EUA: Enquadramento económico

A economia dos Estados Unidos, a primeira a nível mundial, baseia-se essencialmente nos serviços, sector que representa mais de três quartos do PIB e de grande parte da mão-se-obra do país.

Os Estados Unidos são também uma grande potência industrial, onde o sector secundário representa um quarto do PIB e abarca um vastíssimo conjunto de sectores. Estes vão desde a electrónica aos sectores alimentar e automóvel, passando pela poderosa indústria aeroespacial, a indústria militar e a farmacêutica. Tem também um sector energético muito dinâmico, com enormes reservas de petróleo e de gás e uma grande capacidade extractiva, que agora se amplia de forma significativa com a exploração do gás de xisto.

Finalmente, tem um sector agrícola poderosíssimo e com grande capacidade exportadora, sobretudo de milho, soja, carne e algodão.

Apesar do poderio económico norte-americano, o país foi o primeiro a sofrer os efeitos da crise financeira de 2009, que nesse mesmo ano provocou uma contracção de 2,6% na economia. Contudo, a recuperação começou depressa e em 2013 era já de 2,2% e em 2014 de 2,4%.

Embora houvesse expectativas de que esta tendência se iria manter e o ritmo intensificar-se (falava-se em potenciais de crescimento na ordem dos 3% para este ano), a OCDE veio recentemente anunciar que o crescimento dos EUA deverá abrandar este ano, ficando consideravelmente abaixo das expectativas.

O primeiro trimestre do ano, com um crescimento de apenas 0,2%, já tinha dado sinais disso mesmo, tendo-se-lhe juntado alguns indicadores menos positivos, como o facto de não ter havido o esperado aumento do consumo interno por parte das famílias que, apesar da descida do preço da gasolina, preferiram reforçar as suas poupanças. Igualmente negativa foi a quebra em 23% do investimento das empresas neste princípio de ano, aliado a uma quebra de 7,2% nas exportações, fruto de um dólar forte. A descida do valor do euro face ao dólar está também a provocar um aumento das importações de produtos europeus. O défice comercial subiu 43% em Março, tendo atingido os 51,4 mil milhões de dólares.

O facto de esta situação não estar a mudar muito no segundo trimestre, quando não existe já a justificação do mau tempo, parece indiciar que a população teme o futuro, nomeadamente perante a tendência de subida do preço do petróleo que se está a verificar (mesmo que os preços estejam ainda muito abaixo de anos anteriores). Também o facto de as empresas não estarem a proceder a aumentos salariais agrava este fenómeno.

Igualmente, ao nível da construção e obras públicas, o investimento está a cair 3,3% em Março em comparação com igual mês de 2014. Trata-se de um facto importante, tanto mais que é conhecida a situação de envelhecimento das infraestruturas no país, que precisam de urgente renovação, já que estão a provocar um aumento dos custos de transporte, penalizando desta forma os produtos produzidos localmente.

Pode afirmar-se, assim, que os Estados Unidos continuam com uma tendência de crescimento da sua economia, mas que o seu ritmo tenderá a abrandar. Havendo áreas com muito bons resultados, como o combate ao desemprego, há outras porém que merecem um maior cuidado, como a falta de investimento das empresas e a quebra no consumo das famílias. Perante este estado da economia, é previsível que a subida das taxas de juro do Banco Central dos Estados Unidos não se materialize, como esperado, nos meses mais próximos.

Quanto aos indicadores internacionais da economia americana, esta está em 3º lugar no ranking do Global Competitiveness Index 2014-2015 e na 7ª posição no que se refere ao índice do Doing Business Report 2015. O risco do país é AA (AAA sendo o risco menor e D o maior).

 

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