uma plataforma entre as américas
Pela sua localização geográfica, que faz do México uma plataforma de acesso entre a América do Norte e as Américas Central e do Sul, pela solidez da sua economia e o bom ambiente de negócios que se vive no país, o México é um mercado cada vez mais atractivo para empresas e investidores estrangeiros. Para Portugal, com um volume de exportações de 198,7 milhões de euros em 2015, o México surge como o segundo maior mercado de exportação na América Latina. Um mercado de quase 124 milhões de com um PIB de 1,1 biliões de dólares, que faz do país a segunda maior economia da região, apenas ultrapassado pelo Brasil.
A multiplicidade de bons indicadores apresentados nos últimos anos reflecte-se na posição que o México hoje ocupa em importantes rankings mundiais. Em matéria de competitividade, o país encontra-se na 51ª posição no ranking do Global Competitiveness Report 2016-2017, o que significa uma subida de 6 posições face a 2015. Também o Banco Mundial reconhece os resultados dos esforços encetados para a melhoria do ambiente de negócios no país, colocando o México no 38º lugar no ranking do seu Doing Business Report 2016, subindo 4 posições face ao ano anterior.
Uma análise à evolução política e económica do país permite-nos perceber que, embora alguns riscos – que levam, por exemplo, a agência portuguesa COSEC a colocar o México no grupo 3 na sua classificação de risco-país –, o México é um país de oportunidades.
No plano político, depois de uma hegemonia de mais de sete décadas do partido Revolucionário Institucional, o México é hoje uma democracia real e estável. O Ex-presidente Felipe Calderón, do Partido de Acção Nacional introduziu um conjunto de reformas nos sectores público e privado para promover a economia e o investimento, apostando, desde logo, na criação e melhoria de infra-estruturas. O actual presidente, Enrique Peña Nieto (PRI), eleito em 2012, não parece querer romper com a trajectória que vem sendo seguida no sentido do desenvolvimento e modernização da economia. As próximas eleições estão previstas para 2018.
Apesar deste enquadramento positivo, o México apresenta vulnerabilidades que importa considerar: persistência de grandes disparidades económicas; elevados índices de violência e criminalidade (em larga medida associados ao narcotráfico); corrupção; uma máquina burocrática pesada; a complexidade do seu quadro regulamentar e a carga fiscal.