A balança comercial com a Coreia do Sul é largamente desfavorável a Portugal. Assim, em 2014, as exportações portuguesas para a Coreia do Sul ficaram-se pelos 65,5 milhões de euros, tendo as importações atingido os 277,4 milhões de euros.
As exportações portuguesas, por grupos de produtos, no período de Janeiro a Maio deste ano, atingiram 38,1 milhões de euros e foram constituídas maioritariamente por: plásticos e borracha (38,9%); máquinas e aparelhos (19,3%); calçado (6,3%); produtos agrícolas (5,1%); metais comuns (4,5%) e minerais e minérios (4,5%).
As importações, por grupos de produtos, alcançaram 123,4 milhões de euros no mesmo período e foram constituídas essencialmente por: plásticos e borracha (29,4%); máquinas e aparelhos (26,4%); veículos e outro material de transporte (12,7%); metais comuns (11,7%); químicos (10%) e matérias têxteis (4,3%).
No que diz respeito às oportunidades de negócios, há que estar atento ao aumento do consumo interno por parte das famílias sul-coreanas e à aposta que vai ser feita nos serviços para a nova economia digital. Estão também a aparecer no país diversas start-up tecnológicas e PME com quem poderão ser desenvolvidas parcerias para a entrada no importante mercado asiático.
O Acordo de Livre Comércio entre União Europeia e a Coreia do Sul, celebrado a 1 de Julho de 2011, veio facilitar as exportações de ambas as partes, através da eliminação progressiva dos obstáculos ao comércio e das barreiras pautais. Para as empresas portuguesas, entre os produtos que a Coreia do Sul importa, existem oportunidades de exportação de: calçado; vestuário de uso masculino; têxteis para o lar; quadros e painéis eléctricos; vidros temperados de segurança; fios de ligas de aço; barcos de pesca e velas para embarcações, entre outros.
O Ministro dos Negócios Estrangeiros, Rui Machete, realizou no passado mês de Abril uma visita à Coreia do Sul com o objectivo de fortalecer as relações, com particular destaque para as relações económicas. Fez-se na ocasião acompanhar por 16 empresários, dos sectores agroalimentar, tecnológico, turismo, madeiras e cortiças e de purificadores do ar. Trata-se, de facto, de uma relação que tende a crescer em importância.