Peru: Overview

O Peru é hoje um verdadeiro hub regional para a zona Este do Pacífico

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As relações privilegiadas que mantém com países fronteiriços como o Brasil e a Colômbia, primeira e terceira economias sul-americanas, a importância do porto de Callao, o 3º melhor porto da América do Sul em 2014, o carácter estável e sustentável do crescimento da sua economia, o seu posicionamento como pólo de atracção de investimento estrangeiro e os esforços encetados nos últimos anos para uma melhoria no ambiente de negócios, são outros factores que contribuem para a projecção do Peru como centro económico, comercial e de negócios na região sul-americana.

 

A diversidade geográfica do país reflecte-se na sua riqueza em recursos naturais, um dos factores potenciadores da afirmação da economia peruana. A par dos recursos piscatórios o Peru detém importantes recursos minerais. Trata-se do maior produtor de cobre a nível mundial, o 3º maior produtor de prata, zinco e estanho, o 4º maior produtor de chumbo e o 5º maior produtor de ouro. Minério de ferro e carvão são outros minerais importantes.

 

Com cerca de 1,3 milhões de km2 o Peru é o terceiro maior país da América do Sul e a sua população de quase 31,38 milhões de habitantes fazem dele o 4º maior mercado desta região. E se o 6º lugar no ranking das economias sul-americanas em 2015 – com um PIB de 192,1 mil milhões de dólares – parece não impressionar, o mesmo não poderá ser dito das suas taxas de crescimento ao longo dos anos mais recentes. Desde o desastre económico-financeiro mundial de 2008-2009, o Peru afirmou-se como a 2ª economia que mais cresceu na América do Sul, com uma taxa média de crescimento de 5,4% de 2010 a 2015, apenas ultrapassado pelo Paraguai. O clima de estabilidade política, institucional, social e jurídica, que contrasta com a tendência de países vizinhos, tem contribuído para esta conjuntura.

 

Do ponto de vista político, o ciclo de estabilidade que se tem vivido nos últimos anos iniciou-se em 2001 com Alejandro Toledo na presidência do país. Apesar de alguma contestação social que lhe custou a reeleição, o Peru nunca mais conheceria episódios de instabilidade como os do passado. Desde então, os sucessivos actos eleitorais têm decorrido dentro da normalidade democrática, permitindo a transição e alternância pacífica no poder. As eleições gerais de Abril de 2016 não foram excepção. Pelo partido de centro-direita Peruanos Pela Mudança, o economista e ex-Primeiro-Ministro Pedro Pablo Kuczynski foi o vencedor. Os mercados reagiram de forma muito positiva ao anúncio da nova liderança e a confiança por parte dos investidores foi reforçada à medida que a economia dava também sinais de ainda maior dinamismo.

 

maxresdefaultA política económica do país tem sido de abertura ao comércio e aos negócios. Dando continuidade à agenda de cunho neoliberal iniciada por Alejandro Toledo e que lançou as bases da afirmação económica do Peru, o anterior executivo de Ollanta Humala (2011-16) teve como uma das grandes apostas uma melhoria no ambiente de negócios. Uma aposta que passou pelo aumento das transferências para os governos regionais, redução dos custos de contexto das empresas, simplificação de processos administrativos, etc. Hoje, o país ocupa a 54ª posição no ranking do Doing Business Report e o 67º lugar no Global Competitiveness Index, afirmando-se com a 3ª economia mais competitiva da América do Sul. A actual liderança política deverá dar continuidade à estratégia de crescimento que vem sendo seguida.

 

Existem, porém, factores menos positivos a considerar. Subsistem deficiências estruturais críticas. As infra-estruturas rodoviárias são ainda muito deficitárias e inadequadas e as ferroviárias, quase inexistentes, são na prática pouco operativas. Os níveis de produtividade são baixos, o regime fiscal ainda é complexo e o mercado de trabalho caracteriza-se pela sua rigidez e por uma mão-de-obra pouco qualificada.

 

Enquadramento económico
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