As negociações sobre o acordo de livre comércio (ALC) entre a União Europeia (UE) e a Tailândia deverão ser finalmente retomadas depois de uma interrupção que se prolongou por cerca de 5 anos, no seguimento do golpe de Estado de 2014 e consequente instauração de um regime militar que levou a UE a suspender as negociações. Mas o novo Executivo tailandês quer o país de volta à mesa das negociações e prepara-se para convencer o bloco comunitário de que está preparado para o efeito.
No seguimento dos acordos assinados entre a UE e países vizinhos (Vietname e Singapura), também o governo tailandês quer negociar a liberalização do acesso ao mercado europeu, diminuindo as actuais barreiras a que estão sujeitas as importações europeias. Já a UE estará particularmente interessada num maior acesso ao sector automóvel, dos medicamentos e bebidas - sectores nos quais muitas empresas europeias já estão a investir, mesmo sem um ALC - entre um vasto conjunto de outros produtos e serviços. Em 2018, o comércio bilateral entre a Tailândia e a UE atingiu cerca de 47,3 mil milhões de USD, um crescimento de 6,5% face a 2017. Um possível acordo irá potenciar ainda mais o dinamismo que já caracteriza as trocas comerciais entre as partes.

