A Instabilidade da França

O governo centrista de François Bayrou pode estar outra vez na corda bamba, depois da condenação da líder do Rassemblement National, Marine Le Pen, por um tribunal de Paris. Num momento particularmente crítico para o poder em França, com o Presidente Macron com uma popularidade muito baixa (só 21% dos franceses confiam nele) e Bayrou consegue ainda piores números – só 17% dos eleitores confiam nele – as eleições não oferecem uma grande perspectiva ao centro.

O panorama político francês está claramente dividido em três blocos: esquerda e extrema-esquerda; centro e centro-direita; direita e extrema-direita. No parlamento francês há 577 deputados; o bloco de esquerda e extrema-esquerda conta com 192 deputados, o centro e centro-direita com 251 e o Rassemblement National com 124. Uma moção de confiança votada pelos blocos da direita e da esquerda e o governo pode cair, como sucedeu com o governo de Montenegro em Portugal.

Bayrou, consciente da sua vulnerabilidade parlamentar, tem gerido uma política de ambiguidade: perante a condenação da dirigente nacionalista, afirmou-se perplexo e chocado com a declaração de inelegibilidade de Le Pen, mas ao mesmo tempo afirmou o seu “apoio incondicional” às decisões da magistratura.

Por seu turno, Marine Le Pen, não põe de parte a possibilidade da moção de censura, mas não tem, na actual situação, em que não pode concorrer, interesse em precipitar uma crise e eleições antecipadas.

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