Angola é um dos principais parceiros económicos de Portugal, sendo que os dois países atravessam um dos melhores momentos no seu relacionamento bilateral. Presentemente, mais de 9 mil empresas portuguesas exportam para Angola, havendo ainda 2 mil empresas angolanas participadas por capital português. O número oficial de expatriados portugueses em terras angolanas é de 150 mil.
Angola ocupa já a 5ª posição como cliente de Portugal de bens e serviços (4ª se atendermos apenas à exportação de bens), estando na 7ª posição como fornecedora de Portugal.
O saldo das trocas comerciais com Angola é, no presente, largamente favorável a Portugal, muito por causa da quebra do preço do petróleo.
Quanto às exportações de Portugal para Angola por grupos de produtos, e de acordo com dados do INE, são de referir as máquinas e aparelhos (25,9%), os produtos alimentares (16%), os metais comuns (11,8%), os produtos agrícolas (7,9%) e os químicos (7,2%) entre outros. Em sentido inverso, as importações de Portugal provenientes de Angola por grupos de produtos foram constituídas basicamente por combustíveis minerais (99,7%).
As exportações portuguesas para Angola, em 2014, totalizaram 3,176 mil milhões de euros, sendo que as importações vindas de Angola foram no valor de 1,606 mil milhões milhares de euros.
Importa finalmente referir que muitas oportunidades de negócio existem ainda para as empresas portuguesas, nomeadamente no já antes referido sector das infraestruturas, com destaque para as águas, dada a grande potencialidade de Angola neste domínio, bem como a distribuição de energia. Outros sectores como a educação (uma das prioridades do governo), a saúde, o imobiliário, as tecnologias da informação e a agricultura apresentam-se também como excelentes oportunidades de negócio.
As exportações portuguesas têm ainda grandes potencialidades em áreas como a dos medicamentos, equipamentos eléctricos, ferro e aço, torneiras e válvulas e outro material de construção. Também no sector da alimentação tem havido uma crescente procura dos produtos portugueses.
Alguns sectores, contudo, poderão sofrer com a recentemente anunciada quota máxima de importação de produtos básicos em 2015, que vai afectar alguns produtos como o óleo, farinha, arroz, açúcar, sumos, água e cerveja. Esta quota máxima rondará os dois milhões de toneladas e irá afectar certamente as exportações das empresas portuguesas desta área.
Também em sectores como o da construção prevê-se que venha a haver uma redução do número de obras na ordem dos 54%, sendo que o governo angolano irá definir as prioridades para o próximo futuro.

