Para reforçar relações comerciais entre a Península Ibérica e África, nasce a Associação Iberoafricana de Câmaras de Comércio.
Foi criada a Associação Iberoafricana de Câmaras de Comércio (AFRICO) com o objetivo de reforçar as relações comerciais entre o continente europeu, com destaque para a Península Ibérica, e o africano. Lançada em Madrid no passado dia 22 de outubro, a AFRICO conta com a participação da Câmara de Comércio de Espanha, da Câmara de Comércio e Indústria Portuguesa (CCIP), da Câmara Oficial de Comércio, Indústria, Serviços e Navegação da Gran Canária, e da Federação de Câmaras de África Ocidental (FEWACCI), a qual agrupa Câmaras de Comércio de 20 países africanos.
Entre os grandes objetivos da atividade da nova entidade estão:
- Promover o estabelecimento de relações comerciais sólidas e sustentáveis entre as empresas ibéricas e africanas;
- Facilitar o intercâmbio de informação, experiências e melhores práticas entre as Câmaras de Comércio dos países envolvidos;
- Impulsionar a cooperação em projetos de desenvolvimento económico e empresarial que beneficiem estas regiões;
- Servir de plataforma para a identificação de oportunidades de negócio, a realização de eventos comerciais e a promoção de investimento;
- Estabelecer uma comunicação direta com organismos multilaterais para aproximar estas entidades às câmaras de comércio que fazem parte da AFRICO;
- Promover a segurança jurídica nas relações comerciais em cada região.
A AFRICO foi estabelecida formalmente em Madrid, na sede da Câmara de Comércio de Espanha, onde, em representação da CCIP, estiveram o seu vice-presidente, Nuno Pinto de Magalhães, e o seu secretário-geral, João Pedro Guimarães.
“A criação da AFRICO vai permitir reforçar a colaboração público-privada. Além disso, a união que se estabelece entre as câmaras de comércio de Portugal, de Espanha e de África (Ocidental e não só, estando prevista também a possibilidade de entrada dos PALOP’s, trará grandes benefícios às nossas empresas e à nossa economia”, afirma Nuno Pinto de Magalhães.
João Pedro Guimarães destaca que “este é um momento importante para a CCIP, pois marca mais um passo no sentido de uma ainda maior contribuição para o desenvolvimento das nossas empresas, abrindo novas portas e novas oportunidades, e para o crescimento da economia dos países representados”.
“O mapa geoestratégico está a mudar rapidamente e a tornar-se cada vez mais dividido entre os Estados Unidos e a China. A União Europeia tem de reforçar a sua posição no mundo e pode fazê-lo através de África e América Latina, tendo Portugal e Espanha como pontes naturais”, afirma, por sua vez, José Luis Bonet, presidente da Câmara de Comércio de Espanha.