A China e o Japão têm, por vizinhança geográfica e complementaridades das economias, uma longa tradição de relações financeiras e comerciais. Só que, nos últimos anos, a renovação das tensões China-Estados Unidos e a relevância das tensões geopolíticas, vieram ditar progressivas restrições às relações entre os dois poderes asiáticos. Isto dentro de um quadro regional que procurou sempre superar o antagonismo político, o que se viu ainda em Maio deste ano, com o encontro para a renovação dos acordos comerciais tripartidos China-Japão-Coreia do Sul.
As empresas japonesas com investimentos e presença na China têm essa experiência, à medida que foram tendo de lidar, não só com o fenómeno das restrições políticas, mas também com a subida dos custos laborais do país.
De qualquer modo, apesar de todos os obstáculos políticos – que aumentaram com a guerra Rússia-Ucrânia e com o claro apoio de Pequim a Moscovo no conflito – o Japão continua a ser o maior parceiro comercial da China a seguir aos Estados Unidos. E a razão é capaz de ser a mesma pela qual os Estados Unidos são o primeiro parceiro comercial da China…

