A Polónia é um país já conhecido dos empresários portugueses, tendo sido por muitos escolhido para o início dos seus investimentos nos mercados da Europa Central.
A razão de tal escolha não é difícil de entender: um mercado de cerca de 38 milhões de habitantes, situado entre a Alemanha e a Ucrânia e muito bem posicionado para ser a base para a entrada nos países do Leste da Europa. A isto aliam-se factores tão importantes como a existência de uma indústria dinâmica e de uma mão-de-obra com boa formação, integradas numa sociedade estável tanto do ponto de vista político como económico.
Estas características da economia polaca foram o motor dos excelentes resultados económicos do país, que fizeram dele o único Estado-membro da União Europeia que conseguiu assegurar o crescimento económico durante a crise económica mundial iniciada em 2008. Aliás, os números só não foram melhores devido à desaceleração das importações dos seus principais clientes europeus. A conjuntura está, contudo, a melhorar e os números estão já a apontar para um crescimento estimado de 2,7% do PIB este ano.
O país encontra-se presentemente num processo de modernização acelerado, tendo sido feitos avultados investimentos em infraestruturas, nomeadamente numa rede de auto-estradas e vias rápidas e no sector das telecomunicações.
Embora os sectores tradicionais da economia polaca, como a siderurgia e a construção naval, estejam em declínio, a verdade é que o país depressa se adaptou aos novos tempos, apostando em novas áreas como o fabrico de equipamentos, as telecomunicações, os transportes e as tecnologias de informação. Acresce ainda a existência de uma agricultura dinâmica, sobretudo na produção de frutas e legumes.
O sector dos serviços é também cada vez mais importante, representando cerca de 65% do PIB, sendo de destacar o sólido sistema bancário, que se tem revelado um factor da maior importância no apoio à economia. Paralelamente, os fundos estruturais europeus foram utilizados de forma muito eficaz, tendo dado um grande contributo para a modernização do país. No quadro comunitário de apoio 2014-2020, a Polónia irá receber cerca de 83 mil milhões de euros, que serão prioritariamente utilizados no desenvolvimento das infraestruturas e no apoio às PME.
Apesar do sentimento fortemente pró-europeu que se vive no país, os polacos não estão preparados para abandonar a sua moeda nacional, o zlóti, e olham com uma certa desconfiança para a zona euro. Não se prevê, assim, que esta política vá mudar nos tempos mais próximos.

