Polónia - Enquadramento Económico

A economia polaca é a sexta maior na União Europeia, muito beneficiando da sua vizinhança com a Alemanha que para aí deslocalizou parte da sua capacidade exportadora.

 

Os benefícios são grandes para ambas as partes, já que a Alemanha encontra neste mercado uma capacidade de produção a baixo custo e de muita qualidade, enquanto a Polónia vê a sua economia crescer e basear-se numa grande capacidade exportadora.

 

A Polónia é também uma plataforma muito importante para a internacionalização de muitas empresas oriundas de diversos países europeus com destino aos mercados vizinhos da Ucrânia, Países Bálticos, Rússia e Bielorrússia.

 

O modelo de desenvolvimento da Polónia apresenta, no entanto, alguns desafios que urge enfrentar: o seu excelente desempenho económico está muito baseado nesta capacidade de oferecer uma mão-de-obra altamente qualificada a baixo custo. Contudo, este trunfo irá tendencialmente desaparecer, dado que, fruto dos bons resultados económicos e do crescimento que se tem verificado e que se espera irá continuar no futuro, a sua população tem esperança numa melhoria das condições de vida, pelo que o país não poderá continuar indefinidamente a oferecer os baixos custos de mão-de-obra que têm sido uma das suas características mais atractivas. É, assim, previsível que o actual modelo venha a evoluir para uma produção mais baseada em produtos de alta tecnologia, onde a preparação dos seus trabalhadores será mais valorizada.

 

Para que este salto tecnológico se verifique, o país terá de apostar mais no investimento em investigação e desenvolvimento, aproveitando a aposta que tem sido feita na educação.

 

Os dados da economia polaca são francamente positivos, como atestam a 43ª posição entre 144 países reconhecida pelo Global Competitiveness Report 2014-2015 e a 32ª posição no Doing Business Report 2015. Já a Cosec atribui um nível de risco 2, bastante baixo e a Heritage Foundation, no seu Index of Economic Freedom coloca-a em 57º lugar.

 

Como já referido, a economia polaca foi a única que apresentou sempre um crescimento económico acima das taxas médias da União Europeia, mesmo durante a crise, tendo o crescimento do PIB sido em 2010 de 3,9%, em 2011 de 4,5%, em 2012 de 2,0% e em 2013 de 1,6%. As previsões para 2014 apontam para um crescimento de 2,7% e para 2015 de 3,1%. A inflação no mesmo período foi de 2,7% em 2010, 4,2% em 2011, 3,7% em 2012 e 1,2% em 2013. Para 2014, as projecções são de 0,8%.

 

O desemprego atingiu em 2013 os 10,4%, um número que é considerado alto e que apresenta grandes disparidades entre o leste e o oeste. Este será, aliás, um dos desafios para o actual Governo da Polónia, ainda que se tenha verificado uma diminuição da natalidade e terem começado a surgir empresas que se queixam de não encontrar trabalhadores em número suficiente.

 

Apesar de a economia polaca estar a recuperar, a par do que acontece na União Europeia, a verdade é que está ainda muito dependente dos seus clientes a leste, nomeadamente a Ucrânia e a Rússia. Assim, a forma como evoluir o conflito entre estes países poderá condicionar o nível do seu desempenho.

 

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