As relações económicas bilaterais podem-se classificar como muito positivas, tendo vindo a crescer ao longo dos anos. Assim, são já 9 mil empresas portuguesas a exportar para Angola, sendo que as trocas comerciais entre os dois países em 2013 ultrapassaram os 5 mil milhões de euros. Angola ocupava já a 5ª posição como destino de Portugal de bens e serviços, estando na 7ª posição como fornecedora de Portugal.
Quanto à estrutura das exportações para Angola por grupos de produtos, e de acordo com dados do INE, são de referir as máquinas e aparelhos (26,5%), os produtos alimentares (14,5%), os metais comuns (11,7%), os químicos (7,4%) e os produtos agrícolas (7,2%), entre outros. Em sentido inverso, as importações de Portugal provenientes de Angola por grupos de produtos foram constituídas por combustíveis minerais (99,7%), máquinas e aparelhos (0,1%), madeira e cortiça (0,1%) e produtos agrícolas (0,1%).
As exportações portuguesas para Angola, em 2013, totalizaram totalizaram 3,112 mil milhões de euros, sendo que as importações vindas de Angola foram no valor de 2,632 mil milhões de euros (INE), o que mostra que, embora a balança comercial seja favorável a Portugal, o diferencial tem vindo a diminuir e caminha no sentido de um equilíbrio. Contudo, as estatísticas referentes ao primeiro semestre de 2014 apontam para um abrandamento das importações angolanas em Portugal. Neste período, Portugal exportou 1,713 mil milhões de euros, enquanto as importações com origem em Angola não excediam os 983 milhões de euros, uma variação respectivamente de 1,0% e -46,1% referente ao período homólogo de 2013. São dados que traduzem o período de crise que se vive, mas que tenderão a alterarem-se no futuro.
Por fim, há que referir que existem ainda muitas oportunidades de negócio para as empresas portuguesas. Destacam-se o já antes referido sector das infraestruturas, com especial enfoque para as águas – dada a grande potencialidade de Angola neste domínio – bem como a distribuição de energia e, também outros sectores como a educação (uma das prioridades do governo), a saúde, o imobiliário, as tecnologias de informação e a agricultura.
As exportações portuguesas têm ainda grandes potencialidades em áreas como a dos medicamentos, equipamentos eléctricos, ferro e aço, torneiras e válvulas e outro material de construção. Também no sector da alimentação tem havido uma crescente procura dos produtos portugueses.

