UM PASSADO RECENTE EM QUE SE CRESCEU
Em 2016, foi impressionante constatar que, para mais de 40% das empresas inquiridas, o crescimento da actividade internacional verificado nos 2 exercícios anteriores (2015 e o próprio 2016) havia superado os 10% e que, para mais 19% das inquiridas, esse crescimento havia superado uns impressionantes os 20%.
Este crescimento é, em grande medida alicerçado pela contínua capacidade de somar mercados. Em 2017, cerca de 45% das empresas inquiridas entraram em pelo menos 1 mercado novo, sendo que 20% afirmam ter aberto entre 2 a 5 novos mercados.
UM FUTURO PRÓXIMO EM QUE SE PERSPECTIVA CONTINUAR A CRESCER
Esta investigação confirma o que os indicadores avançados do INE e do Banco de Portugal referem quanto aos níveis de confiança dos empresários em geral e das empresas internacionalizadas /exportadoras em particular: é elevada a confiança e alto o optimismo relativamente às perspectivas de crescimento da actividade internacional das PME para 2018 (semelhante ao que era à entrada de 2017).
Se parte do crescimento observado em 2017 se prendeu com a abertura de novos mercados, também o crescimento perspectivado para 2018, se explica, em grande medida, com o foco destas empresas em continuar a dinâmica expansão para novos mercados.
Naturalmente, os «novos mercados alvo» para 2018 são em tudo idênticos aos «novos mercados» conquistados em 2017, com os Estados Unidos (apesar do seu mood proteccionista) a liderar o ranking.
UMA INTERNACIONALIZAÇÃO EM QUE SE INVESTE
Por forma a concretizar os objectivos de crescimento a que se propõem, as empresas inquiridas vão continuar a investir na sua internacionalização, em 45% dos casos com esforços idênticos aos de 2017, e com níveis mais elevados para 43% das PME.
O gráfico seguinte permite compreender que o investimento na internacionalização é canalizado para concretizar 3 grandes objectivos: reforçar a posição em mercados em que já se actua (43% dos respondentes); promover a expansão para novos mercados; contratar mais colaboradores para a actividade internacional (% obtidas em pergunta de resposta múltipla).
Os sectores da indústria [49% afirmam que o investimento vai crescer], dos transportes [53%] e do alojamento e restauração [50%] são aqueles em que o propósito de fortalecer investimento é mais marcante, facto que se justifica pela muito positiva tendência que estes 3 sectores têm evidenciado no passado recente.
UM SUCESSO QUE DEPENDE DA CAPACIDADE DE MELHORAR CONTINUAMENTE
Com base nos resultados do 1.º inquérito InSight compreendemos que a principal vantagem competitiva que as PME portuguesas exploravam na sua actividade internacional era «a qualidade dos seus produtos e/ou dos serviços prestados» [factor então enunciado por 82% dos respondentes]. Subjacente à criticidade da qualidade da oferta, estava o reconhecimento, de que a qualificação dos recursos humanos [referida por 26%] era decisiva.
Assim se percebem as respostas dadas neste 2.º inquérito à questão: «Quais os aspectos que considera terem de ser melhorados, para potenciar a actividade internacional da sua empresa?». Constata-se um muito relevante esforço na qualificação (e aumento do número) dos recursos humanos afectos à actividade internacional, a par do propósito de aumentar capacidade, defendendo a competitividade!
A receita mantém-se: potenciar a actividade internacional passa por «aumentar a capacidade e operação», sem perder a competitividade de «preço».
O estudo InSight foi realizado pela Câmara de Comércio em colaboração com o E-Monitor e conta com o patrocínio da CGD, MDS e Yunit Consulting. O segundo inquérito anual do InSight foi executado entre 24 de Outubro e 25 de Novembro de 2017, tendo sido respondido por 761 empresas, das quais 598 internacionalizadas/exportadoras.
Aceda à versão completa do estudo aqui
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