
A Câmara de Comércio está a realizar a 6ª Missão Empresarial à Rússia, uma das maiores economias mundiais, de 18 a 22 de outubro de 2021.
O maior Estado do mundo, com mais de 145 milhões de habitantes, afigura-se um mercado estratégico de investimento e crescimento para qualquer empresa em processo de internacionalização.
A recuperação russa tem-se sustentado em esforços macro fiscais de estabilização, no aumento nos preços do petróleo e, ainda, no boost que a distribuição de vacinas traz.
Complementarmente, o rublo tem atingido valores competitivos recorde, nomeadamente face ao dólar e euro. Esta tendência é acompanhada de um aumento do consumo interno, taxas de juro e abertura de oportunidades de investimento internacional.
Foi maioritariamente por estas razões que várias empresas portuguesas aceitaram o desafio e integraram a Missão Empresarial a este mercado, na expectativa de alavancar os seus negócios, contribuindo com a qualidade dos seus produtos e serviços, impulsionando, simultaneamente, o crescimento da economia portuguesa.
No âmbito desta deslocação, a CCIP preparou um conjunto de reuniões individuais para cada uma das empresas participantes, que têm atividade nos setores de indústria mobiliária e suplementação alimentar.
O decorrer desta missão também deu lugar a um encontro na Embaixada com Marcelo Mathias, Encarregado de Negócios, e Nuno Leite, Diretor da Representação da AICEP em Moscovo e Conselheiro Económico da Embaixada.
A CCIP acredita que os resultados francamente positivos durante a missão conduzirão a uma nova missão a este mercado no próximo ano.
Conheça o nosso Plano de Ações Internacionais 2021!

A Hungria é considerada uma das economias mais abertas da União Europeia (UE) com 9,7 milhões de habitantes. Entre as principais indústrias deste país, que aderiu à UE em 2004, destacam-se os setores automóvel, tecnologias de informação, eletrónica, metalurgia, materiais de construção, alimentar, química e farmacêutica.
Segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), o país ocupou em 2020, o 24º lugar de destino das exportações portuguesas e o 18º enquanto fornecedor. Nas estruturas das exportações portuguesas, ainda em 2020, para este mercado destacam-se as máquinas e aparelhos (30,6% do total), os veículos e outro material de transporte (20,6% do total), os instrumentos de ótica e precisão (14,1% do total), os plásticos e borracha (11,1% do total) e os produtos químicos (6,4% do Total).
As empresas interessadas em agendar reuniões B2B com as empresas húngaras deverão contatar diretamente com a Embaixada da Hungria: comercial.hungria@outlook.com

A PVW TINSA, líder da atividade de avaliação imobiliária em Portugal, tem acompanhado de forma direta o comportamento do mercado nacional e também nas restantes localizações geográficas onde o grupo está presente.
Até à data não se tornou realidade o que muitos temiam de drásticas e generalizadas perdas de valor e estamos a notar um regresso à normalidade do mercado.
Muitos investidores com base neste comportamento viram reforçado o seu interesse no imobiliário como fonte segura e alternativa de aplicação de capital
Aquilo que temos observado nos últimos meses é uma normalização crescente com estabilização do mercado na maioria dos sectores (mercado residencial e de logística liderando o processo).
Os ativos ligados à exploração turística poderão inclusive vir a receber procura proveniente de mercados alternativos onde a segurança sanitária levantará alguns receios a curto e médio prazo.
Muitas empresas (algumas não do sector mas com ativos em balanço) estão também a reavaliar os seus ativos no sentido de transmitirem uma imagem de maior solidez das suas empresas junto da banca, acionistas e a todos as partes interessadas.
Ainda é cedo para conclusões definitivas mas a resiliência do imobiliário é o que tem vindo a ser observado de forma directa nos últimos meses e sendo que as expectativas são positivas a médio e longo prazo.
José Manuel Morgado
Managing Partner

Artigo de Bruno Bobone, Presidente da CCIP, na sua rúbrica semanal no Diário de Notícias.
Sou cristão e democrata. Gosto de viver num país em que se pode ter a liberdade de decidir e em que as pessoas se preocupam com quem vive ao seu lado.
Gosto da minha família e acredito que uma sociedade baseada no núcleo familiar é uma sociedade mais equilibrada, que cuida dos seus membros como pessoas e que promove um ambiente de paz e de desenvolvimento estruturado, que permite a cada um crescer no seu dia-a-dia num caminho de felicidade.
Acredito que, para que uma sociedade possa viver em liberdade, pode ser preciso em algum momento fazer uma revolução, mas não acredito que uma sociedade que viva em revolução possa ser promotora de uma vida feliz.
Eu acredito que as pessoas devem ser cuidadas como o centro de toda a vida e de todas as vertentes dessa mesma vida. Seja na perspetiva económica seja na perspetiva social, cultural ou política, tudo deve ser feito com o foco no cuidado pela pessoa.
Eu acredito que a criação de riqueza é um elemento fundamental para o desenvolvimento da sociedade e da qualidade de vida de cada um, mas acredito também que essa riqueza só é aproveitada verdadeiramente quando distribuída justamente por todos os que contribuem para a sociedade.
Eu não acredito em direitos sem deveres e acredito que os benefícios são merecidos pela nossa contribuição e não apenas porque existimos.
Eu acredito profundamente no salário digno que permite a cada pessoa sustentar-se com dignidade, educar os seus descendentes e ainda ter o suficiente para investir no seu próprio desenvolvimento pessoal, cultural e profissional.
Mas acredito também que todos somos responsáveis por dar o nosso melhor à sociedade em que nos integramos e da qual beneficiamos.
Eu acredito na humanidade em que todos temos direitos iguais, mas que temos também o direito de sermos todos diferentes. Acredito na complementaridade entre mulheres e homens e acredito na complementaridade das raças e das etnias.
Acredito na multiculturalidade e também na espiritualidade de cada um. Mas acredito acima de tudo que a minha liberdade termina quando começa o espaço do outro.
Acredito no rigor e na justiça, mas também no perdão e na caridade.
Por isso me sinto abandonado.
Acreditei sempre que a democracia cristã, ainda que pudesse ter momentos de desvio da essência do seu pensamento, seria sempre a promotora desta sociedade que ambiciono e não entendo como se perdeu este destino.
Do CDS que me lembro era esta a sua luta, a criação de uma democracia cristã que promovesse a vida humana, a qualidade dessa vida e uma sociedade integradora, participativa e cuidadora.
Uma sociedade em que todos tinham respeito e ternura pelos mais pequenos e mais necessitados, mas que encoraja os seus membros a serem parte da sua vida, participantes nas grandes decisões de mudança e responsáveis uns pelos outros.
Deste CDS não tenho notícia e tenho enorme saudade.
Aos que hoje lideram este partido peço que sejam capazes de voltar a ter esta ambição de criar esta sociedade e de se baterem por aquilo que verdadeiramente importa.
A vida humana e cada pessoa!

O Azerbaijão encontra-se numa das economias mais competitivas da região e caracteriza-se por ser um destino estratégico para investimento europeu e asiático. A sua enorme apetência para receber Investimento Direto Estrangeiro, foca-se principalmente nos setores não energéticos, de especial interesse para Portugal.
O país apresenta um setor industrial muito bem desenvolvido, sendo que a produção industrial é responsável por quase 60% do PIB do país.
A tudo isto acresce o bom posicionamento do Azerbaijão nos indicadores de ‘Liberdade de Negócios’ e de ‘Integridade das Instituições’ do Estado.
Foi maioritariamente por estas razões que várias empresas portuguesas aceitaram o desafio e integraram a Missão Empresarial a este mercado, na expectativa de alavancar os seus negócios, contribuindo com a qualidade dos seus produtos e serviços, impulsionando, simultaneamente, o crescimento da economia portuguesa.
No âmbito desta deslocação, a CCIP preparou um conjunto de reuniões individuais para cada uma das empresas participantes, que têm atividade nos setores vinícola, ferragens, arquitetura, engenharia e tecnologia.
De 11 a 15 de outubro, os empresários participantes realizaram reuniões individuais de negócios com empresas azeris, previamente valoradas e aprovadas. Desta forma a CCIP garante que cada empresa participante apenas reúne com os players mais indicados para o desenvolvimento dos seus negócios.
Posto isto, a CCIP acredita que os resultados francamente positivos durante a missão, levarão a uma nova missão ao mercado do Azerbaijão no próximo ano.
Conheça o nosso Plano de Ações Internacionais 2021!

O Secretário-Geral da CCIP, João Pedro Guimarães, participou recentemente na formação inicial de Adidos de Embaixada, que se realizou no Ministério dos Negócios Estrangeiros, ao longo do mês de Setembro.
Ao longo de 42 dias, o Instituto Diplomático (ID) formou cerca de 30 alunos, em mais de 100 temas distintos, para o início da sua carreira diplomática. A formação é desenvolvida anualmente pelo Instituto Diplomático e conta com a participação de diversos organismos que contribuem para a formação dos Adidos de Embaixada, entre os quais a Câmara de Comércio e Indústria Portuguesa, AICEP, Fundação para a Ciência e Tecnologia, entre muitíssimos outros.
O Instituto Diplomático tem como missão assegurar a formação de alto nível do pessoal do quadro do Ministério dos Negócios Estrangeiros.
O Secretário-Geral da CCIP partilhou com os alunos a missão da Câmara de Comércio e Indústria e as principais iniciativas que desenvolve, nomeadamente no âmbito do Comércio Internacional.

Artigo de Bruno Bobone, Presidente da CCIP, na sua rúbrica semanal no Diário de Notícias.
Eu sou de Quelimane. Acredito que a maioria dos portugueses não tenha ideia de onde é esta cidade moçambicana, mas foi de lá que saíram algumas figuras muito conhecidas no nosso país.
O vice-almirante Henrique Gouveia e Melo, grande responsável pelo êxito do programa de vacinação, a ministra Maria Manuel Leitão Marques, responsável por uma remodelação administrativa que nos colocou na linha da frente europeia na digitalização, o empresário Fernando Nunes, o economista Victor Bento, o jornalista Camilo Lourenço, entre bastantes outros, são pessoas que estão ligadas a esta extraordinária cidade.
Desde que me lembro que a minha terra era uma pequena cidade de Moçambique. Capital da Zambézia, uma das maiores contribuintes para o PIB moçambicano, onde a vida era pacata e típica de uma cidade sem grandes pretensões.
As pessoas vinham e iam, mas poucas lá ficavam. Contudo, ali vivia-se uma cultura de desenvolvimento e de responsabilidade, de respeito e de compromisso, de aventura e coragem, que permitiu dar a Portugal, como também deu a Moçambique, pessoas que fizeram a diferença.
Ao contrário do que seria de esperar, as pessoas de Quelimane não foram apenas "mais umas" na sociedade em que se envolveram, foram sim, sempre, pessoas que se dedicaram a dar a essa sociedade aquilo que lhes competia conforme as suas capacidades.
A cultura moçambicana em que foram fazendo o seu caminho deu-lhes uma abertura de espírito que lhes permite aceitar que é sempre possível fazer bem e fazer o bem. A cultura de responsabilidade deu-lhes a capacidade de trabalho e a coragem permitiu-lhes aceitar as responsabilidades de serem competentes e inovadores.
Mas, acima de tudo, o que caracteriza estas figuras é a sua humanidade e o respeito pelos outros a quem servem.
Haverá sem dúvida noutras cidades pessoas valentes, decididas e competentes que também dão muito pelo seu país e haverá com certeza pessoas de Quelimane que não tenham conseguido fazer tanto pelo seu próximo, mas aquilo que quero fazer aqui é valorizar a comunhão de valores humanos, de humildade e de tolerância que caracterizam estas pessoas - que também são exigentes e esforçadas no seu desempenho, como exemplo para aquilo que acredito ser o modelo de cidadãos que quero para o meu país.
Que definitivamente deixemos de aceitar a mentira em que nos temos enredado ao longo dos últimos anos em que passámos a ter de acreditar que quem nunca assumiu responsabilidades não se dedica aos outros, não é exigente, é egoísta e sobranceiro, que não pode ser a referência da nossa sociedade ou que será sequer capaz de assumir nela um lugar de liderança.
É tempo de reconhecer os atos grandes daqueles que nos conduziram às soluções de sucesso, em quem pudemos confiar verdadeiramente e que são sempre exemplo de respeito pelas pessoas e pela sociedade.
Já chega de seguir pessoas que se afirmam as grandes defensoras das causas humanas e que nunca nada fizeram em prol das pessoas que as rodeiam. De ser condicionado por todos os que nos inibem de dizer o que pensamos sob a justificação de que a democracia tem de inibir a liberdade.
Temos de motivar que venham a público todos os que, oriundos das várias Quelimanes dispersas por este nosso país, nos tragam de novo o orgulho de Portugal e nos levem a sair de casa para ajudar este nosso grande país.

As empresas hoje valorizam e apostam ainda mais numa estratégia de aprendizagem e formação como uma resposta aos desafios atuais e do futuro.
Em janeiro de 2020 foi publicado um relatório pelo World Economic Forum que dizia que o mercado laboral terá tendência para desenvolver as soft skills da criatividade, inteligência emocional, colaboração, persuasão e adaptabilidade. Destaca ainda que há áreas de aprendizagem fundamentais para o futuro, entre as quais o marketing, vendas, recursos humanos e desenvolvimento de produto.
Como forma de irmos ao encontro do que são os estudos e projeções, todos os anos, na Câmara de Comércio o mês de outubro é dedicado ao Levantamento de Necessidades de Formação para o ano seguinte.
Este ano e com algumas das apostas que temos feito na área da formação, fizemos alguns ajustes ao nosso questionário e queremos recolher o maior número de colaborações possíveis para que em 2022 possamos ter um plano de formação cada vez mais próximo das reais necessidades das empresas portuguesas, e receber, presencialmente e/ou online, ainda mais pessoas e empresas.
Contamos com a sua colaboração.
Aceda aqui ao nosso breve questionário.

Artigo de Bruno Bobone, Presidente da CCIP, na sua rúbrica semanal no Diário de Notícias.
O domingo chegou como mais um dia de eleições. Com as previsões claramente marcadas pelas sondagens e com a garantia de que a maior probabilidade seria de que a esquerda, e especialmente o partido do governo, sairiam deste ato eleitoral com mais uma vitória, sem alternativa por parte da população que se identifica mais com a direita em Portugal.
Apesar de haver já o fenómeno dos independentes ganhadores, onde se destacavam Rui Moreira, Isaltino Morais e Santana Lopes, a vitória anunciada estava muito baseada na conquista da cidade de Lisboa, bastião de honra do Partido Socialista.
Mas em Lisboa aconteceu aquilo que ninguém acreditava ser possível.
A população da capital estava farta de uma gestão altiva da Câmara de Lisboa, que tinha ficado rica por condições excecionais, resultado primeiro de uma negociação muito inteligente de António Costa, que vendeu os terrenos do aeroporto de Lisboa ao governo nacional, ganhando uma verdadeira fortuna, e do aumento exponencial do turismo, que muito pouco ficou a dever ao executivo camarário da cidade.
A par disto, a sensação de incompetência que transmitiu a excessiva dependência de um arquiteto na gestão urbanística da cidade que, mesmo depois de ter saído da posição informal de vice-presidente da câmara, se manteve sempre demasiado perto, deixando a ideia da incapacidade do anterior executivo da municipalidade.
A postura altiva com que foram feitas as grandes escolhas da estratégia de desenvolvimento da qualidade de vida na cidade de Lisboa, seja na absurda imposição das ciclovias em detrimento dessa mesma qualidade de vida, seja da gestão do alojamento local, da incapacidade de desenvolver ofertas de habitação, seja até da falta de cuidar das ruas de Lisboa, levaram a que o povo de Lisboa não quisesse mais acreditar em quem lhe promete aquilo que nem sequer pensa cumprir.
Por outro lado, a grande humildade com que o engenheiro Carlos Moedas se apresentou como candidato, a defender valores de que a maioria dos partidos já se esqueceu, mostrando que as pessoas lhe importam de verdade e o cuidado com que se trata as suas preocupações é essencial, trouxeram de volta a votar nele todos aqueles que nas eleições anteriores tinham votado em candidaturas mais alternativas como forma de protesto.
De uma vez mostrou que tanto a política baseada no marketing de ideias como a que se baseia em excessos como forma de protesto, são completamente destronáveis por quem trabalha seriamente e se propõe servir os outros e não servir-se deles.
Por outro lado, aqueles que se sentem menos identificados com a sua origem política e que não consideraram votar nele também não viram na sua possível candidatura razões de preocupação para que os levasse a manter o voto útil no Partido Socialista, como tinham feito em eleições anteriores.
Certo é que a proposta que Carlos Moedas vem trazer à política é uma proposta de verdade, de educação, de cuidado com as pessoas e de seriedade, que foi muito mais aglutinadora do que a maioria dos analistas acreditaram e que as sondagens - avaliações cheias de buracos negros - falharam redondamente.
É esta mudança política que me enche de esperança de que seja possível voltar a ocupar os lugares de liderança do nosso país com pessoas que são credíveis porque acreditam mesmo que o país está acima de quaisquer interesses.
Mas não nos deixemos enganar. Esta foi uma vitória de Carlos Moedas e não do PSD ou do CDS, que pouco mudaram no entretanto e que muito pouco se disponibilizaram a apoiar verdadeiramente a sua candidatura. Apenas na parte final, quando começou a parecer que poderia haver alguma massa crítica para dar fôlego a estes partidos, é que eles se envolveram nesse apoio.
A Carlos Moedas o que é de Carlos Moedas. E é a partir de Carlos Moedas que devemos reestruturar a forma de fazer política em Portugal.

Com a crise pandémica, os países onde o comércio melhorou foram aqueles cujas economias apresentaram uma rápida recuperação. Além disso, ouvem-se ecos de que o comércio internacional (de mercadorias) está a recuperar muito mais rapidamente durante esta “crise pandémica” do que após a crise financeira de 2008.
Por isso é fundamental que todos os intervenientes – e não apenas compradores e vendedores – conheçam bem as melhores práticas, regras e normas para criar (e manter) um sistema de comércio que seja seguro e que tenha condições para enfrentar os desafios do futuro (nomeadamente quanto a questões de digitalização e sustentabilidade).
A ICC Portugal está determinada a ajudar neste processo e preparou uma nova edição do Curso de Comércio Internacional. Neste curso procuram dar a conhecer todas as fases relevantes para as operações de importação e exportação, através do conhecimento e experiência dos Formadores - especialistas, de entre os Membros das Comissões da ICC – que ajudarão a compreender as regras e a usá-las da melhor forma, no dia a dia.
Ao longo de 6 manhãs, os participantes vão aprofundar temas como:
Este curso é organizado pela ICC Portugal, com o apoio da APAT, AGEPOR e APS, e realiza-se nas manhãs dos dias 20, 21, 22, 27, 28 e 29 de outubro.
Para saber mais consulte o Curso de Comércio Internacional no site da ICC-Portugal.

Artigo de Bruno Bobone, Presidente da CCIP, na sua rúbrica semanal no Diário de Notícias.
É absolutamente necessário criar uma nova alternativa para a direita portuguesa. Depois de ter assistido a duas campanhas eleitorais de enorme frustração, em que as soluções da direita não conseguiram agarrar os seus eleitores e, naturalmente, não chegaram sequer a ser consideradas como hipótese por aqueles que, não se sentindo desse lado, gostavam de votar numa alternativa que lhes oferecesse um melhor destino para Portugal, a verdade é que a montanha pariu um rato e as movimentações que houve no quadro partidário apenas serviram para dividir ainda mais a já fraca expressão que a direita hoje tem.
Não podemos deixar que isto aconteça, tanto pela orfandade de uma parte muito importante da população portuguesa, que não pode deixar de ter candidatos potenciais a dirigir os destinos do seu país, como, e mais preocupante, a qualidade da nossa democracia fica posta em causa pela falta de alternância na condução do governo da nação.
Na primeira eleição, a do Presidente da República, deu a ideia de que estaria a haver uma movimentação de renovação dessa direita, estivéssemos ou não de acordo com essa oferta.
Com a afirmação de um partido de uma direita mais extrema, que recolheria o voto mais descontente, e com a criação de um outro que se focava exclusivamente numa solução de economia de mercado que, ao não defender valores, se propunha a conquistar um eleitorado menos radical, estava a ser proposta uma solução de substituir os partidos tradicionais por uma direita mais atual.
Ora, sempre que há uma mobilização verdadeira em torno de um novo projeto que as pessoas veem como alternativa possível para a sua escolha, o resultado é sempre um apoio indiscutível a esse projeto, seja em que circunstâncias for, e os seus apoiantes, quais recém-convertidos, incansavelmente se perfilam em promoção do seu novo herói.
Nesta segunda campanha foi exatamente isto que não aconteceu. Em nenhum caso assistimos a uma explosão do apoio aos candidatos dos partidos da esperança, da coisa nova.
Antes pelo contrário, apesar das fracas prestações dos líderes dos partidos tradicionais da direita, é à volta das suas propostas que surgem as opções de vitória, tenham estas maior ou menor impacto na solução futura, que a direita tem obrigatoriamente de encontrar.
E é por isto que eu digo que tenho uma visão.
Chegou o momento de encontrar uma solução na direita portuguesa que una e não divida, que seja motivadora e que agregue todos aqueles que acreditam verdadeiramente que é preciso mudar e que lhes dê o estímulo indispensável à sua tão necessária participação.
É preciso que ganhemos coragem de dizer basta a tudo o que nos têm vendido como sendo politicamente correto. Não podemos aceitar que nos obriguem a viver sob uma censura de esquerda, baseada em valores recém-criados, que apenas fingem defender os mais necessitados quando as suas políticas apenas os multiplicam em maior número.
Não podemos deixar de poder dizer a verdade com a pretensão de que essa verdade prejudica as minorias. Não é mentindo que as cuidaremos, é sim tratando-as com respeito e verdade que as integraremos.
Não podemos continuar a ter de aceitar que é desperdiçando dinheiro e oportunidades que se melhora a vida de um povo. Não é dando incondicionalmente que se integra uma sociedade, é fundamental conseguir que todos se sintam contribuintes para essa sociedade, que se sintam participantes e parte importante da mesma.
É tempo de compreender que uma nova direita terá de se bater pelos seus valores e não abdicar dos seus valores.
É preciso compreender que foi esta direita quem se preocupou em criar a democracia e que fez o verdadeiro 25 de Abril para a sociedade portuguesa, quando reformou a Constituição e aboliu o Conselho da Revolução.
Não há mais tempo. Tem de ser agora. Temos de começar.
É esta a minha visão.

Dentro da região do Magrebe, Marrocos é o país que apresenta maior estabilidade política e económica, o que lhe permite, a par com as reformas económicas, manter um mercado aberto, dinâmico e atrativo a países de todo o mundo. Os acordos comerciais celebrados com a União Europeia e os Estados Unidos permitiram o aumento continuado das exportações nos últimos anos. Estes fatores, somados à sua aproximação ao mercado europeu e o investimento em sectores estratégicos, tornam Marrocos numa verdadeira porta de entrada para o mercado da África do Norte.
Portugal surge na 8ª posição enquanto fornecedor de Marrocos, sendo este um dos principais mercados de exportação portuguesa.
Foi maioritariamente por estas razões que várias empresas portuguesas aceitaram o desafio e integraram a Missão Empresarial a Marrocos, na expectativa de alavancar os seus negócios, contribuindo com a qualidade dos seus produtos e serviços, impulsionando, simultaneamente, o crescimento da economia portuguesa.
No âmbito desta deslocação, a CCIP preparou um conjunto de reuniões individuais para cada uma das empresas participantes, que representam os setores alimentar, energético, serviços, tecnologia e inovação.
De 19 a 23 de setembro, os empresários participantes realizaram as suas reuniões negócio, previamente validadas e aprovadas, com empresas marroquinas. Desta forma a CCIP garante que cada empresa participante reúne apenas com os players mais indicados para o desenvolvimento dos seus negócios.
Devido à grande procura deste mercado e aos resultados francamente positivos que temos vindo a verificar, a CCIP já agendou a próxima Missão a Marrocos para o início do mês de dezembro.
Conheça o nosso Plano de Ações Internacionais 2021!

Estamos a entrar no último trimestre de 2021 e, na Câmara de Comércio e Indústria Portuguesa, continuamos a apostar na área da formação alicerçada na atualidade, inovação, qualidade e diferenciação.
Como associação empresarial, reconhecemos o valor e mais valias da formação para as pessoas e empresas. A pandemia veio demonstrar que a formação é essencial para uma maior dinâmica e capacitação empresarial.
No terceiro trimestre mais de 100 pessoas provenientes de 60 empresas encontraram e reconheceram na oferta formativa da Câmara de Comércio uma mais-valia para desenvolver e aprofundar conhecimentos.
Para os últimos meses do ano, preparámos 9 ações em áreas como finanças, marketing, desenvolvimento pessoal, comércio internacional e recursos humanos.
Neste periodo, a CCIP terá oportunidade de se debruçar sobre estes temas em diversas vertentes, entre elas: “Aspetos práticos do transporte e venda no comércio internacional”, “Ciclo de Workshops: Da cultura organizacional ao bem-estar, passando pela liderança”, “Power-BI”, entre outros.
No calendário de eventos encontra informações mais detalhadas sobre as ações dos próximos meses.
Para qualquer esclarecimento adicional ou pedido de informação contacte-nos através do email formacao@ccip.pt

A visão sobre o mundo do trabalho e sobre a formação e desenvolvimento das pessoas mudou. Contudo, não podemos dizer que não contávamos com esta revolução, há já alguns anos que ela se fazia sentir, mas a passos muito lentos. De um dia para o outro, por causa de uma pandemia mundial, fomos obrigados a ajustar e/ou mudar processos e procedimentos.
Na área da formação e desenvolvimento, a forma como cada organização reagiu foi diferente e o que se fazia até março de 2020 é visivelmente diferente do que se fez em março de 2021 e será logicamente diferente em março de 2022.
As suas competências e aptidões estão em constante adaptação ao meio que as rodeia e é isso que nos faz crescer e evoluir. Precisaremos de profissionais com capacidades e conhecimentos novos e atuais para enfrentar os desafios de hoje e de amanhã!
Segundo um estudo da Mercer (Total Compensation Portugal 2021), verifica-se uma preocupação crescente na aposta da formação, por sua vez é um benefício que vai subindo na escala dos mais valorizados pelas pessoas. A isto pode associar-se outro aspeto, a retenção de talento.
Quem agora chega ao mercado de trabalho não é motivado só pela remuneração ou outros benefícios, a formação (técnica ou não técnica) é um dos aspetos amplamente valorizado.
Numa coisa certamente estamos todos de acordo, o presencial continua a ter um papel importante, mas o digital veio complementá-lo certamente. Não há um “modelo melhor” ou “pior”, os dois são necessários e temos que tirar o melhor partido de cada um.
A formação e o desenvolvimento são por isso fulcrais e indissociáveis da sobrevivência de todas as organizações.
Convido a consultarem o Plano de Formação do 4º Trimestre da CCIP.
Autora:
Cátia Moura | Responsável pela Formação, Câmara de Comércio e Indústria Portuguesa

O candidato à Câmara Municipal de Lisboa aceitou o desafio da CCIP para participar num almoço-debate, no âmbito das eleições autárquicas que se realizam no dia 26 de setembro.
Recebido por Bruno Bobone e Paulo Portas, Presidente e Vice-Presidente, respetivamente, Carlos Moedas partilhou a sua visão estratégica para a cidade.
O candidato apresentou algumas das suas propostas para Lisboa, desde logo transportes gratuitos para mais jovens e mais velhos, plano de saúde para os mais desfavorecidos, uma verdadeira política de cultura ligada ao setor empresarial, eficácia na política de licenciamentos urbanísticos ou um aproveitamento decidido das potencialidades do mar.
Perto de 70 empresários/as estiveram presentes nesta iniciativa que marcou o regresso dos eventos presenciais à Camara de Comercio e Indústria.

Artigo de Bruno Bobone, Presidente da CCIP, na sua rúbrica semanal no Diário de Notícias.
Para nós portugueses é sempre um orgulho termos alguma coisa em que somos os melhores do Mundo. Temos épocas melhores e outras piores, mas, de quando em vez, lá vamos tendo os nossos motivos de orgulho.
Depois de termos tempos em que o nosso maior orgulho era a maior mesa de pratos lavados, na ponte Vasco da Gama, outros tempos em que o que nos destacava era o maior deficit nas contas públicas. E houve ainda outros que nos presentearam com grandes feitos, como Eusébio, Amália, Carlos Lopes, Durão Barroso, Salvador Sobral, Marisa, o Euro 2016, António Guterres e Cristiano Ronaldo.
Hoje temos um novo destaque mundial. A vacinação!
Ora, estava eu precisamente a desfrutar do meu orgulho de português, no sábado passado, com a televisão ligada à espera de ver a entrada triunfal do nosso Cristiano (nosso, naturalmente, porque me coloca no topo do Mundo sem que eu nada tenha feito para o conseguir...) que, com uma velocidade superior aos seus adversários e uma presença de espírito de quem não envelhece, marcou só e mais nada os dois primeiros golos da sua equipa, quando muito surpreendido me dei conta de que nas bancadas estava uma multidão de adeptos que, imaginem os despudorados, estavam desmascarados!
Pensei que das duas uma, ou estava a ver o canal história ou... então não é que os doidos dos ingleses, que não têm nem por sombras a competência "vacinadora" das nossas instituições, estavam a viver uma vida normal. Então não querem lá ver que não há ninguém naquele país que possa mandar prender quem se atreve a tirar a máscara?
Nós, por cá, ao menos temos o bom senso de andar de máscara posta, em muitos casos até quando estamos sozinhos num automóvel... não vá o bicho ter alguma nova estirpe que seja mais dado à condução.
Felizmente essa noite li nas notícias que o governo britânico iria voltar a repensar a sua decisão quanto às máscaras e que voltaria a ser provável a sua utilização em algumas situações de ajuntamentos. Lá descansei...
E não é que no dia seguinte lá vem o primeiro-ministro inglês que, não só não diz nada sobre as máscaras, mas ainda afirma que não vai ser exigida a apresentação do certificado de vacinas para entrar em nenhum lugar? Como é que eles vão ser capazes de prejudicar os restaurantes e os bares se não os obrigarem a enxotar os clientes com todas aquelas questões de saber sobre a nossa vida privada, sem que tenham qualquer competência para o fazerem?
E a sensação de controlo constante sobre as nossas vidas que se perde porque não estão sempre a tentar condicionar-nos?
No meio de toda esta minha confusão de sentimentos vem a notícia de que também nós iríamos ter o nosso "Freedom Day". Uma "freedom" muito relativa. A partir de segunda-feira já não seria obrigatório usar máscara ao ar livre.
Mas atenção, tanto os comentadores televisivos como a liderança da DGS, com uma saudade evidente do seu poder de mandar em nós, recomendavam a todos que, apesar de não ser obrigatório era muito recomendável manter a sua utilização. No fundo, a ideia de uma burka sanitária que, já não sendo necessária, sempre mantém o povo debaixo de controlo.
Está bem de ver que somos de facto muito mais inteligentes que os nossos aliados ingleses, que provavelmente só por muita sorte têm vivido sempre muito melhor que nós e que prezam a liberdade como se fosse uma religião e que com pragmatismo sempre seguem uma estratégia compreensível para todos os seus cidadãos, por respeito por eles próprios.
Já nós não. Somos muito mais capazes de destruir as nossas próprias decisões e de confundir os nossos cidadãos com ordens e contra ordens, tentando sempre não perder a possibilidade de controlar cada pessoa. Como dizia um velho amigo: "A censura, afinal, é de esquerda".

Artigo de Bruno Bobone, Presidente da CCIP, na sua rúbrica semanal no Diário de Notícias.
Portugal recebe este ano um valor exorbitante da UE para relançar a economia, após um período de dois anos em que, seja pelo impacto direto da pandemia, seja pela errónea gestão feita durante a mesma, sofremos grandes prejuízos económicos, psicológicos comportamentais e políticos.
A extrema propagação do pânico, criada por lideranças do nosso país e muito promovida em certas redes e por quem quer recuperar a sua influência na sociedade, aumentaram significativamente os prejuízos causados por este vírus que foi grave e que, segundo os números oficiais, matou 0,17% da população portuguesa, essencialmente pessoas com doenças já declaradas e de idade avançada.
Vale a pena aqui referir que estão incluídos nestes números todas as pessoas que morreram em acidentes de automóvel e de outras razões não provocadas pelo vírus, desde que estivessem infetados, o que desvirtua a análise sobre os efeitos reais da pandemia.
Agora que politicamente já tem interesse voltar a dar às pessoas alguma liberdade para que recuperem um sentimento de vitória e apreciem com maior bondade as forças políticas que estão no poder (e é justo reconhecer que qualquer força política que estivesse nestas circunstâncias tomaria provavelmente decisões semelhantes), em que já pouco importa criticar o passado, é tempo de olhar o futuro e tentar evitar cair em erros que nos coloquem de novo em situações de perda de qualidade de vida e de oportunidades de desenvolvimento.
A BAZUCA, nome impressionante para uma entrada de dinheiro destinado à salvação e projeção da economia, está já disponível e a ser distribuída, sem que se saiba ao certo para onde irá, quais os objetivos de cada aplicação e quais os resultados que se esperam do investimento realizado.
Pior, aquilo que sabemos é que vamos ser inundados de investimento público sem qualquer valor produtivo e pouco ou nada será investido na estrutura produtiva deste país.
Quando os americanos, no pós-guerra, aprovaram um plano de apoio à economia europeia, que brilhantemente tinha gerido um conflito essencial ao futuro do Mundo, fizeram-no sempre com o objetivo de dotar os diversos países de uma estrutura produtiva.
Para conseguir esse objetivo e porque a crise então vivida, ao contrário da pandemia que estamos a ultrapassar, destruiu todas as estruturas essenciais ao desenvolvimento, era evidente a absoluta necessidade do investimento público que permitiria desenvolver a economia, sempre baseada na criação da capacidade de produção.
Hoje, isto não é verdade!
Temos infraestruturas disponíveis e em alguns casos até excedentes em relação às nossas necessidades. Haverá casos pontuais em que tal desenvolvimento será necessário, como é o caso de todas as atividades relacionadas com o mar e que, curiosamente, têm muito pouca presença nos projetos de que temos conhecimento.
Aquilo que é indispensável, é um investimento numa rede de projetos industriais, diversificado e desenvolvidos com base numa análise profunda das necessidades dos mercados e com uma consciência clara dos objetivos que queremos atingir, seja geográfica (quais os países em que queremos intervir), seja da relevância dos produtos produzidos.
Em 1945 foi feito um plano, foram aplicados muitos milhões e a Europa tornou-se o melhor continente do Mundo em qualidade de vida.
Hoje vão ser aplicados milhões, sem um plano e provavelmente vamos aumentar a nossa qualidade de vida durante cinco anos e voltaremos a ser pobres de aí por diante.
Não tinha que ser assim, não devia ser assim, porque a pobreza não pode ser um destino.

Isabel Corte Real assumiu a liderança do departamento de Marketing e Comunicação da Câmara de Comércio e Indústria Portuguesa (CCIP). Com uma larga experiência nesta área, passou por empresas como a PT, VIVO Brasil, Altice, ou por instituições como o Sporting Clube de Portugal ou The Lisbon MBA das universidades Nova SBE e Católica de Lisboa.
«A Isabel Corte Real entra na equipa da CCIP num momento muito particular, onde o país e o mundo começam a sair de um período de paralisação económica e social. A CCIP tem desempenhado um papel ímpar no apoio ao desenvolvimento da economia nacional. Estivemos ao lado das empresas e dos empresários durante a pandemia e pretendemos continuar a ser um agente activo da recuperação económica, contribuindo para a internacionalização das empresas, aumento das exportações e capacitação das PME. Neste sentido, o desafio do marketing e comunicação é fundamental para chegar às empresas e parceiros», diz João Pedro Guimarães, secretário-geral da CCIP.
«O posicionamento de uma instituição como a CCIP é, neste momento, da maior importância para as empresas e empresários portugueses. Iremos garantir que os nossos parceiros e empresários em geral não se sintam sozinhos num período particularmente delicado. A consolidação do posicionamento da CCIP é crucial para a concretização desse objetivo», afirma Isabel Corte Real.
Isabel Corte Real conta com 17 anos de experiência na área do marketing, comunicação e organização de eventos.

Artigo de Bruno Bobone, Presidente da CCIP, na sua rúbrica semanal no Diário de Notícias.
Francisco Pinto Balsemão viveu uma vida ligada à intervenção na sociedade portuguesa.
Foi jornalista, empresário e político. Até hoje esteve sempre presente nos momentos que marcaram a vida do nosso país e nunca abdicou de ser quem é, quaisquer que fossem as contrariedades e as dificuldades da situação.
Foi, em todo o seu percurso de vida, um democrata que acreditou sempre na verdade e na isenção da informação. Promoveu a separação do poder económico da liderança dos projetos de informação.
Quando foi primeiro-ministro promoveu a revisão constitucional que permitiu a introdução da democracia em Portugal.
Promoveu sempre a modernidade e com coragem liderou a evolução da comunicação no nosso país. Criou o primeiro canal de televisão privado e tornou-o líder na comunicação social.
Mas acima de tudo foi um homem de grande coragem que se expôs publicamente sempre que o país, a sociedade ou o seu projeto empresarial o necessitavam.
Mas foi também um homem com defeitos e não os escondeu. Não caiu na tentação de parecer quem não era, ao contrário daquilo que hoje é o comportamento de quem quer chegar ao sucesso.
A sua ambição foi participar na sociedade em que viveu. Foi criar e desenvolver, mais do que ser reconhecido. E só assim se consegue verdadeiro sucesso.
Passou momentos muito complicados em que teve de assumir responsabilidades sobre muitos ou mesmo sobre todos nós. A morte de Sá Carneiro, a crise da comunicação social e as traições a que se refere regularmente, com mágoa, foram desafios que soube superar com um rigor e uma determinação que fazem parte do seu caráter.
Muitas vezes ouvi dizer que não tinha as características para o lugar político que ocupou ou que não tinha a coragem de liderar o seu jornal com a força de condicionar as opiniões dos seus jornalistas.
Pois é aí que eu encontro a maior razão para este meu texto. Um homem que não tinha as características ideais para a política foi primeiro-ministro de Portugal no momento mais difícil do pós-25 de Abril, em que foi fundamental evitar uma crise interna provocada pela exigência de vingança pela morte de Sá Carneiro e, ao mesmo tempo, não perdendo a oportunidade de criar uma Constituição que permitiu a afirmação da democracia.
Um homem que teve a coragem de não mandar na opinião dos seus jornalistas, sujeitando-se à critica e à condenação dos seus próprios atos é, sem dúvida, um homem valente.
Que pena não termos criado mais homens destes, que são pecadores, que são limitados e que tanto bem fazem pelo nosso país e para que possamos, todos nós, viver melhor.
Que farto estou de homens perfeitos que parecem fazer tudo bem e que pouco ou nada contribuem para o nosso bem-estar. Antes pelo contrário, por quererem sempre manter essa imagem de perfeição falsa em que o povo quer acreditar, não assumem as suas responsabilidades e não nos ajudam a crescer.
É a este homem que presto hoje homenagem.
Um homem que se diz de esquerda e que fundou o partido que liderou a direita portuguesa durante os últimos 46 anos da nossa história.
Um homem de defeitos a quem tenho de agradecer, com quem tantas vezes discordo e que, por isso mesmo, preciso de conviver.
A verdade não é de ninguém e deve ser sempre independente.

No final de mês de agosto, a Câmara de Comércio selecionou a Arábia Saudita para aquela que foi a 7ª Missão Empresarial presencial em 2021.
A Arábia Saudita é a maior economia do Médio Oriente, com um mercado consumidor de 33,8 milhões e com previsão de crescimento do PIB na ordem de 2,9% em 2021. É um mercado que apresenta oportunidades de negócio notáveis para empresas portuguesas, nomeadamente nos setores alimentares, minerais, máquinas e minérios, papel, químicos, turismo, entretenimento, plásticos, saúde, energias renováveis, construção, tecnologias de informação e comunicação, entre outros. O plano ambicioso de modernização do país é ímpar no mundo, levando consigo a data de 2030 para a execução de inúmeros projetos de grande envergadura.
Foi maioritariamente por estas razões que várias empresas portuguesas aceitaram o desafio e integraram a Missão Empresarial a este mercado, na expectativa de alavancar os seus negócios.
No âmbito desta deslocação, a CCIP preparou mais de 55 reuniões individuais para as empresas participantes, que têm atividade no setor Alimentar, Transportes e Logística, Construção e Novas Tecnologias.
De 29 de agosto a 1 de setembro, os empresários participantes realizaram reuniões individuais de negócios com empresas sauditas, previamente valoradas e aprovadas. Desta forma a CCIP garante que cada empresa participante apenas reúne com os players mais indicados para o desenvolvimento dos seus negócios.
Devido à grande procura deste mercado e aos resultados francamente positivos que temos vindo a verificar, a CCIP já agendou a próxima Missão à Arábia Saudita para o início do mês de novembro. Faça a sua pré-inscrição aqui e venha expandir os seus negócios com o apoio da CCIP.
Conheça o nosso Plano de Ações Internacionais 2021!

Artigo de Bruno Bobone, Presidente da CCIP, na sua rúbrica semanal no Diário de Notícias.
Tenho assistido nos últimos tempos a um enorme vazio de opinião da área da direita portuguesa. Nem PSD nem CDS têm conseguido transmitir uma ideia de alternativa ao governo atual. Não há uma visão de qual seria o caminho a seguir, de qual é o Portugal que gostariam de construir nem de quais os valores que quereriam implementar.
É um silêncio ensurdecedor que deixa quase 50% da população sem saber que pode esperar melhor.
Entretanto, surgiram vozes à direita que vêm, com coragem, mostrar algumas das coisas que estão mal e com as quais não devíamos ser obrigados a conviver. Erros que também tenho vindo a denunciar, que estão a condicionar a vida da nossa sociedade e que, sem qualquer dúvida, devemos denunciar e, principalmente, nunca pactuar.
Outros, sem se afirmarem nos valores da direita, defendendo o absoluto do liberalismo (algo que em alguns temas se confunde com a anarquia), têm levantado o dedo a determinadas atitudes governamentais que condicionam a vida dos cidadãos e que lhes roubam a sua capacidade de decidir, bem como denunciado o abuso fiscal em que se vive em Portugal.
Na verdade, nem uns nem outros nos deram a visão do que poderíamos contar caso viessem a ser eles os eleitos para liderarem o nosso país.
Tudo isto foi assim durante os últimos anos, tanto nos tempos normais em que nos preocupávamos com os temas correntes da gestão do país, como nos tempos anormais da pandemia, em que senti ainda mais a ausência de quem me representasse e que me defendesse ante a louca desorganização e prepotência a que fomos sujeitos, sob a desculpa de que tudo estava a ser feito para o bem das pessoas e sem que essas mesmas pessoas fossem consideradas.
Chegados agora ao verão, o silêncio tornou-se ainda mais pesado. O governo, de férias, toma decisões sobre as nossas vidas que ninguém contesta; Rui Rio está de férias e nem trabalha nem deixa que alguém trabalhe por ele; de Chicão nem noticias; Ventura reorganiza-se com o partido a tentar ser, e o Liberal desapareceu.
O governo decide e a dívida portuguesa atingiu o seu máximo de sempre. A bazuca já está a ser distribuída. As medidas de contenção da pandemia foram alteradas. Os fogos voltaram, como sempre.
E da oposição da direita apenas assistimos a uma absurda proposta de prolongar a utilização de máscaras por parte do PSD, numa altura em que de Inglaterra não recebemos as tão previstas notícias de caos por terem libertado o povo britânico das medidas de contenção da pandemia.
O número de infeções manteve-se aparentemente elevado, mas o vírus tornou-se de facto uma doença endémica e deixou de condicionar a vida do país em termos económicos e sociais como o fez ao longo do período da pandemia.
Um governo sem contraditório é um aborto da democracia. O silêncio da oposição é inaceitável.
Precisamos de mudar depressa. De voltar a condicionar a vida política, de ser capazes de limitar os erros da governação e de fazer valer os nossos pontos de vista.
Precisamos de criar uma visão alternativa do nosso país que nos leve a ter vontade de lutar por uma nova maneira de viver. Precisamos de nos bater por criar uma sociedade baseada nos valores e princípios em que acreditamos. Uma sociedade que se preocupa com as pessoas e o seu futuro, com as famílias e a educação, com o bem comum e o respeito pelo que é de todos.
Para isso precisamos de que esteja aí alguém.

Artigo de Bruno Bobone, Presidente da CCIP, na sua rúbrica semanal no Diário de Notícias.
Estamos a viver um momento em que alguns pretensos iluminados nos vêm dizer que tudo aquilo em que acreditámos até ao dia de hoje - as verdades em que baseamos toda a estrutura da nossa vida - está errado.
Ao contrário daquilo que nos possa parecer, a nós, simples mortais sem a inteligência iluminada, aquilo que vemos, deixou de ser verdade.
Há poucos anos deixámos de ter raças humanas. Já não há pessoas de cores diferentes. As crianças não nascem rapazes e raparigas: o que tanto faz porque também já não existe diferença entre os sexos.
Os animais têm tantos ou mais direitos do que as pessoas e não as podem servir, mas serem por elas servidos. Se um cão é de raça perigosa (os cães por enquanto podem ter raças...), quem tem de tomar cuidado com eles são os que com eles se cruzam, até porque, apesar de estar proibido passear cães sem trela ou açaime, é prática corrente o incumprimento da lei, sendo mesmo indesculpável que alguém tente chamar a atenção sobre essa questão.
Os animais não podem ser mortos, enquanto as crianças podem.
Na verdade, vivemos hoje num mundo em que fizemos crescer significativamente a riqueza produzida, em que conseguimos aceder à tecnologia no sítio mais recôndito, em que as populações têm acesso a mais informação, em que temos a capacidade de chegar e fazer chegar produtos a todo lado.
Contudo, apesar de toda esta evolução, a realidade de alguns setores da sociedade não tem o mesmo acesso à distribuição da riqueza produzida, a distribuição dessa riqueza não está a ser razoavelmente partilhada por toda a sociedade.
É esta insatisfação que dá espaço a que apareçam as teorias de destruição de valor como ideologias de salvação, afirmando que a solução está no oposto dos valores em que baseámos a nossa estrutura de vida.
Uma visão populista que afirma tudo e o seu contrário, mas que utiliza a ideia de dar satisfação a todos os sofrimentos que caracterizam a vida de cada um, com um objetivo único de conseguir ascender ao poder.
Utilizam o sofrimento de algumas pessoas para generalizar a teoria de género, o sofrimento das mães para justificar o aborto, o mau-trato de alguns animais para promover a sua idolatração, utilizam o exemplo de ostracização de algumas minorias que não se querem integrar na sociedade para justificar a promoção de um antirracismo contra quem nunca foi racista.
Por outro lado, promovem regimes em que a mulher é maltratada, outros em que há escravatura, outros ainda em que o poder é detido e suportado pelo comércio ilegal de drogas. Um verdadeiro paraíso da incongruência e do desvario, apenas para ganhar o apoio dos descontentes.
Ora, a maioria de nós sabe que a verdadeira solução não está na destruição da base de valores e princípios que estruturaram a nossa sociedade e que a permitiram crescer até este ponto em que estes contestatários podem dizer tudo o que lhes apetece porque vivem numa sociedade democrática e livre, com relativo poder económico e uma tecnologia de comunicação em que todos podem manifestar as suas opiniões.
A solução está em melhorar esta sociedade, mas sempre com base nos valores que são imutáveis. O valor da vida humana, da centralidade da pessoa, da família, da segurança, da responsabilidade, do respeito pelo ambiente, do respeito pelas instituições.
É essencial que nos empenhemos todos a defender aquilo em que acreditamos, a lutar contra o politicamente correto que nos leva a caminhar no sentido errado. Deixemos de acreditar em que temos de aceitar o que nos impõem apenas porque não fazemos ouvir a nossa voz.
De uma vez por todas vamos mudar. Voltemos a tomar parte ativa na decisão do nosso destino.
Uma sociedade baseada nas ideias que nos tentam vender não é sustentável, não é criadora de riqueza, não é livre e não melhora a qualidade de vida de ninguém.
Falta-nos a coragem do pequeno que ousou dizer a todos que, apesar de o grande alfaiate dizer o contrário, o rei ia nu.

Artigo de Bruno Bobone, Presidente da CCIP, na sua rúbrica semanal no Diário de Notícias.
O que se passará com o governo para que não tenha tornado pública a velocidade a que seguia o carro do ministro Cabrita quando tragicamente atropelou o trabalhador numa autoestrada?
Todos somos levados a pensar que o carro do ministro iria em excesso de velocidade, pois se assim não fosse já saberíamos há muito que estava dentro da lei.
Aquilo que nos parece que estamos a assistir é, só e mais nada, a uma tentativa de desvincular o ministro do acidente e de tentar chegar à conclusão do processo com a condenação do motorista por ser ele quem se encontrava ao volante.
A justiça funcionará como deve e ninguém pode interferir no seu caminho, mas a política deve ser feita de uma forma séria e por pessoas que assumem as suas responsabilidades em face das decisões que tomam ou que não tomam.
Ninguém pode saber se o ministro Cabrita deu instruções ao seu condutor sobre a velocidade a que se deveria deslocar nem sequer poderemos saber se ele não terá sugerido ao mesmo motorista que fosse mais devagar.
Aquilo que sabemos é que, sendo o ministro o responsável pela viatura e que ninguém no seu juízo normal tomaria a decisão de ir contra aquilo que o ministro determinasse, a responsabilidade moral será, no mínimo, dos dois e que a responsabilidade política é, sem dúvida, deste membro do governo que já por diversas vezes se assumiu ser inimputável em face das decisões que toma (ou não toma).
Mas tão mau como a atitude que tem assumido o governo é o silêncio da oposição.
Como é possível que a oposição esteja tranquila perante uma situação de impunidade total? Como é possível que não questione sobre a responsabilidade moral e política de um membro do governo?
Volto a dizer que a justiça terá de fazer o seu caminho e que ninguém pode intervir na sua decisão. Apenas deve pedir que seja justa e célere.
No que respeita à questão moral e política, aí sim, temos de interferir.
Um povo espera que os seus governantes sejam exemplo. Não espera que sejam santos nem que não cometam erros, mas espera que sejam responsáveis e que não se escondam perante a adversidade.
Que assumam com coragem a responsabilidade que o lugar lhes deu e que se apresentem com a verdade quando são questionados.
Tenho a certeza de que o ministro Cabrita estará penalizado pelo sucedido e que muitas vezes terá pensado na infortuna do trabalhador que o seu automóvel atropelou. Estou certíssimo de que nunca lhe terá passado pela cabeça que tal poderia acontecer, mas isto não o iliba da responsabilidade de partilhar publicamente, com o povo que governa, a verdade das circunstâncias em que se verificou o acidente.
É isso que esperamos de um ministro, é isso que esperamos de uma oposição. Que sejam capazes de desempenhar as suas funções com a categoria que é exigida a quem lidera e a quem espera liderar este país.
A imagem que fica é a de um país podre em que ninguém defende os pequenos, em que o corporativismo dos políticos se sobrepõe ao bem dos portugueses e em que o disfarçar a situação serve melhor do que enfrentar a verdade.
É possível que o Nuno tenha tomado a decisão errada ao atravessar a autoestrada e é possível que tudo venha a clarificar-se. Mas enquanto nos escondem a informação, o ministro toma uma posição de pouco respeito pelos governados e a oposição assume uma atitude de compadrio que nos faz pensar que algo está muito errado.

Artigo de Bruno Bobone, Presidente da CCIP, na sua rúbrica semanal no Diário de Notícias.
Depois de dois anos de pandemia, de uma vida controlada, em que muitas das nossas convicções foram postas em causa, de um tempo em que a nossa liberdade foi completamente condicionada por razões de saúde pública, chegou finalmente o tempo de voltar a viver.
E é exatamente neste momento de me reabrir ao mundo e de voltar a ser dono das minhas decisões e ações que eu sinto este vazio.
Uma sensação de que tudo o que vivíamos desde há muito não era mais do que deixar andar, de que nos fomos perdendo num caminho em que, para conseguirmos manter o que tínhamos, nos fomos adaptando às lentas correções que, pouco a pouco, nos retiraram exatamente aquilo que queríamos manter.
Quando vivi a chegada da liberdade, lutei pela minha convicção do que era para mim essa liberdade. Discuti com outros aquilo em que discordávamos e, juntos, com uns mais de acordo e outros mais em desacordo, Portugal avançou para uma normalidade em que nos sentíamos integrados e em que uma grande maioria tentava participar.
Seguimos depois um caminho em que se foram tentando remover obstáculos e em que cada um tentou trazer as suas ideias a público de modo a fazer evoluir a situação em que tínhamos acordado viver.
Passaram os anos e fomo-nos acomodando, de tal modo que fomos aceitando as tais pequenas mudanças, sem já despender esforços para lutar pelas nossas convicções e permitindo aos profissionais da política assumir os destinos de Portugal.
Chegados ao tempo da pandemia, e aqui aceitando o argumento de peso da saúde pública, fomos acatando as decisões que nos condicionaram a liberdade a um nível que nunca antes nos tinha passado pela cabeça. Permitimos que, sem qualquer explicação, nos retirassem a possibilidade de fazer aquilo que pudesse ser mais natural, sem que fosse seguro que essa decisão tivesse qualquer peso no combate ao vírus que nos afetava.
E agora vamos voltar a viver. Aos poucos! Pois é difícil a quem controla assumir que vai perder esse poder.
Mas aquilo que mais me preocupa é que eu não quero voltar a viver o que vivíamos antes da pandemia... eu não quero voltar a não participar nas decisões do futuro do meu país. Eu não quero ser liderado por quem mais não fez do que esperar pela sua vez. Eu não quero ser comandado por quem não tem a visão, a ambição, a coragem e a vontade de fazer deste Portugal um país grande de homens e mulheres interessados em fazer mais e melhor.
Eu quero poder dizer o que penso, lutar pelo que acredito, partilhar com quem não pensa como eu e, em conjunto, levar o meu país a ser um grande país.
No espectro partidário não encontro quem me possa representar, quem defenda os valores da pessoa humana e que queira verdadeiramente o melhor para cada pessoa que faz este país.
E sinto um vazio na minha alma.
Um vazio que precisa de ser preenchido para que eu possa voltar a viver. Que possa ser substituído por uma esperança de amanhã ser melhor e de ver à minha volta as caras felizes de quem se sente realizado por participar na construção de uma realidade maior.
Para isso precisamos de boa gente e de nova gente, de atrair aqueles que estão disponíveis para dar, mas que não se sentaram nos partidos à espera da sua vez.
Precisamos de mudar para voltar a acreditar e de aprender a voltar a viver.
Agora que temos uma nova oportunidade não a podemos perder.

Findo o primeiro semestre de 2021, fazemos um balanço das atividades realizadas no âmbito da formação CCIP.
Na área da formação terminámos o 1º semestre com números muitíssimo interessantes que refletem - e reforçam - a aposta que a CCIP tem feito nesta atividade.
Estes são resultados muito bons que nos levam a querer fazer mais e melhor!
Nos próximos meses apresentaremos novas ações e novos projetos na área da formação.
Conheça aqui o plano de formação do próximo trimestre e, se precisar de capacitar pessoas e equipas na sua empresa, temos um serviço de formação à medida totalmente customizado e com um acompanhamento permanente.
Conte connosco!

Artigo de Bruno Bobone, Presidente da CCIP, na sua rúbrica semanal no Diário de Notícias.
Em quase todos os comentários que li sobre a morte de Otelo Saraiva de Carvalho, notei que quem os escreveu teve muito medo de não valorizar a sua intervenção na revolução do 25 de Abril.
Em jeito de politicamente correto, houve muito poucos comentadores a referir com verdade aquilo que foi a participação de Otelo na vida política do país.
A maioria dos portugueses não têm qualquer dúvida de que o regime em que vivíamos antes da revolução de 1974 não tinha qualquer hipótese de sobreviver. Teríamos sempre de acabar por mudar, fosse no 25 de Abril fosse numa outra data qualquer.
Mas aquilo em que a maioria dos portugueses também acreditam é que apenas um sistema democrático poderia ser a alternativa em Portugal. Este era o único caminho para a convergência com o resto da Europa Ocidental e que nos levaria, pouco mais de uma década depois, a aderir à Comunidade Europeia.
Não era esse o entendimento de Otelo. Para ele, a solução de regime a introduzir em Portugal seria um regime ditatorial, provavelmente mais agressivo e letal do que aquele em que vivíamos e em que a censura não se faria pela eliminação dos conteúdos nos jornais, mas sim pelo assassínio daqueles que tinham opiniões diferentes sobre os temas que ele e os seus amigos - nunca eleitos -tinham sobre os mesmos assuntos. Otelo foi efetivamente um operacional de uma revolução que nos trouxe a democracia, mas tão-só porque não lhe foi permitido instituir a forma de governo que ele ambicionava para o nosso país.
Ele próprio o disse em diferentes momentos da sua vida, que tinha proposto colocar os contrarrevolucionários no Campo Pequeno e matá-los a todos. Criou uma polícia política que em nada fica atrás dos abusos que ele próprio criticava à PIDE, felizmente com muito menor eficiência e competência, o que não lhe permitiu conseguir os seus objetivos.
Frustrado com a derrota em 25 de novembro e por uma adesão popular a teorias democráticas que não lhe agradavam e que não acreditava que pudessem ser a vontade do povo, candidatou-se a Presidente da República, nas palavras do próprio, para vero que valiam as suas ideias.
Como o resultado foi negativo, não teve qualquer dúvida de que este povo estava perdido e seria obrigado a viver em democracia, pelo que decidiu tornar-se o grande responsável pela purificação da sociedade portuguesa através da eliminação de quantos achava que não tinham direito a manifestar a sua opinião e nem sequer a cumprir as suas funções-ainda que essas lhes tenham sido atribuídas pelas instituições democráticas.
Foi julgado e condenado e depois amnistiado por quem com ele partilhava certos ideais, ou que, porque lhe tinha reconhecido erradamente os seus méritos na instituição da democracia portuguesa, teve vergonha de mostrar ao mundo a verdadeira essência desta personalidade.
Mais uma vez, Portugal verga perante os grandes e poderosos, permitindo que assassinos não cumpram a pena que merecem pelas suas ações.
Vemos isto constantemente nos politicos que não são responsabilizados pelas suas decisões, nos empresários que abusam do seu poder prejudicando aqueles que deveriam ajudar, os juízes que nunca são medidos pelas suas decisões; enfim, todos aqueles que têm o poder e que o utilizam em seu próprioproveito.
Morreu um homem que tentou impor a Portugal uma ditadura, responsável pela morte de vários cidadãos portugueses que apenas cumpriam as suas obrigações, e tudo isto porque achava que tinha um saber maior do que todos os outros, o que lhe conferia o poder de deixar viver ou fazer morrer.
Morreu um potencial ditador que se tornou assassino, a quem os grandes deste país perdoaram a pena. É preciso que aqueles que contam a
história de Portugal e aqueles que são a voz pública do nosso país parem de nos falar do politicamente correto e noscontem a verdade sobre o que realmente se passou.
Morreu um assassino que não cumpriu a sua pena.

A Eurochambres e o Comité da Regiões lançaram no passado mês de maio um inquérito, no qual a CCIP participou, entre outras instituições europeias, para avaliar o estado da transformação digital a nível regional e as alterações induzidas pelo surto de COVID-19 nos modelos económicos e empresariais, bem como o seu impacto nas regiões europeias.
Os resultados deste inquérito revelam que cerca de 75% das empresas deram passos decisivos para digitalizar suas atividades durante a pandemia. Publicado no âmbito de um novo estudo do Comité das Regiões sobre o estado da transformação digital nas regiões europeias, “The state of digital transformation at regional level and COVID-19 induced changes to economy and business models, and their consequences for regions”, o inquérito revela também o importante papel das Câmaras de Comércio no apoio ao processo de transformação digital nas empresas.
O estudo do Comité das Regiões analisa também os principais facilitadores para acelerar a transformação digital e os principais entraves em todas as regiões da Europa. As empresas identificaram o financiamento à transformação digital como sendo o maior entrave, seguido pela falta de mão de obra qualificada.
Aceda aqui ao estudo
Conheça o Press Release da Eurochambres

A Câmara de Comércio e Indústria Portuguesa tem vindo a desenvolver anualmente o Estudo Económico Europeu em colaboração com a Eurochambres – Associação das Câmaras de Comércio e Indústria Europeias.
Este estudo, que tem por objetivo aferir as perspetivas económicas das empresas para o ano seguinte, é baseado num inquérito desenvolvido em 28 países, numa ação coordenada pelas respetivas Câmaras de Comércio e Indústria. Na qualidade de representante em Portugal da Eurochambres, cumpre à Câmara de Comércio e Indústria Portuguesa conduzir este inquérito a nível nacional.
Face à importância de que se reveste esta iniciativa, solicitamos o contributo das empresas, até ao próximo dia 10 de setembro, para a elaboração deste estudo, mediante o preenchimento de um questionário que demora cerca de 1 minuto a responder e, que está disponível aqui.
O relatório, elaborado pela Eurochambres, com as conclusões deste estudo e com as comparações entre os vários países participantes estará disponível no final do próximo mês de novembro. Este relatório poderá ser solicitado diretamente para jpc@ccip.pt (João Paes Cabral).
Agradecemos antecipadamente a sua participação!

No dia 27 de julho, o recém-eleito secretário-geral da Câmara de Comércio luso-chinesa, Bernardo Mendia, foi recebido na Câmara de Comércio e Indústria Portuguesa pelo Secretário-Geral, João Pedro Guimarães e pelo Diretor do Departamento de Comércio Internacional, Pedro Magalhães.
Esta visita teve como objetivo delinear potenciais parcerias entre Portugal e China para o ano de 2022, num momento de grandes desafios e oportunidades para as relações económicas e comerciais entre Portugal e a China.
Bernardo Mendia foi nomeado Secretário-Geral da Câmara de Comércio luso-chinesa no passado dia 12 de julho de 2021.

Artigo de Bruno Bobone, Presidente da CCIP, na sua rúbrica semanal no Diário de Notícias.
Eu conto-vos senhores sobre um povo
Que vivia muito perto do mar
Que soube fazer frente a Moscovo
Mas que nunca se soube governar
Um povo a quem o medo controla
Tudo aceita a quem o mandar
Que se esconde atrás da viola
Na saudade, no fado, a chorar
Aos bandidos presta-se vassalagem
Aos corruptos não há quem se oponha
Aos governantes não têm coragem
De lhes exigir que tenham vergonha
Não há povo que tenha mais valores
Nem há terra melhor para viver
Só nos falta, digo-vos eu, senhores
A vontade de nunca mais sofrer
Acreditar em sua própria gente
Não deixar que os malandros dominem
Criar filhos muito mais competentes
Que, com o amor, o poder combinem
Que sejam eles os mais responsáveis
Que na sua vida possam mandar
Que não mais deixem de ser imputáveis
E com esta miséria parar
Façam Portugal para o futuro
Um país com população valente
País que valoriza quem é puro
Que olha com respeito sua gente
Um país de orgulho sem igual
Exemplo de convicção no mundo
País em que cada um é tal qual
Em que nunca tem lugar o imundo
É deste povo que a vós vos falo
Desta nação que tem quase mil anos
Que à dor, o seu fulgor foi buscá-lo
Que já antes fez frente aos romanos
Conseguir mudar tão forte cultura
É trabalho para uma nação
A uma sociedade madura
Entregar-lhe todo o coração
Eu conto-vos senhores sobre um povo
Que vivia muito perto do mar
Governado por gente sem decoro
Que nem sequer se sabe comportar
Governantes que não cumprem as leis
Que nunca se importam destratar
Que como em novelas, coronéis
Outros sempre acabam por culpar
A duzentos quilómetros por hora
Viajam sem ter preocupação
Se porventura é sabido fora
Ninguém responde pela condução
Em tempo de vírus e pandemia
Não houve quem quisesse responder
Ao que ficar em casa não podia
Como poderia sobreviver
Aos quatrocentos mil novos pobres
Que ninguém pensou sequer ajudar
Não há em um coração desses nobres
Um lugar para os acomodar
Aos políticos da oposição
A quem deveríamos acorrer
Só importa ganhar a eleição
Por nada se querem comprometer
Muitos encantadores milagreiros
Em Portugal vamo-nos confrontar
Tomamo-los sempre como primeiros
Quando apenas querem enganar
Mas a todos estes que nos maltratam
Tendemos a tentar compreender
São coitadinhos todos os que matam
E também os que devemos prender
Por isso esta carta vos escrevo
Confiando em poder ajudar
Entregando com todo o enlevo
Aquilo que se está a passar
É este povo que tanto merece
A quem sempre seguirei dedicando
O tempo, saber, a ação e prece
Para ter o seu próprio comando

O primeiro semestre de 2021 terminou e fazemos um balanço muitíssimo positivo de todas as atividades realizadas pela CCIP no apoio à internacionalização das empresas portuguesas.
Depois de uma primeira e natural fase de adaptação, pós início de pandemia, verificamos agora, em 2021, uma muito maior estabilidade e um claro retorno das empresas portuguesas aos projetos de investimento na internacionalização – e de uma forma mais sustentada.
Entre janeiro e junho levámos a cabo, na CCIP, 15 Missões Empresariais, sendo que, destas, 5 foram presenciais e as restantes virtuais. Acompanhámos 40 empresas no seu processo de internacionalização em 16 geografias diferentes. Para melhor contextualizar, importa ter presente que, durante todo o ano passado, realizámos 16 Missões Empresariais (“apenas” mais uma do que em metade deste ano).
Realizámos também, neste primeiro semestre, 33 consultorias individuais em 27 países, possibilitando que inúmeras empresas conseguissem estar frente a frente com importadores, distribuidores e/ou cliente final. Os resultados já se fazem sentir e muitas destas empresas já estão a fazer mais negócios a nível internacional.
Dos vários países onde se desenrolaram as nossas ações, destacamos a Alemanha, os Emirados Árabes Unidos, Israel, a Polónia, o Egipto, o Panamá e Singapura. Estes foram os países mais solicitados pelos nossos clientes, muito devido às suas características económico-sociais e oportunidades presentes nesses mercados.
Nos primeiros seis meses do ano, a CCIP foi assim responsável por agendar mais de 300 reuniões entre empresas portuguesas e empresas estrangeiras, tanto B2B como B2C.
Para além destes factos, e devido às limitações em que vivemos hoje em dia, na CCIP apostámos em realizar vários eventos online, com o intuito de continuarmos próximos e mantermos o contacto com os nossos parceiros e clientes. Foram 21 ações que tiveram a participação de mais de 1.200 empresários. Estas iniciativas, sempre relacionadas com a temática da internacionalização, tiveram o formato de Meet-the-Market - seminário onde as empresas recebem um conjunto de informação e contexto económico sobre cada mercado e das oportunidades existentes; de Export Mentoring - onde fazemos o diagnóstico da atividade das empresas e o aconselhamento personalizado para a internacionalização; e, ainda, os One-to-One - onde as empresas têm a oportunidade de falar individualmente com um consultor local da CCIP sobre as oportunidades de entrada no mercado em questão.
Para o 2º semestre de 2021 a CCIP espera um aumento significativo das ações internacionais, já confirmado pela muita procura que estamos a ter neste momento!
Conheça as próximas ações internacionais da CCIP através da consulta do Plano de Ações Internacionais 2021
Venha connosco internacionalizar a sua empresa!

A Comissão Europeia lançou o Portal “Access2Markets”, que disponibiliza informação sobre direitos e impostos, procedimentos aduaneiros, requisitos aplicáveis aos produtos e estatísticas de comércio internacional para mais de 120 destinos de exportação.
Esta ferramenta online visa ajudar as PME a:
O Portal integra também uma ferramenta, (Rosa – Rules of Origin Self-Assessment) , que permite às empresas exportadoras fazerem uma autoavaliação do cumprimentos das regras de origem pelos seus produtos, no âmbito dos acordos de livre comércio da UE.
Neste Portal as empresas podem ainda apresentar casos concretos de obstáculos relacionados com o acesso aos mercados, para que a Comissão Europeia possa analisar a denuncia, identificar o problema reportado e desenvolver as ações tidas por relevantes.
Saiba mais sobre esta ferramenta de apoio às PME aqui.

Entre 1 de janeiro e 30 de junho de 2021, Portugal presidiu, pela quarta vez, ao Conselho da União Europeia (UE). Portugal assumiu a Presidência, anteriormente, em 1992, 2000 e 2007. A Presidência do Conselho é exercida em regime rotativo pelos Estados-Membros da UE, por períodos de seis meses.
No âmbito do Tratado de Lisboa de 2009, foi estabelecido que as Presidências passam a ter um programa de trabalho acordado entre os três Estados-Membros que exercem a Presidência consecutivamente trabalhando em estreita cooperação através dos chamados “trios”.
O trio define os objetivos a longo prazo e prepara uma agenda comum que estabelece os temas e questões que o Conselho irá tratar ao longo de um período de 18 meses.
Portugal sucedeu à Alemanha e precedeu à Eslovénia, países com os quais integra o trio de Presidências. Os três países, em conjunto, elaboraram um programa para 18 meses, a partir do qual cada Presidência estabeleceu o seu programa específico, principais prioridades e linhas de ação.
A Presidência portuguesa que trabalhou sob o lema «Tempo de agir: por uma recuperação justa, verde e digital» definiu cinco grandes prioridades com um especial foco numa Europa mais resiliente, social, verde, digital e global, pondo o enfoque na Europa Social.
No dia 1 de julho a Eslovénia, sob o lema: ”Juntos, Resilientes, Europa”, assumiu a Presidência rotativa do Conselho da UE e o programa de trabalho articula-se em torno de quatro domínios principais:
Conheça os resultados da Presidência Portuguesa da UE
Saiba mais sobre as prioridades da Presidência Eslovena da UE

O voo direto que liga Lisboa a Kiev é operado pela WizzAir, uma companhia lowcost que permite a qualquer empresário português estar em 4h30 na capital ucraniana. Chegados a Kiev e devido ao regime atual fizemos um teste rápido pelo valor de 20€ e em 20 minutos obtivemos o resultado. Deparámos-mos com alguma dificuldade em falarem inglês, sempre ultrapassada pela boa vontade, pela capacidade gestual e pela vantagem das novas tecnologias (google translate).
As reuniões individuais para cada empresa ocorreram durante 3 dias, bem preenchidos e com contactos direcionados ao que as empresas portuguesas procuravam. 95% das reuniões tiveram lugar nas sedes das empresas ucranianas, em Kiev, Odessa e Dnipro.
A economia ucraniana está ainda muito assente no setor agrícola, mas com um crescimento exponencial do setor dos serviços (financeiros, consultoria, TI) e também na indústria automóvel e aeronáutica. A apetência por produtos da europa ocidental tem crescido muito e as camadas mais jovens idolatram as marcas conhecidas em todo mundo.
A relação conturbada com a Rússia tem afastado mais investimento estrangeiro do país, mas notou-se uma presença forte de empresas alemãs, francesas, italianas e espanholas, maioritariamente. A mão de obra barata, a boa formação de alguns quadros e a dimensão do país, tem atraído diversas empresas internacionais para a Ucrânia.
O feedback dos responsáveis com quem as empresas portuguesas reuniram, conhecem Portugal e a imagem é sempre positiva – a comunidade ucraniana em Portugal (em geral) tem beneficiado de uma excelente integração e reconhecem a nossa hospitalidade e qualidade dos nossos produtos e serviços. O “nosso” Cristiano Ronaldo apareceu muitas vezes nas conversas e é um ótimo “quebra-gelo”.
Percorremos também alguns supermercados e lojas de produtos alimentares e decoração e a presença portuguesa já se faz sentir ligeiramente, com vinhos, conservas e azeites na sua maioria, mas também alguma cerâmica e têxteis-lar. Existe naturalmente muito espaço para aumentar a diversidade e a quantidade de produtos portugueses neste mercado, aproveitando a boa conotação que o nosso país tem por lá.
E a CCIP cá estará para, como sempre, apoiar as empresas nesse processo e aumentar as exportações portuguesas. Contem connosco!
Consulte o nosso plano de ações internacionais.

Autor: Pedro Magalhães, Diretor de Comércio Internacional da Câmara de Comércio e Indústria Portuguesa

Este mês de julho, a Câmara de Comércio selecionou a Ucrânia para aquela que foi a 6ª Missão Empresarial em 2021.
A Ucrânia é um mercado que faz fronteira entre a Europa e a Rússia, assumindo uma enorme importância estratégica em termos de localização, cultura e, consequentemente, consumo. Foi por estas e outras razões que várias empresas portuguesas aceitaram o desafio e integraram a Missão Empresarial em busca de novos negócios.
No âmbito desta viagem de negócios, a CCIP preparou agendas com mais de 7 reuniões individuais para cada uma das empresas participantes com atividade no setor da produção de vinhos, veículos, engarrafamento de águas e novas tecnologias.
De 12 a 15 de julho, os empresários participantes realizaram reuniões individuais de negócios com empresas ucranianas, previamente aprovadas por cada um. Desta forma a CCIP garante que cada empresa tem um conjunto de reuniões com empresas com interesse efetivo. No decorrer da viagem, houve ainda um encontro com o Embaixador de Portugal em Kiev, António Vasco Alves Machado.
Conheça as próximas Missões Empresariais no nosso Plano de Ações Internacionais 2021.

Artigo de Bruno Bobone, Presidente da CCIP, na sua rúbrica semanal no Diário de Notícias.
A grande arma do ditador é o medo que consegue infligir na população que, por lhe faltar a coragem, aceita sem reclamar tudo aquilo que lhe é imposto.
E nós devíamos saber disto. Com tudo o que fizemos para manter vivo o monstro da ditadura - que nos foi condicionando em quase todas as decisões políticas da vida nacional durante os últimos 47 anos, sempre falando do grande mal da censura e do clima de terror da polícia política - não se compreende como esquecemos que foi a coragem de alguns que permitiu sempre fazer de Portugal um país que serve os seus cidadãos.
Ao longo daqueles mesmos 47 anos fomos assistindo a uma diminuição da valentia de quem nos liderava, sempre motivados por ideais de liberdade e de desenvolvimento, tornando esses mesmos valores numa mera moeda de troca para mantermos o comodismo das nossas vidas.
Eis senão quando, chega a pandemia e apanha-nos num momento de marasmo e de torpor que apenas nos permite aceitar comprometer a nossa liberdade, já bastante toldada, para que não fôssemos tão prejudicados pelo vírus com que nos confrontámos.
Na verdade, aceitámos de tudo. Desde a ideia de que podemos ficar em casa sem nos preocuparmos com a sobrevivência dos outros, à decisão de matar algumas atividades porque ninguém se querer dar ao trabalho de pensar como poderiam continuar com as condições mínimas que lhes assegurassem qualidade e segurança.
Mas já tínhamos antes percorrido algum deste caminho ao admitir uma nova forma de censura que nos é imposta por alguns partidos de esquerda, que não nos deixam dizer aquilo que pensamos, exigindo que tenhamos apenas uma opinião sobre qualquer tema que seja discutido. Os mesmos partidos que defendem a todo o custo a igualdade das mulheres e que defendem ao êxtase a prevalência da cultura muçulmana sobre a cristã, onde esses valores são inexistentes.
Partidos que são a favor do aborto e da eutanásia, mas que se revoltam se alguém tentar matar um animal por estar a sofrer. Partidos que dizem defender a democracia, mas não têm uma palavra para condenar a sua falta em Cuba. Que nos querem impor a ideia de que estamos num país essencialmente racista, quando foi sempre reconhecida a cultura de miscigenação que o país sempre promoveu e que os portugueses sempre praticaram. Um povo que tem na sua quase totalidade sangue judeu e muçulmano e em muita da sua população sangue indiano e africano, para além de sangue cigano. Um país com um primeiro-ministro de origem indiana, uma ministra da justiça angolana e ministros de diferentes origens raciais.
Partidos e militantes que se reveem em dirigentes que vão à televisão para uma entrevista e que pura e simplesmente se focam em atacar agressivamente o seu entrevistador por ter uma opinião diferente da sua - que será naturalmente a verdade absoluta - como aconteceu nesta semana com o ministro Pedro Nuno Santos. Atitude de falta de educação que ele próprio reconheceu...
Atitudes totalitaristas que nos deixam sempre com a sensação de que a proposta desta esquerda é uma mera destruição de valores, pela exclusiva vontade de ser disruptivo, não sabendo sequer como propor uma nova forma de sociedade.
Um verdadeiro fascismo da esquerda que tem o condão de despertar naqueles que nele não se reveem uma vontade de criar o oposto político, que acabará sempre por ser a proposta de uma ditadura da direita.
Ser livre é a maior felicidade que temos e o valor mais importante para o nosso desenvolvimento como pessoas.
Não podemos ter medo: unidos lutemos para evitar acabar em ditadura.

No dia 8 de julho de 2021, o Embaixador da Hungria, Miklós Tamas Halmai, foi recebido na Câmara de Comércio e Indústria Portuguesa pelo Presidente da CCIP, Bruno Bobone.
Esta visita teve como objetivo estreitar as relações económicas entre os dois países e apresentar as oportunidades de negócio na Hungria para as empresas portuguesas, bem como as oportunidades que Portugal pode representar para empresa húngaras com vista à dinamização do comércio bilateral.
O Embaixador Miklós Tamas Halmai ingressou nos quadros do Ministério dos Negócios Estrangeiros húngaro em 2003 e apresentou credenciais ao Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, em setembro de 2019.

No passado dia 1 de julho entraram em vigor novas regras, em matéria de IVA, aplicáveis às compras “online”. Uma das mudanças é o fim da isenção do IVA para compras extracomunitárias, de valor inferior a 22 euros, sendo também aplicáveis taxas aduaneiras e alfandegárias em compras acima dos 150 euros.
Para efeitos fiscais e no que respeita à aplicação de taxas aduaneiras e alfandegárias é considerada a origem do envio da mercadoria, e não o país onde está sedeada a loja “online”. Muitos sites têm morada em países da União Europeia, mas as mercadorias poderão ser enviadas diretamente dos países onde foram produzidas.
As alterações entraram em vigor, em simultâneo, nos 27 países da UE e resultam de uma diretiva comunitária.
Em comunicado, a Comissão Europeia, refere que as novas regras em matéria de IVA, para o comércio eletrónico, visam assegurar condições de concorrência mais equitativas para todas as empresas, simplificar o comércio eletrónico transfronteiras e aumentar a transparência para os compradores da UE no que diz respeito aos preços e à escolha dos consumidores.
Saiba mais aqui sobre o que muda.

Artigo de Bruno Bobone, Presidente da CCIP, na sua rúbrica semanal no Diário de Notícias.
Falta-nos participar nas decisões que nos importam. Falta-nos a vontade de mandar nos acontecimentos, de tomar as nossas oportunidades, de influenciar as normas que nos impõem, de sermos donos da nossa vida e do nosso destino.
Era essa a convicção de quem lutou para trazer a democracia às nossas vidas: para que pudéssemos ser parte da decisão e podermos influenciar a sociedade em que vivemos.
Pois bem, com abstenções nas eleições que passam os 60% é fácil de compreender que a população não quer saber daquilo que lhe pode acontecer.
Alguns dirão que não vale a pena, que os políticos são todos iguais; outros pensarão que é porque tudo se decide a favor de um Estado que não se preocupa com as pessoas; outros ainda que é de Bruxelas que vem a direção e que tanto faz aquilo que aconteça. E todos se abstêm de se envolver naquilo que seria natural e que pode verdadeiramente servir para melhorar as suas vidas e mudar a qualidade com que se vive em Portugal.
É verdade que tanto os partidos políticos como todos aqueles que por dentro os fazem viver e existir têm sido sempre os promotores de um distanciamento cada vez maior entre a população e o poder político. É verdade que para que eles continuem a mandar têm de conseguir que o povo fique anestesiado.
Mas é verdade também que está nas nossas mãos a possibilidade de mudar tudo isso, aumentando a nossa participação cívica - pelo menos indo votar.
Vai ser muito difícil conseguir mudar estas convicções, e está aberto caminho para soluções populistas. O que nem sequer é completamente negativo, considerando que poderão provocar o regresso à participação das pessoas que se tinham desligado da atividade pública.
Por outro lado, são soluções dramáticas que levam ao caos e ao autoritarismo - legitimadas e insufladas pelo descrédito das lideranças oportunistas, desligadas do real.
O que nos falta é encontrar quem represente uma alternativa que nos encha de esperança sobre o futuro, que justifique sairmos à rua e lutar para voltar a pertencer. A pertencer aos que conduzem Portugal, aos que acreditam que seremos melhores se participarmos todos. Que nos dê o alento de agradecer o que temos, apesar de aspirarmos a mais.
É preciso travar esta melancolia do presente. Amanhã será tarde.

Durante a Presidência Portuguesa do Conselho da União Europeia decorreu, no dia 8 de maio, por videoconferência, uma reunião de dirigentes da UE e da Índia com o objetivo de aprofundar as potencialidades existentes entre ambas as partes, em particular ao nível da cooperação, do comércio e do investimento.
Por ocasião desta reunião os dirigentes UE-Índia celebraram uma Parceria de Conetividade abrangente, confirmando o seu empenho em colaborar no apoio a uma conetividade resiliente e sustentável, tanto na Índia como noutras regiões e países terceiros, incluindo em África, na Ásia Central e no Indo-Pacífico.
Esta reunião veio dar um novo impeto às relações económicas e comerciais bilaterais, tendo sido acordado:
O comércio bilateral de bens e serviços (2019) totalizou 110,4 mil milhões de euros, enquanto o Investimento Direto Estrangeiro (IDE) acumulado ultrapassa 75 mil milhões de euros. Cerca de 6.000 empresas da UE estão presentes na Índia, fornecendo emprego direto e indireto a cerca de 6,7 milhões de pessoas.
No contexto do comércio internacional português a Índia, ocupa o 40º lugar no destino das exportações portuguesas de bens e serviços que, em 2020, alcançaram 747 milhões de euros. De acordo com os dados mais recentes, do Instituto Nacional de Estatística, 800 empresas portuguesas exportam para este mercado.
Em paralelo, a CCIP em colaboração com a EUROCHAMBRES, o India IP SME Helpdesk e o Business Support to the UE-India Policy Dialogue, organizou, no dia 4 de maio, o webinar “PME Europeias a Caminho da Índia: Propriedade Intelectual, Oportunidades de Negócios e Desafios”.
Este evento online teve por objetivo dar a conhecer às empresas a melhor estratégia para proteger a sua Propriedade Intelectual ao fazer negócios na Índia, com foco especial na proteção jurídica da inovação, bem como as oportunidades de negócio disponíveis e o apoio oferecido às empresas, em particular nos setores do meio ambiente, da urbanização, da energia e alterações climáticas e das tecnologias de informação e comunicação.
Infografia: Relações comerciais UE-India
Principais resultados da reunião dos dirigentes da UE e da India

Artigo de Bruno Bobone, Presidente da CCIP, na sua rúbrica semanal no Diário de Notícias.
Quatrocentos mil novos pobres em Portugal por causa das medidas de combate à pandemia!
E ainda ninguém veio a público dizer que isto também é uma calamidade e que também é fundamental tratar deste assunto como uma emergência.
Durante um ano e meio cuidámos da resistência a um vírus - que teve uma letalidade que atingiu um número de mortos na ordem dos 17 mil - e que, felizmente, já não tem o mesmo impacto nem gravidade, uma vez que a grande maioria das pessoas de risco estão vacinadas.
Hoje é o tempo de tratar de todos quantos colocámos em situação de sofrimento. E precisamos de salvar todos aqueles que necessitam de toda a nossa atenção para voltarem a viver com um mínimo de dignidade e de respeito.
Foram eles que sacrificámos para que a maioria ficasse bem: para que todos os que precisaram - ou apenas aproveitaram - pudessem ficar em casa. Foram aqueles que não podiam ter parado quem ainda hoje estão a ser prejudicados pelas decisões erróneas da ministra da Saúde e dos governantes deste nosso país, que teimam em acrescentar sofrimento sem benefício para quem já tanto pagou, e que não podem fazer os seus negócios nem podem voltar à vida.
São os que verdadeiramente levam o país para a frente com o seu trabalho nas empresas quem cria a riqueza que permite ao Estado pagar as soluções para enfrentar a pandemia. São esses que ficaram sem parte ou a totalidade do seu ordenado para sustentar um aparelho público e manter os seus funcionários em casa sem perda de rendimento e recebendo o seu subsídio de alimentação, e muitos deles sem sequer estarem em teletrabalho.
E agora, que precisam que nos preocupemos com eles, não ouvimos sequer uma palavra deste mesmo Estado no sentido de os proteger, de lhes dar uma mão e de lhes permitir voltar a viver.
Mas é mesmo assim este Estado que esconde aqueles que prevaricam e só intervém quando é obrigado a fazer. Aconteceu com o Ihor, mas aconteceu também nos fogos e no desaparecimento das armas. Esperemos que não seja também o caso do Nuno, morto na autoestrada, sem se tornar público o que verdadeiramente aconteceu.
É este Estado que continua a decidir confinar Lisboa, prejudicando todos os que aí têm negócios, levando todos os lisboetas a almoçar e a comprar nos concelhos limítrofes.
Fechando atividades que já não têm onde ir buscar forças para continuar e condenando-as a uma entrada forçada na pobreza.
E tudo em prol de uma visão ideológica que, pelos resultados obtidos, não pode deixar de ser uma ideologia errada e prejudicial a Portugal e aos seus cidadãos.
É tempo de ter coragem e de defender aqueles que agora precisam de nós. Todos os que perderam o seu sustento e que a sociedade tenderá a esquecer e a deixar para trás, porque, entretanto, os substituirá nas suas funções por outros que saíram desta crise sem sofrimento.
Chega de fingir que nos preocupamos e chega de defender aqueles que estão menos expostos.
Vamos cuidar e ajudar aqueles que verdadeiramente precisam agora da nossa atenção.
Tenhamos coragem de servir a quem nos serviu e tirá-los desta calamidade.

Artigo de Bruno Bobone, Presidente da CCIP, na sua rúbrica semanal no Diário de Notícias.
Assistimos nas últimas duas semanas a uma disputa entre os principais responsáveis dos destinos do nosso país.
Depois de um ano e meio de grande sofrimento tanto pessoal como económico, em que fomos sendo confrontados com medidas extraordinárias que condicionaram as nossas vidas e que muitas vezes foram totalmente erráticas e voluntaristas, e chegados agora a um tempo em que a pandemia já não afeta da mesma maneira a saúde pública, somos confrontados com atitudes de afirmação pessoal e de utilidade duvidosa.
Já todos sabemos que, se em vez de fecharmos os supermercados às 13 horas no fim de semana, tivéssemos protegido os portugueses de mais de 70 anos, o resultado desta pandemia não teria sido aquele que foi. Já nesse momento a opção foi manifestamente ditada por questões ideológicas, em que se considerou ser mais importante afirmar que há igualdade entre novos e velhos do que defender os mais vulneráveis numa situação de crise muito grave.
Ainda assim, o povo deste país, sempre pronto a desculpar os erros de quem tem responsabilidades - a pior das maldições para qualquer português, pois todos sabemos que não há como ser capaz de assumir responsabilidades - foi compreensivo e cumpridor e nem sequer se revoltou por ter perdido significativamente a sua já parca qualidade de vida e permitiu que continuassem a governar-nos todos os que foram sendo responsáveis por grande parte dos nossos problemas.
Desde a certeza de que este vírus dificilmente chegaria à Europa e da certeza de que a utilização de máscaras seria sempre mais prejudicial à contenção do mesmo, até à incompetência da fase inicial da vacinação em que, uma vez mais, a questão ideológica nos obrigou a aceitar que pessoas manifestamente incompetentes tomassem a seu cargo a maior responsabilidade no combate ao maior mal que afetava a comunidade portuguesa, tudo tivemos de aceitar sob a desculpa de que tudo isto é novo e que ninguém poderia saber como fazer melhor.
Tudo isto aguentámos a bem de Portugal e da união dos portugueses.
Eis senão quando, passada a maior gravidade do problema, quando já estão vacinados os grupos de risco, quando a saúde pública, importantíssima, está estabilizada e podemos e devemos voltar a tratar da saúde económica do nosso país, os nossos líderes entram numa pequena questão de poder e decidem de novo pôr tudo em causa para marcar uma posição de força relativa entre eles e afirmar quem manda em Portugal.
Defeito claro do excesso de poder que resgataram durante a pandemia, em que puderam, sem escrutínio, decidir retirar-nos as liberdades fundamentais que estão previstas na constituição e pelas quais nos batemos durante tantos anos para as conseguir.
Não é justo que seja permitido ao poder político, escudando-se numa pretensa calamidade que neste momento não existe, voltar a tomar atitudes ditatoriais sobre a nossa forma de viver. E isto é tanto mais assim quanto as medidas agora adotadas não têm qualquer vantagem no combate ao vírus que lhes serve de argumento.
Ao fechar durante o fim de semana uma zona como a Área Metropolitana de Lisboa, não se está a conter a disseminação do vírus. O teletrabalho torna possível antecipar o fim de semana com a saída de casa na sexta-feira de manhã, trabalhando esse dia no local de destino e pondo em causa o controlo sobre o contágio.
Por outro lado, o fecho dos restaurantes às 22h30 não tem efeito sobre a disseminação do vírus, mas tem um enorme efeito sobre os prejuízos de um negócio que sofreu absurdamente durante o confinamento.
Senhores políticos, por favor deixem de brincar com a vida dos portugueses.
Ajudem verdadeiramente o país a sair deste drama e não queiram ganhar à conta do nosso sofrimento.
O dono da bola somos nós. Respeitem-nos!

O grupo Tinsa é a maior empresa de avaliações imobiliárias na Europa e na América Latina, estando igualmente já presente em Africa.
Fundiu-se em 2019 com a PVW, fundada em 2003, que já liderava a atividade em Portugal e que passou a fazer parte do grupo.
A nova PVWTINSA tem escritórios em Lisboa no Porto e no Algarve e conta com a maior rede nacional de avaliadores CMVM.
Mais de três milhões de avaliações anuais em três continentes levam a assinatura da Tinsa, sendo que mais de 2 milhões são geradas com apoio adicional de soluções digitais e bases de dados próprias ou utilizando modelos de avaliação automatizados ou software de avaliação especializado.
Liderança digital e internacionalização são os dois principais pilares da estratégia da TINSA.
Com uma presença já muito forte junto das instituições financeiras a aposta da PVW TINSA tem sido nas empresas, prestando cada vez mais serviços de avaliação de ativos imobiliários e mobiliários para efeitos contabilísticos, renegociações de créditos, determinação de preços de transferência, atualização de valores de ativos que estavam a custo histórico no balanço e apoiando processos de fusões e aquisições ou de tomada de decisão.
É para este novo mercado que nos temos vindo a dirigir, efetuando já muitas avaliações para empresas bem conhecidas onde os imóveis estavam com valores que não refletiam a realidade de uma maior solidez espelhada nas contas e nas demostrações financeiras.
A CCIP tem assumido um papel preponderante na nossa maior visibilidade junto do mundo empresarial e sabemos que poderemos continuar a contar com esse imprescindível apoio.
José Manuel Morgado
Managing Partner

Os empresários portugueses sentem múltiplos desafios nas reuniões internacionais, seja pela cultura, domínio da língua ou dificuldade de negócios.
Desafiámos Helga Stewart a partilhar algumas dicas e sugestões práticas para a realização de uma reunião comercial bem-sucedida.
Helga Stewart é fundadora da Lead-Results e especialista na aceleração de vendas B2B. Responde aos desafios que a prospeção de novos clientes representa para os responsáveis pelo crescimento do negócio.
É a primeira e única especialista de vendas em Portugal certificada "Fellow" pelo Institute of Sales Management (ISM) do Reino Unido, o nível mais elevado de reconhecimento de excelência no setor.
Capacita empresários e profissionais comerciais, destacando-se pela sua abordagem prática. O seu know-how de uma experiência profissional on-the-job internacional de 21 anos traduz-se em perspetivas testadas, frescas e inovadoras e boas práticas certificadas pelos padrões de qualidade mais rigorosos internacionalmente.
Atualmente docente na Nova SBE Executive Education e Coordenadora Científica dos seus programas de Vendas B2B é também a Diretora Executiva do Nova SBE Sales Lab.
Existem diversos fatores que influenciam uma conversa comercial. Helga Stewart destaca o saber transmitir e comunicar com o cliente.
Durante a conversa é necessário escutar para perceber qual a realidade, riscos e os resultados que pretende alcançar. O foco da reunião deverá ser o problema (dor/necessidade) apresentado pelo cliente e a resolução do mesmo.
Os maiores desafios das reuniões virtuais passam pela dificuldade criar envolvimento, nomeadamente pelo baixo nível de atenção e os diversos elementos que podem ser fatores de distração por parte do cliente. Para evitar a situação é importante que a conversa seja moderada, diferenciadora, memorável e impactante!
A atenção do cliente é fulcral e, para isso, é necessário adaptar e simplificar o discurso ao potencial cliente e manter o foco no tema da reunião. Deve manter em mente a necessidade de transmitir uma mensagem relevante e que gere confiança e segurança.
Estimular o envolvimento do cliente é muito importante para a realização de uma reunião comercial. A CEO da Lead Results partilhou algumas dicas, entre elas: a preparação da reunião através de um e-mail direcionado para o cliente e a criação de expectativa e controlo na reunião.
A linguagem corporal é um tipo de comunicação não-verbal, estando presente em gestos, postura e expressões faciais. A análise destes fatores relevante pois permite perceber o que o cliente está a sentir e adaptar o discurso ao momento.
Helga Stewart foi oradora na 7ª edição do Bootcamp Internacional, onde ministrou o workshop “Como fazer uma reunião comercial em diferentes cantos do mundo”. Descubra as dicas e sugestões práticas partilhadas pela oradora aqui.

No segundo semestre de 2021, a Câmara de Comércio continua a apostar em mercados considerados menos tradicionais, para trazer uma maior diversificação de oportunidades para as empresas portuguesas: Marrocos, Emirados Árabes Unidos, Cazaquistão, Israel, Rússia, China, Suécia, Escandinávia e Peru são alguns desses exemplos.
Este Plano foi estrategicamente construído a pensar nos objetivos e desafios das empresas portuguesas de diversos setores de atividade, com o objetivo apoiarmos a expansão dos negócios a nível internacional.
Conheça as próximas iniciativas internacionais aqui!
Para qualquer esclarecimento, por favor contacte: internacional@ccip.pt ou 213 224 067

Com o objetivo de estar ao lado das empresas portuguesas nos seus processos de expansão internacional, a CCIP organizou uma Missão Empresarial à Polónia de 20 a 24 de junho de 2021.
Em conjunto com uma equipa de consultores locais, especialistas neste mercado, a Câmara de Comércio preparou agendas de reuniões para empresas portuguesas no setor têxtil, indústria automóvel, consultoria de IT e dispositivos médicos. Para cada uma das empresas portuguesas participantes, foram selecionadas as empresas polacas mais interessantes e adequadas, para que cada participante pudesse pré-selecionar as que mais lhe interessavam, de acordo com os seus objetivos específicos para este mercado. No final, cada empresa portuguesa ficou com a sua agenda de reuniões individual, previamente aprovada.
As Missões Empresariais da Câmara de Comércio têm mostrado ser uma mais-valia para as empresas participantes, quer para o estabelecimento de contactos com empresas locais, que de outra forma seria mais demorado e custoso, quer pelo apoio da CCIP durante toda a Missão. O acompanhamento da CCIP tem demonstrado ser uma mais valia para as empresas, com taxas de satisfação acima dos 90%.
Consulte o nosso Plano de Ações Internacionais 2021 para saber onde vamos a seguir. Acompanha-nos na próxima Missão?

Artigo de Bruno Bobone, Presidente da CCIP, na sua rúbrica semanal no Diário de Notícias.
Vivemos num tempo em que o "agora" comanda as nossas vidas e esquecemo-nos de que é na continuidade que construímos a nossa felicidade. Tudo decidimos pelo resultado que esperamos obter o mais rapidamente possível e com esta atitude comprometemos qualquer hipótese de um futuro melhor. Um projeto de vida é absolutamente indispensável para podermos caminhar e construir a nossa passagem na Terra. Não é difícil dar exemplos desta realidade nas mais diferentes componentes da nossa vida. Seja na educação dos nossos filhos, na escolha do emprego, na opção dos nossos investimentos ou nas nossas escolhas políticas. Para sabermos medir o nosso sucesso em qualquer daquelas vertentes temos de estabelecer objetivos para cada uma delas. E para conseguir atingir aqueles objetivos temos de planear o nosso caminho. É exatamente isso que não fazemos hoje.
Estamos nas vésperas de novo período eleitoral com decisões que afetarão as nossas vidas nos próximos quatro anos e, uma vez mais, corremos o risco de decidir sem pensar no que mais importa:
Quem são as pessoas em quem vamos votar?
O que pensam essas pessoas sobre a vida dos portugueses?
Em que é que acreditam como valores da sua conduta?
Como veem o futuro do nosso país?
Que objetivos colocam e que caminho escolhem para aí chegar?
Pelo contrário, escolheremos aquele que parece dar-nos mais benefícios no imediato, que parece mais simpático, ou apenas aquele que é apoiado pelo partido em que temos votado, sem sequer sabermos se representa os seus ideais. Com este caminho continuaremos cada vez mais a comprometer a qualidade das nossas escolhas, permitindo o crescimento das soluções populistas com promessas de resultados imediatos, sempre conseguidos à custa de irremediáveis prejuízos futuros. O resultado destas opções será sempre uma situação catastrófica que terá de ser resolvida com uma solução de governo forte e de liberdades diminuídas. É por isso que acredito ser este o momento de voltar a tratar de nós com maior preocupação, aplicando mais tempo à análise dos candidatos e à sua proposta de ação para o cargo que pretendem desempenhar. É fundamental conseguir exigir a cada candidato que venha a público explicar aquilo que pretende fazer e é essencial podermos distinguir sobre a qualidade desses candidatos e dessas propostas. Por isso é indispensável pedir um debate, aberto e acessível ao público, entre os candidatos que permita a cada um expor as suas ideias, que permita também serem questionados sobre essas ideias e propostas, de forma que fique claro aquilo que podemos esperar da sua atuação. Mas é também essencial que os eleitores compreendam a importância desta oportunidade para que seja verdadeiramente melhorada a nossa escolha. Eu quero ouvir um debate entre Medina e Moedas, mas todos os restantes eleitores devem exigir ouvir os candidatos da sua região para que depois possamos avaliar a sua performance e os seus resultados.
Todos reconhecem que o mundo precisa de mudar e que a pandemia nos ajudou a compreender o que temos de fazer diferente. Para mim é claro que a mudança está na qualidade de quem nos dirige e na responsabilidade que assume perante o nosso futuro. Para isso temos de escolher bem para exigir melhor.

Artigo de Bruno Bobone, Presidente da CCIP, na sua rúbrica semanal no Diário de Notícias.
Foi há já 47 anos que vivemos um momento único de celebração de liberdade.
Muitos foram os que se bateram por esse momento, desde os que o fizeram dentro do sistema que dominava o país - através da sua influência para alterar o próprio sistema - até aos que viveram na clandestinidade - lutando e arriscando muito - para conseguir mudar aquilo que não estava bem e que era, essencialmente, a falta de liberdade.
Uma pessoa nunca poderá ser feliz se não puder viver em liberdade.
De imediato, os partidos mais à esquerda pretenderam assumir a propriedade dessa liberdade, assumindo-se como os verdadeiros detentores do poder de julgar tudo aquilo que seria ou não aceite como integrante dos seus conceitos.
Começou aí, desde o início, o erro da nossa democracia. Havia em Portugal uns que tinham mais direitos do que os outros. Os que sabiam e que podiam decidir sobre aquilo que é liberdade e o que o não é. Uma posição dominada por uma minoria de pretensos intelectuais da democracia que se autopromoveram a essa função.
E assim fomos vivendo durante estes 47 anos, sujeitos a uma ditadura de opinião que não permitia a existência de partidos de extrema-direita, mas que admite como defensores da liberdade partidos de extrema-esquerda que defenderam e defendem regimes políticos que não admitem qualquer princípio de democracia nos seus países-modelo.
Mas o povo é sereno e de brandos costumes, por isso lá foi mantendo na liderança dos seus governos os partidos que representavam a defesa de uma visão do mundo plural, sem se preocupar demasiado com esses autocratas da democracia.
E o hábito de "deixar andar" com que temos levado a nossa vida política garantiu a continuidade desta indiferença perigosa, que um dia nos vai trazer dissabores.
Mas em 2015, um destes partidos, num momento de necessidade de assumir uma visão mais pragmática da vida política portuguesa, decidiu abrir a governação aos partidos que verdadeiramente não têm qualquer convicção de liberdade.
É a partir desta decisão que se começa a questionar a situação em que vivia a democracia portuguesa, o seu desequilíbrio esquerdista, a inimputabilidade daqueles que se foram assumindo como os donos do regime, que teve em Otelo o seu expoente mais vergonhoso.
É também a partir deste momento que a direita mais extremista se assume e aparece a propor alternativas de comportamentos que têm acolhimento em parte da população, o que é fácil de compreender, e que resulta de uma reação natural ao peso dos que se foram mantendo como os detentores da verdade.
Esta manifestação de vontade de mudar e de sair da dependência dos pretensos sábios da democracia levou toda a esquerda mais radical a assumir aquilo que a caracteriza de verdade, começando a tentar controlar o sistema através de uma censura, que começou nos jornais e na opinião pública.
É muito grave esta primeira manifestação clara da intenção dos que se sentem ameaçados por não conseguirem mais manter o domínio da realidade política do nosso país, que mais não fazem do que repetir tudo aquilo que se passou em todas as tomadas de poder ditatorial na história, seja pelos extremos da direita ou da esquerda.
A nossa indiferença manteve-se e nem sequer nos demos conta, nem as pessoas nem - espante-se - os partidos políticos, de que aprovámos no parlamento legislação que permite decidir qual é a "verdade" aceite pelo sistema:
"O Estado apoia a criação de estruturas de verificação de factos por órgãos de comunicação social devidamente registados e incentiva a atribuição de selos de qualidade por entidades fidedignas dotadas do estatuto de utilidade pública" (artigo 6.º, n.º 6 da Lei 27/2021).
"Entidades fidedignas"?
"Selos de qualidade"?
"Estruturas de verificação" com o apoio do Estado?
A censura vem sempre com a capa de servir a liberdade e acaba sempre com a sua supressão.
A censura é o pior inimigo da liberdade. A censura é um produto do medo. Mas só o medo nos tira a liberdade.
Não tenham medo e gritem comigo: por favor, não me tirem a liberdade!

Artigo de Bruno Bobone, Presidente da CCIP, na sua rúbrica semanal no Diário de Notícias.
Dei-me conta nesta semana de que, para além da estirpe inglesa, da sul-africana, da brasileira, da indiana e da chinesa - que não se pode chamar assim -, há uma estirpe muito mais difícil de combater e dominar pela sua capacidade criativa.
É a estirpe portuguesa!
Ao contrário das restantes, esta estirpe tem características muito específicas e é muito sensível às regiões em que se instala.
Por exemplo, é, ao contrário de todas as outras, uma estirpe que começa o seu trabalho noturno cerca das 23h00, razão pela qual os nossos restaurantes têm de fechar as suas portas pelas 22h30, de modo que os clientes cheguem a casa em segurança antes que o vírus pegue ao serviço.
É também uma estirpe que se tornou, ao contrário da inglesa, fanática pelos jogos de futebol, o que não permite ao cidadão português, amante de bola, ir ao estádio. Pela razão oposta da estirpe inglesa, demasiado snob para desportos populares, e que deixa os sortudos cidadãos britânicos livres de qualquer impedimento de se deleitarem com os jogos dos seus clubes de eleição.
Por outro lado, a nossa estirpe é politicamente favorável à regionalização. Na cidade do Porto nunca ataca as pessoas que estejam à noite na rua a festejar os santos populares, não sendo ainda certo se atacará mais a partir das 23 horas ou se, neste caso, abdica de qualquer atividade noturna.
Em Lisboa, o vírus tem uma reação totalmente em linha com o seu dia-a-dia, não alterando o seu comportamento nem se deixando seduzir nem pela santidade nem pelo popular, que hoje tanto move os políticos.
Mas este sentimento regionalista não é só devido à época de festejos dos padroeiros, visto que já na experiência vivida nos restaurantes do Porto e de Lisboa se vinha a verificar esta alteração dos comportamentos virais.
Num restaurante do Porto as pessoas nunca podem sentar-se frente a frente, obrigando a que a conversa seja feita de cara à banda. Não há qualquer alteração no tipo de contacto pois, naturalmente, as pessoas estando lado a lado continuam a falar viradas uma para a outra mantendo exatamente igual a probabilidade de contaminação que ocorre nos restaurantes de Lisboa, em que a única vantagem é a de não se correr o risco de sair do almoço, ou do jantar, com um valente torcicolo.
Provavelmente, penso que ainda não foi confirmado, a estirpe portuguesa chegando ao Porto torna-se menos arguta e pode ser enganada pela disposição dos lugares na mesa, que dão a impressão de que um não está a almoçar com o outro e assim não se dissemina a doença.
Mas uma das mais importantes diferenças desta nossa estirpe lusa é o seu comportamento extraordinário como medicina preventiva. Num tempo em que estamos cada vez mais cientes do efeito do sol no desenvolvimento de doenças cancerígenas e em que não tivemos a mesma capacidade de deteção desses tumores devido ao constrangimento criado pela pandemia, o vírus decidiu que a praia será um dos locais de maior incidência das suas atividades. É de referir que a sua preocupação com a saúde dos portugueses é tão forte que nem sequer a questão de a praia se encontrar ao ar livre terá qualquer influência sobre a ineficácia da sua virilidade.
Meus caros amigos, sejamos razoáveis!
Não podemos continuar a criticar os nossos dirigentes por todas as dificuldades que tiveram em determinar critérios para combater este vírus que foi letal essencialmente para determinados tipos de grupos que não foram nunca protegidos, porque não podemos, em democracia, diferenciar entre pessoas, quando este vírus decidiu escolher Portugal para ser o seu local de maior criatividade.
Como quase diz o nosso fado: tudo isto existe, tudo isto é triste, tudo isto é parvo!

Ao longo dos dois dias, os participantes assistiram a 15 sessões entre conferências, workshops e mesas redondas sobre temas tão variados como internacionalizar a marca Portugal, apoios e incentivos às empresas, como fazer uma reunião comercial em diferentes cantos do mundo, entre outros.
Todo o evento decorreu de forma digital e, para permitir uma experiência melhorada, foi desenvolvida uma WebApp que permitia, entre outras funcionalidades:
Quando questionados sobre o interesse em participar noutros eventos semelhantes, 100% dos respondentes confirmaram o interesse!
| 13 | 402 | 1413 | 379 |
| marcas na área de exposição | participantes | mensagens trocadas | medalhas conquistadas |
"Gostei de ter participado. As minhas dores são as mesmas de outros e se eles já venceram eu também vou vencer. Abri três leads, agora vamos trabalhar para a concretização."
"Parabéns pelo vosso sempre profissionalismo, dedicação, qualidade técnica e desenvoltura corporativa."
"O evento foi recheado de temas muito interessantes associados a participações de profissionais de diversos sectores o que enriqueceu a análise de cada um dos temas apresentados."
"Adoro os vossos bootcamps!"