Marrocos

Marrocos tem sido tradicionalmente um dos países mais estáveis da região e o que melhor se adaptou à “primavera árabe”, promovendo uma série de reformas e uma abertura política que permitiram, nomeadamente, a chegada ao poder de um partido islamista moderado.

A sua política externa e económica deixa de estar tão virada para o Mediterrâneo e para a Europa e começa a olhar crescentemente para o continente africano – África Subsahariana – e para o Atlântico, numa abertura ao mundo que lhe permitirá olhar para as economias em ascensão e desempenhar o seu papel de país charneira entre continentes e entre o Atlântico e o Mediterrâneo.

A capacidade de adaptação que o país tem demonstrado permitiu-lhe continuar a crescer apesar da instabilidade regional e da crise internacional que afectou o seu principal fornecedor e cliente: a Europa. Assim, em 2013 a economia marroquina cresceu 4,7% impulsionada sobretudo pelo consumo interno e pelo investimento público, sendo que o crescimento do consumo das famílias foi de 4%. Importante foi também a existência de um bom ano agrícola e o aumento do turismo em 2% (contrariamente ao que tem acontecido a outros países da região). A inflação ficou-se pelos 1,9%. Permanece, no entanto, o problema do desemprego jovem, que cresceu 19,1% em igual período.

Para 2014 as previsões não são tão optimistas e para tal contribui certamente um ano agrícola mais fraco e um declínio nas exportações de fosfatos (que se está a tentar contrariar olhando crescentemente para as necessidades do continente africano, sobretudo nos grandes países do Sul). Assim, as previsões apontam para um crescimento na ordem dos 3,5% e com uma inflação a rondar os 2,5% (The Economist Intelligence Unit).

Apesar deste abrandamento do crescimento, o país moderniza-se, apostando em novas indústrias que tragam um valor acrescentado sob a forma de tecnologia e inovação: é o caso da indústria automóvel e da indústria aeronáutica, duas actividades já desenvolvidas no país, mas que agora são alvo de grandes investimentos susceptíveis de criar um bom número de postos de trabalho. Também a actividade portuária tem vindo a ser impulsionada e já neste ano, no seu primeiro semestre, o tráfego de contentores no porto Tânger Med cresceu 24%.

O Salão Aeronáutico de Farnborough foi recentemente local para a assinatura de duas convenções entre Marrocos e duas companhias de aviação, no valor de 45 milhões de euros, e das quais resultará a criação de mais de 500 empregos. É também importante ter presente que Marrocos fabrica componentes aeronáuticos para a Airbus, Boeing, Bombardier e Dassault, num sector que representa já 5% das exportações.

É igualmente importante referir a “Estratégia de Aceleração Industrial 2014-2020”, visando a criação de um novo tecido empresarial de PME industriais, que venha a constituir num factor de aumento da competitividade e de emprego para os jovens que saem das faculdades. Estas PME são consideradas essenciais para o fornecimento à indústria nacional e também para apoio às empresas estrangeiras que pretendam investir no país.
A modernização da economia marroquina oferece diversas oportunidades a um país vizinho como Portugal, havendo ainda muito a fazer para aprofundar as relações económicas bilaterais.

 

ARGÉLIA 

LÍBIA 

MARROCOS

MAURITÂNIA

TUNÍSIA 

Ser Associado da Câmara de Comércio significa fazer parte de uma instituição que foi pioneira do associativismo em Portugal.

 

Os nossos Associados dispõem do acesso, em exclusividade, a um conjunto de ferramentas facilitadoras da gestão e organização das respectivas empresas.