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As relações comerciais entre o Portugal e o México têm sido favoráveis ao nosso país. À semelhança de anos anteriores, Portugal encerrou 2015 com um saldo positivo: 50,9 milhões de euros. Assim foi, mesmo com uma espectacular subida de 198,8% das importações – que atingiram os 147,8 milhões de euros – face a uma descida de 0,6% das exportações – que somaram quase 199 milhões de euros. O aumento das importações em quase 200% traduz uma clara retoma das importações oriundas do mercado mexicano que desde 2011 vinham descendo a uma média de 37,4% ao ano. Este aumento traduziu-se de imediato numa subida do México no ranking de fornecedores de Portugal do 58º para o 38º lugar, enquanto no ranking de clientes subiu apenas uma posição para o 29º lugar.
Os números relativos ao primeiro semestre deste ano indicam um arrefecimento nas relações comerciais. Face a igual período do ano anterior, as exportações (92 milhões de euros) desceram 9,7% e as importações (88,7 milhões) 25,9%. Ainda assim, as empresas portuguesas parecem animadas com as potencialidades do mercado mexicano. Apenas assim se compreende o aumento do número de operadores a exportar para este mercado e que actualmente já totalizam 682. De acordo com o embaixador do México em Portugal, Alfredo Pérez Bravo, nos últimos dois anos nenhum país da América Latina recebeu tantas empresas portuguesas como o México. Nem mesmo o Brasil.
A liderar as exportações em 2015 encontraram-se as máquinas e os aparelhos (28,9%), os produtos químicos (10,4%), os plásticos e borrachas (10,3%) e matérias têxteis (9,8%). Os primeiros seis meses deste ano vieram somar a este grupo as exportações de madeira e cortiça e de metais comuns. De notar o extraordinário aumento em mais de 900% das exportações de peles e couros por referência a período homólogo de 2015.
Ainda no plano das oportunidades de negócio, considerando as reformas e planos de desenvolvimento que o México tem vindo a implementar, a área das infra-estruturas rodoviárias e da energia têm despertado o interesse de empresas portuguesas. Mas para além destes, também os sectores das infra-estruturas portuárias, componentes para a indústria automóvel – moldes, injecção de plásticos e cablagens – TIC, novas tenologias, educação e saúde assumem particular relevância. Tendo em conta o crescimento do sector aeroespacial, também aqui poderão surgir oportunidades de negócio a explorar.
Pelo potencial da economia mexicana para as empresas portuguesas, a Câmara de Comércio lança uma missão empresarial a este mercado, no próximo mês de Fevereiro. Esta missão terá o acompanhamento pessoal do Vice-Presidente da Câmara de Comércio, Paulo Portas. Se pretender ser informado em 1ª mão do lançamento do programa, clique aqui.

