eleitorado por diferentes partidos que lhes apresentam a defesa dessas bandeiras de uma forma efetiva.
Mas, no fim das contas, nenhuma dessas alternativas que se apresentou acabou por recolher a votação suficiente para que possam ser verdadeiramente encaradas como potenciais soluções para que a direita passe a ter qualquer hipótese de voltar a chegar ao poder.
E este é de facto o único objetivo que importa, pois, sem estar no comando nunca será possível à direita mudar aquilo que hoje vê como sendo a destruição do país e da sociedade, que esta mesma direita contribuiu para criar e que quer ajudar a desenvolver.
Todos ouvimos os comentadores a dizer que essa oportunidade não é já possível para estas eleições e que a direita terá que passar por um período de mudança e refundação que lhe permita voltar a ser parte da corrida que leva ao governo.
E, de facto, se não houver hoje uma mudança sobre aquilo que são os diferentes discursos desta direita que se apresenta às eleições, assim será.
A direita vai para recauchutagem e vamos ver como e quando de lá sairá.
Mas não é preciso que seja assim. Pode haver já um pequeno milagre de mudança que, estou convencido, nos poderia levar a assistir a essa refundação.
Se Rui Rio se dispusesse a aliar-se com o CDS e com a Iniciativa Liberal e se mudasse o seu discurso de centro-esquerda para uma ideia de reeditar uma nova AD, com o entusiasmo de quem vai devolver a estes eleitores a esperança de uma nova vitória, de uma nova onda, de voltar a acreditar que é possível, então seria viável voltar a pensar que a direita podia passar a ser de novo uma grande alternativa.
Uma alternativa cheia de vida, com uma enorme confiança e com uma capacidade de fazer acreditar todos aqueles que procuram uma nova forma de viver neste nosso Portugal.
Fazer voltar a acreditar que é possível crescer e que é possível ser livre, que não precisamos mais de ter medo para conseguir vencer uma crise e que não temos que deixar de nos batermos por tudo aquilo em que acreditamos.
É este o pequeno milagre que peço aos líderes destes partidos.

O relatório descreve as ações da Comissão, em estreita parceria com as empresas da UE, os Estados-Membros e as partes interessadas, com vista a manter os mercados abertos e a garantir que os parceiros comerciais da UE cumprem os seus compromissos.
A UE possuí atualmente, em vigor, 45 acordos comerciais, que abrangem 77 países, e este relatório analisa e fornece informações sobre a aplicação de 37 dos principais acordos comerciais celebrados com 67 países.
O relatório apresenta dados estatísticos sobre o comércio de bens (2020) e serviços (2019) e dado que o Acordo de Comércio e Cooperação EU-Reino Unido só entrou em vigor a 1 de maio 2021 (aplicado provisoriamente desde 1 de janeiro), o impacto deste acordo não foi abrangido na análise.
Em 2020, quase um terço do comércio da UE foi realizado ao abrigo dos acordos comerciais preferenciais. O comércio com os 67 países em análise, em 2020, totalizou 1 167 mil milhões de euros, correspondendo a 32 % do comércio total da UE. As exportações totalizaram 646 mil milhões de euros e as importações 521 mil milhões de euros, resultando num saldo positivo de 124 mil milhões euros. Entre os 67 parceiros comerciais abrangidos pelo relatório a Suíça continuou a ser o maior parceiro preferencial da UE, representando 21,5% do comércio, seguida da Turquia com 11,3%, do Japão com 9,4%, da Noruega com 7,8% e da Coreia do Sul com 7,7%. Em conjunto este grupo de cinco países foi responsável por mais metade do comércio preferencial da UE (57,7%).
No contexto do comércio internacional português, entre o grupo dos 67 países abrangidos pelo relatório, a Turquia foi o nosso maior parceiro, representando 14,8% do comércio total, seguida da Suíça com 11,4%, Marrocos com 9,4%, Coreia do Sul (6,6%) e Canadá com 5,2%.
A Comissão Europeia lançou, em 2020, o portal “Access2Markets”, que disponibiliza informação sobre 122 destinos de exportação nomeadamente: direitos aduaneiros, impostos internos, regras de origem aplicáveis e procedimentos aduaneiros. Neste portal as empresas podem ainda apresentar casos concretos de obstáculos relacionados com o acesso aos mercados, para que a Comissão Europeia possa analisar a denuncia, identificar o problema reportado e desenvolver as ações tidas por relevantes. (fonte: Comissão Europeia).
Para mais informações:
Relatório sobre a Aplicação e o Cumprimento dos Acordos Comerciais da UE
Documento de trabalho dos Serviços da Comissão que acompanha o relatório

Esta iniciativa tem como objetivo dar visibilidade e premiar a coragem das PME portuguesas. Inscrições até final de janeiro de 2022.
Estão abertas as candidaturas para a 4.ª edição dos Prémios Heróis PME, uma iniciativa da Yunit Consulting, consultora nacional especializada em pequenas e médias empresas, que tem como objetivo premiar a visão, a coragem a capacidade de inovação e a persistência das PME portuguesas que ultrapassam as adversidades e seguem o caminho da prosperidade servindo de exemplo a outros empresários a dar o salto. Nesta edição, vai ser apresentado o primeiro barómetro sobre a capacidade de adaptação e recuperação das PME.
Para Bernardo Maciel, CEO da Yunit Consulting, “com a atribuição destes prémios queremos contribuir para o reconhecimento público de empresas vencedoras e histórias que inspirem outros empresários e empreendedores. Vamos também apresentar um barómetro sobre PME, com abordagens que envolvem desde os recursos humanos e a sustentabilidade à transformação digital, bem como as suas perspetivas para o futuro.”
Este será o primeiro estudo realizado no âmbito dos Prémios Heróis PME sobre PME portuguesas e tem como objetivo apresentar indicadores de recuperação, perceber como as empresas se adaptaram ao contexto desafiante que atravessamos e esboçar uma visão sobre o futuro próximo. Durante o período de candidaturas vão ser promovidos uma série de webinars
temáticos exclusivos.
As candidaturas, sem custos de participação, decorrem até dia 31 de janeiro de 2022 e podem ser realizadas no website www.heroispme.pt.
Nesta edição, o impacto na comunidade local, a coragem empresarial, a visão empresarial, a criatividade, a sustentabilidade e a transformação digital são os critérios que irão selecionar os finalistas. O grande vencedor será conhecido numa gala no dia 28 de abril.
A 4.ª edição dos Prémios Heróis PME conta com o apoio da VICTORIA Seguros, Softfinança, Caixa Geral de Depósitos, SAGE, Grosvenor House of Investments, PRA – Raposo, Sá Miranda & Associados, OKSofás e Câmara de Comércio e Indústria Portuguesa.
Lançada em 2016, a iniciativa Prémios Heróis PME já contou com mais de 300 candidaturas de setores de atividade tão distintos como agroindústria, TIC ou saúde.

De um dia para o outro, tivemos que correr uma maratona para a qual a grande maioria de nós não estava preparada.
De um dia para o outro, tivemos que fazer esforços para conseguir alcançar algo sem saber se iriamos ou não ser bem-sucedidos.
Tal como numa maratona, chegaram aos primeiros lugares aqueles que durante os longos quilómetros souberam gerir bem o seu esforço, e há quem tenha chegado (ou ainda chegue) com mais ou menos mazelas. Mas chegaram, e isso por si só é já uma grande vitória!
De um dia para o outro as empresas tiveram que repensar a forma como acolhiam, orientavam e acompanhavam as suas pessoas. A criatividade esteve no seu auge durante meses e este e-book demonstra isso mesmo. Com mais ou menos mazelas, as empresas conseguiram implementar diferentes estratégias e acompanhar a mudança.
No final do dia o que queremos é acolher, orientar e acompanhar.Pensando em palavras-chave na área dos Recursos Humanos para este ano de 2021, identificámos 5 que nos ajudaram a organizar as mudanças ou novos projetos que os 33 Responsáveis de Recursos Humanos de várias empresas partilharam connosco: alinhamento, comunicação, próximidade, desenvolvimento e digitalização.
No decorrer da sua leitura vai também encontrar artigos de opinião com reflexões sobre a gestão do talento nas empresas.

Os EAU são uma economia aberta, a mais competitiva de todo o mundo árabe, com o 2º maior rendimento per/capita da região (depois do Qatar) e um dos mais elevados em todo o mundo. A sua economia é vibrante, aberta e possui um elevado rendimento per Capita. Os EAU prosseguem os investimentos em projetos importantes de infraestruturas, equipamentos e design de interiores. Graças à estratégia de diversificação da economia e à introdução de reformas legislativas e fiscais, o país vive um ciclo de crescimento económico sustentado e possui um ambiente favorável aos negócios.
Foi maioritariamente por estas razões que várias empresas portuguesas aceitaram o desafio e integraram a Missão Empresarial a este mercado, na expectativa de alavancar os seus negócios.
No âmbito desta deslocação que contou com 10 participantes, a CCIP preparou reuniões individuais para cada uma das empresas participantes, que têm atividade no sector da joalharia, pedras e mármores, alimentar, promoção económica e captação de investimento para Lisboa, desenvolvimento e gestão de projetos e TI.
De 5 a 10 de dezembro, os empresários participantes realizaram reuniões individuais de negócios com empresas dos EAU, previamente valoradas e aprovadas. Desta forma a CCIP garante que cada empresa participante apenas reúne com os players mais indicados para o desenvolvimento dos seus negócios.
Esta Missão tem a particularidade de no primeiro dia as empresas terem a oportunidade de visitar a Expo 2020 no Dubai. A Expo 2020 é uma exposição mundial organizada pelo Bureau International des Expositions. Ainda que originalmente marcada para o 2020, a Pandemia COVID-19 levou a que o evento fosse remarcado para o período entre 1 de outubro de 2021 até 31 de março de 2022, daí manter o nome de ‘Expo 2020’.

Artigo de Bruno Bobone, Presidente da CCIP, na sua rúbrica semanal no Diário de Notícias.
Na última semana assistimos a uma definição sobre o futuro de um partido que, de uma forma mais ou menos assertiva, representou a direita em Portugal. Não representou toda a direita, e algumas vezes não defendeu aqueles que são os valores de direita, mas foi quem maioritariamente albergou a direita ao longo dos anos.
Desta vez, o PSD decidiu-se por um caminho que o leva definitivamente para o centro e mais ainda para muito perto do centro-esquerda.
Esta opção, que também poderá ter como motivação a procura de um acesso mais rápido ao poder, através de um potencial apoio a um governo socialista sem maioria, estará em parte condicionado por um certo desencanto com a excessiva predominância do tema económico sobre os restantes temas da vida que, por erro e omissão da direita, passaram a dar a ideia de que seriam temas de esquerda, como seja o ambiente, o social e a cultura, levando a uma viragem nesse sentido.
Por outro lado, o CDS entrou também numa crise de identidade, mergulhado numa divisão entre aqueles que se preocupam com a essência dos valores e princípios da democracia cristã e aqueles que seguiam focados na discussão do modelo económico como o objectivo fundamental da política nacional.
Seja qual for a razão, a verdade é que a direita deu um novo passo no sentido da sua divisão aumentando a sensação de vazio de soluções aglutinadoras e alternativas de vitória que permitam galvanizar o apelo ao voto e a acreditar que existe uma solução.
Pelo contrário, aquilo que estamos a assistir é a atomização dessa direita em diversos partidos que defendem soluções parciais e que conseguem os seus apoiantes com base nas preocupações mais imediatas de cada um.
Contudo, a sensação que se vive hoje na direita portuguesa é de alguma orfandade em relação aos seus representantes, não só pela crise que se instalou nestes partidos, mas também pelo trabalho que estes partidos não foram capazes de realizar na defesa dos valores e das convicções que as pessoas que a compõem acreditam.
Seja na área do apoio social, na defesa da vida, na defesa da família, no combate à permissividade, no consentimento de uma censura de esquerda baseada em valores que vão contra aquilo que foi construído ao longo de séculos, no revisionismo da história, a verdade é que o politicamente correto levou estas pessoas a terem que conviver com aquilo em que nunca acreditaram e sem ninguém que os defendesse.
A atomização da direita baseia-se, fundamentalmente, numa procura de projectos que defendam as preocupações mais imediatas de cada um. Conforme a sua própria vivência, cada pessoa foi procurar apoio naqueles que mais força dão aos temas que os afectam directamente.
No entanto, aquilo que sairá desta movimentação é uma continuidade da esquerda que nunca lhes trará os resultados que procuram. Terá que surgir uma solução mais global que permita reunir todas aquelas preocupações num projecto de união que reúna a direita e que lhe permita voltar ao poder.
A direita tem que decidir se quer que essa nova solução seja mais focada numa visão mais moderada ou mais radical, numa solução mais economicista ou mais social ou humana.
E isso vai ser definido pelas convicções daqueles que lançarem este novo projecto de reunir a direita.
Por isso é hoje muito mais importante começar a trabalhar nesse novo projecto do que continuar a batalhar pela vitória de qualquer das suas partes. Quem ganhar uma guerra dentro da direita apenas contribuirá para a dividir.
Só triunfará aquele que hoje tiver a visão de reunir de novo a direita com um projecto que seja inclusivo de todos e de todas as sensibilidades.

“Os negócios sem direitos humanos não têm futuro”. Palavras de João Pedro Guimarães, secretário-geral da Camara de Comércio e Indústria Portuguesa, na abertura da primeira Conferência Anual Business, Human Rights and Sustainability, organizada pelo NOVA Centre on Business, Human Rights and the Environment (NOVA BHRE), que decorreu, virtualmente, nos dias 24 e 25 de novembro.
A Conferência contou com o apoio da CCIP, no âmbito da parceria estabelecida com NOVA BHRE, da Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa. O principal objetivo deste centro académico é contribuir para fomentar o exercício de uma conduta empresarial responsável que defenda o respeito pelos direitos humanos, pelo trabalho digno e pelas normas ambientais, em consonância com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU.
A Fundadora e Diretora da NOVA BHRE, Claire Bright, no seu discurso de abertura sobre os desafios e oportunidades de Negócios, Direitos Humanos e Sustentabilidade, sublinhou que o “O desenvolvimento não pode ser sustentável se o respeito pelos direitos humanos não estiver no seu centro ". Apelou à oportunidade de liderança das empresas na aposta no desenvolvimento sustentável, através da implementação de processos de due diligence em matéria de direitos humanos e ambiente, antecipando-se à “onde regulatória” que está em curso a nível europeu.
Os direitos humanos e as alterações climáticas estão intrinsecamente inter-relacionados, em áreas como o direito à vida, à água e ao saneamento básico, à alimentação, à saúde, à habitação, à autodeterminação, cultura e desenvolvimento. Dussu Djabula, aluna do 4º ano de Direito, falou, precisamente, sobre as implicações das questões climáticas nos direitos humanos e na necessidade de ter em conta os seus impactos desproporcionados no BIPOC (negros, indígenas e outros povos de cor) bem como nas mulheres.
Na conferência, o Comissário Europeu para a Justiça, Didier Reynders falou sobre a próxima diretiva europeia relativa à due diligence obrigatória em matéria de direitos humanos e ambiente. Afirmou que é “Uma oportunidade de transição, por parte da EU, para um modelo muito necessário, mais justo e sustentável e que conduz a um mundo de governação global sustentável”.
Ao longos dos dois dias, foram debatidos diversos temas como:
A conferência encerrou com a intervenção de Céline da Graça Pires, Manager of Human Rights na BSR, que falou sobre as questões da interseccionalidade e da responsabilidade intergeracional.
Mas afinal …
O que significa o conceito de diligência (due diligence) de direitos humanos?
Quais os impactos adversos nos direitos humanos que as empresas podem causar ou fomentar através das suas atividades?
Que tipo de ações as empresas podem exercer no processo de diligência (due diligence) em matéria de direitos humanos?
Que mecanismos de execução estão previstos por potenciais danos causados e incumprimento do dever de diligência?
Porque é que é importante a diligência (due diligence) de direitos humanos e ambiente?
A crescente consciência do papel das empresas em relação aos direitos humanos, ao ambiente e à realização dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU levou ao surgimento de uma série de iniciativas regulatórias ao nível doméstico, regional e internacional, nos últimos anos.
Atualmente, um número crescente de jurisdições começou a implementar os requisitos de diligência de direitos humanos em legislação nacional legalmente vinculativa, exemplos de França, Holanda, Suíça, Noruega e Alemanha, onde normas domésticas foram adotadas tornando obrigatório o exercício da diligência de direitos humanos (e em alguns casos ambiental) para as empresas.
Ao nível da União Europeia, foram já implementadas regulamentações de diligência obrigatória de direitos humanos para alguns setores específicos.
A todas as empresas, independentemente do setor de atividade em que atuam, é cada vez mais exigido que desenvolvam a sua atividade respeitando os direitos humanos e atuem de forma ativa para promover causas ambientais e sociais.
Em Portugal, o primeiro Inquérito Nacional sobre Conduta Empresarial Responsável e Direitos Humanos, levado a cabo em 2018, revelou que menos de uma em cinco das empresas têm processos de diligência de direitos humanos em prática.
A Nova School of Law desenvolveu um estudo sobre a “Diligência Obrigatória de Direitos Humanos: Recensão aos Desenvolvimentos Legislativos ao nível Europeu”, onde apresenta um resumo legal que constitui uma oportunidade para as empresas se colocarem a par dos conceitos de diligência em matéria de direitos humanos e ambiente e dos próximos desenvolvimentos legislativos.
Diligência Obrigatória de Direitos Humanos - Desenvolvimentos Legislativos ao nível Europeu

Artigo de Bruno Bobone, Presidente da CCIP, na sua rúbrica semanal no Diário de Notícias.
De uma crise não se sai sozinho, ou saímos todos ou não sai ninguém e também de uma crise não se sai igual: ou saímos melhores ou saímos piores e para isso os empresários têm trabalho."
É uma parte da mensagem que o Santo Padre me deixou gravar no final desta extraordinária oportunidade que tive de conversar com o representante máximo da Igreja Católica.
É muito importante termos esta consciência em todos os momentos da nossa vida: só ultrapassamos as dificuldades se estivermos juntos e que é nesse tempo que devemos decidir se queremos sair melhores dessas dificuldades.
É no tempo de paz que nos preparamos para a guerra. É nos tempos bons que nos devemos preparar para ultrapassar as crises.
E é por isso que devemos estar todos os dias atentos e focados em criar a união entre todos, para que na crise, que surge quando menos a esperamos, estejamos já unidos e preparados para a ultrapassar.
E podemos sair sempre melhores. Sair melhores quer dizer mais preparados para resistirmos a novas dificuldades, mais dispostos a estar com os outros de maneira que seja mais verdadeira aquela união que nos salva nos tempos difíceis.
Para conseguir essa união temos de ver no outro a pessoa que está à nossa frente, incluí-lo nas nossas decisões, fazê-lo participar na nossa vida, nas nossas dúvidas e nas nossas convicções.
Mas temos também de fazê-lo participar nas nossas dificuldades e nas nossas conquistas, partilhar com ele as nossas angústias e as nossas alegrias.
E tudo isto só é possível se eu considerar o outro como me considero a mim. Somos pessoas.
O Papa Francisco escreveu que a empresa é uma Vocação Nobre. Isto significa que o empresário recebeu essa vocação de ser capaz de juntar os diversos fatores de produção, de forma a criar maior riqueza, que é fundamental à melhoria da qualidade de vida no mundo.
Mas esta vocação nobre, para conseguir ser de facto criadora dessa melhoria, tem de ter um resultado nobre de envolver e incluir todos os que participam na criação dessa riqueza, de forma que possamos, em conjunto e unidos com os mesmos sentimentos, trabalhar mais e melhor na conquista de uma maior criatividade.
Eu tenho uma empresa com 250 anos e sei que a empresa chegou a esta idade apenas porque as pessoas que aí trabalharam foram importantes.
Em dois séculos e meio de vida tivemos muitos momentos bons e muitos outros difíceis.
Passámos guerras e revoluções, crises económicas financeiras e pandémicas e foi exatamente na capacidade de estarmos unidos nessas crises que conseguimos sobreviver tantos anos.
Sem essa união teríamos sido abandonados por todos os que foram fundamentais para as ultrapassar e nunca teríamos chegado até aqui.
Mas também é essa capacidade de unir esforços, competências e interesses que nos leva a conseguir sair das crises melhores e não piores.
Uma crise facilmente pode promover um isolamento sobre mim mesmo.
A necessidade de sobrevivência leva-nos a considerar tratar primeiro de nós próprios e assegurar a nossa sobrevivência e essa tentação é a que nos faz ser pior, fugir à união com os outros e finalmente acabar por não sair verdadeiramente da crise.
Acabamos por seguir com essa crise dentro de nós, sem nos conseguirmos livrar dela. Foi este o desafio que me fez o Santo Padre. Que saiba criar na minha empresa uma nova forma de viver, em que todos participem na sua condução, no seu cuidado e no seu benefício.
Em que todos vivam uma união de vontade baseada numa diversidade de opiniões, em que cada um seja ele mesmo e que não tenha de se anular para levar a empresa por diante, mas que, pela sua diferença, contribua para uma melhor união e uma maior criatividade.

Artigo de Bruno Bobone, Presidente da CCIP, na sua rúbrica semanal no Diário de Notícias.
Estamos com um nível de vacinação contra a covid-19 de cerca de 86%. A terceira dose está a correr menos bem, mas também já se esperava com o regresso dos responsáveis pelas estruturas do nosso país, que tiveram de ser substituídos para que fosse possível o processo de vacinação ser concluído a tempo e com êxito. E assim voltou a ineficiência e a palhaçada.
Todos os dias assistimos a palestras dos pretensos responsáveis que sistematicamente desdizem o que tinham dito no dia imediatamente anterior. Falam de voltar a confinar, como um antigo mestre-escola ameaçava com as orelhas de burro um qualquer menino que se esquecia de estar com atenção ao que o professor lhe ensinava.
Não têm a mínima noção do prejuízo que causam com estes seus devaneios incompetentes. Criam medo aos cidadãos, inibem a liberdade, assustam os investidores, criam ansiedade aos trabalhadores e promovem a agressividade na sociedade.
E tudo isto apenas porque são incompetentes e incultos e estão ofendidos por terem sido humilhados por um militar que apenas cumpriu a sua missão. Ao contrário destes incompetentes, não falou, não inventou, não ameaçou e trabalhou em vez de estar sempre a tentar aparecer na televisão.
Ao fim de todo este trabalho de contenção do vírus, que em Portugal correu especialmente bem, as pretensas lideranças dos serviços responsáveis, em vez de se congratularem com isso e minimizarem os efeitos negativos que esta pandemia já registou, fazem tudo por conseguir que voltemos a confinar.
Não vacinam em tempo e ameaçam todos os dias com a desgraça.
Ao contrário do que nos tinham prometido, não deixaram de nos informar diariamente de quantos infetados há e quantos morreram com o vírus (e não do vírus).
E porque não nos dizem quantos infetados há com o vírus da gripe? E quantos morreram ontem com esse mesmo vírus? E os que morreram com todas as outras doenças?
Em Portugal morrem diariamente 300 pessoas, em média. Os mais idosos, que são aqueles que estão a sucumbir ao vírus, já morriam de outras enfermidades e também morrem com o vírus da gripe. Porque não tratamos também de informar de todas essas desgraças?
Assim poderíamos ter um país em luto, chorando por todos os cantos os nossos mortos. Com tanto pranto ficaríamos inibidos de pensar que é o futuro que nos pode salvar e que temos de trabalhar hoje para podermos viver amanhã.
É tempo de mudar, de aprender com a pandemia, e de que só com comportamentos responsáveis seremos capazes de sair desta crise melhores e mais fortes.
O Papa Francisco diz que de uma crise nunca se sai igual. Ou se sai melhor ou se sai pior: mas só se estivermos todos juntos é que poderemos sair melhores.
Vale a pena acreditar que é tempo de virar a página; de cumprir o nosso papel pensando nos outros e deixando de parte o nosso egoísmo, que nos leva a fazer aquilo que acreditamos que nos vai elevar aos olhos dos outros, para passarmos a fazer aquilo que é verdadeiramente melhor para os outros.
Deixemos de ser incompetentes por querermos mostrar a nossa importância e passemos a cuidar de cumprir a nossa missão.

Já sabe quais os benefícios fiscais que pode obter do investimento que realizou em 2021? E os investimentos que ainda pode fazer para maximizar a dedução ao seu IRC?
É tempo de voltarmos a falar sobre benefícios fiscais para garantir que tira o maior partido possível!
Em 2020, foram atribuídos 694M€ em Benefícios Fiscais ao IRC!
Comecemos pelos números para perceber se faz sentido dedicar tempo a este assunto. Segundo dados da Autoridade Tributária, os valores da dedução à coleta no âmbito dos Benefícios Fiscais ao IRC cresceram 24% de 2019 para 2020, perfazendo um total de 694 M€. Os Benefícios Fiscais que contribuíram para 98% deste valor foram:

Podemos ver ainda, em percentagem, o impacto de cada um dos Benefícios Fiscais no total dos valores da dedução à coleta.

No que diz respeito às deduções ao rendimento, notamos também algumas variações relevantes:
O crescimento da dedução à coleta mostra que, em ano de pandemia e de incerteza, houve 30 mil empresas, num universo de 1,3 Milhões, a conseguirem investir e fechar o ano com resultados positivos. Um crescimento de 38% em relação a 2019.
Em 2020, + 38% de empresas conseguiram investir e fechar o ano com resultados positivos!
Uma vez que o CFEI e RFAI se aplicam, na sua maioria, à mesma natureza de investimentos, apesar de terem requisitos diferentes, interessa avaliar o comportamento dos dois benefícios fiscais em conjunto.
Apesar do RFAI ter diminuído, a sua soma com o CFEI aumentou 46%. Assumindo que o RFAI possa corresponder a investimento realizado em anos anteriores, o investimento sobre o qual incide o CFEI teve de ser realizado no 2.º semestre de 2020, já que em 2019 já não se verificou reporte deste benefício fiscal relativamente a investimentos em anos passados. Ou seja, as empresas investiram significativamente no segundo semestre de 2020.
O SIFIDE mais do que duplicou nos últimos 2 anos. Este aumento não foi corroborado por um acréscimo correspondente da despesa em I&D declarada no âmbito do Inquérito ao Potencial Científico e Tecnológico Nacional, que foi de “apenas” 27% para o mesmo intervalo.
Então a que se deve o benefício fiscal acrescido? Por um lado, pode estar relacionado com a recuperação de benefício fiscal “angariado” em anos anteriores, já que o SIFIDE aprovado pela Agência Nacional de Inovação tem sido superior ao valor declarado pelas empresas à Autoridade Tributária em sede de IRC. Por outro lado, tendo em consideração a criação, nos últimos anos, de fundos de investimento direcionados a empresas que realizam atividades de I&D e notícias da Entidade Gestora do SIFIDE sobre esta matéria, podemos concluir que o aumento do SIFIDE se deve em grande parte ao resultado do investimento nestes fundos.
O aumento do SIFIDE se deve em grande parte ao resultado do investimento nos fundos de investimento direcionados a empresas que realizam atividades de I&D.
Cruzando com as lacunas identificadas no EIS (European Innovation Scoreboard) de insuficiência no que diz respeito à inovação de processos e às ações colaborativas entre empresas, seria muito interessante que este investimento em Fundos de Investimento em I&D indiciasse que as empresas estão a apostar no aumento do investimento em I&D. Assim, reconhecem que é a forma de aumentar significativamente a competitividade da economia nacional e delas próprias e passam a ter produtos e serviços melhores e mais diferenciados, mesmo que desenvolvidos por terceiros de quem esperam um resultado financeiro.
O aumento da Remuneração Convencional do Capital Social (RCCS) é uma resposta muito positiva à preocupação da capitalização das empresas portuguesas tão necessária.
O crescimento do Patent Box mostra o impacto da alteração da legislação pela inclusão. Além dos direitos relativos a patentes e desenhos ou modelos industriais, inclui também os direitos de autor sobre programas de computador. Verifica-se, assim, uma resposta muito categórica das empresas à alteração legislativa. Será de esperar que o aumento do Patent Box possa, também, contribuir para o crescimento do registo dos direitos de autor com consequências muito relevantes para a defesa das atividades realizadas pelas empresas de desenvolvimento de software.
Contam-se pelos dedos de uma mão as divisões (ou seja, os CAE) em que não se aplicam benefícios fiscais ao rendimento.
Além dos valores parecerem interessantes, verifica-se que as empresas estão a alterar a forma de obterem benefícios fiscais, diversificando as aplicações realizadas.
Mas há ainda muitas empresas que não usufruem deste tipo de benefícios fiscais. Será que acham que não se aplicam a elas? A realidade de muitos anos a trabalhar nesta área de atividade mostra que não é o caso. Diria que se contam pelos dedos de uma mão as divisões (ou seja, os CAE) em que não se aplicam benefícios fiscais ao rendimento. Veja o Guia dos Benefícios Fiscais ao Investimento que lançamos recentemente.
Como Diretora de Sistemas e Processos da Yunit Consulting, recomendo que não perca a oportunidade de fazer um diagnóstico ao enquadramento da sua empresa em vários destes benefícios fiscais. Aproveite para fazer as simulações necessárias para tomar, de forma devidamente fundamentada, as decisões de investimento que lhe permitam maximizar as deduções, quer ao rendimento, quer à coleta, e que conduzam à minimização do IRC.
Nos últimos anos, a equipa da Yunit contribuiu para mais de 32 milhões de euros em Benefícios Fiscais para as empresas nacionais. Ajudamos as empresas a tomar melhores decisões, capitalizar oportunidades e promover o seu crescimento. Se precisar de apoio nesta jornada, estamos cá para ajudar!
Célia Esteves | Diretora de Sistemas e Processos
Yunit Consulting

"O Presente e o Futuro do Talento” foi o tema desta edição, que se realizou nos dias 10 e 11 de novembro, num formato 100% gratuito e online.
Foram dois dias de partilha e reflexão sobre a gestão do talento e sobre o futuro das organizações, com grande foco nas pessoas!
Ao longo de duas manhãs, cerca de 26 oradores e 5 moderadores falaram de temas relevantes e de grande atualidade:
"Foi mais uma sessão muito rica de partilhas! Obrigada por promoverem estas iniciativas colaborativas"
Célia Santos
Se não teve a oportunidade de estar presente, poderá ter acesso às gravações do 1º e 2º dia na integra, no canal YouTube da CCIP.

O plano contempla a realização de 46 missões empresariais, entre o formato presencial e virtual, com um foco principal fora dos mercados tradicionais de exportação portuguesa.
A diversificação dos destinos de exportação das empresas portuguesas é um claro objetivo da Câmara de Comércio, alinhado com as expectativas e desafios colocados pelo governo e pelas empresas exportadoras nacionais. Neste sentido iremos realizar missões empresariais presenciais e virtuais a destinos em franco crescimento e que já têm trazido resultados muito positivos a empresas portuguesas, casos do México, de Marrocos, da Rússia, da Costa do Marfim e dos Emirados Árabes Unidos, por exemplo.
Vamos continuar com os seminários “Meet-the-Market”, totalmente em formato Webinar – 100% online e 100% gratuito - que aprofundam a realidade económica e comercial de um determinado país, e nas business clinics “One-to-One, que consistem em sessões individuais e personalizadas entre as empresas e os nossos representantes locais de diversos mercados – também em formato 100% online.
Numa perspetiva de constante inovação e adequação às necessidades das empresas, continuará a ser disponibilizado um serviço de consultoria individual e mentoring para empresas que estejam a iniciar os seus processos de internacionalização.
Teremos um conjunto de ações de formação para a Internacionalização, com sessões práticas e especificas sobre as temáticas que envolvem os processos de internacionalização.
A Câmara de Comércio conta com uma parceria com a Caixa Geral de Depósitos para suas iniciativas de apoio à internacionalização, com um foco especial na Rede das Câmaras de Comércio Portuguesas. Contamos, assim, com o apoio estratégico do único banco do mundo presente em sete países de língua portuguesa, que nos tem apoiado no trabalho de sensibilização das empresas portuguesas para as principais "ferramentas" e operações bancárias a utilizar no comércio internacional.
De acordo com Paulo Portas, Vice-presidente da Câmara de Comércio, “o plano de internacionalização que todos os anos a CCIP aprova para servir os seus associados é, como costumo dizer, um passaporte prático para que as empresas nacionais possam melhorar as suas exportações, estabelecer parcerias e continuar o caminho - o melhor caminho em economia global - para a sua internacionalização. Em 2022, o regresso ao comércio internacional vai ser mais necessário do que nunca, para recuperar a economia.”
Pedro Magalhães, Diretor de Comércio Internacional da Câmara de Comércio vê com muito otimismo 2022: “Tendo em conta as enormes incertezas que vivemos este ano, preparámos um plano ambicioso e que procura responder às necessidades das empresas exportadoras nacionais, que pretendem alavancar os seus negócios a nível internacional. Acreditamos que 2022 será um ano de muita atividade internacional, com os resultados que todos desejamos”.
Quer começar hoje mesmo a impulsionar o seu negócio além-fronteiras?
Consulte o plano de ações internacionais 2022.
A equipa de comércio internacional da CCIP está ao dispor das empresas portuguesas.
Fale connosco!
Email: internacional@ccip.pt
Telefone: +351 213 224 050

No dia 11 de novembro, o recém-eleito Presidente da Câmara de Comércio de Moçambique, Álvaro Massingue, foi recebido na Câmara de Comércio e Indústria Portuguesa pelo Diretor do Departamento de Comércio Internacional, Pedro Magalhães e pelo Consultor Internacional, Francisco Paula. Álvaro Massingue fez-se acompanhar pelo CEO da MPG, João Guerreiro que participou na última Missão feita pela CCIP à Rússia.
Esta visita teve como objetivo delinear potenciais parcerias entre Portugal e Moçambique para o ano de 2022, num momento de grandes desafios e oportunidades para as relações económicas e comerciais entre Portugal e Moçambique.
Para além dos webinars como o Meet-the-Market Moçambique, a CCIP irá organizar uma Missão Empresarial a Maputo já em 2022, estando planeada para setembro.
Álvaro Massingue foi nomeado Presidente da Câmara de Comércio de Moçambique no passado dia 21 de setembro de 2021.

Artigo de Bruno Bobone, Presidente da CCIP, na sua rúbrica semanal no Diário de Notícias.
Estamos prestes a escrever uma nova página da nossa história. Acabou o tempo da experiência da geringonça. E o que aprendemos com essa experiência?
Acabou o mito de que não se podem fazer alianças com partidos extremistas, ainda que a esquerda nos queira fazer acreditar que isso é tão-só uma prerrogativa da sua área de influência. A verdade é que está desfeito o mito e é bom que a direita assuma claramente esta conclusão. Com esta pretensão, de ser apenas sua prerrogativa, a esquerda volta a mostrar a sua arrogância e a sua intolerância, tornando-se mais uma vez a grande promotora da censura, que tanto criticaram no passado.
Mas aprendemos mais.
Que a associação com partidos extremistas condiciona a razoabilidade das decisões governativas: estes partidos apenas vivem dos seus temas fraturantes, que começam por destruir os valores do bem comum, mas que acabam sempre por chegar ao ponto da destruição do próprio governo, no momento em que este já não pode continuar pura e simplesmente a ceder.
Aprendemos ainda que apesar de a associação a partidos extremistas não condicionar no imediato a essência da vida democrática, vai corroendo essa essência e vai distorcendo a forma de viver a democracia.
Finalmente, aprendemos que a determinação de não abrir a porta aos partidos de poder no sentido de encontrar as melhores soluções para o caminho do país, ainda que pontualmente se possa negociar com outros partidos para temas que o justifiquem, coloca os governos minoritários nas mãos de partidos que não têm qualquer preocupação com a situação real do país e dos seus cidadãos, para além de aumentar a clivagem de todos quantos acabam por ficar alheados das decisões de governação - e que normalmente representam cerca de 50% da população.
Tudo isto resulta inevitavelmente na criação de uma situação de crise política que nos arrasta para uma perda de qualidade de vida e para uma desaceleração do crescimento económico essencial a essa qualidade de vida.
E então o que queremos?
Queremos um governo com visão para Portugal, que não tenha de estar a negociar a todo o momento, um governo que nos dê a estabilidade para investir, que não proponha o facilitismo, que não aumente o peso da função pública, que siga os exemplos dos países que mais crescem, que apoie as empresas e os empresários a criar novos projetos, especialmente industriais e no âmbito do mar.
Queremos um governo que dialogue com quem produz e cria, que promova o salário digno que tem de ser conseguido pela motivação dos trabalhadores na sua produtividade. Que promova uma unidade nos projetos empresariais em vez de promover a política de ideologia.
Queremos um governo que nos escute e que nos envolva nas suas decisões, um governo que esteja verdadeiramente focado em promover o bem-estar dos portugueses e menos preocupado com o projeto pessoal e partidário de cada um.
Mas para isso também precisamos de ter à frente dos partidos pessoas que se disponham a bater-se por estas ideias e que deixem os seus conflitos individuais e pequeninos para poder beneficiar grandemente o nosso país.
Não façamos de Portugal o quintal de cada um, mas sim o projeto aglutinador de todos os portugueses.

A Eurochambres – Associação de Câmaras de Comércio e Indústria Europeias desenvolve, anualmente, em colaboração com as Câmaras de Comércio e Indústria Europeias, um Estudo Económico Europeu, o qual é resultado de um inquérito anual à atividade das empresas e tem por objetivo a recolha de informação e de opinião junto dos empresários na Europa, sobre alguns aspetos da atividade empresarial, nomeadamente, evolução da procura e das vendas; investimento; emprego e clima de negócios.
Colaboraram, na 29ª edição deste estudo mais de 52.000 empresas de 26 países europeus. A nível nacional o estudo foi desenvolvido pela Câmara de Comércio e Indústria Portuguesa.
Os resultados indicam que as empresas portuguesas estão relativamente confiantes, em relação ao futuro, face ao atual contexto pandémico.
Conheça os resultados aqui.

No passado dia 21 de setembro, a UE e o Canadá celebraram o quarto aniversário do Acordo Económico e Comercial Global (CETA). Comparando com 2016 - ano antes da entrada em vigor do CETA - o comércio bilateral de mercadorias registou, em 2020, um aumento de 15%, tendo totalizado 53,3 mil milhões de euros.
Com a entrada em vigor deste acordo - a setembro 2017- foram desde logo eliminadas 98% das tarifas alfandegárias. Desde então e gradualmente, num prazo até 7 anos, atingir-se-á os 100% para os restantes produtos previstos para a liberalização podendo as empresas da UE poupar até 590 milhões de euros por ano em direitos aduaneiros.
Este acordo confere igualmente às empresas da UE o melhor acesso aos contratos públicos canadianos, com condições jamais oferecidas a empresas estrangeiras, não só a nível federal, mas também a nível provincial e municipal.
No contexto do comércio internacional português de mercadorias, em 2020, o Canadá representou 0,58% das vendas totais de Portugal ao exterior e 0,20% das importações totais, ocupando a 23ª posição no ranking de clientes e a 41ª no de fornecedores.
O saldo da balança comercial entre os dois países, nos últimos cinco anos (2016-2020), foi sempre favorável a Portugal. Em 2020 exportaram para o Canadá 1.780 empresas portuguesas e as vendas atingiram 312 milhões de euros, o que corresponde a um decréscimo de 47,9% em relação a 2019, essencialmente devido a uma quebra acentuada nas vendas de veículos e material de transporte (-94,3%) para este mercado.
No que respeita à estrutura das exportações portuguesas, em 2020, por grupos de produtos, destacam-se os produtos alimentares (20,7%), seguidos de matérias têxteis (14%), dos produtos das indústrias químicas (11,9%), das máquinas e aparelhos (9,8%), dos plásticos e borracha (7,9%) e do calçado (5,7%) que, no seu conjunto, representaram 70% das nossas vendas para este mercado.
Segundo os dados mais recentes do Instituto Nacional de Estatística (INE), de janeiro a agosto de 2021, as exportações portuguesas atingiram um montante de 233 milhões de euros, o que corresponde a um aumento de 12%, comparativamente com o período homólogo.
O CETA veio eliminar obstáculos ao comércio, facilitar as exportações para o mercado canadiano e proporcionar novas oportunidades de negócio para as empresas da UE. Mais informações poderão ser obtidas através dos seguintes links:

Na primeira semana de novembro, a Câmara de Comércio selecionou a Arábia Saudita para aquela que foi a 11ª Missão Empresarial presencial em 2021 e a 2ª Missão à Arábia Saudita em 2021.
A Arábia Saudita é a maior economia do Médio Oriente, com um mercado consumidor de 33,8 milhões e com previsão de crescimento do PIB na ordem de 2,9% em 2021. É um mercado que apresenta oportunidades de negócio notáveis para empresas portuguesas, nomeadamente nos setores alimentares, minerais, máquinas e minérios, papel, químicos, turismo, entretenimento, plásticos, saúde, energias renováveis, construção, tecnologias de informação e comunicação, entre outros. O plano ambicioso de modernização do país é ímpar no mundo, levando consigo a data de 2030 para a execução de inúmeros projetos de grande envergadura.
Foi maioritariamente por estas razões que várias empresas portuguesas aceitaram o desafio e integraram a Missão Empresarial a este mercado, na expectativa de alavancar os seus negócios.
No âmbito desta deslocação, a CCIP preparou reuniões individuais para cada uma das empresas participantes, que têm atividade no sector da maquinaria para a agricultura e transportes, mobiliário urbano, consultoria agrícola, ração animal e pedras e mármores. Um país em profunda transformação e com muitas oportunidades de negócio!
De 1 a 5 de novembro, os empresários participantes realizaram reuniões individuais de negócios com empresas sauditas, previamente valoradas e aprovadas. Desta forma a CCIP garante que cada empresa participante apenas reúne com os players mais indicados para o desenvolvimento dos seus negócios.
Devido à grande procura e aos resultados francamente positivos que temos vindo a verificar, a CCIP está a ultimar o plano de acções para 2022 onde incluiremos mais destinos e novos eventos.
Conheça o nosso Plano de Ações Internacionais 2021!

Artigo de Bruno Bobone, Presidente da CCIP, na sua rúbrica semanal no Diário de Notícias.
Nos últimos dias tenho pensado muito sobre esta história tão rica e tão desafiante que tem sido a história da Igreja e, mais ainda, a história ainda mais misteriosa da linhagem de papas, desde que Jesus Cristo nomeou São Pedro, até aos dias de hoje.
Não cheguei tão longe e comecei por tentar compreender a linhagem dos papas da minha vida.
Começando naturalmente pelo Papa Paulo VI, um homem que começou o seu trabalho com a finalização de uma grande revolução na Igreja Católica, no que se refere aos comportamentos.
Com a finalização do Concílio Vaticano II, a Igreja fazia uma grande mudança na sua forma de estar.
Aquilo que mais me marcou foi a sua profunda convicção sobre a separação da Igreja dos governos dos Estados, uma fundamental decisão tanto para o trabalho da Igreja como para o crescimento da independência governamental.
Esta mudança que, como todas as mudanças, tem sempre uma oposição por parte daqueles que se sentem cómodos na situação anterior, veio dar maior abertura à autonomia de alguns governos, mas veio sobretudo dar à Igreja a possibilidade de defender as suas crenças com base nos valores e princípios que defende.
Mas esta evolução não se deu, nem assim se esperava, de imediato. Foi um processo evolutivo que nos acompanha até aos dias de hoje.
Depois, quando morre Paulo VI, é eleito o Papa João Paulo I. É um Papa com um tempo de vida muito curta e que nos deixa suspeitas sobre o que lhe terá acontecido. Uma chamada de atenção de que algo não está perfeito dentro da Igreja.
Para nos reconciliar com esta Igreja, depois de uma revolução e de uma suspeita, vem João Paulo II, o homem que traz a Igreja a todos os recantos da Terra. Um homem que é um sorriso, uma amabilidade, um amigo.
É ainda uma grande imagem da disponibilidade e da proximidade de Jesus com todos nós.
Tudo ficou a parecer que era possível, tudo era fácil, tudo é amor. Mas ficou também o entendimento de cada um de nós sobre a mensagem que nos trazia.
Por isso vem depois o Papa Bento XVI. Um Papa que vem trazer muita clareza intelectual sobre aquilo que foi a mensagem do seu antecessor. Um homem de uma coragem enorme, de uma intelectualidade que permitiu escrever sobre a Igreja, revolucionada por Paulo VI e espalhada pelo mundo por João Paulo II.
Mas faltava olhar ainda ao alerta de João Paulo I. E Bento XVI não tem outra forma de o fazer que não sair, sem deixar que acabe o seu tempo, permitindo-lhe assim anunciar que a Igreja precisa de mudar. É de uma clareza a sua afirmação, que só um novo Papa, com características de fazedor de mudanças, o poderia realizar.
E vem assim o Papa Francisco. Com uma missão de uma vez mais revolucionar a forma da Igreja. Um homem que traz ideias mais radicais, que é dado à ação, e que pode cumprir a missão que lhe é atribuída.
Um Papa que conta com o apoio mundial de quem nele vê a mudança da Igreja. Alguns enganados e convencidos de que seria para reformar o pensamento de Cristo, outros mais conhecedores, sabendo que precisamos todos de ser recuperados nos nossos atos para voltar a olhar a essência da mensagem de Jesus.
Contou também com a resistência daqueles que mais sofrem com a mudança.
E assim vai fazendo o seu trabalho. Quem ler os escritos de cada um destes papados vai ver que a essência não muda, o que muda é o foco onde se quer produzir a mudança.
E a Igreja está mais forte.
Que história tão bem escrita!

A 4ª edição do Open Day CCIP decorreu no passado dia 27 de Outubro.
Sob o tema “Vamos mudar o CHIP”, este foi o primeiro Open Day híbrido, com mais de 40 oradores e patrocinadores na CCIP ao longo do dia e 210 participantes online, via streaming.
Cultivar, Habilitar, Inspirar e Promover – a desconstrução da palavra CHIP marcou os 4 momentos ao longo do dia, com 24 oradores a partilharem o seu know how e insights sobre como marcar o momento de transição do estado de pandemia para a aceitação uma nova realidade sendo tempo de, efetivamente, mudar o mindset para um período que terá de ser de recuperação, dinamismo e regresso à normalidade!
Veja ou reveja os painéis aqui.
CULTIVAR – Como criar uma cultura organizacional positiva.
HABILITAR - A importância da aposta em novas competências. E o papel dos RH na motivação e no desempenho das pessoas.
INSPIRAR – As fundações em sectores-chave da economia - energia, educação e ambiente.
PROMOVER – A disrupção do tradicional.

Terminou a 2ª edição da Pós Graduação em Gestão Aplicada para Gestores de PME, promovida pela CCIP numa parceria com a NOVA SBE, que teve como patrocinadores a SAGE, Yunit Consulting e SoftFinança e como embaixador Rui Fonseca, CEO da Altronix.
Durante 5 meses, 31 gestores de Micro e PME reuniram-se na CCIP, de 15 em 15 dias, com um objetivo comum: fortalecer as suas competências de gestão para serem ainda melhores líderes e gestores.
Foram meses de muito trabalho e com vários desafios a nível profissional e pessoal que demonstram a resiliência e vontade em crescer dos nossos gestores portugueses. Por outro lado, houve uma enorme partilha e troca de experiências e conhecimentos, não só entre participantes, mas também com todo o corpo docente, que muito ajudou a enriquecer esta Pós Graduação.
Na manhã do passado dia 30 de outubro, nas instalações da NOVA SBE , os 6 grupos de participantes tiveram a oportunidade de apresentar os seus trabalhos finais a um júri constituído por Isabel Corte Real (Diretora de Marketing e Comunicação da CCIP), Nadim Habib (Docente da NOVA SBE e Orientador dos trabalhos de grupo), Ana Teresa Ribeiro (Sales Director, Channel & Accountants da SAGE), Bernardo Maciel (Diretor Geral da Yunit Consulting) e Luis Teodoro (Administrador & Board Member da SoftFinança).
A todos os participantes, patrocinadores e embaixador desta 2ª edição da Pós Graduação, os nossos mais sinceros parabéns e agradecimentos pela confiança que depositaram em nós.
Em janeiro de 2022 voltaremos a estar todos juntos para a entrega dos diplomas!

A Eurochambres – Associação Europeia das Câmaras de Comércio e o Conselho das Câmaras de Comércio do Mercosul manifestaram publicamente, em declaração conjunta, o seu apoio à assinatura do Acordo entre os dois blocos regionais para que este entre em vigor com a maior brevidade possível.
O comércio bilateral da UE com o Mercosul – Argentina, Brasil, Uruguai e Paraguai - ascendeu a 68,7mil milhões de euros em 2020, e este Acordo irá trazer resultados expressivos para as economias envolvidas e em especial para o comércio e investimento bilateral. A UE exportou para o Mercosul mercadorias no valor de 35,5 mil milhões de euros e importou produtos do Mercosul com um valor quase idêntico, 33,1 mil milhões de euros.
A entrada em vigor de um acordo de comércio entre a União Europeia e o Mercosul, permitirá às empresas da UE beneficiar de um acesso privilegiado a um mercado de mais de 260 milhões de consumidores. Os exportadores da UE beneficiarão de reduções progressivas dos direitos aduaneiros que, ao longo do tempo, permitirão às empresas europeias realizar economias anuais superiores a 4 mil milhões de euros. (fonte Comissão Europeia)
Portugal é um dos países da UE que mais irá beneficiar com a entrada em vigor deste acordo comercial. Em 2020 as exportações portuguesas de bens para os países que integram o Mercosul, totalizaram 1.117,4 milhões de euros, com destaque para o Brasil que foi o principal mercado, com as exportações portuguesas a atingirem 781,2 milhões de euros.
Com a entrada em vigor deste acordo abrem-se novas perspectivas e oportunidades para as empresas portuguesas.
Mais informações sobre o acordo UE-Mercosul poderão ser obtidas na página da Comissão Europeia, através deste link.
Conheça aqui a Declaração Conjunta da Eurochambres e do Conselho de Câmaras de Comércio do Mercosul

A Comissão adotou, no passado dia 19 de Outubro, o seu programa de trabalho para 2022, que define as próximas etapas da sua agenda ambiciosa e transformadora rumo a uma Europa pós-COVID-19 mais ecológica, mais justa, mais digital e mais resiliente.
O programa de trabalho contém 42 novas iniciativas estratégicas no quadro das seis principais ambições estabelecidas pela presidente Ursula von der Leyen nas suas orientações políticas, dando seguimento ao seu discurso – em 15 de setembro - sobre o estado da União de 2021.
Reflete igualmente os ensinamentos retirados da crise sem precedentes provocada pela pandemia, prestando especial atenção à geração jovem graças à proposta de Ano Europeu da Juventude 2022.
(fonte: Comissão Europeia)

Artigo de Bruno Bobone, Presidente da CCIP, na sua rúbrica semanal no Diário de Notícias.
Passámos os últimos dois anos fechados em casa a fugir de uma pandemia que poderia ter sido enfrentada de outro modo, com maior coragem, em que verdadeiramente se poderia ter protegido os que acabaram por morrer e deixado todos os outros continuar a sua vida , sem o enorme prejuízo provocado pelas decisões erradas e erróneas de políticos muito promovidas e mesmo alardeadas por jornalistas.
Tentou-se vencer a pandemia através do medo. Não há maior erro do que depender do medo para liderar as nossas vidas.
O medo é a arma das ditaduras.
Agora, terminada que está a parte maior desta crise pandémica e no momento em que deveríamos estar a trabalhar para garantir o caminho da recuperação, aproveitando da melhor forma os apoios que nos foram disponibilizados, aqueles mesmos políticos que se tinham aproveitado do medo que eles próprios incutiram nos cidadãos decidiram que é o tempo de criar uma crise política que nos vai seguramente prejudicar absurdamente.
E tudo por interesses individuais e partidários que em nenhum momento consideraram o interesse nacional nem o bem comum.
A pandemia trouxe-nos, para além da crise económica e social e para além da gestão política pelo medo, o entendimento de que nós cidadãos temos mais poder do que julgávamos e mais capacidades do que conhecíamos.
O desenvolvimento das capacidades de comunicação digital, a noção de autonomia, a capacidade de resiliência, foram características que se nos apresentaram e nos deram novas formas de influenciar a sociedade civil.
É, pois, tempo de vencer o medo e de aproveitar estas novas competências para nos servirem para melhorar a condição de vida em Portugal.
Percebemos que os políticos apenas defendem o seu statu quo, que se pretendem manter no lugar, mesmo que para isso necessitem de comprometer a vida dos cidadãos. E, por isso, assistimos ao aumento do desinteresse das pessoas pela vida política e é por isso que sobe a abstenção.
Neste momento assistimos a uma vergonhosa e despudorada tentativa de tudo comprometer em troca de um apoio que permitisse salvar um governo, que já não governava por convicção, mas por pragmatismo de negociação, que não se focava na criação de riqueza, mas no seu esbanjar. Que se propunha a tudo pôr em causa, apenas para evitar buscar o apoio de partidos e ideias muito mais conscientes e coerentes com o caminho que Portugal precisa de levar, e que asseguraria incomparavelmente melhor o caminho de recuperação de que precisamos.
É neste momento que vos digo que temos de voltar a exercer as nossas competências de forma a promover um bom governo para o nosso país.
Um governo que junte todos aqueles que acreditam que é num regime de liberdade que queremos viver, que é criando riqueza que poderemos depois distribuir, que é trabalhando que poderemos desenvolver.
Mas que acreditem também que é ajudando as famílias e não as destruindo que poderemos ter uma sociedade equilibrada, que é promovendo a natalidade que conseguiremos dar futuro a Portugal.
E, acima de tudo, que é unindo-nos que poderemos ser verdadeiramente a alternativa que pode salvar e transformar este país de uma vez por todas numa terra em que vale a pena viver.
E isso só será conseguido com o envolvimento de uma sociedade civil que promova a união de todos os políticos que defendem esta visão, da direita ao centro-esquerda, sem preconceitos e sem medos, que nos conduzam à recuperação, aproveitando todas as ajudas disponíveis sem as dissipar em inutilidades ideológicas, com uma união de povo que somos e com a excelente capacidade que juntos sempre tivemos.

Artigo de Bruno Bobone, Presidente da CCIP, na sua rúbrica semanal no Diário de Notícias.
Com início no século XVIII, este empreendimento familiar participou em quatro séculos diferentes da economia portuguesa, passou por nove gerações. Por guerras e revoluções, pela grandeza de um império, pelo Atlântico e pela Europa, pelos mais diversos produtos e serviços e a tudo se adaptou para poder continuar sempre.
E tudo isto porque sempre teve consigo a consciência de que são as pessoas que importam.
Em 1853, a partir de Londres, o barão de Forrester escreveu em The Prize Essay on Portugal: "Os Ferreira Pinto Basto são uma família muito antiga e muito próspera (...). Cultivam o seu próprio milho, azeitona, fruta, lúpulo e legumes; criam os seus próprios cavalos, gado, ovelhas e porcos; produzem o seu próprio pão, vinho, manteiga, queijo e óleo, e refinam o seu próprio couro; constroem os seus próprios coches; são os arquitetos e construtores das suas vastas residências; são empreiteiros de obras públicas e, não raramente, de empréstimos governamentais também. Desde o Minho ao Algarve, possuem um conjunto de pousadas em propriedades suas, com uma distância entre elas de um dia de caminho."
Esta breve citação remete-nos para a descrição de um conglomerado de base familiar que tem resistido, com momentos piores e outros melhores, mas sempre com um sentido de responsabilidade e gosto pelo risco, numa busca permanente pela criação e pela partilha. Hoje o grupo tem um perfil diferente, mas não mudou o essencial.
Comemorar 250 anos de vida de uma empresa que esteve sempre ativa na economia de um país, e sempre pertencente a uma família, é uma honra, um motivo de orgulho e uma responsabilidade.
A Casa Pinto Basto, como originalmente era referida, é uma das instituições que influenciaram muitos momentos da vida nacional, seja através dos negócios que fundou e desenvolveu, seja pela sua participação corporativa na representação das empresas portuguesas, seja na sua intervenção política. Foi também sempre uma organização respeitada e consciente das suas responsabilidades para com a sociedade em que se desenvolveu e viveu.
Com um espírito muito enraizado na sua essência familiar, onde se trata por família donos e empregados da empresa, foi sempre um grupo empresarial dirigido com base nos valores cristãos e focado no respeito fundamental da pessoa humana.
Foi esse o segredo da resiliência de nove gerações de Pinto Bastos que conseguiram trazer este projeto, atravessando quatro séculos, até aos dias de hoje.
Uma empresa dedicada a contribuir com a sua excelência para o desenvolvimento das empresas portuguesas, para o reconhecimento internacional dos nossos produtos e para a promoção de Portugal no mundo.
Mas uma empresa que só aqui chegou porque tantos com ela colaboraram no sentido de ultrapassar todos os momentos difíceis da sua existência.
Por tudo isto, em honra de todos os membros da família que de alguma forma estiveram ligados a esta casa e pelos colaboradores que dela cuidaram com tanta dedicação, era essencial escrever a sua história e contar a sua aventura de vida.
Para se ser Pinto Basto não é preciso nascer Pinto Basto, basta um dia aqui trabalhar.