Continua activa a guerrilha jihadista no Norte de Moçambique, com os terroristas islâmicos a erguerem barreiras de controlo, barragens/portagens nalgumas estradas do distrito de Macomia em Cabo Delgado. O contingente militar da SADC (Comunidade de Desenvolvimento da África Austral) irá retirar-se, dentro de três meses. Entretanto o contingente de tropas ruandesas, de cerca de 3000 homens, deverá continuar por tempo indeterminado.
É conhecida a dificuldade das forças moçambicanas, sozinhas, manterem o controle da situação. Mas por razões político-ideológicas alguns dirigentes do partido FRELIMO, não querem recorrer a forças estrangeiras que consideram ser humilhante para o país e o presidente Filipe Nyusi teve de desenvolver grande argumentação para os convencer a aceitar tal assistência.
Estes ataques no cerco dos meses de Fevereiro e Março, causaram grande terror na região. Em nota publicada em Lisboa no jornal Eclesia, o bispo de Pemba, D. António Juliasse, em mensagem a Fundação Ajuda à Igreja que Sofre, fala num “autêntico êxodo populacional” na região de Chiúre com as populações em fuga para o Sul, para a vizinha província de Nampula.
Assim a tragédia humanitária junta-se à paralisação do investimento no LNG do off-shore de Cabo Delgado, com as empresas Total e Exon-Mobil aguardando a pacificação para e retomar e iniciar as suas operações.

