A crise financeira que atinge os bancos chineses poderá ter efeitos na reunião magna do Partido Comunista Chinês que, em princípio, deverá confirmar a liderança de Xi Jiping? A crise começou há cerca de um ano, ainda em plena Covid, com a gigante imobiliária Evergrande e o seu buraco de 300 mil milhões de Dólares. A partir daí, e na ausência de medias governamentais prontas, uma série de falências tem atingido o sistema.
A crise é também de confiança dos clientes das construtoras que, receosos de que as suas habitações não sejam acabadas, podem cessar o pagamento das prestações.
Assim, nas vésperas do 20º Congresso do Partido, os males económicos poderiam juntar-se à mencionada relutância de alguns dos notáveis do Partido, ligados aos anteriores presidentes em apoiá-lo.
Mas os observadores não crêem que o controlo da máquina securitária e burocrática que Xi e os seus partidários asseguraram venha a ser posta em causa hoje no início do ano 21 altos dignatários e 1237 quadros médios e médios-altos foram punidos. E na contagem de espingardas, o Presidente Secretário-Geral está bem por cima dos seus putativos opositores.

