O presidente Cyril Ramaphosa, da África do Sul, visitou Luanda para conversações com o seu homólogo João Lourenço relativas à segurança político-militar da região.
O ponto principal da Agenda foi a situação na zona leste da República Democrática do Congo, a partir do cessar-fogo entre Kinhasa e Kigali, acordado em 31 de Julho em Luanda, através da mediação angolana.
O conflito no Leste da RDC está ligado ao chamado Movimento 23 de Março (M23), um movimento armado dos Tutsis do Norte-Kivu.
Em 2012, o M23 ocupou a região do Norte-Kivu, incluindo a capital, Goma. Apesar de terem retirado da capital, os M23 mantiveram, segundo Kinshasa, com o apoio do Ruanda, uma forte presença na região e a exploração daquele território rico em jazidas de cobre, ouro e diamantes.
Segundo as Nações Unidas, o conflito causou dois milhões de deslocados. A ONU também considera que forças ruandesas em número significativo participam nas acções do M23.
As negociações e cessar-fogo agora assinado confirmam essa participação, com os representantes do Ruanda a permitir a representação do M23.

