A Tunísia, sob o ponto de vista económico, foi um dos países mais afectados pela “primavera árabe” e ainda hoje, passados três anos da deposição do Presidente Ben Ali, não conseguiu ganhar a estabilidade que então vivia. As eleições previstas para o final do ano serão, assim, essenciais para se avaliar as mudanças em curso no país.
A estabilidade na Tunísia está contudo muito ameaçada pelo terrorismo, que tem sido fomentado a partir de grupos a operar na Líbia. Daí as já referidas operações militares levadas a cabo em conjunto com a Argélia na fronteira sul.
Apesar desta realidade, o Banco Mundial veio agora rever em alta as suas previsões de crescimento para a economia tunisina (de 2,5% em Janeiro para 2,7%), mas relembrando a importância de se implementarem reformas estruturais.
O turismo é um sector de actividade de primordial importância para a economia tunisina, representando 7% do PIB e empregando mais de 400.000 pessoas. O número de turistas tem vindo a diminuir nos últimos anos, sobretudo devido ao clima de insegurança que ainda se vive. Os recentes atentados nas montanhas Chaambi vêm, portanto, dificultar muito o objectivo de alcançar para este ano os 7 milhões de turistas.

