A Líbia foi porventura o país mais afectado, de forma negativa, pela “primavera árabe”. Se inicialmente se assistiu a um movimento libertador com a queda do regime de Kadhafi, depressa se viu surgir uma guerra civil entre uma multiplicidade de milícias que ameaçam o funcionamento do Estado e cuja continuidade poderá levar, em última análise, a uma intervenção da comunidade internacional.
Este clima de guerra civil tem, aliás, permitido que se desenvolvam no país diversas actividades criminosas ligadas ao tráfico de armas, estupefacientes e imigração clandestina. Ao mesmo tempo, a ISIS – Estado Islâmico do Iraque e al-Sham – já anunciou a intenção de criar uma célula no país que possa estar na base de uma futura conquista do Norte de África.
O país está, portanto, afastado das rotas de investimento internacional, não se esperando para breve uma estabilização favorável à criação das condições necessárias para um normal desenvolvimento económico. A própria produção e comercialização do petróleo, a principal riqueza do país, tem estado crescentemente ameaçada pelos ataques das milícias.
Portugal, tal como outros países ocidentais, suspendeu temporariamente a actividade da sua Embaixada no país.

