Em 2016, observámos a prevalência de modelos de internacionalização «low cost / capital light», com apenas 28% dos inquiridos a admitirem que, para a internacionalização das suas empresas, tinha sido necessário um esforço de investimento elevado.
Assim se compreendeu que, nesse mesmo 1.º inquérito do InSight, 85% das empresas tenham afirmado que os processos de internacionalização são, em geral, financiados por capitais próprios. E, assim se compreende que nesta 2.ª incursão apenas 23% dos inquiridos refiram a «dificuldade de acesso ao crédito » como uma preocupação.
Neste contexto, no que diz respeito a condicionantes impostas por factores financeiros, são sobretudo aspectos de gestão tesouraria aqueles que mais impactam as estratégias de internacionalização das PME inquiridas – 54% referiram os riscos de cobrança como sendo os principais riscos a que estão expostas na sua actividade internacional; 34% enunciaram os riscos cambiais.
Uma análise cruzada dos resultados permite concluir que estes riscos, apesar de relevantes, aparentam não ser barreiras para as actividades internacionais das PME inquiridas, estando ao seu dispor um amplo conjunto de soluções comerciais para os mitigar (na sua grande maioria independentes do sistema financeiro) – 67% dos inquiridos escolhem a moeda de facturação para anular riscos cambiais; 59% garantem o recebimento antecipado / pagamento no acto da encomenda para minimizar riscos de cobrança.
O estudo InSight foi realizado pela Câmara de Comércio em colaboração com o E-Monitor e conta com o patrocínio da CGD, MDS e Yunit Consulting. O segundo inquérito anual do InSight foi executado entre 24 de Outubro e 25 de Novembro de 2017, tendo sido respondido por 761 empresas, das quais 598 internacionalizadas/exportadoras.
Aceda à versão completa do estudo aqui
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