Panamá: Enquadramento Económico

De 2010 a 2015, o Panamá foi a economia que mais cresceu em toda a América Latina, com uma taxa de crescimento médio de 7,5%. Hoje, o país figura como a 3ª economia da América Central – com um PIB estimado em 55,2 mil milhões de USD – tendo sido a segunda economia que mais cresceu nesse ano (5,2%) em toda a América Latina, apenas ultrapassada pela República Dominicana. Mas foi longo o caminho até aqui.

Desde finais da década de 90 do século XX que o Panamá tem vindo a apostar numa progressiva liberalização da economia e fomento das trocas comerciais. As grandes opções políticas reflectiram-se no domínio económico e o país começou a crescer de forma constante e sustentada, mesmo perante a inexistência de recursos naturais com potencial de exploração significativo, à excepção da energia hidroeléctrica.

A estratégia de desenvolvimento económico seguida nas duas últimas décadas passou por uma clara aposta na melhoria das infra-estruturas e do sistema financeiro e no desenvolvimento das novas tecnologias. O crescimento foi sendo impulsionado por importantes projectos de investimento que, para além do canal do Panamá e estruturas directamente associadas, incidiu na construção residencial e comercial, ajudando ao dinamismo do sector imobiliário – pelo desenvolvimento do sector dos transportes, logística, telecomunicações, sector financeiro e turismo.

Hoje, em termos gerais, a economia do Panamá está fortemente virada para o exterior e o seu grande motor é o sector dos serviços, em grande parte associados ao canal, à Zona Livre de Colón, onde se encontram mais de 3 mil empresas responsáveis por cerca de 12% do PIB, e à Área Económica Especial Panamá-Pacífico. De salientar o peso do comércio (24,5% do PIB), dos serviços de intermediação financeira (21,1%), do sector da construção (16,7%), dos transportes e comunicações (12,7%) na estrutura económica do país.

Apoiado pela facilidade de acesso ao crédito, o consumo privado tem sido outro dos factores potenciadores do crescimento económico. O Panamá é, actualmente, a economia com o maior PIB per capita da América Central.

As políticas económicas seguidas têm também tido como preocupação a diminuição do desemprego, apostando em investimentos importantes do sector público (sobretudo em infra-estruturas), no estímulo à captação de investimento estrangeiro e no incentivo à criação de novos negócios. Os resultados são visíveis, com a taxa de desemprego a situar-se em torno dos 5% nos últimos três anos, muito longe dos cerca de 14% que marcaram o início do milénio.

Apesar do quadro menos positivo vivido em países como a Colômbia e a Venezuela, 2º e 4º maiores clientes do Panamá – no primeiro caso, devido à imposição de taxas aduaneiras sobre alguns produtos provenientes da ZLC e, no segundo, pelas dificuldades crescentes que o país atravessa e que se reflectem na diminuição das suas importações – com claros reflexos nas vendas do país para estes destinos, as perspectivas económicas permanecem optimistas, com o FMI a avançar previsões de crescimento de 5,8% para este ano e acima dos 6% para 2018.

 

Overview
Relações comerciais com Portugal e oportunidades de negócio

Ser Associado da Câmara de Comércio significa fazer parte de uma instituição que foi pioneira do associativismo em Portugal.

 

Os nossos Associados dispõem do acesso, em exclusividade, a um conjunto de ferramentas facilitadoras da gestão e organização das respectivas empresas.