O novo presidente de Moçambique, Daniel Chapo, encontrou-se em Sevilha no passado dia 1 de Julho, com o presidente do Banco Mundial, Ajay Banga e com o vice-director do Fundo Monetário Internacional, Nigel Clark. Os encontros deram-se no curso da Quarta Conferência Internacional das Nações Unidas para o Financiamento do Desenvolvimento.
Chapo vai ter de lidar com a “pesada herança” do seu antecessor, Filipe Nyusi; nesta herança está incluída um dívida pública que passou o Trilião de Meticais (14,3 mil milhões de Euros), o que representa o aumento de 8% em relação aos valores de 2023. E a pobreza aumentou muito em dez anos.
Chapo é o quinto presidente de Moçambique e foi governador da península de Inhambane. Em Maio de 2024, o comité central do Partido FRELIMO escolheu-o para ser o candidato do Partido à eleição presidencial, eleição que venceu contra o seu principal opositor, Venâncio Mondlane; à eleição seguiram-se violentos protestos de rua que causaram sérias destruições em muitas empresas, parte delas pertencentes a portugueses. Há actualmente 400 empresas portuguesas em Moçambique.
Alguns observadores estrangeiros têm avaliado a nova gestão de Chapo como uma ruptura com o passado e a possibilidade de um tempo de reconciliação nacional e abertura às necessidades do povo. Na sua passagem por Lisboa, no fim de semana de 5 e 6 de Julho, o presidente moçambicano encontrou-se com o seu homólogo português e com o primeiro-ministro Luís Montenegro, a quem reafirmou o propósito de entendimento e cooperação económica, tendo recebido garantia recíproca.
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