Kuwait: Relações com Portugal e Potencial Exportador

Os fluxos comerciais entre Portugal e o Kuwait têm vindo a registar quebras consecutivas ao longo dos anos mais recentes, com uma taxa média de crescimento de -16,5%, entre 2013 e 2016. Mas depois de uma quebra nas trocas de quase 21% em 2015, o ano seguinte foi mais encorajador com o comércio bilateral a retrair apenas 3,7%, atingindo um total de 35,6 milhões de euros: mais de 26 milhões em exportações e cerca de 9 milhões em importações.

Dados relativos de Janeiro a Novembro de 2017 parecem confirmar esta dinâmica de recuperação. As trocas efectuadas somaram 86,0 milhões de euros, o que representou uma subida face a igual período de 2016. Mas ainda que saudado, este impulso no comércio bilateral foi alimentado pelo substancial aumento das importações em 731,3%, face a uma descida das exportações de quase 23%, o que se traduziu num saldo comercial negativo. Algo que não se verificava desde 2012. Mas esta era uma situação expectável, tendo em conta o maior dinamismo das importações, que nos últimos anos (2013-2016) vêm aumentando a uma média de 28% ao ano, contra um crescimento médio anual das exportações de apenas 4,4%.

O cada vez maior número de empresas a exportar para o Kuwait – de 158 em 2012 para 277 em 2016, o que representa um aumento de 75% em 4 anos – não tem sido suficiente para reverter este quadro e o país permanece mais relevante para Portugal enquanto fornecedor (58º lugar) do que enquanto cliente (81º lugar). Não obstante, e apesar de o Kuwait ainda não ser um mercado expressivo no comércio internacional português, há oportunidades a explorar que não deverão escapar às empresas interessadas em entrar ou consolidar a sua presença no Médio Oriente.

Os dados disponíveis mostram que no último ano, de Janeiro a Setembro, as exportações com destino ao mercado kuwaitiano foram lideradas pelos minerais e minérios (13,4%), produtos alimentares (12,9%), vestuário (8,7%), pastas celulósicas e papel (7,6%) e produtos agrícolas (7,1%). Uma estrutura que revela algumas alterações face ao ano de 2016, com um claro declínio das exportações de máquinas e aparelhos e dos metais comuns.

Em contrapartida, as necessidades em termos de importação com capacidade de resposta portuguesa em termos de produção e exportação, fazem com que o grupo dos produtos agrícolas, da madeira e da cortiça e o das peles e couros se revelam particularmente pujantes, podendo aqui encontrar-se oportunidades de negócio a explorar. Deverão também ser equacionados como nichos com potencial exportador o segmento dos ladrilhos e placas para pavimentação ou revestimentos, cubos, pastilhas etc.; alguns móveis e suas partes; gengibre, açafrão, curcuma, tomilho, louro, caril e outras especiarias; cortiça aglomerada e suas obras.

 

Evento Destaque Kuwait

Tendo em conta o potencial que este mercado do Médio Oriente pode representar para as empresas portuguesas, a Câmara de Comércio está a organizar uma missão empresarial ao Kuwait, de 5 a 10 de Março. Esta missão, à semelhança de outras organizadas pela Câmara de Comércio, centra-se em proporcionar uma experiência customizada ao perfil de cada uma das empresas que a integraram, colocada em prática em três dias de reuniões individuais com potenciais parceiros de negócios – de acordo com os objectivos e o tipo de contactos pretendido apontados pelas empresas. Consulte aqui o programa completo e reserve já o seu lugar no Kuwait!

 

 

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