Uzbequistão

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Neste artigo tem acesso a informação diversificada sobre este mercado que lhe permite ter uma visão geral sobre esta geografia e conhecer as relações que tem mantido com Portugal.

 

 

A República do Uzbequistão, situada na Ásia Central, faz fronteira a Norte com o Cazaquistão, a Sul com o Afeganistão, a Sudeste com o Tajiquistão, a nordeste com o Quirguistão e a sudoeste com o Turquemenistão. É composta por 12 províncias, uma república autónoma e a capital do País é Tasquente.

A língua oficial é o uzbeque, porém, por ter feito parte, durante vários séculos, do Império Persa Aqueménida e ter sido integrado, em 1924 na URSS, muitos uzbeques falam ainda persa e 15% falam russo, para além da língua oficial.

A maior parte do território do Uzbequistão é formado por planícies (cerca de 4/5 do território). Uma das principais é a planície Turanian. O ponto mais elevado do país, com 4 643 m de altitude, é o Pico Khazret Sultan, nas montanhas Pamir, na fronteira com o Tajiquistão. Tem também um dos maiores desertos do mundo, o Kyzyl Kum, situado na parte central do país.

Em termos de recursos minerais, o Uzbequistão possui gás natural, carvão mineral, petróleo, ouro, cobre, tungstênio e bismuto. A exploração destes recursos tem-se desenvolvido, numa tentativa de diminuir a dependência do país do sector agrícola.

O Uzbequistão era uma das zonas mais pobres da antiga União Soviética, com mais de 60% da sua população a viver em comunidades rurais densamente povoadas. Era o 2º maior exportador de algodão no mundo, um grande produtor de ouro e gás natural, e ao nível regional um importante produtor de produtos químicos e maquinaria. Porém, nos últimos anos, as secas prolongadas têm diminuído a produção de algodão.

O processo de transição do socialismo para a economia de mercado foi difícil e gerou desemprego e pobreza na década de 1990. Isso refletiu-se no PIB, que entre 1990 e 1998, diminuiu em média 2%. Hoje o PIB está com um bom ritmo de crescimento.

A mudança de posição do país em várias classificações económicas internacionais é um dos indicadores importantes do desenvolvimento dos processos económicos em termos de comparações globais e regionais.

O Uzbequistão ocupou o 69º lugar na classificação internacional de negócios "Doing Business 2020", subindo 7 posições, do 76º lugar. A república está também entre os 20 países de topo que fizeram progressos significativos na melhoria do ambiente empresarial.

 

 

O Uzbequistão, República do Uzbequistão, é uma das chamadas “repúblicas islâmicas” da antiga Ásia Central Soviética da ex-URSS. Foi fundada há quase um século, em 1924, como República Socialista Soviética do Uzbequistão e toda a sua história, até ao fim da União Soviética, decorreu no dualismo político-ideológico entre, por um lado, o Islão e a religião islâmica, e por outro o materialismo do Partido Comunista.

Neste quadro, e à semelhança do que fizera com a Igreja Cristã Ortodoxa na Rússia, para enfrentar a invasão alemã, Estaline, em 1941, permitiria a criação de um “Islão oficial” e colaboracionista com as autoridades de Moscovo. Também nesse tempo de invasão e conflito a Oeste da Rússia, houve uma significativa migração de russos, sobretudo de órfãos de guerra, que contribuíram para alguma russificação da população, especialmente na capital, Tasquente. E, na conjuntura do conflito, também muitas indústrias foram deslocalizadas para ali, o que trouxe uma vaga de trabalhadores qualificados.

Em agosto de 1991, com a URSS em plena crise, os dirigentes comunistas locais anteciparam-se ao fim formal da União Soviética e em setembro proclamaram a independência.

Isto aconteceu, apesar da República do Uzbequistão receber significativas ajudas financeiras de Moscovo. Mas, no rescaldo do golpe falhado de agosto de 1991, Tasquente separou-se para, no ano seguinte, aderir à CEI (Comunidade de Estados Independentes) formada por 12 das 15 ex-repúblicas soviéticas.

Todo este processo foi movimentado e liderado por um político comunista, Islam Karimov, Ministro das Finanças e Vice-Primeiro-Ministro com a URSS que, com a independência em 1991, passou a presidente da nova república, vindo a morrer no cargo em 2016. Depois da independência, o Uzbequistão adotou um regime presidencialista e o Partido Comunista do Uzbequistão (PCU) passou a Partido Democrático-Popular do Uzbequistão (PDPU); mas Karimov foi sempre reeleito com grandes maiorias até morrer em 2016.

Karimov fundou, em 2003 o Partido Liberal Democrático do Uzbequistão (PLDU) mas o PDPU, continuou a apoiá-lo. Com o seu desaparecimento, o poder passou para Shavkat Mirziyayev, que fora primeiro-ministro com Karimov entre 2003 e 2016, governando com a assembleia denominada Oliy Majlis, uma assembleia legislativa que sucedera ao Soviete Supremo da República do Uzbequistão a partir de 1995. O Oliy Majlis é, depois da reforma de 2005, uma assembleia bicameral, composta por 150 deputados da Câmara Legislativa, eleitos por sufrágio popular; e de um Senado com 100 membros, dos quais 84 eleitos pelas regiões e 16 nomeados pelo Presidente da República.

Esta transformação semântica das instituições legislativas mostra a importância da re-islamização no país, apesar de uma clara e constitucional separação da Igreja e do Estado. O próprio Karimov se referira com ênfase aos “fundamentos religiosos e espirituais” da sociedade, testemunhados, já no seu tempo, pela reconstrução de velhas mesquitas e pela construção de novas.

Foi este sentido de realismo e oportunismo, na mudança histórica do paradigma de legitimação, que inspirou a elite Uzbeque a tramitar, incólume, da federação comunista para o independentismo da soberania nacional uzbeque. Esta política foi seguida pelo sucessor do “pai da nação” Karimov, Shavkat Mirziyayev, reeleito em 24 de outubro de 2021, com 80% dos votos populares.

O Uzbequistão tem uma ligação político-diplomática forte com a Rússia, embora hoje os russos sejam apenas 2% (750.000) da população, depois de outras minorias. Mas o russo ainda é falado por cerca de 15% da população, sendo depois do Uzbeque o idioma dominante.

A maioria religiosa do país é muçulmana - 94%; há 3% de cristãos ortodoxos e uma pequena comunidade judaica.

Mas apesar de uma longa ligação a Moscovo o Uzbequistão distanciou-se das posições russas no conflito na Ucrânia, com o Ministro dos Negócios Estrangeiros, Abdulaziz Komilov, a negar-se publicamente a reconhecer como independentes as repúblicas separatistas de Luhansk e Donetsk.

 

 

O Uzbequistão tem um lugar importante na produção e exportação de alguns produtos agrícolas e minerais: é o 2º produtor mundial de cenouras depois da China, é o 6º exportador mundial de algodão e o segundo de damascos depois da Turquia, o 12º de ouro, o 15º de gás natural. A economia do país, apesar da independência da URSS e do fim oficial do dirigismo comunista, manteve, paralelamente ao autoritarismo político, o centralismo das decisões económicas.

Mesmo assim, o país registou um significativo crescimento em 2021, no seu PNB. Este PNB é nominalmente de cerca de 74 mil milhões de U.S. Dólares, mas de 335 mil milhões em termos de ppp com uma capitação correspondente, respetivamente a 2071 e 9530 Dólares.

Em termos de setores, a Agricultura representa 18%, a Indústria 34% e os Serviços 48% (valores de 2017).

As principais indústrias são do sector automóvel, têxtil, metalurgia, máquinas. Os principais destinos das exportações são a Suíça, o Reino Unido, a Rússia e a China; os principais fornecedores são a China, a Rússia, a Coreia do Sul e o Cazaquistão.

 

 

Localização geográfica: Centro-Oeste da Ásia. Fronteiras: Afeganistão, Cazaquistão, Quirguistão, Tajiquistão e Turcomenistão.

Capital: Tasquente

Território: Área total: 447 400km²

População: 34.4 milhões (2022- UNFPA- United Nations Development Fund)

Língua Oficial: Uzbeque

Moeda: Som uzbeque (UZS)

Ranking Doing Business Report: 69º (08-2020)

Index of Economic Freedom – Heritage 2022: 56/100

Competitive Industrial Performance Index - 2021: 94/152 (1+)

 

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