No rescaldo das eleições parlamentares polacas, os partidos da oposição do Centro, Centro-Esquerda e Esquerda Radical obtiveram maioria sobre os partidos Lei e Justiça, no poder actualmente, e o Konfederacja (Confederação) nacionalista radical. O Lei e Justiça obteve 35, 48% dos votos populares, que lhes devem assegurar 194 lugares em 460 (em 2019 os resultados tinham sido 43,6%). Os seus 194 lugares, mais 7,2%, ficam aquém da maioria.
Os partidos Coligação Cívica, do ex-Presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, Terceira Via e Esquerda, tiveram no seu conjunto 248 lugares (157+65+26), o que lhes dá uma maioria absoluta no Parlamento. Mas para isso terão de formar uma geringonça, já que aquilo que os separa, em questões importantes como a liberalização do aborto (em que a Coligação Cívica é moderada e a Esquerda radical) é significativo, e a coligação assentou unicamente na rejeição do Lei e Justiça.

