Senegal: Enquadramento económico

A economia senegalesa está dependente da agricultura, sendo este o principal sector empregador fora das cidades. Os principais produtos agrícolas são o amendoim (que ocupa uma posição central na produção), o feijão, a mandioca, a melancia, o milho e o arroz. A pesca desempenha também um papel muito importante, o que justifica que o governo esteja a promover um combate à presença de pescadores estrangeiros em situação ilegal.

Para isso serão agravadas as multas, ao mesmo tempo que será feito um investimento nos meios de controlo, designadamente através da aquisição de navios-patrulha. Considera-se que a pesca ilegal represente cerca de 2% do PIB e esteja a afectar seriamente as reservas de peixe.

No sector secundário a mineração tem um papel importante, sobretudo através da produção de ouro e fosfatos, uma das principais exportações do país, embora existam reservas de outros importantes minerais, como o ferro, platina, cobre e níquel. É importante também a produção de óleo de amendoim e de produtos com origem no mar. Um dos principais obstáculos que o sector industrial enfrenta neste país é o preço da electricidade.

Assim, o governo anunciou já que investimentos importantes vão ser feitos no sector da energia com vista a tornar as indústrias mais competitivas. O sector terciário é o que tem maior peso no PIB.

Embora a economia do Senegal tenha vindo a apresentar taxas de crescimento inferiores à média da região, em 2014 conseguiu uma taxa de crescimento de 4,5%, prevendo-se que essa taxa aumente para perto dos 5% no corrente ano. País importador de hidrocarbonetos, tem vindo a beneficiar bastante da descida acentuada do preço do petróleo, mas o turismo tem-se ressentido da vizinhança de países atacados pelo Ébola e a agricultura tem tido resultados algo instáveis, fruto da imprevisibilidade das condições meteorológicas. Sendo um país de baixos rendimentos, depende bastante da ajuda externa.

Para combater estas fragilidades, o Fundo Monetário Internacional (FMI), numa avaliação recente avaliação feita em Janeiro deste ano, sugeriu serem necessárias reformas estruturais, um aumento das exportações e a atração de investimento estrangeiro. Consciente destas necessidades, o governo senegalês lançou o Plano Senegal Emergente (PSE) 2014-2035, que se desenvolve em três pilares: num crescimento maior e mais sustentável, na ordem dos 7 ou 8 por cento, baseado no investimento directo estrangeiro; no desenvolvimento humano e protecção social e, na melhoria da governação, paz e segurança.

Um programa vasto de modernização das infraestruturas foi lançado e alguns resultados começam já a ser vistos, nomeadamente na capital, havendo diversas grandes obras em curso. Entre elas, o novo aeroporto e o Centro Internacional de Conferências de Dakar. O “Diamniado Valley” visa criar uma plataforma industrial e de serviços, com hospitais, universidades e as sedes de diversos organismos públicos. O projecto tem o potencial para criar entre 30 mil e 40 mil empregos directos.

Paralelamente, estão a ser feitos investimentos na rede eléctrica, de forma a diminuir os custos da electricidade e, deste modo, tornar as empresas mais competitivas. Também na área do apoio às empresas e à captação de investimento directo estrangeiro, estão a ser lançadas diversas reformas visando a desburocratização e a descida do custo de criação de empresas.

O Senegal está na 161ª posição no ranking do Doing Business Report 2015, tendo estado no ano passado em 178º lugar. É uma evolução que traduz bem o esforço que está a ser feito pelo país no sentido de melhorar a sua atractividade para os negócios, elemento essencial para o seu caminho no sentido de se tornar numa das economias emergentes até 2035. O risco de crédito, no entanto, está ainda no nível 6 (1 é o risco menor e 7 o maior). No Index de liberdade económica de 2015 da Heritage Foundation, o Senegal ocupa a 106ª posição, tendo subido 2.4 pontos desde o último ano.

 

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