Procurando solucionar uma situação que tem sido debatida e seguida atentamente pela Câmara de Comércio, António Pires de Lima, Ministro da Economia, anunciou recentemente a constituição de uma linha de crédito de apoio às empresas portuguesas exportadoras ou investidoras em Angola e que tenham pagamentos retidos neste mercado.
Elaborada em articulação com o Ministério das Finanças e com a Instituição Financeira de Desenvolvimento (IFD), para esta linha de crédito serão disponibilizados 500 milhões de euros, instituindo-se um valor máximo de empréstimo de 1,5 milhões de euros por empresa. Os empréstimos terão a duração de dois anos, com um período de carência de um ano e, apesar de ainda não estar confirmado, o spread cobrado pelo crédito concedido estará entre 2% a 4%, dependendo da tipologia da empresa. A linha terá a duração de um ano mas no caso do montante não se esgotar findo este prazo, poderá ser prolongada por mais 6 meses.
A operacionalização desta linha de crédito, que deverá estar disponível em Abril, será feita mediante a assinatura de protocolos entre o Governo e a banca comercial.
De acordo com os dados divulgados recentemente, esta situação estava já em Janeiro a criar um impacto negativo nas exportações portuguesas, comprovado pelo recuo das exportações para este país de 26,4% em termo homólogos e de 32,9% relativamente ao mês anterior.

