As declarações de Emanuel Macron na China e no regresso da China no sentido da independentização da política da França e da Europa em relação aos Estados Unidos, para além da confusão e ambiguidade que criaram em termos de solidariedade atlântica, trouxeram de volta a velha questão se é o comércio que comanda a política se é política que comanda o comércio.
Em termos de comércio de mercadorias a China é hoje o primeiro parceiro do conjunto dos países da UE; sendo o terceiro importador de bens europeus e o primeiro exportador para a Europa. Se levarmos em conta os serviços ainda são os Estados Unidos, o primeiro parceiro europeu.
Os primeiros europeus em volume de negócios segundo os números oficiais referentes a 2022, são os holandeses como o maior importador; os alemães são o primeiro exportador.
A França é um parceiro importante mas não parece ser essa a razão da cisão no concerto atlântico criada pela posição de Macron no regresso da China ao abrir uma brecha na Aliança no que respeita a Taiwan. A decisão, parecendo ressuscitar uma linha gaullista, tem sim razões políticas e os problemas internos do Presidente francês são de pôr de parte.
Além disso não esqueçamos que os submarinos nucleares franceses foram, em Novembro de 2022, à última hora, postos de parte pela Austrália a favor dos americanos.

