Para as empresas que percebem que o “Business as usual”, não é suficiente, só têm duas vias para crescer: a primeira é pela inovação e a segunda, organicamente, com a aquisição de outras empresas, concorrentes ou não. A segunda opção poderá implicar iniciar um processo de internacionalização, atendendo à dimensão do mercado nacional e ambição da empresa.

 

Em qualquer das opções a definição de uma estratégia digital é fundamental.

O meu objectivo não é falar de marketing digital, mas sim de algo muito importante para estes projectos que é a gestão documental.

Ora vejamos, tal como a construção de uma casa não começa pelo teto, as empresas devem começar por organizar as suas actividades “core” ou de suporte em processos de negócio, workflows, para garantir o controlo documental e dessa forma mitigar riscos e potenciar informação de gestão em tempo útil.

Processos escritos em papel ou na intranet servem para acompanharem e regularem a actividade da empresa. Quanto melhor descreverem a actividade, maior será a eficácia e eficiência dos mesmos.

Este é um investimento que nenhuma organização pode ignorar. Controlar os processos documentais de suporte às suas actividades é, aliás, uma exigência do fisco, no particular aos elementos de prova.

Chegamos assim a uma das expressões da moda na gestão: a transformação digital, que é o correcto uso da tecnologia para potenciar, de forma significativa, a performance das empresas por meio da mudança, por vezes disruptiva, da forma como executa os processos de suporte e negócio.

Estamos a falar de uma nova abordagem da gestão onde as TI desempenham um papel fulcral.

 

A transformação digital requer uma liderança forte, competente, que domine a linguagem do IT e conheça a organização. Só assim poderá implementar as mudanças.

Depois, como em todos os projectos, é preciso afinar o scoop do projecto sobre que parte da empresa queremos transformar. É esta a missão da gestão de topo, definir uma estratégia de transformação na estrutura, cultura e processos, que irá consubstanciar-se na forma de estar no mercado junto dos stakeholders.

É fundamental lembrar que a transformação digital não é unicamente uma mudança tecnológica, ainda que seja um importante pilar. Vai muito mais além, como seja na infraestrutura, organização, liderança e num foco renovado na completa experiência dos seus clientes, recursos humanos e fornecedores. Como se deve imaginar, as novidades tecnológicas não devem desvalorizar as necessidades de preparação, comunicação e formação de pessoas.

Um projecto de transformação digital é, acima de tudo, um conjunto, de desejos, melhores resultados com menos recursos e mais rapidamente. Numa palavra: produtividade.

É assim o mundo onde vivemos, bem-vindos à Digital Transformation, feel the beat!

 

Paulo Veiga, CEO da EAD – Empresa de Arquivo de Documentação, SA

Ser Associado da Câmara de Comércio significa fazer parte de uma instituição que foi pioneira do associativismo em Portugal.

 

Os nossos Associados dispõem do acesso, em exclusividade, a um conjunto de ferramentas facilitadoras da gestão e organização das respectivas empresas.