Grécia

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Grécia

Neste artigo tem acesso a informação diversificada sobre este mercado que lhe permite ter uma visão geral sobre esta geografia e conhecer as relações que tem mantido com Portugal. 

     

Estrategicamente localizada no cruzamento entre a Europa, a Ásia, o Médio Oriente e a África, a Grécia tem a 11.ª maior costa do mundo, com 13 676 km de comprimento. Tem fronteiras terrestres a Norte com a Macedónia do Norte e a Bulgária, a Noroeste com a Albânia, e a Nordeste com a Turquia. É banhada, a Leste, pelo Mar Egeu, a Oeste pelo Mar Jónico, e a Sul pelo Mar Mediterrâneo. Tem cerca de 1 400 ilhas, das quais 227 habitadas. É composta por nove regiões geográficas: Macedónia, Grécia Central, Peloponeso, Tessália, Epiro, Ilhas Egeias, Trácia, Creta e Ilhas Jónicas.

Num cenário mundial difícil, a escalada dos conflitos no Médio Oriente, os já dois anos de guerra Rússia/ Ucrânia e as incertezas económicas, que levaram à desaceleração do crescimento em quase todo o mundo, com especial impacto nas economias avançadas, a economia grega, continua surpreendentemente a ultrapassar o crescimento do PIB da zona euro. Depois de ter passado por uma das piores crises económicas da sua história moderna, uma recessão que colocou o euro em xeque e que desencadeou uma onda de problemas socioeconómicos que quase levaram à guerra civil, volvida mais de uma década, recuperou o tão esperado grau de investimento, marcando um ponto de viragem fundamental para a sua economia. Segundo o Jornal Económico, “a Grécia – que quase deu cabo do euro – pode ser a próxima surpresa da economia europeia”. A capacidade de resistência do país e o seu empenhamento nas reformas, juntamente com a realização dos principais objectivos orçamentais, restauraram a confiança dos mercados de capitais e dos investidores internacionais.

A posição marítima estratégica e a extensa linha costeira da Grécia solidificam o seu papel no mercado mundial do transporte marítimo e dos portos, com os armadores gregos a gerir uma das maiores frotas mercantes do mundo. O país solidificou também a sua posição como destino turístico de topo a nível mundial, sendo este sector um contributo vital para a economia grega.

Portanto, apesar dos desafios que ainda enfrenta, a Grécia oferece oportunidades para empresas dispostas a lidar com as complexidades do seu mercado. A Grécia tem potencial para emergir como um centro de inovação, turismo e desenvolvimento sustentável na região do Mediterrâneo. O compromisso do governo com reformas e incentivos ao investimento é um bom presságio para as perspectivas económicas a longo prazo do país.

 

A história da Grécia moderna começou com a guerra de libertação contra o Império Otomano, nos princípios do século XIX, exatamente com o levantamento de 25 de Junho de 1821. Depois de uma primeira fase de repressão otomana, a partir de 1827 a causa dos gregos cristãos teve o apoio de grandes escritores europeus como Lord Byron e Chateaubriand. E sobretudo os russos ortodoxos intervieram a favor dos seus irmãos de crença do Mediterrâneo. O Império Otomano reconheceu a Independência grega em 1832.

As potências apoiantes assumiram se como “protetoras” e assim russos, franceses e ingleses exerceram uma certa autoridade sobre a nova nação, a quem ditaram a forma de governo – monarquia constitucional – e o rei, Otão I, filho de Luís da Baviera. Estas regras – e Otão – foram afastadas em 1862 por um golpe de Estado. Depois de alguma confusão e agitação políticas as potências negociaram com os políticos gregos um novo rei, um príncipe dinamarquês, Guilherme de Schleswig-Holstein, que reinou sob o nome de Jorge I. Uma nova Constituição, a de 1864, substituiu a existente.

Mas a história da Grécia vai viver, até hoje, da relação de vizinhança e conflito com a Turquia. Em 1913, houve um novo conflito favorável aos gregos, que anexaram a Trácia e a Macedónia, mas, em 1914, rebentou na Europa a Grande Guerra; o rei Constantino I, filho de Jorge I, favorável à Aliança com os Impérios Centrais, entrou em conflito com o primeiro-ministro Venizelos, favorável aos Aliados; isto levou à saída do monarca, substituído pelo seu filho Alexandre. Seguiu-se outro período confuso, com a coincidência da guerra mundial, das guerras balcânicas e da guerra Greco-Turca de 1919-1922, esta favorável aos turcos. E em 1924 foi proclamada a República, a I República.

A Grécia perdera a guerra contra a Turquia, agora chefiada por Ataturk. Os anos 20, os agitados anos 20 europeus, foram marcados pela consolidação dos bolcheviques na Rússia, pela vitória do fascismo em Itália, por uma série de confrontações e movimentos revolucionários e contra- revolucionários na Europa Oriental e na Península Ibérica.

Na Grécia é Venizelos quem volta ao poder e promove um movimento de modernização do Estado e da economia. Mas o país é também tocado pela radicalização entre direita e esquerda e em 1936 o general Metaxas faz um golpe militar e governa em ditadura.

E em 1941 Mussolini invade o país.

A seguir à guerra externa vem a guerra civil entre conservadores e comunistas, com os anglo americanos, já no espírito da Guerra Fria, a apoiarem o rei Jorge II contra o inimigo comunista.

Após a vitória sobre os comunistas, verão alguma estabilidade, com o país sempre minado pela dívida externa. Governaram Karamanlis (1955-1963) e Georgios Papandreu; mas em 21 de Abril de 1967, um grupo de coronéis liderados por Geórgios Papadópoulos instaurou a ditadura militar, em nome do combate à subversão comunista.

Os coronéis caem no Verão de 1974. Segue-se um governo de unidade nacional chefiado por Constantino Karamanlis, com o seu partido Nova Democracia; o Partido Comunista é legalizado. Um plebiscito na mesma ocasião aprova a República, os coronéis são julgados e condenados e a Grécia entra na CEE em 1979.

Segue-se até hoje uma certa estabilidade com uma espécie de rotativismo entre os socialistas e os partidos de centro-direita, como a Nova Democracia. De 2015 a 2019, o poder esteve nas mãos do Syriza, liderado por Alexis Tsípras; este saiu da direcção sendo substituído por Stefanos Kasselakis.

O atual governo do partido de centro-direita Nova Democracia é chefiado por Kiriakos Mitsotakis e está no poder desde Junho de 2023.

 

A Grécia foi o 34º cliente das exportações portuguesas de bens em 2023 (INE), com uma quota de 0,3%, ocupando a 43ª posição ao nível das importações (0,2%). A balança comercial de bens foi favorável ao nosso país, tendo apresentado um excedente de 43 milhões de euros em 2023.

 

Como membro da União Europeia, a economia da Grécia mostra sinais de expansão e está a ultrapassar outros países da UE. Mudou os seus salários, os impostos e o sistema de emprego. Com a crescente estabilidade espera-se um aumento do poder de compra, aumentando também as oportunidades para investimentos estrangeiros.

Embora a Grécia apresente interessantes oportunidades de investimento e crescimento, as empresas devem avaliar cuidadosamente o potencial retorno sobre o investimento e considerar fatores como a procura do mercado, a estabilidade regulamentar e os custos operacionais. Os investimentos estratégicos em sectores com elevado potencial de crescimento, como a tecnologia, as energias renováveis e as indústrias orientadas para a exportação, podem produzir retornos significativos a longo prazo.

Poderá também haver boas oportunidades de negócio na hotelaria e restauração, na indústria naval, nas tecnologias de informação e comunicação, na construção civil e materiais de construção, na gestão de resíduos e águas, nas energias renováveis, na moda e no calçado.

 

Nome oficial: República Helénica
Área: 131 990 km²
Capital: Atenas
Idioma: Grego
População: 10 397 193 (2024)
Religiões: 90% de cristãos ortodoxos. Restantes 10% muçulmanos e católicos.
Governo: República parlamentarista
Moeda: Euro
Index of Economic Freedom- Pontuação: 55.1; ranking: 113ª em 184. Status: Maioritariamente não-livre. (Heritage Foundation)
Ease of Doing Business: 79 em 190

 

A CCIP coloca à sua disposição três formas de abordar o mercado:

Peça a sua proposta através dos contactos internacional@ccip.pt | +351 213 224 067 «Chamada para rede fixa nacional»

 

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