A reunião, a 8 de Fevereiro, em Abuja, do Conselho Ministerial da CEDEAO – Comunidade Económica dos Países da África Ocidental – para discutir a saída do grupo do Mali, do Burkina Faso e do Niger, na sequência dos golpes militares, foi ensombrada por mais um problema.
O presidente Macky Saal do Senegal, a duas semanas das eleições presidenciais marcadas para 25 de Fevereiro, anunciou o adiamento destas eleições para 15 de Dezembro. Este anúncio pelo Presidente do Senegal, que tinha parecido tentado a procurar um terceiro mandato, anticonstitucional, mas que parecia agora resignado a cumprir a Constituição, lançou mais perplexidade na região. Com efeito, o Senegal era, com razão, considerado, desde os tempos do presidente Shengor, um dos poucos Estados africanos exemplares em matéria de respeito pelas regras da democracia.

