Ucrânia: Enquadramento Económico

A Ucrânia é um país bastante rico em terra arável e foi a partir dela que, integrada na ex-URSS, o país desenvolveu o seu sector agrícola tendo sido considerado durante longos anos o “celeiro da Europa”, produzindo uma variedade de grãos, sementes, açúcar (de beterraba), legumes, carne e leite. Mas a sua riqueza em minério de ferro, carvão, manganês, grafite, titânio, magnésio, níquel, madeira, entre outros, permitiu-lhe evoluir de uma economia de base agrícola para uma de base industrial nas suas vertentes mineira - com destaque para o ferro e o aço - química e transformadora.

Foi apenas após dissolução da URSS que a economia ucraniana começou a desenvolver-se no sentido da sua terciarização. Representando quase 69% do PIB, o sector de serviços é, hoje, o mais forte do país, destacando-se o comércio e a reparação de veículos automóveis e motociclos (16,9%), transporte e armazenagem (7,3%) e imobiliário (7,2%).

Depois de ter crescido a uma média de 7,6% nos anos que antecederam a crise de 2008, a economia ressentiu-se enormemente dos seus efeitos tendo registado uma taxa de crescimento de apenas 2,2% nesse ano e de -15,1% em 2009. A forte dependência das importações de gás natural torna a economia vulnerável às pressões da vizinha Rússia. Assim, o corte no fornecimento de gás ordenado por Moscovo nesse ano também ajudou àquele valor.

Os dois anos seguintes foram de recuperação tendo chegado aos 5,8% em 2011. Mas a forte dependência do país das exportações de aço fez com que a sua economia permanecesse vulnerável a choques exteriores, pelo que a diminuição da procura externa e a lenta recuperação da economia internacional fizeram com que em 2012 o crescimento do PIB fosse apenas de 0,2%. A incerteza sobre a sustentabilidade da política macroeconómica doméstica ajudou a esta fraca performance.

Já fragilizada, o eclodir de mais uma crise política em 2013 fez com que a economia entrasse em recessão (-0,03%) a partir de 2013. O agravamento da crise política com a invasão russa da Crimeia em 2014 veio deteriorar ainda mais a situação económica do país, com o PIB a registar taxas de crescimento negativas de -6,6% nesse ano e -9,8% em 2015.

O Outlook é de melhoria com o FMI avançar previsões de crescimento de 1,5 % já para este ano e de forma mais visível em 2017 e 2018: 2,5% e 3,0% respectivamente.

A adopção de uma política macroeconómica adequada (passando por uma política fiscal mais apertada e uma política de taxa de câmbio flexível), apoiada pela assistência do FMI, ajudaria a melhorar ainda mais as perspectivas de crescimento, aumentando a confiança dos investidores quanto à política macroeconómica do país, diminuindo assim os custos de financiamento externo. As medidas de ajustamento macroeconómico deveriam ser acompanhadas por reformas estruturais para impulsionar o crescimento económico a longo-prazo.

 

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