Missao-Mexico-Nov 2018

Depois de várias Missões Empresariais de sucesso, a Câmara de Comércio está novamente no México a acompanhar uma Missão Multissectorial, que está a decorrer desde dia 11 e terminará dia 16 de Novembro.

A delegação, acompanhada pelo Director de Relações Internacionais, Pedro Magalhães, conta com 5 participantes de empresas portuguesas de diferentes sectores. Para cada empresa foi construída uma agenda de reuniões individuais, personalizada, feita à medida das necessidades das empresas, em conjunto com os parceiros locais da CCIP.

Nesta edição, contamos com empresas de sectores como produção de vinho, moldes e injecção de plástico, abrasivos e robótica.

BB EXPRESSO DESTAQUE

“O risco, a acção de empreender projectos novos e entrar em terrenos proibidos, abandonando as nossas zonas de conforto, são factores que contribuem para a criação de valor. Criam valor porque todas as atitudes arriscadas e corajosas têm sempre um efeito de contágio social cujo impacto final é muitas vezes impossível medir ou antecipar.”

Num dos mais recentes artigos do Presidente da CCIP, Bruno Bobone fala da necessidade de se criar, cada vez mais, uma cultura que promova o empreendedorismo e entenda os erros e fracassos como uma forma de aprendizagem.

Um estudo de 2016, apoiado pela Allianz Kulturstiftung, identificou uma tendência positiva de Portugal, classificando Lisboa como o quinto ecossistema de start-ups com melhores resultados na Europa, à frente de outras capitais como Estocolmo e Dublin.

Na opinião do Presidente da CCIP, os factores que têm impulsionado esta mudança estão relacionados com o desenvolvimento de um novo espírito empreendedor e com a mudança de natureza estrutural das empresas. Se antes “muitos jovens recém-licenciados nas áreas de economia, gestão ou engenharia tinham como objectivo profissional trabalhar para uma grande multinacional, hoje muitos deles saem das universidades apetrechados com diplomas, business plans e simulações para montar os seus próprios negócios”.

 

“Os eventos de importância mundial que estão a chegar a Portugal são também um sinal claro desta época de mudanças: que o WebSummit tenha decidido continuar em Lisboa por mais 10 anos é uma oportunidade única para que o nosso país consolide o seu crescimento económico e o das suas empresas e para que impulsione o espírito empreendedor dos seus cidadãos.”

Para ler o artigo completo siga este link

evento-ippon-apmei

Sabia que, estiveram disponíveis mais de 480 milhões de euros em concursos públicos para PME, entre 17 de Setembro e 5 de Outubro? O número foi divulgado por Jorge Duque do IAPMEI, durante a conferência “Negócios em Mercados Públicos”, no dia 11 de outubro.

A Câmara de Comércio esteve presente no evento organizado em parceria com o Madan Parque e o IAPMEI, que contou com o apoio da Secretaria de Estado da Indústria, bem como de alguns dos principais players na área dos mercados públicos. Esta participação teve como objectivo sensibilizar as PME para as oportunidades e potencial de negócios existentes nestes mercados.

O evento surgiu no âmbito do projecto Europeu IPPON - Inovação na Contratação Pública, Oportunidades e Parcerias, uma iniciativa transversal a 14 parceiros de 7 países, do qual a CCIP faz parte no sentido de incentivar a promoção e desenvolvimento da economia nacional nos mercados internos e externos e reduzir os obstáculos no acesso das PME à contratação pública.


Ao longo do dia foi possível dar a conhecer o projecto aos participantes bem como apresentar o curso e-learning onde as empresas poderão saber mais sobre como iniciarem as candidaturas aos concursos públicos.

Este é composto por dois módulos:
1 – Enquadramento legal para as compras públicas a nível europeu;
2 – Instruções sobre como elaborar uma proposta de prestação de serviços no âmbito do CCP (Código de Contratos Públicos) e a nível europeu.

O acesso é gratuito e os conteúdos estão disponíveis em inglês.

Aceda à plataforma aqui

viagem-angolaCom o objectivo de estabelecer parcerias estratégicas e incrementar relações comerciais, a CCIP esteve em Luanda, entre 15 a 21 de Outubro. 

Ao longo de 6 dias, Pedro Magalhães, Director de Relações Internacionais, esteve em Luanda onde realizou diversas reuniões com empresas de sectores de actividade distintos como consultoria, importação alimentar, hotelaria, banca, entre outras, permitindo-lhe obter uma visão prática do ambiente de negócios no país.

Numa vertente institucional, foram promovidos diversos encontros com entidades relevantes no panorama empresarial angolano, nomeadamente: Ministério do Comércio Angolano, Associação Empresarial Luso Angolana, Confederação Empresarial de Angola, CCI Angola, Embaixada de Portugal em Angola e AICEP.

Muito embora ainda estejam latentes alguns efeitos da crise económica angolana, esta viagem permitiu identificar sinais bastante positivos, ficando claro que estão reunidas as condições para aprofundar as relações entre os dois países e impulsionar as relações económicas. Neste sentido, a CCIP prevê uma Missão Empresarial a Angola no primeiro trimestre de 2019.

 

Siga o link para consultar o calendário de acções internacionais previstas para 2019 ou contacte-nos através do e-mail internacional@ccip.pt para solicitar uma proposta de consultoria individual.

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A Câmara de Comércio está na Rússia a acompanhar a Missão Empresarial Multissectorial a São Petersburgo, que está a decorrer desde dia 22 e terminará dia 26 de Outubro.

A delegação portuguesa, acompanhada pelo Director de Assuntos Europeus da CCIP, João Paes Cabral, conta com 6 participantes que representam diversas áreas de actividade. Nesta edição, contamos com empresas dos sectores do investimento imobiliário, dos têxteis, da extracção e transformação de mármores e da distribuição e produção de bens alimentares e não alimentares.

Como já é habitual, a Câmara de Comércio, em conjunto com os seus parceiros locais, proporcionou um agendamento de reuniões individuais, absolutamente customizado e que procurou ir de encontro ao perfil e necessidades de cada empresa participante.

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O Prémio Francisco de Melo e Torres volta este ano com mais uma edição para premiar um Chefe de Missão Diplomática português que se tenha destacado pelo seu trabalho no apoio à internacionalização das empresas portuguesas, na promoção de Portugal no estrangeiro e na captação de investimento estrangeiro para o nosso país.

 

Se conhece:

1. Casos concretos de empresas que se tenham internacionalizado e de projectos de internacionalização bem-sucedidos que tenham tido um apoio directo do Chefe de Missão Diplomática (lobby/ facilitação de contactos, entre outros);

2. Casos concretos de empresas estrangeiras que se tenham estabelecido em Portugal ou entrado no capital de uma empresa portuguesa, através de uma actuação directa do diplomata;

3. Eventos organizados pelo Chefe de Missão Diplomática para promover a imagem de Portugal e artigos publicados na imprensa local.

 

Faça a sua proposta de nomeação até dia 14 de Dezembro.

 

Consulte o Regulamento e formulário de candidatura aqui.

Plano-RI-2019-destaque-site-ccip

A Câmara de Comércio e Indústria Portuguesa desenhou, para 2019, um plano de acções internacionais à medida das exigências e necessidades das empresas portuguesas.

Consulte aqui o calendário de actividades internacionais para 2019

 

Acompanhamos a nova era do comércio global ao facilitar a entrada em novos mercados às empresas que nos procuram, independentemente do sector de actividade, dimensão e natureza jurídica.

Com 12 missões já realizadas desde Janeiro, e 6 que ainda iremos acompanhar até ao final do ano, somos já a marca de confiança das muitas empresas portuguesas que connosco crescem. Em 2019, queremos elevar esse número.

A qualidade das Missões Empresariais e das viagens individuais de negócios, organizadas pela CCIP, é atestada pelos próprios participantes. Nos inquéritos de satisfação realizados este ano, mais de 90% das empresas revela que as expectativas foram cumpridas na viagem de negócios e cerca de 90% afirma satisfação face aos contactos proporcionados. A contínua aposta em comitivas de pequena dimensão, permite-nos responder às necessidades das empresas, direccionando os seus objectivos para os parceiros certos.

Para além de todos os mercados mais tradicionais - aos quais a CCIP tem levado as empresas nos últimos anos como é o caso do México, a Rússia, a Polónia -, a aposta para 2019 recai sobre economias em franco crescimento – como o Senegal, a Tanzânia, a Bolívia e o Chile, entre outros, – e que representam inúmeras oportunidades para as empresas portuguesas.

No próximo ano, decidimos manter os eventos que se revelaram um sucesso: os seminários “Meet-the-Market”, que aprofundam a realidade económica e comercial de um determinado país, e as business clinics “One-to-One”, que consistem em sessões individuais e personalizadas entre as empresas e os nossos representantes locais de diversos mercados.

Numa perspectiva de constante inovação, a CCIP desenhou novas iniciativas feitas à medida das empresas e das exigências da actualidade:

  • Seminários “Ready, Set, Export”, onde vamos fazer o “matching” entre mercados e sectores de actividade
  • Sessões de “Diagnóstico Internacional”, onde as empresas poderão obter aconselhamento personalizado proporcionado pelos Directores e especialistas da CCIP.

 

Criámos um programa ambicioso, mas pragmático, global mas personalizado, audaz mas de confiança e, acima de tudo, de qualidade!

 

Consulte aqui o calendário de actividades internacionais para 2019

 

 

Caso prefira abordar estes mercados em momentos diferentes dos apresentados neste plano, ou se pretender agendar uma viagem de negócios a outras geografias, fale com o departamento de relações internacionais da CCIP para receber uma proposta de consultoria individual.

Poderá contactar-nos pelo canal que considerar mais conveniente:

internacional@ccip.pt  ou 213 224067

BB EXPRESSO DESTAQUE

Conhecido o Orçamento do Estado para 2019, Bruno Bobone considera que as medidas que visam a descida do IRC são “manifestamente insuficientes” embora aponte a redução do custo da energia, em 5%, um sinal positivo.

Outras medidas destacadas positivamente pelo Presidente da CCIP foram: a eliminação do PEC, o apoio fiscal ao reinvestimento dos lucros e a criação de um regime de benefícios fiscais nas regiões do interior.

Contudo, Bruno Bobone salienta que não será possível promover a competitividade das empresas com a segunda taxa mais elevada de IRC da zona euro.

“Este é, em suma, um orçamento pouco amigo das empresas e vai exigir um grande esforço ao tecido empresarial português”, referiu.

 

Veja o artigo completo no Dinheiro Vivo.

BB-entrevista-Exame

Em Portugal, a questão energética apresenta-se como uma barreira ao desenvolvimento e crescimento económico, sendo actualmente a 2ª mais cara da Europa.

Bruno Bobone, Presidente da CCIP, considera que “esta situação afecta directamente a nossa economia: os custos elevados acabam por ter impacto negativo na nossa competitividade. Não é possível desenvolver uma economia produtiva eficiente e com capacidade de projecção internacional se os nossos empresários se defrontam com preços energéticos desproporcionados.”

Portugal apresenta um quadro de vulnerabilidade energética pela questão da carga fiscal e pela aposta nas energias renováveis. – afirma o Presidente da CCIP que acredita serem necessárias alterações.

“Em conclusão, se conseguirmos tomar as decisões apropriadas e desenvolver uma política energética adequada, o que faremos, em última instância, é criar as condições que permitam que Portugal continue na senda do crescimento e do desenvolvimento, colocando-se na primeira linha dos países com influência a nível internacional.”

 

Leia o artigo completo no blog de Bruno Bobone

protocolo-argelia

A Câmara de Comércio e Indústria Portuguesa (CCIP) e a Chambre Algérienne de Commerce et d'Industrie (CACI), assinaram, em Lisboa, à margem da 5ª Cimeira Luso Argelina um protocolo com vista à constituição de um Conselho Empresarial Argélia Portugal.

Este Conselho Empresarial, criado para intensificar as relações comerciais entre os dois países, será composto por 10 empresas portuguesas e 10 empresas argelinas e reunirá representantes de ambas as Câmara de Comércio.

O protocolo foi assinado em Lisboa, no dia 3 de Outubro, pelo Secretário Geral da CCIP, João Pedro Guimarães e pela Directora Geral da CACI, Ouahiba Behloul.

bizfeira2018

A CCIP marcou presença na BIZFeira, no dia 11 de Outubro, no Europarque em Santa Maria da Feira.

Com mais de 1800 empresas de 60 sectores de actividade registadas, este evento, cujo mote foi “as PME na economia global”, pretendeu promover um conjunto de acções num só dia nomeadamente, uma conferência, biztalks, meetings e networking.

Com o objectivo de promover o crescimento da economia portuguesa e a expansão das empresas, a CCIP participou no business network onde realizou diversas reuniões B2B com potenciais clientes que pretendem explorar novos mercados com o apoio de uma marca portuguesa de confiança.


Quer falar com o nosso departamento de relações internacionais? Contacte-nos
internacional@ccip.pt | +351 213 224 067

Embaixador EAU Sharjah

A Câmara de Comércio recebeu o Embaixador dos EAU, S.E. Moosa Alkhajah, acompanhado por uma delegação que incluía diversos empresários locais, no dia 10 de Outubro.

Esta reunião decorreu nas instalações da CCIP, no âmbito de uma missão empresarial realizada a Portugal e teve como objectivo aproximar as duas instituições, procurando em conjunto promover a cooperação económica, contribuir para uma relação de investimento e para o crescimento económico de ambos os países.

A CCIP tem prevista uma nova Missão Empresarial aos Emirados Árabes Unidos, em Janeiro do próximo ano.

 

Delegação:

Embaixador Moosa Alkhajah, Embaixador dos Emirados Árabes Unidos em Lisboa
Presidente da Câmara de Comércio de Sharjah, Dr. Abdallah Alowais
Senhor Omer Ali Salih, da Câmara de Comércio de Sharjah
Senhora Sarra Ahmed Abdu Alyahya, da Câmara de Comércio de Sharjah
Senhor Mohamad AlSaadi, da empresa ALtaawon Polyester & Products Factory
Senhor Mohamed Mubarak Omer Eltom, da empresa Dahla Building Contracting LLC
Senhor Morwan Abbas Mahgoub Osman, da empresa Abbass Mahgoub General Trading LLC
Senhora Lurdes Eusébio, CEO The First International Businessm Saif Zone Office
Tradutor da Embaixada, Senhor Mohammadyne El-Bounasry

 

Sharjah é um dos sete emirados que integram desde 1971 os Emirados Árabes Unidos. Estende-se por 16 km da costa do Golfo Pérsico dos Emirados Árabes Unidos, e por mais de 80 km ao interior. É o terceiro emirado em extensão e tem uma população de mais de 891.000 habitantes (2008).

EPE2018-delegacao

A CCIP participou com uma delegação de 14 empresários no European Parliament of Enterprises (EPE), que se realizou no dia 10 de Outubro, no hemiciclo de Parlamento Europeu, em Bruxelas.

 

O EPE é uma iniciativa bianual da EUROCHAMBRES – Associação das Câmaras de Comércio e Indústria Europeias em parceria com a sua rede de Câmaras de Comércio e Indústria. No âmbito desta iniciativa mais de 700 empresários da UE, debateram e votaram em assuntos cruciais para a UE, tão relevantes como: a internacionalização, futuro da Europa e competências profissionais.

A CCIP esteve representada, nesta 5ª edição do EPE, por João Pedro Guimarães, Secretário Geral e João Paes Cabral, Director de Assuntos Europeus.

 

Veja a intervenção de Portugal, a cargo de Bernardo Aguiar da empresa Euppportunity.

 

 

Bruno-Bobone-OE2019

Bruno Bobone, Presidente da CCIP, fez uma antevisão do Orçamento do Estado, que será entregue esta segunda-feira.

As previsões de crescimento da economia foram revistas, desvendando agora um crescimento inferior ao que tinha sido projectado pelo Governo (em cinco décimas percentuais nos próximos dois anos e sete em 2021 e 2022).

Tendo em conta o actual contexto de debate do Orçamento do Estado para 2019 (OE 2019), onde se aborda os aumentos salariais na função pública, o aumento extraordinário das pensões e a antecipação das reformas, Bruno Bobone aponta 3 medidas que considera prioritárias para promover a competitividade das empresas: A descida do IRC, a redução do custo da energia e a promoção da produtividade do trabalho como factor de determinação da política salarial.

 

Veja o artigo de opinião completo sobre o OE 2019, no Dinheiro Vivo.

 

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No dia 25 de Setembro a CCIP abriu portas para debater, reflectir e partilhar conhecimentos sobre diferentes temas, promover o networking entre os mais de 170 empresários presentes e proporcionar uma experiência de realidade aumentada e virtual que permitiu mergulhar na história da CCIP e nos diversos serviços que prestamos.

Num evento que durou cerca de 12 horas, reunimos 20 oradores que nos presentearam com temas como: transformação digital, atracção e retenção de talento, B Corps, liderar equipas para o êxito com PNL, optimizar a força comercial, internacionalização, aceleração de processos através da co-criação, cultura de informação vs desafio do big data, garantir o seu website no topo do google e o relacionamento das grandes empresas com as startups. Tudo isto complementado com um kick-off de Sofia Tenreiro, Directora-Geral da Cisco, e uma conversa com Fernando Santos, seleccionador nacional, e dirigida por André Macedo, sobre a criação de uma cultura de vitória e sucesso nas organizações.

Após o evento, pedimos aos participantes que avaliassem esta iniciativa:
- 100% dos respondentes tem interesse em participar em eventos similares
- os aspectos mais valorizados foram o networking, os temas e oradores e a organização

 

À CCIP - Câmara do Câmara de Comércio e Indústria Portuguesa - dou os meus parabéns pela iniciativa promovida. Que venham mais eventos que incentivem ao networking entre sectores.”
Ana Luísa Santos

Muitos parabéns pela excelente organização e qualidade do programa.
Luís Amado – B Lab Europe

 

Veja mais fotografias aqui e fique atento ao vídeos que vamos disponibilizar brevemente.

 

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A CCIP esteve na Colômbia (de 23 a 28 de Setembro) para uma Missão Empresarial onde participaram 5 empresas portuguesas. Ao longo de 5 dias foram realizadas 36 reuniões individuais de negócios, agendadas de acordo com perfil de cada empresa, tendo-se revelado especialmente relevante para o sector alimentar e de distribuição de medicamentos.

Durante a viagem os participantes tiveram oportunidade de conhecer no terreno o ambiente de negócios, identificar os principais operadores no seu sector de actividade e a concorrência, bem como estabelecer contactos com o meio empresarial local no qual se destaca um jantar em Bogotá com a representante da Collab na Colômbia, Carolina Fernandez.

 

Próximas missões empresariais:

22/Out Rússia

11/Nov México

18/Nov Arábia Saudita

22/Nov Tunísia

02/Dez Peru

 

portojoia

A Câmara de Comércio e Indústria Portuguesa (CCIP) marcou presença na 29ª edição da Portojóia, que se realizou no dia 29 de Setembro, como uma das organizações convidadas como oradoras.

Assumindo enorme destaque no sector da joalharia, ourivesaria e relojoaria, a Portojóia contou com a presença de mais de dez mil visitantes. A CCIP abordou a temática do Carnet ATA e de que forma este documento pode funcionar como o passaporte dos bens deste sector, facilitando todos os processos junto das alfândegas. Ao disponibilizar esta solução, a CCIP posiciona-se cada vez mais ao lado das empresas na sua abordagem aos mercados externos, agilizando e flexibilizando o comércio internacional.

atac-meeting

A Câmara de Comércio e Indústria Portuguesa foi anfitriã, durante os dias 27 e 28 de Setembro, da segunda reunião dos membros do ATA Carnet Administrative Committee (ATAC), que se realizou este ano. Representantes de Câmaras de Comércios da Suíça, Holanda, Áustria, Bélgica, França, Alemanha, Itália, Canadá e EUA, entre outros países, discutiram temas tais como, o futuro digital dos Carnets ATA, unificações, padronização, finanças e administração da cadeia-países ATA. Os outputs desta reunião preparatória serão apresentados na próxima reunião mundial do World ATA Carnet Council (WATAC), que decorrerá em Novembro, em Jaipur, na Índia.

Angola-Portugal

O Presidente da CCIP, Bruno Bobone, participou no Fórum Económico Angola-Portugal, no dia 17 de Setembro. Durante a sua intervenção, Bruno Bobone referiu que Portugal pode assumir um papel relevante no desenvolvimento económico dos dois países e que os empresários portugueses, médios, pequenos e grandes, desempenham, e vão continuar desempenhar, um papel fundamental como impulsionadores de crescimento. Afirmou ainda que as Câmaras de Comércio devem assumir um papel central neste processo como factor aglutinador da comunidade empresarial.

“As Câmara de Comércio são, em primeiro lugar, o local onde se encontram os diversos empresários para discutir, partilhar e conhecer a realidade económica do país, quais as dificuldades a ultrapassar e quais as medidas necessárias para o futuro de sucesso que se pretenda. A partir daqui, passamos a ter uma estratégia comum das empresas e a Câmara de Comércio fica pronta a assumir-se como uma organização da sociedade civil com um peso específico que lhe permite pressionar as instituições e a sociedade a criarem as condições correctas para a boa prática económica.

Sem a participação das Câmaras de Comércio é praticamente impossível conseguir criar uma voz suficientemente forte para fazer valer a opinião de cada empresário e tal é até desejável pois não se pretende que um empresário, só por si, possa ter o poder de influenciar as instituições.

A Câmara de Comércio deve assumir esse papel aglutinador da comunidade empresarial e, para isso, tem que assumir um papel de serviço dessa comunidade.
A Câmara de Comércio não existe para liderar os empresários. Existe, isso sim, para os servir, para os ouvir e para transmitir a sua voz à sociedade e às instituições, para que estas actuem na sua defesa e na promoção do desenvolvimento da economia.”

RGPD

4 meses depois da entrada em vigor do novo Regulamento Geral de Protecção de Dados (RGPD), pedimos a 6 oradores do evento "RGPD: O Estado da Nação" que comentassem a situação actual.

Conheça as suas perspectivas.

 

João Queirós, Senior Manager de Business Consulting da Askblue

"Com cerca de 4 meses de vigência plena do novo Regulamento Europeu, não existe ainda legislação específica para a sua execução no território nacional, estando por isso a Lei 67/98 em vigor em tudo o que não contrarie o RGPD.

Se excluirmos da análise, entre outros, os desafios que emergem do reforço dos direitos dos titulares dos dados ou os que resultam do novo paradigma de responsabilização na cadeia de valor, os desafios primordiais em matéria de protecção de dados pessoais – mas que, por diversos motivos, porventura não são os inicialmente percepcionados como tal – deveriam estar em torno da definição e implementação das medidas de segurança da informação (e, em particular, as que se direcionam para a proteção de dados pessoais) alinhadas com a gestão de risco no seu contexto sectorial, organizativo, processual e tecnológico. As ameaças e as vulnerabilidades são distintas de organização para organização, bem como a natureza e o valor dos seus activos de informação. “Qual o modelo de governo da informação mais adequado no seio da minha organização?” Esta será possivelmente a interrogação que os gestores de topo procuram ou deveriam estar a procurar responder para agir, ou ensaiar para confirmar, na perspectiva de captar esta oportunidade de obtenção de benefícios, a médio e longo prazo, de eficiência, diferenciação e inovação."

 

Magda Cocco, Sócia responsável pelas áreas de Telecoms, Privacidade, Dados Pessoais & Cibersegurança da VdA

“O trabalho de consultadoria jurídica no domínio do RGPD continua bastante intenso. Estão ainda em ainda curso vários programas de compliance em diversos sectores de actividade, temos recebido um número significativo de pedidos de assessoria relacionados com “violações de dados pessoais”, para elaboração de “privacy impact assessments”, negociação de diversos tipos de contratos que envolvem dados pessoais, entre outros. Alguns sectores começaram também a trabalhar na elaboração de códigos de conduta – um instrumento que ganha relevância no contexto do RGPD - e na análise da compatibilização do RGPD com diplomas sectoriais específicos.”

 

Miguel Jacinto, Chief Information Security Officer & Data Protection Officer do Eurobic

“Nesta fase em que boa parte das empresas passaram já pela fase de Assessment e de definição das iniciativas a implementar, muitas estão a entrar numa espécie de fase 2 da implementação do RGPD. Ou seja, numa primeira fase a generalidade das organizações garantiu quer a parte documental relativa a normas e políticas essenciais à implementação do Regulamento, quer à parte inerente à garantia do exercício dos direitos dos titulares dos dados, que era o que levantava mais preocupações à data de aplicação do Regulamento.

Nesta segunda fase muitas empresas estão já a olhar para a automatização de determinados processos relativos a medidas técnicas para o cumprimento do Regulamento. Questões relativas à área de segurança da informação estão a entrar na ordem do dia face aos avultados investimentos que, em algumas situações, serão necessários.

Do ponto de vista da gestão das pessoas, e numa fase em que as empresas voltam ao ritmo normal após o período de férias, começam os verdadeiros testes de afinação e de funcionamento aos novos processos de negócio e, consequentemente, das novas formas de tratar dados pessoais. Iniciam-se também, em muitas organizações, as sessões de formação aos colaboradores permitindo, a quem tem de utilizar dados pessoais no seu dia-a-dia, uma maior compreensão do alcance das novas regras e o seu impacto nos processos de negócio.

Por último as organizações têm também pela frente, nos próximos meses, enormes desafios regulatórios que podem dificultar seriamente algumas tomadas de decisão em termos de investimentos em protecção da informação, nomeadamente nas áreas de recursos humanos, processos e tecnologia. Para além de alguma legislação nacional que ainda aguardamos por forma a clarificar algumas interpretações do Regulamento, quer a Banca quer outras áreas da economia terão pela frente, nos próximos meses, uma instabilidade regulatória significativa que em muito dificulta a estabilização das regras de negócio e a afinação dos processos de segurança de informação das organizações. Para além do RGPD, por exemplo a PSD2, a nova CRC, DMIF II e o regime jurídico do ciberespaço são alguns dos exemplos disso.”

 

Mariana Sousa, DPO do grupo José de Melo Saúde

“Na José de Mello Saúde a protecção dos dados de clientes e colaboradores faz parte dos valores da empresa e daquilo que é a prática deontológica da própria actividade de prestação de cuidados de saúde. Assim, a entrada em vigor do RGPD foi entendida de forma muito positiva, tendo levado a que todos os envolvidos, quer na prestação de cuidados de saúde - Auxiliares de Acção Médica, Técnicos, Enfermeiros, Médicos - quer ao nível da gestão e da própria Comissão Executiva, considerassem os desafios da implementação deste normativo uma oportunidade de aprimorar uma preocupação que sempre existiu na organização.
A maior dificuldade sentida nestes primeiros meses de vigência do RGPD tem sido a indefinição legal em algumas matérias - como é o caso da regulação da relação com as entidades seguradoras - e o desconhecimento dos titulares dos dados face ao modo como, em saúde, se podem aplicar os direitos subjacentes ao RGPD. Estamos, porém, cientes de que este caminho se faz caminhando e convictos de estar a percorrê-lo com a atenção que dados tão sensíveis como estes, que todos os dias protegemos, requerem.”

 

Luís Lopes, IT Strategy & Operations Manager da Procensus

"Neste momento, passado que está o dia 25 de Maio de 2018, encontramos três tipos de realidades distintas.

Uma primeira realidade, reflete as organizações preocupadas com o RGPD que tipicamente realizaram um diagnóstico atempadamente, no qual foram identificadas as principais não conformidades e as acções a implementar para obtenção de conformidade face ao Regulamento. O plano de acção decorrente do diagnóstico, tem complexidades diferentes de organização para organização, sendo que a maior parte das empresas não conseguiu, naturalmente, ter todas as acções implementadas no dia 25 de maio. Neste sentido, para este tipo de organização, os trabalhos atuais relacionados com o RGPD são essencialmente de continuar a implementação das acções, tais como desenho ou revisão de processos, políticas e procedimentos, ajustes organizacionais, implementação de soluções de segurança da informação, ajustes a software, entre outros. Dado que nem sempre existe capacidade interna de implementação, muitas vezes estas organizações têm recorrido a entidades externas para acelerar a implementação.

Outra realidade são aquelas organizações que tiveram preocupações com o RGPD, mas que foram mal assessoradas e não definiram acções robustas/ correctas que permitam a obtenção de compliance. Normalmente, estes casos surgem em organizações que evitaram a realização de um diagnóstico e avançaram para uma solução chave na mão para obtenção de compliance com o RGPD, solução que dificilmente resulta porque é parcial ou desadequada por falta de contexto/ análise da realidade da empresa. Nestes casos, as organizações estão confiantes que têm este processo controlado, mas efetivamente podem existir lacunas, algumas mais graves que outras.

Por fim, uma outra realidade que congrega um conjunto de organizações que, dado que não verificam divulgação de um elevado número de escândalos com consequências desastrosas (i.e. aplicação de coimas máximas), desvalorizaram cada vez mais a conformidade com o Regulamento. Neste tipo de organização, incluem-se as que ainda nada fizeram em relação ao tema, bem como algumas que até já encetaram algumas ações, mas que, erradamente, não lhes estão a dar sequência. Existe para estes, um sentimento de que afinal a montanha pariu um rato e que afinal não vão haver grandes consequências. Afinal a história das coimas avultadas não será real e o RGPD não vai para a frente!

Este tipo de organização corre um risco efetivo, no nosso entender, elevado. Isto porque, apesar de não haver grande divulgação de escândalos que deixam todos de sobreaviso, não invalidada que não venham a haver violações de dados, detentores de dados pessoais a realizar queixas à CNPD, existência de entidades externas que exigem a conformidade com o Regulamento, entre outras.

Neste sentido, é nosso entender que a conformidade com o RGPD é algo que deve estar nas prioridades das organizações. O tema é real e quanto mais for adiado o processo de compliance com o Regulamento, tanto mais difícil será o futuro. E quanto mais este tema for adiado, menor será a capacidade de reação, sendo que eventuais problemas futuros nesta temática, podem impactar fortemente ou mesmo ditar o fim de organizações."

 

Cristina Francisco, Head of Product Marketing da SAGE

"Passados quase 4 meses da entrada em vigor do RGPD parece que não aconteceu nada…

As empresas deveriam ter começado a preparar o dia 25 de Maio com antecedência, mas em vez disso ficaram perdidas na quantidade de informação ou desinformação à volta do tema. A medida mais fácil de implementar foi o envio de email ou sms a pedir consentimento para continuar a ”trabalhar” da mesma forma, mas com a salvaguarda da autorização do Cliente.

Após a entrada do RGPD no dia 25 de Maio tivemos um período de aproximadamente uma mês em que as empresas pediram a ajuda da Sage para terem uma solução imediata para cumprir o RGPD, para conseguirem gerir consentimentos e para conseguirem perceber se o RGPD se aplicava ou não ao seu negócio entre muitas outras questões.

Na Sage continuamos a ter este tema na ordem do dia, sabemos que a maioria das empresas deixou de se preocupar com esta questão. Gostávamos de sugerir que aproveitem este “tempo de pausa” para reverem os vossos processos internos de tratamento de dados pessoais e validarem se estão em conformidade com o regulamento e se os vossos colaboradores estão a cumprir os processos definidos e recordar que podem consultar informação disponível no site da Comissão Nacional da Proteção de Dados."

eLearningIPPON

O IPPON (Innovative Public Procurements: Opportunities and Networks) é um projecto europeu no qual a Câmara de Comércio é parceira, e do qual fazem parte 14 parceiros de 7 países. Com o objectivo de promover a participação das PME europeias na contratação pública, o IPPON lançou recentemente um curso, em formato e-Learning, com dois módulos:

1 – Enquadramento legal para as compras públicas a nível europeu;
2 – Instruções sobre como elaborar uma proposta de prestação de serviços no âmbito do CCP (Código de Contratos Públicos) e a nível europeu.

O acesso é gratuito e os conteúdos estão disponíveis em inglês.

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financiamento-a-empresas

“As empresas portuguesas têm um acesso limitado ao crédito, o que acaba por estrangular muitas iniciativas promissoras”

Bruno Bobone, Presidente da CCIP, fez uma reflexão sobre o financiamento das empresas e o acesso ao crédito, considerando este um dos maiores obstáculos para o crescimento e expansão das PME.

Por um lado, algumas instituições internacionais, como a OCDE, classificam o sistema financeiro português como “frágil”, por outro, a falta de orientação empresarial da banca e a concentração de poder entre os investidores de países estrangeiros, pedem uma mudança a nível institucional e político, com o objectivo de tornar o financiamento bancário mais acessível e flexível para o tecido empresarial português.

É neste sentido que, Bruno Bobone, chama a atenção para alguns dos meios alternativos de financiamento disponíveis, entre eles o autofinanciamento, os business angels, as incubadoras de negócios ou entidades de capital de risco, bem como o recurso ao financiamento colectivo (como é por exemplo o crowdfunding ou a tokenização de activos).

Veja o artigo completo aqui.

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A Câmara de Comércio e Indústria Portuguesa recebeu nas suas instalações uma delegação da região de JiangXi, na China, liderada pelo vice governador Wu XiaoJun, no dia 7 de Setembro.

A reunião teve a como objectivo dar a conhecer Portugal, através da apresentação da Invest Lisboa, pelo Director Rui Coelho, conhecer um novo destino para as empresas portuguesas, que é a região de JiangXi, e discutir uma futura cooperação económica, política e cultural entre os dois lados.

rgpd-sandra-veloso

 

Com o objectivo de apoiar as empresas no âmbito do Regulamento Geral de Protecção de Dados (RGPD), a CCIP lançou uma rúbrica, na sua newsletter quinzenal, que irá abordar alguns aspectos relacionados com este tema. Nesta edição, pedimos a Sandra Veloso, Data Privacy Certified CCIP/E, CIPM e formadora na CCIP, que comentasse a situação actual do RGPD.

 

"Actualmente e após os cerca de 3 meses passados desde a entrada em execução do RGPD, é ainda evidente alguma confusão e até desinformação sobre o tema.

Até ao dia 25 de Maio, e sobretudo nos 2 meses antecedentes, as empresas viveram um período a que chamo “histeria do consentimento e da verdade”, preocupando-se sobretudo com os pedidos de consentimento ao titular, infelizmente na maioria das vezes infundado, e sem espelhar uma Política de Privacidade nos seus websites. Foi tempo de rever e criar acordos e definir responsabilidades entre controladores e subcontratantes. O processo de conformidade é longo, agora é chegada a hora de as empresas darem respostas adequadas às solicitações dos titulares, não só em matéria do exercício dos seus direitos mas também na efectiva segurança dos dados. É neste estágio de maturidade no RGPD que encontro uma boa parte das empresas, clientes e não clientes, mas ainda com algumas incertezas. O facto de a lei nacional ainda não ter sido concretizada até ao momento, fez desacelerar de alguma forma este processo nas empresas, mas julgo que de forma geral a conformidade com a privacidade está a ser interiorizada e que assistiremos agora à fase da prova, das evidências."

 

brexit

Na sequência da notificação da intenção de saída da União Europeia, que o Reino Unido apresentou ao Conselho Europeu, a 29 de Março de 2017, este Estado-Membro sairá da União Europeia exactamente dois anos após a dita notificação, salvo se vier a haver decisão, tomada por unanimidade dos Estados- Membros, para adiar a data da saída. Isto significa que, a partir do dia 30 de Março de 2019, todas as leis da UE deixarão de ser aplicáveis ao Reino Unido passando a ser um “país terceiro”.

Havendo ainda incertezas quanto à conclusão de um acordo de saída - as negociações estão ainda em curso - e quanto à sua ratificação pelas instituições europeias e Estados-Membros antes dessa data limite, 30 de Março de 2019, importa que todas as partes interessadas e especialmente os operadores económicos se preparem para essa realidade, de modo a evitar disrupções e minimizar perturbações à sua actividade.

Neste sentido a Direcção-Geral das Actividades Económicas (DGAE) elaborou um documento informativo, disponível neste link, alertando os operadores nacionais para a premência de acelerarem a sua preparação para o Brexit, a todos os níveis e para todos os cenários.

O Reino Unido é um importante mercado para Portugal. Ocupa hoje a quarta posição no ranking de destino das exportações nacionais. Em 2017, as exportações de bens para o Reino Unido atingiram 3.645 milhões de euros, o que representa uma quota de 6,7% das exportações portuguesas. No primeiro semestre do corrente ano, as exportações atingiram 1.850 milhões de euros, representando uma quota de 6,3%. De acordo com os dados mais recentes do INE, cerca de 3.880 empresas exportaram, em 2017, para este mercado.

O impacto da saída do Reino Unido dependerá, em muito, do tipo de relação que for estabelecida, sendo fundamental, no entanto, que as empresas se comecem desde já a preparar.

Conheça ainda o comunicado da Eurochambres – Associação das Câmaras de Comércio Europeias, na qual a CCIP é única Câmara de Comércio portuguesa filiada, sobre as incertezas ainda existentes relacionadas com o Brexit.

 

Desenvolvimento-assimetrico-portugues

 

Segundo o prestigiado The Wall Street Journal, Portugal é uma das estrelas da zona euro. O país conseguiu reduzir o défice para menos de metade e a economia cresce ininterruptamente há 13 trimestres consecutivos.

“Estes dados são excelentes e encorajadores, mas a nossa economia sofre de um problema grave: um desenvolvimento assimétrico que cria um grande fosso económico entre o litoral e o interior.” – escreveu Bruno Bobone, Presidente da CCIP, no seu blog.

 

No seu artigo, Bruno Bobone destaca que:

  • Cerca de 60% da população reside em Portugal na faixa costeira e cerca de 45% do total da população está concentrada nas áreas metropolitanas de Lisboa (2,8 milhões) e Porto (1,8 milhões). Comparativamente, em Espanha, 27% da população vive em Madrid e Barcelona. Já no Reino Unido apenas 16% da população vive em Londres e Edimburgo.
  • Em Portugal, a densidade populacional nas cidades é 19 vezes superior à verificada nas áreas rurais


“Tendo em conta o cenário actual e as perspectivas futuras, torna-se crítico – diria mesmo, fundamental – que sejam encontradas soluções pragmáticas, de fácil execução e de retorno rápido, que possam colmatar as necessidades mais prementes das zonas menos desenvolvidas do país.”

 

O Presidente da CCIP abordou também o tema do incentivos fiscais, anunciados pelo Governo, e da necessidade de uma intervenção activa do sector privado.

 

“O desenvolvimento económico harmonioso e integrado de Portugal é um dos nossos maiores desafios e todos devemos contribuir para o ultrapassar a partir do lugar que ocupamos na sociedade. Na CCIP, assumimos este compromisso e continuaremos a apostar na consolidação de tecido empresarial em todo o território nacional.”

 

O artigo completo foi publicado em www.brunobobone.com 

exportar-os-meus-produtos

Na manhã de dia 18 de Setembro, a CCIP vai juntar-se à GS1 Portugal para um evento onde vamos explicar-lhe como, quando e porquê exportar os seus produtos.

Bruno Mourão Martins, Director na CCIP, vai abordar temas como as macrotendências de internacionalização, os principais erros no processo de internacionalização e algumas das medidas essenciais para internacionalizar o seu negócio com sucesso.

Ao final da manhã, será também debatido o processo de desmaterialização end-to-end, um tema cada vez mais analisado pelas empresas.

As inscrições são gratuitas, mas limitadas.

Reserve já o seu lugar aqui.

Destaque-incentivos-financeiros

Saiba quais os incentivos e benefícios disponíveis para as empresas da área metropolitana de Lisboa

A Invest Lisboa, em parceria com a CCIP e a F. Iniciativas, vai organizar um workshop dedicado às novas medidas de apoio ao empreendedorismo e aos incentivos e benefícios fiscais disponíveis para as empresas da Área Metropolitana de Lisboa.

Estes incentivos e benefícios visam promover e apoiar o investimento em sectores estratégicos, favorecer o crescimento sustentável e a criação de emprego, bem como atrair para Portugal actividades de alto valor acrescentado.

 

Consulte o programa e reserve o seu lugar aqui!

eurochambres-survey-2019

A Câmara de Comércio e Indústria Portuguesa tem vindo a desenvolver anualmente um Estudo Económico Europeu em colaboração com a Eurochambres – Associação das Câmaras de Comércio e Indústria Europeias.

Este Estudo, que tem por objectivo aferir as perspectivas económicas das empresas para o ano seguinte, é baseado num inquérito desenvolvido em diversos países, numa acção coordenada pelas respectivas Câmaras de Comércio e Indústria. Na qualidade de única Câmara de Comércio em Portugal filiada na Eurochambres, cumpre à Câmara de Comércio e Indústria Portuguesa conduzir este inquérito a nível nacional.

Posteriormente, o relatório com as conclusões deste estudo, elaborado pela Eurochambres, estará disponível no final do próximo mês de Novembro. Este relatório poderá ser solicitado directamente para jpc@ccip.pt (João Paes Cabral).

Face à importância de que se reveste esta iniciativa, solicitamos o seu contributo para a elaboração deste Estudo, mediante o preenchimento de um questionário, que demora cerca de 3 minutos a responder, até ao próximo dia 25 de Setembro.

Agradecemos antecipadamente a sua colaboração!

 

Clique aqui para responder ao questionário.

Para mais informações ou esclarecimentos adicionais contacte o Departamento de Assuntos Europeus através do telefone 213 224 050 ou do e-mail jpc@ccip.pt

RGPD

Com o objectivo de apoiar as empresas no âmbito do Regulamento Geral de Protecção de Dados (RGPD), a CCIP lançou uma rúbrica, na sua newsletter quinzenal, que irá abordar alguns aspectos relacionados com este tema. Nesta edição, damos-lhe a conhecer um caso prático sobre o direito à rectificação e pagamento de dados. Conheça agora o caso.

 

O Caso

António foi, durante alguns anos, proprietário de um imóvel em propriedade horizontal, sendo as partes comuns geridas por uma empresa de administração de condomínios, a Empresa Condomínios, Lda.

Para efeitos de gestão e cobrança de quotas de condomínio, os dados pessoais de António (nome, morada, NIF e contacto telefónico) foram sujeitos a tratamento pela Empresa Condomínios, Lda.

Há cerca de 3 meses, sem qualquer valor em dívida, António vendeu o imóvel, tendo comunicado à empresa Condomínios, Lda os dados do novo proprietário. Neste sentido, António solicitou à Empresa Condomínios, Lda o apagamento dos seus dados. Será o pedido de legítimo? Como deverá proceder a Empresa Condomínios, Lda, em face deste pedido?

Análise Prática

Com efeito, os dados pessoais são recolhidos para finalidades determinadas, explícitas e legítimas, devendo ser conservados apenas durante o período necessário para o cumprimento das finalidades para as quais são tratados (salvo se tiverem fins de interesse público no domínio da saúde pública, arquivo de interesse público, investigação científica ou histórica ou para fins estatísticos).

A recolha de dados pessoais dos proprietários e condóminos dos prédios administrados pela Empresa Condomínios, Lda é legítima, na medida em que se destina à administração do condomínio, gestão e cobrança de quotas, isto é para a execução de um contrato no qual o titular dos dados é parte. Tal execução implica, naturalmente, a existência de contactos formais, facturação ao próprio, entre outros.
Por outro lado, em regra, quando os dados pessoais deixam de ser necessários para a finalidade que motivou a sua recolha e tratamento, o titular tem o direito de solicitar o apagamento dos seus dados pessoais, sem demora injustificada.

Neste caso, o pedido de apagamento, por parte de António, é legítimo e admissível (nos termos do artigo 17º do Regulamento Europeu de Protecção de Dados), pois a recolha de dados pessoais, para efeitos de administração do condomínio, gestão e cobrança de quotas cessou aquando da transmissão da propriedade do imóvel para um terceiro. Encontrando-se todas as obrigações financeiras, e outras, a cargo de António, integralmente cumpridas, não existindo necessidade de manutenção dos dados para a finalidade que motivou a sua recolha, a Empresa Condomínios, Lda deverá aceder ao pedido de António, procedendo ao apagamento dos seus dados.

O titular dos dados cujo tratamento viole o presente Regulamento tem direito a apresentar à Comissão Nacional de Protecção de Dados (no caso de Portugal) a sua reclamação, bem como a ser indemnizado pelo responsável pelo tratamento ou subcontratante, pelos danos patrimoniais e não patrimoniais incorridos.

Por fim, no momento da recolha dos dados pessoais, o responsável pelo tratamento de dados deve informar o titular da existência do direito de acesso aos dados pessoais que lhe digam respeito, rectificação ou apagamento, bem como a limitação do tratamento e o direito de se opor ao tratamento, como também o direito à portabilidade dos mesmos.

 

Caso prático desenvolvido por: Azeredo Perdigão & Associados – Sociedade de Advogados

Acordo-UE Japao

No passado dia 17 de Julho foi assinado, em Tóquio, entre a União Europeia e o Japão, o Acordo de Parceria Económica, que é considerado o maior acordo de comércio celebrado na história da UE.

 

O Acordo vai criar uma zona de comércio livre que abrange 600 milhões de pessoas e representa 30% do PIB mundial. Quando entrar em vigor irá permitir aos exportadores da UE poupar anualmente cerca de mil milhões de euros em direitos aduaneiros.

 

As negociações iniciaram-se em 2013 e foram concluídas em Dezembro de 2017, prevendo-se que entre em vigor, no inicio de 2019, depois do texto ser aprovado pelo Parlamento Europeu e pelo Governo Japonês.

As negociações incidiram também em muitas medidas não pautais que constituíam uma preocupação para as empresas europeias, uma vez que alguns requisitos técnicos e procedimentos de certificação japoneses têm dificultado por vezes a abordagem a este mercado.

 

Cerca de 94% de tarifas aplicadas às importações japonesas com origem na UE serão eliminadas e progressivamente serão liberalizadas 99% das exportações europeias para o mercado nipónico. São também eliminadas cerca de 99% das tarifas aplicadas aos produtos japoneses exportados para a UE.

 

O Acordo protege os direitos de propriedade intelectual da UE no mercado japonês e reconhece 205 Indicações Geográficas (produtos agrícolas provenientes de uma origem geográfica especifica) que usufruirão do mesmo nível de protecção no Japão de que beneficiam actualmente na UE. Para além disso, irá criar oportunidades não só ao nível da exportação de produtos e serviços mas, também, no acesso aos mercados públicos.

O mercado japonês, com 127 milhões de habitantes, é um dos mais competitivos a nível mundial, com consumidores sofisticados, com elevado poder de compra e grande apetência por produtos europeus. A procura japonesa coincide em grande parte com a oferta nacional, especialmente em produtos, com particular potencial para o reforço das exportações portuguesas, tais como: vestuário e calçado; têxteis-lar; materiais de construção; cerâmicas; vinhos; produtos alimentares e mobiliário, entre outros.

O comércio entre o Japão e Portugal tem, assim, grandes potencialidades para se desenvolver. O Japão, como cliente de Portugal, ocupou em 2017 a 39ª posição, e como fornecedor de Portugal, a 28º posição.

As exportações portuguesas para o Japão, em 2017, totalizaram 145,7 milhões de euros, sendo que as importações de produtos nipónicos, no mesmo período, ascenderam a 333,1 milhões de euros.

As principais exportações, por grupos de produtos, foram constituídas essencialmente por produtos alimentares (39,1%); máquinas e aparelhos (20,8%); calçado (8,1%); agrícolas (8%); químicos (6,3%) e madeira e cortiça (5%). Quanto às importações provenientes do Japão, estas dizem respeito principalmente a veículos e outro material de transporte (37,9%); máquinas e aparelhos (32,6%); plásticos e borracha (11%): instrumentos de óptica e precisão (5,9%); metais comuns (2,8%) e químicos (2,4%).

Em 2017, os dados mais recentes disponibilizados pelo INE revelam que 945 empresas portuguesas exportaram para este mercado.

Nos grupos de produtos em que se concentram as exportações portuguesas vão sentir-se, sem dúvida, efeitos positivos da eliminação das tarifas aplicadas e o número de empresas portuguesas exportadoras para este mercado irá certamente aumentar, uma vez que se abrem novas oportunidades para as empresas que pretendam diversificar o destino das suas exportações.

 

Mais informações sobre os principais elementos do Acordo de Parceria Económica, poderão ser obtidas na página da Comissão Europeia através deste link.

ccip-aposta-na-desmaterializacao

Eficiência e desmaterialização com inúmeros benefícios para as empresas

 

A vaga da digitalização de processos é uma realidade para as empresas e, na CCIP, temos vindo a apostar nessa transformação, nomeadamente nos Certificados de Origem em formato digital.

 

“A tecnologia consegue trazer para as empresas enormes benefícios e a aposta na desmaterialização dos processos é sempre um investimento acertado”, explica Bruno Mourão Martins, Director do departamento de Comércio Internacional da CCIP, “conseguir optimizar processos traz enormes poupanças de tempo e financeiras”, acrescenta.

 

A CCIP aposta na digitalização dos Certificados de Origem.

 

Considerando a importância deste aspecto para as empresas, a Câmara de Comércio ultrapassou diversas barreiras e resistências, e investiu na desmaterialização dos processos de Certificação de Origem.

 

Quais são então, na prática, as alterações subjacentes?

  • Poucas horas depois de um expedidor fazer o seu pedido de Certificado de Origem, na Câmara de Comércio, vai receber o documento válido no seu e-mail, de forma totalmente electrónica;
  • No prazo máximo de 12 horas, em qualquer lugar do mundo, qualquer um dos seus clientes, fornecedores, alfândegas, ou outro parceiro de negócios, pode validar, de forma autónoma e electrónica, a integridade e credibilidade desse Certificado de Origem.

 

Com um Certificado de Origem Electrónico (eCO), obtido na Câmara de Comércio, as empresas passam a beneficiar de diversas vantagens:

 

Eficiência – A possibilidade de receber o seu eCO por e-mail, logo após a emissão e poucas horas após o pedido.

 

Redução de custos – Com a apresentação do eCO, poupa tempo e dinheiro:

  • Poupanças financeiras directas em serviços de correios, serviços profissionais de estafetas, entre muitas outras.
  • Poupanças indirectas ao rentabilizar tempo, ao agilizar processos internos e alocando recursos a outras tarefas. Os despachantes e transitários, ao usarem este serviço, também poupam tempo e dinheiro aos seus clientes finais.

 

Integração – eCO significa que são documentos digitais que podem ser integrados de forma simples nos vários processos e plataformas de fornecedores e parceiros, agilizando e aproximando de forma simples toda a cadeia do comércio internacional.

 

Transparência – Todos os processos de negócio digitais são mais transparentes. Os eCO da Câmara de Comércio ao serem emitidos electronicamente, garantem uma transparência em todo o processo, permitindo acompanhar e validar, em tempo real, o documento.

 

Segurança – Os eCO são emitidos de acordo com um conjunto de processos de qualidade e regras internacionais, da International Chamber of Commerce, que permitem reforçar a integridade e a credibilidade do seu titular. O reconhecimento mundial da qualidade desta acreditação internacional, bem como as assinaturas digitais, de entidades certificadoras nacionais, contribui para a construção de uma relação de confiança com as entidades que utilizam o eCO.

 

Competitividade – Optimizar processos de forma mais simples, executá-los em menos tempo, reduzir custos, integrar toda a cadeia de comércio internacional, aumentar a produtividade, prestar um melhor serviço aos clientes e parceiros, são apenas algumas das vantagens competitivas que a utilização dos eCO conseguem oferecer a todas as entidades que o utilizam.

 

Faça aqui o pedido do seu eCO

 

Consulte o guia de preenchimento passo-a-passo

BB EXPRESSO DESTAQUE

Bruno Bobone, Presidente da CCIP, foi entrevistado para a revista 100 Maiores e melhores empresas – distrito de Leiria e concelho de Ourém, uma publicação do semanário REGIÃO DE LEIRIA.

Trata-se de uma publicação de 164 páginas dedicada à dinâmica empresarial do distrito de Leiria e concelho de Ourém, com rankings quantitativos, qualitativos e geográficos, permitindo uma radiografia da actividade empresarial deste território. A revista é referenciada como o primeiro grande estudo que se publica anualmente sobre o desempenho das empresas.

Ao longo da entrevista, Bruno Bobone, fala da situação socioeconómica do país, do trabalho que as empresas nacionais têm desenvolvido ao nível da internacionalização, o papel da CCIP na economia portuguesa, a economia do mar, e muitos outros temas.

Veja agora a entrevista conduzida por Hermínia Saraiva.

 

"Temos um mercado: é o mundo, e temos que saber geri-lo à nossa medida"

Acredita que Portugal saiu da crise graças à coragem das empresas de se internacionalizarem. As mesmas empresas que garantiram que "os produtos portugueses já não estão na última prateleira do supermercado".

 

Como avalia a situação socioeconómica do Pais?

Nas últimas décadas temos vivido em condições um pouco pobres e continuamos a fazer um caminho que não nos vai tirar da pobreza. Porque não podemos achar que estamos a contribuir para o desenvolvimento do pais se não trouxermos alguma riqueza aos portugueses. Nessa perspetiva tenho defendido que é preciso mudar o paradigma. Uma das condições é fazer crescer a economia e recuperámos da crise em que estivemos envolvidos, não porque a troika tenha feito alguma coisa, não porque os governos tenham feito grandes mudanças, mas fundamentalmente porque as empresas inverteram o ciclo que estavam a viver e tornaram-se uma fonte de rendimento, equilibraram a balança de pagamentos, trouxeram riqueza ao país. A crise trouxe-nos alguma vantagem, as empresas não puderam depender tanto do Estado, tiveram que ir à procura de soluções. tornaram-se autónomas, saíram daqui e fizeram um grande trabalho. Houve um crescimento da internacionalização que nos deu dimensão, capacidade de intervir no mercado, empresas mais fortes, mais competentes. Isso é fundamental, mas temos que passar à fase seguinte. Fazer a distribuição dessa riqueza. Porque não basta ter riqueza, é preciso uma distribuição justa por duas razões: primeiro, porque é justo e isso é indiscutível. Segundo porque é eficaz. Se distribuirmos a riqueza vamos comprometer as pessoas que recebem essa riqueza a estar mais motivadas, mais envolvidas, e serão um ativo muito mais valioso para as empresas, para o pais e para a economia.


Como é que isso se faz? Aumentando o salário mínimo nacional (SMN)?

O SMN é uma conversa do século passado, já não tem qualquer sentido. O salário mínimo não permite a ninguém viver com dignidade e, portanto, não pode ser um objetivo nem das centrais patronais, nem dos sindicatos. Eventualmente tem que existir um salário mínimo para que não haja abusos. Mas não pode ser esse o objetivo. Um salário digno tem que ser muito superior ao que é hoje o SMN.

 

Mas quem estabelece esse salário digno?

Cada caso será um caso. Tem que haver uma certa responsabilidade de parte a parte e aí as centrais sindicais e as entidades patronais podem ter um papel fundamental, mas têm que se dedicar a estabelecer as regras e os critérios para isso. O salário digno só é possível se houver um aumento de produtividade das empresas. Porque com a riqueza que produzimos hoje não é possível. Tem que se dar às pessoas a possibilidade de ganharem mais, mas com a contrapartida que estão mais comprometidas e conseguem ajudará produtividade. Isto é claramente um projeto comum de trabalhadores, gestores e patrões.

 

Do seu ponto de vista, em termos de valor, o que é um salário digno?

É muito difícil estar a dizer um valor porque cada realidade é uma realidade, viver em Lisboa é diferente de viver no interior. Não se pode dizer que há um número mágico. Mas o salário digno é aquele que permite a uma pessoa ter a sua família. pagar a casa, a educação dos filhos, ter alguma capacidade de entretenimento, desenvolver-se culturalmente, e isto tem que ser estabelecido como mínimo, não é só ter dinheiro para se alimentar. Porque viver não é trabalhar.

 

Qual é o papel da CCIP na economia portuguesa?

Temos todo o nosso trabalho na internacionalização. As empresas portuguesas fizeram esse desenvolvimento desde o início da crise. mas nós desde 2004, antes da crise, que começámos a trabalhar nisso e a dar às empresas oportunidades. Como? Estudamos mercados, acompanhamos as empresas em missões, dando um acompanhamento muito mais completo do que a maioria das outras organizações, porque fazemos missões pequenas para que as empresas sejam verdadeiramente acompanhadas. Temos organizações do outro lado, muitas vezes com as Câmaras de Comércio Portuguesas no exterior, que nos ajudam a montar reuniões. Preparamos isto com um cuidado enorme e isso tem dado muitos resultados. A solução tem sido tão boa que hoje em dia somos procurados pelas empresas para fazer missões individuais.

 

Como definem os mercados? Para onde estão a olhar?

Estamos a olhar para o mundo inteiro. Começámos pelos mercados mais óbvios, depois fomos aos mercados mais importantes, e agora já estamos a ver os mercados de oportunidade. Estudamos o que é a produção do mercado português e tentamos juntar o interesse do mercado e o interesse da produção. Mas também seguimos sugestões dos nossos associados ou de alguém que tenha feito alguma aproximação à CCIP. Preparamos sempre a missão com uma apresentação do país, tentamos trazer organizações que já estejam lá a trabalhar, que expliquem como é que entraram...

 

Organizações portuguesas?

De preferência. Quando não há portuguesas vêm de outro país, porque apesar de tudo é melhor ter a noção de um estrangeiro que entrou num pais do que não ter. As empresas que têm experiência lá podem contar quais são as dificuldades reais que se vão encontrar. Todo o trabalho é feito profissionalmente, nós precisamos de ganhar dinheiro, porque como não somos subsidiados pelo Estado temos mesmo que dar um resultado efetivo do trabalho que prestamos.

 

O que ganham com essa independência face ao Estado?

Eficiência. Porque quem depende do Estado acaba por estar dependente das normas com que lhes é atribuído um subsídio. Quando me candidato a fazer uma missão e a receber um determinado fundo, tenho que fazer a missão obrigatoriamente, quer tenha clientes ou não. Ao passo que assim posso fazer exatamente o contrário: procuro quem procura determinado mercado, tento marcar umas datas, se as empresas preferirem outras, mudo, se as empresas em última instância não aparecerem, não vou. Não vou encher a missão com pessoas desinteressadas apenas para dizer que fiz esse trabalho. Por outro lado, dá-me uma autonomia relativamente ao Estado enorme. Posso dizer e fazer aquilo que acho que devo fazer, sem estar nunca sujeito a uma critica por parte de quem me paga, o que obviamente me condicionaria. Portanto, é muito importante, não é só publicidade.

 

De qualquer maneira, mantém algum relacionamento com o Estado…

... total, mas de exigência e não de subserviência. E a AICEP tem trabalhado connosco extraordinariamente bem, até porque somos complementares à AICEP, quando em cada país temos a versão privada daquilo que a AICEP tem.

 

Tendo independência para fazer exigências ao Estado, o que deve ser exigido para garantir o aumento da competitividade internacional das empresas portuguesas?

As empresas portuguesas precisam, em primeiro lugar, de estruturas fortes para competirem no mercado internacional, precisam de capital e estruturas de gestão. Isso dificilmente o Estado poderá... quer dizer, pode. Se houver uma política fiscal promotora do desenvolvimento das empresas é evidente que estas vão ter uma estrutura mais forte e mais capacidade para intervir nos mercados externos. É muito mais importante ter empresas ricas que distribuam pelos seus trabalhadores a riqueza e que depois o Estado venha a beneficiar do imposto pago por todos, do que estar a ir à essência buscar o dinheiro que depois já não é distribuído. A política fiscal é claramente uma das áreas onde o Estado devia fazer mais. À parte disso, nos mercados de destino devia criar condições para que as empresas portuguesas tenham no mínimo iguais facilidades, ou eventualmente, se pudermos ter mais, melhor.

 

Neste momento quais são os mercados mais atrativos para as empresas portuguesas?

Depende dos sectores, depende das empresas. Há empresas preparadas para determinados mercados, outras não. Um dos locais onde temos um sucesso extraordinário é, por exemplo, nos mercados mais recônditos de África onde conseguimos estar com urna postura que praticamente mais ninguém no mundo é capaz de ter, porque nos adaptamos às populações, aos costumes, porque estamos dispostos a colaborar com as pessoas. Agora, também não estamos a dizer que todos as empresas devem ir para esses mercados. É difícil escolher. Temos um mercado: é o mundo, e temos que saber geri-lo à nossa medida.

 

Já não há vergonha do Made in Portugal?

Antes pelo contrário. Há orgulho e há um reconhecimento internacional daquilo que é produzido em Portugal. Já não estamos na última prateleira do supermercado, antes pelo contrário. Portugal é procurado, tem produtos de grande qualidade e a nova indústria vem mostrar isso. E a velha indústria que também se transformou. Repare nos sapatos, a evolução que a indústria dos sapatos fez nos últimos anos foi extraordinária. A indústria dos moldes tem-se reformulado e hoje em dia é uma referência no mundo. Portugal reinventou-se. Agora precisa de ultrapassar a questão da mão-de-obra barata e passar a ter um salário digno.

 

A CCIP tem defendido a economia do mar como fator de desenvolvimento do país. Porquê?

Temos um território terrestre com 95.000 km2, um território marítimo com 1,7 milhões e estamos a candidatarmo-nos à gestão de 3.8 milhões km2. Estamos a falar de ser um país maior do que a índia. Queixamo-nos que somos um país pequeno. Não é verdade, somos um país enorme e devemos especializarmo-nos no que temos no nosso território. Se não temos terra, porque está completamente explorada, e temos mar, é no mar que temos que fazer o nosso desenvolvimento. O mar, é o futuro.

 

De que forma é que a região de Leiria, que tem cerca de 60 km de costa, pode aproveitar este potencial considerando que duas assembleias municipais chumbaram a prospeção de petróleo na zona?

Essa é a primeira asneira. Temos a possibilidade de ter riqueza de recursos naturais e estamos a tomar uma atitude que já tomámos no passado em relação à energia nuclear, [alegando] que tinha efeitos negativos para o ambiente, e que é hoje a base da contestação à exploração de petróleo. Com isso acabamos por perder uma riqueza que, se fosse explorada, nos podia permitir fazer a transferência de energia suja para a energia limpa, podíamos transformar um país pobre num país com capacidade para grandes investimentos. No final, temos o mundo sujeito aos perigos que estamos a querer evitar com todos os outros a beneficiarem dessa riqueza e os únicos que perdem somos nós. Pensar que isso é burrice.

 

Mas como é que exploração petrolífera se conjuga com o turismo que é neste momento um dos maiores ativos nacionais?

Não tem problema. Na costa de Aljezur, por exemplo, estamos a falar em fazer prospeção a 50 km da costa. A nossa capacidade de visão quando estamos à beira mar é de l8 km no máximo num dia limpo. E a 30 km passam navios cheios de lixo atómico, com tudo e mais alguma coisa e nunca ninguém levantou problemas. Sem esta exploração, e primeiro é preciso provar que é rentável, estamos mais uma vez a apostar na pobreza do país, que é resultado da nossa própria decisão, não é uma condição que nos foi dada.

 

Como é que vê o tecido empresarial da região de Leiria?

O tecido empresarial da região de Leiria é desde há muitos anos dos tecidos mais fortes do pais, tem grandes empresários, gente muito trabalhadora, com grande capacidade de investimento, com grande coragem. O tecido empresarial é fortíssimo, cria muita riqueza, distribui bastante riqueza. Como as empresas não são excessivamente grandes, e há uma ligação muito grande entre os patrões e empregados, isso acaba por ser uma forma de trazer o salário digno sem ser pelas estruturas de que estava a falar.

 

A região tem um papel importante em termos de internacionalização?

Tem um papel importante, aqui na CCIP há um grupo de seis empresas que são nossas associadas e participam bastante na parte de internacionalização. Mas há muitas empresas não associadas, e que deviam ser, que também têm usado o nosso serviço de missões, vão a muitos destinos, e acabam por ser empresas que têm desenvolvido grandes trabalhos nos destinos onde vão.

 

Agora que a crise está ultrapassada, quais são os desafios das empresas portuguesas?

A partir do momento em que as empresas começaram o caminho da internacionalização, aumentaram diariamente os desafios, porque cada vez é preciso chegar mais longe, ser mais eficiente, garantir que ganham mais mercado. E agora vamos começar a ter o que não tivemos no princípio: as outras empresas a olharem para nós como rivais a sério, enquanto que antigamente achavam que não eramos capazes e davam-nos a possibilidade de entrar. Agora temos que ser mais competentes, ter mais capacidade de combate para podermos ganhar os mercados onde temos que ir, até porque os mercados que ganhamos foram os mais óbvios, e aqueles que temos que ganhar são aqueles que são mais competitivos e mais difíceis.

delegacao-iraniana

No dia 12 de Julho, o Secretário-Geral da Câmara de Comércio, João Pedro Guimarães, recebeu uma delegação iraniana, composta pelo Secretário-Geral da Câmara de Comércio do Irão, pelo Presidente do Portuguese Iran-Business Council, por membros do Parlamento do Irão e por diplomatas da Embaixada do Irão em Lisboa.

Foi mais uma oportunidade de apresentar as boas práticas e resultados da CCIP e de partilhar experiências com instituições homólogas no estrangeiro.

dados-sensiveis

Com o objectivo de apoiar as empresas no âmbito do Regulamento Geral de Protecção de Dados (RGPD), a CCIP lançou uma rúbrica, na sua newsletter quinzenal, que irá abordar alguns aspectos relacionados com este tema. Nesta edição, damos-lhe a conhecer um caso prático sobre um incidente de segurança com dados sensíveis. Conheça agora o caso. 

 

O caso

Uma Clínica especializada em tratamento de doentes com HIV enviou um e-mail ao paciente X copiando os restantes pacientes da clínica, tendo os mesmos tido acesso aos resultados clínicos do paciente X. O envio deste e-mail constitui um incidente de segurança? Se sim, o que fazer?

 

Análise prática

Com efeito, é proibido o tratamento de dados pessoais que revelem a origem racial ou étnica, as opiniões políticas, as convicções religiosas ou filosóficas, ou a filiação sindical, bem como o tratamento de dados genéticos, dados biométricos para identificar uma pessoa de forma inequívoca, dados relativos à saúde ou dados relativos à vida sexual ou orientação sexual de uma pessoa.

Neste caso, estamos perante o tratamento de dados relativos à saúde do paciente X, isto é, dados pessoais relacionados com a condição física ou mental de uma pessoa singular, através da divulgação, via e-mail, para os demais pacientes da clínica, dando conta que o mesmo é portador de HIV.

 

Conforme mencionado, é proibido o tratamento de dados pessoais relativos à saúde dos pacientes, salvo nos casos de:

  • consentimento do seu titular;
  • cumprimento de obrigações em matéria de legislação laboral, segurança social e protecção social;
  • interesses vitais do titular ou de outra pessoa incapacitada de dar o seu consentimento;
  • actividades legítimas e mediante garantias de uma entidade sem fins lucrativos, que prossiga fins políticos, filosóficos, religiosos ou sindicais, relativamente a membros;
  • dados tornados públicos pelo titular;
  • tratamento necessário no âmbito de um processo judicial;
  • motivos de interesse público importante proporcional ao objectivo visado (investigação científica ou histórica, estatística, desde que respeite a essência do direito à protecção dos dados)
  • medicina preventiva no âmbito da segurança e higiene no trabalho;

 

keyboard fingersNada nos leva a crer que se verifique a existência de qualquer situação prevista nas excepções acima referidas, pelo que será forçoso concluir que o tratamento de dados pessoais relativos à saúde, tal como descrito, revela-se vedado nos termos do nº 1 do artigo 9º do RGPD.

Assim, o paciente X tem o direito a apresentar, à Comissão Nacional de Protecção de Dados, a sua reclamação, bem como a ser indemnizado pelo responsável pelo tratamento ou subcontratante, pelos danos patrimoniais e não patrimoniais incorridos.

A infração acima descrita – tratamento indevido de dados sensíveis – está sujeita à aplicação de sansões.

 

Incidente de segurança

Note-se que, neste caso, o envio do e-mail, constitui um incidente de segurança pois verificou-se uma violação de dados pessoais – ou seja, uma falha da segurança que provoque, de modo acidental ou ilícito, a destruição, a perda, a alteração, a divulgação ou o acesso, não autorizados, a dados pessoais transmitidos, conservados ou sujeitos a qualquer outro tipo de tratamento.

Face a este incidente de segurança, o responsável pelo tratamento, neste caso a Clínica em causa, deverá notificar a Comissão Nacional de Protecção de Dados, da violação de dados pessoais até 72 horas após ter tido conhecimento da mesma. Se este prazo não for cumprido, a notificação à autoridade de controlo deve ser acompanhada dos motivos do atraso.

Por outro lado, sempre que a violação dos dados pessoais for susceptível de implicar um elevado risco para os titulares dos dados, o responsável pelo tratamento deve comunicar também a violação de dados pessoais ao titular dos dados, sem demora injustificada. Deverá descrever, em linguagem clara e simples, a natureza da violação dos dados pessoais e fornecer as informações e recomendações previstas no Regulamento.

Quaisquer violações de dados pessoais devem ser documentadas.

 

 

Caso prático desenvolvido por: Azeredo Perdigão & Associados – Sociedade de Advogados

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A Sage estabeleceu uma parceria corporate com a Câmara de Comércio, com o objectivo de apoiar as empresas portuguesas no processo de digitalização dos seus negócios a nível local ou internacional.

No âmbito desta parceria a CCIP deu a palavra ao seu Associado Corporate. Procurámos conhecer os milestones, a relevância da cloud, a importância da rede de parceiros, as perspectivas para os próximos 5 anos e as mais-valias que reconhece na CCIP.

 

 

Para ver a versão resumida do vídeo, clique aqui.

Segundo Josep María Raventós, esta é uma parceria-chave para a Sage, uma vez que aproxima a empresa de um largo número de organizações que podem alavancar os seus negócios através de soluções que aceleram as interacções do negócio em qualquer lugar e a qualquer escala, local ou internacional – um factor decisivo para empresas em processo de internacionalização.

A Sage é líder global no fornecimento de tecnologia que visa apoiar empresas, de todas as dimensões, na sua gestão empresarial diária. Através da Sage Business Cloud – a única solução de gestão empresarial de que os clientes precisam, que inclui as áreas de Contabilidade, Financeiro, Gestão Empresarial, Recursos Humanos e Salários, Pagamentos & Banking, a Sage pretende libertar os empreendedores e gestores dos encargos administrativos, para que possam ter mais tempo disponível para fazer o que mais gostam. Actualmente conta com três milhões de clientes em 23 países, através de 13.000 colaboradores e uma rede abrangente de contabilistas e parceiros.

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A Câmara de Comércio está a organizar a primeira missão multissectorial a Adis Abeba, Etiópia.

Acompanhados pelo Director de Relações Internacionais, Pedro Magalhães, os 7 participantes que integram a missão estão a ter, em média, 4 reuniões diárias com empresas locais, de acordo com o pretendido ao nível de contactos.

No dia 10 de Julho, a comitiva foi recebida pela Senhora Embaixadora de Portugal em Adis Abeba, Dra. Helena Malcata, para um jantar informal.

A Etiópia, está situada no continente africano, mas está também às portas das grandes economias do Médio Oriente, e perspectiva-se que, este ano, ocupe o lugar de economia em maior crescimento da África Oriental. Com resultados económicos impressionantes no contexto em que está inserida, o PIB da Etiópia aumentará a uma média de 7% no período 2018-22.

Mais uma vez, a Câmara de Comércio aposta em agendas de qualidade em mercados em crescimento, levando as empresas nacionais a expandir os seus negócios!

 

Consulte aqui as próximas iniciativas da CCIP

destaque-isum

Quer participar numa discussão internacional sobre empreendedorismo, inovação e liderança? Procura internacionalizar a sua startup e não sabe por onde começar?

O Lisbon International Startups Meeting, que se realiza nos dias 3 e 4 de Julho, na Universidade Lusófona, vai reunir empreendedores e investidores em diversos workshops e momentos de networking.

A Câmara de Comércio é parceira desta iniciativa que contará com a participação de Bruno Mourão Martins, no painel de júris da “Startup Competition”. Também a Invest Lisboa será oradora neste evento, no painel sobre a atractividade de Portugal neste âmbito.

Ainda vai a tempo de inscrever a sua startup numa competição internacional que atribuirá prémios até 100.000€.


Saiba mais aqui.

rgpd-estado-nacao

POST-ITA Câmara de Comércio realizou, no dia 7 de Junho, um seminário dedicado ao novo Regulamento Geral de Protecção de Dados (RGPD), que entrou em vigor no dia 25 de Maio.

 

Este evento, que contou com o patrocínio da Askblue, Sage e SGS, tinha como principal objectivo juntar um painel de oradores de referência para, em conjunto, fazermos uma análise do “Estado da Nação”, exactamente um ano após o 1º evento realizado pela CCIP sobre esta temática.

 

CNPD

MLP 20180607 conf ccip rgpd lisboa 25Depois da recepção de João Pedro Guimarães, Secretário-Geral da CCIP, Clara Guerra, Consultora Coordenadora de Relações Internacionais da Comissão Nacional de Protecção de Dados (CNPD), iniciou a sua intervenção dizendo que “esta nação está desinformada” e que é necessário desmistificar alguns mitos, nomeadamente a questão de o regime sancionatório não implicar apenas coimas, mas prever também medidas correctivas. Clara Guerra explicou que a CNPD irá aplicar o Regulamento com “precaução e compreensão” e que nenhuma empresa irá à falência devido às eventuais coimas.

 

A mudança do mindset é uma das principais barreiras a serem ultrapassadas para o sucesso de uma implementação bem-sucedida, afirmou Clara Guerra. Este será seguramente um ano de transição para todas as empresas e devemos encarar o RGPD como uma oportunidade que poderá solidificar a reputação das empresas e representar ganhos de competitividade.

 

A consultora da CNPD alertou para possíveis oportunistas que “lançam o pânico e não estão minimamente preparados para assegurar uma boa assessoria” sendo, por esse motivo, importante recorrer a opiniões sustentadas em factos. Salientou ainda que a Comissão Nacional de Protecção de Dados está disponível para ajudar as empresas a cumprirem estas regras e, para isso, irá aumentar a sua capacidade de apoio.

 

ASKBLUE

MLP 20180607 conf ccip rgpd lisboa 39João Queirós, Senior Manager de Business Consulting da Askblue, alertou para o compliance do RGPD não ter terminado no dia 25 de Maio, tratando-se, pois, de um processo de gestão contínuo, sustentado e evolutivo. Depois do “frenesim” inicial de adaptação de Políticas de Privacidade, obtenção de consentimentos e registo de actividades é necessário olhar para a segurança da informação e gestão de risco para implementar uma cultura de segurança.

 

As medidas de segurança têm de responder aos objectivos de controlo do risco e a sua definição e implementação tem de ser coerente e consistente.

 

VdA

Magda Cocco, Sócia responsável pelas áreas de Telecoms, Privacidade, Dados Pessoais & Cibersegurança da VdA, centrou a sua intervenção no “Data Economy” salientando que os dados são um activo muito importante para as empresas, chamando-lhes “o petróleo do século”. Num discurso claro e dinâmico, a oradora referiu que o Regulamento é de interpretação complexa e o compliance é distinto mediante o sector de actividade da empresa. A Sócia da VdA concordou com Clara Guerra, no que diz respeito à falta de conhecimento sobre a temática, mas considera que a protecção de dados vai estar na agenda do Top Management das organizações, nos próximos anos.

 

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“Implementar o RGPD é muito mais do que um mero exercício de riscar pontos de uma checklist” – Magda Cocco

 

MESA REDONDA: EMPRESAS

moderada por Andreia Jotta, Directora de Marketing da CCIP

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Nuno Menezes, Legal Manager/CIPP-E da Teleperformance, referiu que o maior desafio foi o levantamento e registo de tratamento de dados, devido ao elevado número de clientes, colaboradores e parceiros, mas que, desde o início, tiveram apoio da casa mãe.

 

Gonçalo Pereira, Responsável de Protecção de Dados do LIDL, explicou que o processo partiu da sede na Alemanha e não adquiriram novas soluções de software, optando por utilizar as já existentes. Para o Responsável de Protecção de Dados, o maior desafio foi chegar a todos os colaboradores.

 

Mariana Sousa, DPO do grupo José de Melo Saúde, mencionou que o envolvimento dos colaboradores foi sempre uma das principais preocupações e dificuldades. Durante a sua implementação, o grupo José de Melo Saúde fez um grande investimento em formação, comunicação e sensibilização para esta temática. Mariana Sousa partilhou que mais de 1.000 colaboradores receberam uma formação sólida sobre a temática, criaram um site interno e passaram a colocar alguma informação junto ao recibo de vencimento.

 

Miguel Jacinto, Chief Information Security Officer & Data Protection Officer do Eurobic, considera o RGPD uma oportunidade de negócio. Embora o Regulamento os tenha obrigado a alterar e criar novos processos, chegaram a dia 25 de Maio sem contratempos e, no dia 26, os trabalhos não pararam!

 

HITACHI CONSULTING

MLP 20180607 conf ccip rgpd lisboa 88Jorge Antunes, Director Business Development EMEA da Hitachi Consulting, ficou responsável pelo tema da gestão do consentimento. Durante a sua apresentação falou-nos dos vários tipos de consentimento, as origens dos mesmos e a sua contextualização, o armazenamento e a informação que deve ser guardada, bem como os direitos inerentes ao RGPD.

 

Para o Director da Hitachi Consulting, os desafios mais comuns para as organizações são:

  • Bases de dados e listas de contactos com informação pessoal anteriores a 25 de Maio de 2018;
  • Pedido de consentimento e workflow de aceitação sem componente segura;
  • Armazenamento do consentimento sem prova de autenticidade, informação irrefutável;
  • Inexistência de acesso rápido e directo aos consentimentos por parte dos titulares dos dados;
  • Inexistência de ciclo de vida do consentimento, nomeadamente de duração, contexto e registo de utilização;
  • Inexistência de processos de certificação e avaliação interna permanente da informação pessoal e modelos de consentimento;
  • Inexistência de integração dos sistemas de informação para validação do consentimento no processamento de dados pessoais.

 

Para Jorge Antunes, “o consentimento é a componente mais visível do RGPD mas é apenas a ponta do icebergue” e acrescentou ainda que “é na correcta e adequada infraestrutura de suporte que reside a solução para a gestão do consentimento”.

 

MESA-REDONDA: ENTIDADES SUBCONTRATANTES

moderada por Sandra Veloso | Data Privacy Certified CCIP/E, CIPM

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A Head of Product Marketing da SAGE, Cristina Francisco, explicou que a Sage, enquanto fornecedor de soluções que contêm informações sensíveis, tem a preocupação constante de ser uma boa adviser para os seus clientes sendo esta, muitas vezes, que alerta as empresas sobre a importância da escolha dos subcontratantes. Deixou ainda uma mensagem final sobre a importância de entender a génese deste Regulamento e que a aplicação do mesmo deverá ser entendida como uma mais valia na relação com os parceiros e clientes.

 

Luís Lopes, IT Strategy & Operations Manager da Procensus, iniciou a sua intervenção referindo que “as empresas nem sempre percebem que são subcontratantes” exemplificando empresas como gabinetes de contabilidade, consultoras, informáticas, entre outras. A chave para o sucesso dos subcontratantes, no que diz respeito ao RGPD, é darem confiança aos seus clientes.

 

Paulo Alexandre, Chief Security Officer da SGS Portugal, partilhou que ao longo das prestações de serviços aos seus clientes, não identifica grandes diferenças no cumprimento do RGPD entre empresas e subcontratantes, no entanto destacou que se deparou com a existências de subsubcontratantes tornando mais complexa a aplicação das regras.

 


De forma geral, os oradores foram unânimes a salientar 3 aspectos:

  • é preciso desmistificar o Regulamento e ter bom senso na sua aplicação
  • sensibilizar e formar os colaboradores é uma boa prática
  • é necessário cautela na selecção dos parceiros para implementar o RGPD

 

O seminário “RGPD: O Estado da Nação” foi uma iniciativa da Câmara de Comércio e contou com a participação de cerca de 160 gestores, na sua maioria CEO e Managers.

 

Para os participantes, esta iniciativa foi uma mais valia devido à diversidade de oradores e a sua experiência, à objectividade das apresentações e intervenções, à combinação entre o rigor do compliance e a flexibilização adaptada às empresas e à visão obtida sobre o impacto do RGPD no dia-a-dia das empresas.

 

97% dos participantes recomendaria esta iniciativa!

 

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No dia 18 de Junho, assinalámos os 184 anos da fundação da Câmara de Comércio e Indústria Portuguesa (CCIP), instituição cuja história se confunde com o crescimento, desenvolvimento e internacionalização do tecido empresarial português.

A CCIP tem hoje mais de 1.000 empresas associadas por todo o país e uma rede de parceiros internacionais que conta com 42 Câmaras de Comércio Portuguesas, em 29 países. Somos uma iniciativa da sociedade civil, financiada exclusivamente por fundos privados. Esta é uma opção assumida por nós, que nos confere total independência e autonomia no desenvolvimento da nossa actividade e que reflecte os princípios em que acreditamos: São os empresários que têm que ser o factor de mudança e agentes do processo de desenvolvimento económico e não apenas meros beneficiários do mesmo.

Esta casa tem lançado o debate e apresentado propostas que visam provocar uma transformação positiva na sociedade e na economia, promovendo um melhor ambiente de negócios.

Neste contexto, gostaria de destacar quatro vectores que consideramos fundamentais para a melhoria do desempenho socioeconómico do país: a internacionalização, o salário digno; a justiça económica; e a economia do Mar.

O apoio à internacionalização tem sido um dos principais pilares de actuação e crescimento da Câmara, com resultados encorajadores que nos motivam para fazer cada vez mais. É um tema que continuará a ser um objectivo desta Câmara.

É convicção minha e desta Câmara que todos os portugueses devem receber um salário digno para que estejam motivados e empenhados no desenvolvimento do seu país. Os salários baixos nunca podem ser a base de sustentação de uma sociedade. Para estabelecer um salário digno que seja sustentável é necessário introduzir na equação o factor produtividade, sendo que esta tem que estar ligada à distribuição do rendimento. Todos e cada um de nós, trabalhadores e empresários, devemos lutar pelo estabelecimento efectivo de um salário digno. A Câmara de Comércio e Indústria Portuguesa reafirma, hoje, o seu compromisso de contribuir positivamente para este desígnio.

O terceiro vector é o da justiça económica. Esta casa realizou um estudo cujas conclusões revelam o forte impacto do funcionamento da justiça no desenvolvimento económico. A complexidade do sistema e a sua falta de celeridade são apontados pelos empresários como os principais obstáculos ao investimento em Portugal.

Com a nossa acção pretendemos contribuir para a construção do Portugal de amanhã que ambicionamos mais próspero e sustentável.

Na persecução deste objectivo colectivo acreditamos que é preciso ver no mar, não apenas o nosso passado mas, sobretudo, o nosso futuro. Em 2009, a Câmara de Comércio levou a cabo o seu primeiro grande estudo, o “Hypercluster da Economia do Mar”, da autoria do Professor Ernâni Lopes, que avaliou o potencial da economia do mar, à época, em 20 mil milhões de euros. De referir que desde então a economia do Mar passou a estar na agenda política dos Governos. Portugal tem hoje um território com a dimensão de 1,7 milhões de quilómetros quadrados e com o reconhecimento da sua plataforma continental poderá atingir os 3,8 milhões de quilómetros quadrados, tornando-se num país maior que a Índia. Este é o momento de potenciar o mar enquanto factor de desenvolvimento socioeconómico e para dinamizar os nossos recursos marítimos e costeiros.

É neste contexto que Portugal aguarda, com expectativa, a sondagem de pesquisa de petróleo que se realizará ao largo da costa de Aljezur. A não realização desta sondagem de prospeção significaria que o país se ia dar ao luxo de ficar na ignorância relativamente a um recurso ainda tão importante para as nossas vidas e com um imenso valor económico. Como condição devemos assumir que o produto resultante da riqueza que possa vir a ser produzida por este recurso seja dirigida exclusivamente para duas linhas investimento: uma ligada com a renovação energética do nosso país; e outra para a investigação e desenvolvimento da economia do mar, este sim um factor de riqueza futuro que Portugal não pode perder.

Foi para nós uma honra receber o Presidente da República na nossa casa e ver reconhecidos todos os esforços que os empresários portugueses realizaram nos últimos anos. Muito obrigado, Senhor Presidente, pelo seu apoio e pelo seu empenho e trabalho incansável em prol de um Portugal melhor!


Bruno Bobone
Presidente da CCIP

Excerto do discurso de abertura do almoço de celebração do 184º aniversário da CCIP, que contou com a presença do Presidente da República Portuguesa, Professor Doutor Marcelo Rebelo de Sousa.

 

Veja o discurso de Marcelo Rebelo de Sousa aqui.

 

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Veja mais fotografias no Facebook da CCIP.

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Bruno Bobone defende a aposta na internacionalização das empresas portuguesas e uma melhor distribuição da riqueza no país.

O Presidente da CCIP, Bruno Bobone, foi entrevistado por Rosália Amorim e Anselmo Crespo, no programa “a vida do dinheiro”, uma parceria TSF e Dinheiro Vivo. Bruno Bobone destacou a defesa de salários dignos, a justiça económica e a economia do mar. Ao longo da entrevista falou também sobre a produtividade dos colaboradores, a legislação laboral, Donald Trump, o actual governo e o Orçamento do Estado.

“Ninguém com o valor do salário mínimo actual pode viver minimamente bem: não pode cuidar da sua casa, não pode cuidar da sua família, não pode dar qualquer expectativa de desenvolvimento e crescimento e era fundamental que nos preocupássemos em conseguir entregar às pessoas esse mínimo razoável de vida.” explicou o Presidente da CCIP sobre a defesa de salários dignos.

No que se refere à legislação laboral, Bruno Bobone explica que “perguntámos aos associados e empresários (…) quais seriam as maiores dificuldades criadas às empresas para o seu desenvolvimento, e o contrato colectivo de trabalho, a legislação do trabalho não aparece nas três primeiras linhas”.

Veja aqui a entrevista completa.

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No âmbito da celebração do 184º aniversário, a CCIP organizou um almoço, no dia 18 de Junho, que contou com a presença do Presidente da República, Professor Doutor Marcelo Rebelo de Sousa.

No seu discurso aos empresários presentes, o Presidente da República fez algumas referências históricas sobre o ano de fundação da CCIP (1834), salientando a urgência de recuperação do país, sentida na altura, e a necessidade de uma organização da burguesia para “dar força a uma nova fase de investimento e crescimento, uma vez que se tratava de reinventar um país que precisava urgentemente de esperança”.

Segundo o chefe de Estado, ao longo de quase dois séculos, os empresários portugueses e comerciantes industriais, que deram origem a esta instituição, enfrentaram inúmeros desafios: bancarrotas, ultimatos, bloqueios, crises de financiamento, ditaduras, mudanças de regime, o fim do ciclo colonial e imperial, a entrada em novos e lives mercados e a crescente internacionalização das empresas. Reptos que foram utrapassados num permanente “esforço de adaptação e modernização”.

No plano nacional, elogiou "a fibra e a força dos empresários, dos empreendedores e dos gestores portugueses", identificando o novo desafio que se coloca às empresas: a economia global na era digital.

O Presidente da República destacou ainda 7 aspectos que vão marcar as nossas vidas nos tempos mais próximos:

  • a conjuntura política internacional;
  • a preocupação com o regresso do proteccionismo comercial;
  • a encruzilhada na União Europeia;
  • as perspectivas do mundo que fala português;
  • o investimento e as exportações;
  • o acordo sócio-laboral;
  • o orçamento do Estado.

Relativamente ao último ponto, o Marcelo Rebelo de Sousa salientou que "o óbvio é que a actual fórmula governativa vote o Orçamento do Estado para 2019, assim mostrando que é capaz de durar uma legislatura e de se constituir como uma das soluções alternativas sólidas para Portugal, e que até às eleições europeias da Primavera e legislativas do Outono haja estabilidade política".

 

Veja aqui o discurso completo.

 

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A Sage anunciou uma parceria corporate com a CCIP, com o objectivo de apoiar as empresas portuguesas no processo de digitalização dos seus negócios a nível local ou internacional. Outro dos grandes objectivos é oferecer, aos associados, o acesso privilegiado às soluções Sage para Enterprise Management.

A Sage é uma referência no desenvolvimento de soluções que ajudam as organizações a modernizar e inovar os seus negócios e, como tal, através desta parceria, pretende partilhar o seu know-how que pode ajudar a alavancar o sucesso das empresas associadas da CCIP.

Segundo Josep María Raventós, esta é uma parceria-chave para a Sage, uma vez que aproxima a empresa de um largo número de organizações que podem alavancar os seus negócios através de soluções que aceleram as interacções do negócio em qualquer lugar e a qualquer escala, local ou internacional – um factor decisivo para empresas em processo de internacionalização. “Tal como fazemos com todos os nossos Clientes e Parceiros, pretendemos partilhar com os associados da CCIP o nosso talento no desenvolvimento e comercialização de soluções e serviços de gestão, bem como o vasto conhecimento que os nossos profissionais têm sobre o tecido empresarial português”, refere o Country Manager da Sage Portugal.

De acordo com Bruno Bobone, Presidente da Câmara de Comércio e Indústria Portuguesa, “esta parceria representa um importante contributo para a modernização do tecido empresarial português, uma vez que, a Sage apresenta uma importante oferta de serviços na área da digitalização dos processos das empresas que passamos a oferecer aos nossos associados”.

 

A Sage é líder global no fornecimento de tecnologia que visa apoiar empresas, de todas as dimensões, na sua gestão empresarial diária. Através da Sage Business Cloud – a única solução de gestão empresarial de que os clientes precisam, que inclui as áreas de Contabilidade, Financeiro, Gestão Empresarial, Recursos Humanos e Salários, Pagamentos & Banking, a Sage pretende libertar os empreendedores e gestores dos encargos administrativos, para que possam ter mais tempo disponível para fazer o que mais gostam. Actualmente conta com três milhões de clientes em 23 países, através de 13.000 colaboradores e uma rede abrangente de contabilistas e parceiros.

Eurochambres-pede-reuniao-urgente-doG20

A Eurochambres - Associação das Câmaras de Comércio e Indústria Europeias, na qual a Câmara de Comércio é a única entidade portuguesa filiada, apelou para que o G20 a organize uma “reunião urgente” para coordenar uma estratégia que responda a “possíveis riscos de uma guerra comercial global”.

Esta considera que pode estar “iminente” uma guerra comercial global, depois das últimas decisões dos Estados Unidos relacionadas com o aumento das tarifas aduaneiras das importações de aço e alumínio provenientes do Canadá, União Europeia e do México.

Christoph Leitl, presidente da Eurochambres, afirma em comunicado “Vamos defender a globalização e o sistema global de comércio. Amanhã pode ser demasiado tarde!”.

Leia o comunicado completo aqui.

insight-factores

Em 2016, observámos a prevalência de modelos de internacionalização «low cost / capital light», com apenas 28% dos inquiridos a admitirem que, para a internacionalização das suas empresas, tinha sido necessário um esforço de investimento elevado.

Fig43Assim se compreendeu que, nesse mesmo 1.º inquérito do InSight, 85% das empresas tenham afirmado que os processos de internacionalização são, em geral, financiados por capitais próprios. E, assim se compreende que nesta 2.ª incursão apenas 23% dos inquiridos refiram a «dificuldade de acesso ao crédito » como uma preocupação.

Neste contexto, no que diz respeito a condicionantes impostas por factores financeiros, são sobretudo aspectos de gestão tesouraria aqueles que mais impactam as estratégias de internacionalização das PME inquiridas – 54% referiram os riscos de cobrança como sendo os principais riscos a que estão expostas na sua actividade internacional; 34% enunciaram os riscos cambiais.

Uma análise cruzada dos resultados permite concluir que estes riscos, apesar de relevantes, aparentam não ser barreiras para as actividades internacionais das PME inquiridas, estando ao seu dispor um amplo conjunto de soluções comerciais para os mitigar (na sua grande maioria independentes do sistema financeiro) – 67% dos inquiridos escolhem a moeda de facturação para anular riscos cambiais; 59% garantem o recebimento antecipado / pagamento no acto da encomenda para minimizar riscos de cobrança.

fig44 Fig45

 

O estudo InSight foi realizado pela Câmara de Comércio em colaboração com o E-Monitor e conta com o patrocínio da CGD, MDS e Yunit Consulting. O segundo inquérito anual do InSight foi executado entre 24 de Outubro e 25 de Novembro de 2017, tendo sido respondido por 761 empresas, das quais 598 internacionalizadas/exportadoras.

 

Aceda à versão completa do estudo aqui


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Pelo 12º ano consecutivo, o Centro de Arbitragem Comercial (CAC) vai realizar o seu Congresso anual – um evento considerado uma referência no panorama da arbitragem em Portugal – nos dias 5 e 6 de Julho, no Dom Pedro Lisboa Business & Leisure Hotel.

Este XII Congresso tem como temática geral “O Processo Arbitral: Aspetos Práticos”, procurando-se, desta forma, uma abordagem que, a par de uma visão dogmática ao tema, tenha uma acentuada vertente de ordem prática.

Como vem sendo hábito nas últimas edições, irá decorrer também uma Sessão Sub-40, direcionada a jovens arbitralistas, um movimento que tem vindo a ganhar importância em vários países. A sessão deste ano terá em vista um tema cada vez mais atual e de relevo: a inteligência artificial. Será a inteligência artificial bem-vinda e possível na arbitragem?

Saiba mais aqui.

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“As empresas portuguesas têm qualidade, são competitivas e sabem onde podem fazer a diferença.”


Segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE), no fecho do ano de 2017, as exportações de bens e serviços aumentaram 7,9%, em volume, e foi a vertente que mais contribuiu para o crescimento da economia portuguesa. A análise do primeiro trimestre de 2018 revelou um crescimento positivo (na ordem dos 2,7%), já o mês de Março registou uma descida na ordem dos 5,7%, no sector dos bens.

Bruno Bobone, Presidente da Câmara de Comércio e Indústria Portuguesa, foi entrevistado pela revista Exame, no âmbito das exportações nacionais. Segundo o Presidente, não há dúvida de que o trabalho desenvolvido, especialmente pelas PME, tem sido extraordinário e o futuro aponta para a contínua aposta nas exportações.

Ao longo da conversa, Bruno Bobone destaca a autonomia do sector empresarial do Estado e a crescente valorização da marca Portugal.

Quando questionado sobre os factores que podem ser decisivos na manutenção da competitividade internacional, refere diversos aspectos:
- formação ao nível de gestão que permita gerir à distância
- reforçar e optimizar os processos produtivos
- fortalecer processos de inovação
- capacitação e qualificação de recursos humanos em competências profissionais e na cultura dos mercados em que são colocados.

 

"São os empresários que têm de ser o factor de mudança e os agentes do processo de desenvolvimento económico, e não apenas meros beneficiários do mesmo."

 

Veja aqui a entrevista

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A 4ª edição do Bootcamp para a Internacionalização realizou-se no dia 11 de Maio e contou com a presença de cerca de 90 empresários.

O Bootcamp tem como objectivos:
⇒ Dar a conhecer diferentes abordagens e estratégias para a internacionalização
⇒ Identificar as ferramentas essenciais para garantir o sucesso das operações
⇒ Analisar case-studies

Este ano, a CCIP reuniu 13 especialistas em diversas áreas que, complementadas, permitem uma internacionalização bem sucedida, entre elas: e-commerce, riscos, protecção da marca, ferramentas online para prospecção, processos de negociação, modelos de negócio, factores críticos de sucesso e competências diferenciadoras.

Após o evento, a CCIP realizou um inquérito de satisfação aos participantes tendo estes salientado positivamente diversos aspectos, nomeadamento: a diversidade de sub-temas, a qualidade das sessões e dos oradores, as mesas redondas que permitiram sessões mais “intimistas” e um contacto muito directo com os oradores.

Quando questionados sobre o cumprimento das suas expectativas os participantes enviaram-nos comentários como “Gostava de repetir para aprender mais!”, “Fez aumentar a crença nas condições da minha empresa se vir a internacionalizar este ano.” e “Foi uma agradável surpresa. Aprendi bastante e já estou a colocar em prática.”, reforçando a importância do trabalho que a Câmara de Comércio tem vindo a desenvolver nesta área.

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patrocinadores 4edicao bootcampinternacional2018 MAIO

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Durante a realização do estudo InSight pretendemos compreender quais os factores de contexto, as alavancas e as ferramentas que permitem às PME prosseguir esta dinâmica de crescimento tão acentuado da sua actividade internacional. 

 

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Por um lado, e percebendo a enorme criticidade que «os primeiros clientes de um mercado externo» assumem na prossecução das estratégias de internacionalização das PME inquiridas (21% referiram-nos como «muito críticos» e 27% como «críticos»), quisemos perceber o que torna mais eficaz e eficiente encontrar esses clientes e com eles estabelecer relações comerciais.

Por outro lado, recordando uma das mais importantes ideias do 1.º inquérito, a de que as PME portuguesas prosseguem estratégias de internacionalização low-cost & low-risk, tentámos, nesta 2.ª incursão quantitativa, perceber quais os aspectos que mais têm contribuído para minimizar riscos e manter controlados os custos de abertura de novos mercados.

Quisemos também compreender o grau de relevância de diversas acções no desenvolvimento da actividade internacional das empresas.

Importa, neste contexto salientar que a centralidade das feiras não é transversal a todos os sectores. Se num extremo do espectro temos as indústrias [em que 65% das empresas inquiridas já participaram em feiras], o retalho [64%] e o alojamento e restauração [60%], no outro extremo temos sectores como a construção ou os transportes.
Na verdade, para cerca de 24% dos inquiridos observou-se um grau de concordância máximo com a ideia de que: «Participar em feiras com stands representa, geralmente, um investimento significativo sem retorno imediato».

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Uma actividade internacional facilitada pelo digital

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54% dos gestores referem como «muito importante» a «facilidade de identificar e comunicar com novos clientes através da internet e de plataformas digitais» e 53% afirmam essa mesma «muita importância» no que se prende com a «facilidade em consultar informação sobre mercados na internet» (percentagens para 80% e 81% respectivamente se se considerar também aqueles respondentes que referem «importante» – 4 numa escala de 1 a 5).

Mas o digital é muito mais abrangente! É quase omnipresente ao longo de todo o ciclo de relação, da prospeção de mercados, até ao pós-venda, passando pela acção comercial one-to-one. Os dados levam-nos a imaginar relações que se conseguem gerir e alimentar de forma remota, em que o contacto presencial é pontual e focado em actividades de muito elevado valor acrescentado.

 

 

A multicanalidade do ciclo de relação

Neste mundo da comunicação permanente multicanal, fomos perceber a utilização que as empresas fazem dos diferentes canais e em que momentos o fazem no decurso da sua actividade e na relação com os seus clientes. Os resultados permitem-nos perceber uma criticidade e prevalência do e-mail em toda a cadeia, com expressiva apropriação por parte dos inquiridos. O contacto presencial é outro canal reconhecidamente crítico para as empresas, sobretudo nas primeiras fases do ciclo relacional com os seus clientes,
que exigem, naturalmente, um maior envolvimento e proximidade entre as partes.

top4canais

 

O estudo InSight foi realizado pela Câmara de Comércio em colaboração com o E-Monitor e conta com o patrocínio da CGD, MDS e Yunit Consulting. O segundo inquérito anual do InSight foi executado entre 24 de Outubro e 25 de Novembro de 2017, tendo sido respondido por 761 empresas, das quais 598 internacionalizadas/exportadoras.

Aceda à versão completa do estudo aqui


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Bruno Bobone

Bruno Bobone, Presidente da CCIP, escreveu, no jornal Público, um artigo de opinião dedicado a um dos maiores desafios globais das próximas décadas, a alteração do paradigma da energia.

No seu texto, Bruno Bobone refere que “é fundamental encontrar os caminhos viáveis para reduzir as emissões de carbono, garantindo o acesso universal e a segurança energética da população mundial”, nesse contexto é essencial que os governos assumam políticas de energia de longo prazo que respondam aos reptos da transição energética.

Ao longo do seu artigo, o Presidente da CCIP fala-nos da aposta que Portugal fez nas energias renováveis e da dependência energética do exterior. Sobre a pesquisa de petróleo ao largo da costa de Aljezur, considera que “a não realização desta sondagem significaria que o país se ia dar ao luxo de ficar na ignorância relativamente a um recurso ainda tão importante para as nossas vidas e com um imenso valor económico”.

Embora defenda “com convicção que este nosso país estude, avalie e explore a possibilidade da existência de petróleo, que nos poderá trazer a capacidade de fazer a transição para uma economia mais limpa”, Bruno Bobone põe como condição que a utilização da riqueza deste recurso seja dirigida, em exclusivo, para duas linhas de investimento: uma para a renovação energética e outra dedicada à investigação e desenvolvimento da economia do mar.

Veja o artigo completo aqui.

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