Mobiliário: Design e Exportação

A indústria portuguesa de mobiliário tem vindo a apresentar um crescimento contínuo a todos os níveis, nomeadamente na forma como se tem posicionado como um dos sectores exportadores nacionais mais dinâmicos e importantes.

 

red-sofa-josephine 6Para estes resultados, o sector teve de enfrentar um processo de reestruturação muito profundo, procurando sobreviver à crise e adaptar-se aos novos tempos e às novas exigências do mercado.

A verdade é que se trata de um universo de cerca de 5,200 mil empresas, onde a maior parte é constituída por pequenos negócios com não mais do que dez trabalhadores e que estavam muito vocacionados para o mercado nacional e para nichos muito específicos.

A globalização e a crise global que nos assolou nos últimos anos levou a que estas empresas tivessem que se adaptar aos novos tempos para poderem sobreviver. A nova estratégia passou, assim, por se virar para o exterior e encontrar aí os mercados que estavam a perder a nível interno com o aprofundar da crise.

Trata-se de uma indústria que está também muito concentrada a nível regional, sobretudo em torno dos concelhos de Paços de Ferreira e Paredes, onde encontra os trabalhadores qualificados necessários ao seu desenvolvimento, sendo que emprega cerca de 30.000 pessoas.

Esta indústria tem vindo a constituir-se num dos sectores exportadores mais competitivos a nível nacional, sendo que as suas vendas ao estrangeiro aumentaram, em 25 anos, de um volume de 10% do negócio para os 80% actuais.

As exportações do sector cresceram entre 2009 e 2013 a um ritmo médio anual de 8,9%.

Segundo dados do Instituto Nacional de Estatística, as exportações deste sector no período de Janeiro a Setembro de 2014 tiveram um aumento de 13%, comparativamente com o período homólogo do ano anterior, alcançando os 1,025 mil milhões de euros.

Para estes excelentes resultados muito contribuíram os 271 milhões de euros de vendas a França (27% do total de exportações neste período) e que é o nosso principal cliente, os 269 milhões exportados para Espanha (26%) e os 102 milhões comprados por Angola (10%). Refira-se contudo que alguns mercados têm vindo a assumir crescente importância, como é o caso do Reino Unido que cresceu 156% em relação ao período homólogo. Também os EUA, os países árabes ou a China apresentam grandes possibilidades para a expansão do negócio. O total das exportações cresceu 16% face ao mesmo período de 2013, tendo atingido os 434 milhões de euros.

Os resultados agora obtidos e o potencial de crescimento futuro só foram possíveis graças a uma notável capacidade de adaptação dos empresários do sector. Esta adaptação fez-se através de uma renovação das técnicas de gestão, que lhe deram a capacidade de responder às solicitações do mercado, de se desenvolver do ponto de vista tecnológico e de aproveitar melhor as capacidades humanas existentes. Ao mesmo tempo criou-se uma verdadeira “cultura do design”, criando produtos apelativos e adaptados aos diferentes mercados, finalmente houve a ousadia necessária para o lançamento de campanhas de divulgação no exterior. Uma evolução enorme, operada num muito curto espaço de tempo.

Ser Associado da Câmara de Comércio significa fazer parte de uma instituição que foi pioneira do associativismo em Portugal.

 

Os nossos Associados dispõem do acesso, em exclusividade, a um conjunto de ferramentas facilitadoras da gestão e organização das respectivas empresas.