Mesmo com alguns desafios que ainda se colocam, a Colômbia de hoje em muito se distancia da Colômbia de décadas passadas. O país tem feito uma trajectória bastante positiva no sentido da estabilização política e da diminuição do ambiente de insegurança que tanto caracterizou o país no passado, afastando empresas e investimento internacional e comprometendo um crescimento e desenvolvimento económico significativos.
Depois de décadas de conflito entre o Governo e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC), a estabilidade política parece agora uma realidade cada vez mais próxima, tal como demonstra o encontro entre o Presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, e Rodrigo Londoño Echeverri, ou "Timochenko", o mais importante comandante das FARC. O encontro entre os dois líderes teve lugar em Cuba no passado dia 23 de Setembro e insere-se num contexto mais alargado de negociações entre as partes, iniciadas em 2012 em Havana, e intermediadas pelo presidente cubano, Raúl Castro. Este foi um encontro de enorme relevância para o estabelecimento de uma paz duradora, pois foi finalmente anunciado um acordo entre as partes que deverá ser concluído e assinado até Março de 2016.
A consolidação deste novo clima político contribuirá certamente para uma melhoria do quadro económico-comercial da Colômbia, um país que tem vindo a aproveitar o crescente posicionamento da América do Sul no âmbito da economia mundial para a sua própria afirmação enquanto actor de peso na região em que se insere. São claros os sinais que atestam que assim é.

