Situado na vertente atlântica de África, o Senegal é o Estado mais ocidental do continente. A região onde se insere, a África Ocidental, é uma das que apresenta maior potencial de crescimento em toda a África, factor que desperta a atenção de qualquer investidor interessado no mercado africano, principalmente no actual quadro regional onde o Senegal tem vindo a assumir um papel de crescente relevância em termos políticos, económicos e comerciais, neste caso a que não será alheio a importância estratégica do porto de Dakar.
No plano político, apesar do complexo dossier do movimento separatista de Casamansa, o Senegal é hoje um dos países de referência em toda a África subsariana, apresentando-se ao investidor estrangeiro como uma das mais sólidas democracias africanas, distanciando-se de alguns dos seus vizinhos mais directos, actualmente marcados por fenómenos de instabilidade política e, em alguns casos mesmo, por ambientes de violência que inviabilizam o crescimento económico e desencorajam o investimento externo. Um quadro que ao longo da última década tem levado muitas empresas privadas e instituições internacionais a deslocar o centro das suas operações para a capital do país, Dakar. Situação que ajudou ao desenvolvimento do sector dos serviços - numa economia tradicionalmente apoiada no sector agrícola - estimulando fortemente o crescimento económico.
Neste plano, depois de décadas de instabilidade macroeconómica, com registo de grandes oscilações entre períodos de crescimento negativo e outros de maior expansão, o Senegal entrou numa fase de maior estabilização – ajudada por um vasto programa de reformas e planos de ajustamento estrutural, apoiados por instituições financeiras internacionais –, inicialmente com taxas de crescimento encorajadoras mas não extraordinariamente impressionantes, mas que, de forma paulatina e sustentada, foram dando lugar a um crescimento mais pujante, cada vez mais expressivo, colocando o Senegal na rota das economias emergentes com maior potencial de desenvolvimento no contexto africano.
Longe da realidade do passado, nos últimos cinco anos (2014-18), a economia senegalesa foi a 3ª que mais cresceu entre as economias da África Ocidental (a uma média anual de 6,5%) e a 6ª em todo o continente. Um crescimento fortemente alicerçado num programa de investimento em infra-estruturas, numa evolução favorável do sector agrícola e no aumento da produção industrial, alimentada principalmente pela indústria de fosfatos.
Com um PIB estimado em 25,32 mil milhões de USD para 2019, o Senegal deverá permanecer a 4ª maior economia da África Ocidental (depois da Nigéria, Gana e Costa do Marfim). Valor que reflecte uma previsão de crescimento de 6,9% até ao final do ano. Uma vez mais, a 3ª maior taxa de crescimento na região e a 6ª em toda a África.
Com as projecções a apontarem para uma expansão do PIB ainda mais significativa (8,5%) durante os próximos cinco anos (2020-2024), é no Senegal que os analistas vêem as mais altas expectativas de crescimento, colocando o país no 1º lugar entre todos os mercados africanos. Por outras palavras, nenhuma economia deverá crescer tanto como a economia senegalesa no futuro próximo. O Outlook é indubitavelmente muito positivo.
FACT BOX: SENEGAL
Localização geográfica: África Ocidental, entre a Mauritânia (Norte) e a Guiné-Bissau e a Guiné (Sul), fazendo ainda fronteira com o Mali (Este), e a Gâmbia - faixa territorial, que vindo também do Atlântico (Oeste), se estende por aproximadamente 10.000 Km2 pelo centro do Senegal, provocando alguma descontinuidade territorial.
Capital: Dakar
Território: 192.530 Km2 (área terrestre)
População: Entre 15,850 (BM) e 16,209 milhões (est. 2019, Agence Nationale de la Statistique et de la Démographie du Senegal)
Língua: Francês (oficial) e dialectos locais (Wolof, Pular, Jola, Mandinka, Serer, Soninke)
Moeda: Franco CFA Ocidental
Ranking Doing Business Report 2019: 141/190 (- 1 posição)
Global Competitiveness Index 2018: 113/140 (-2 posições)
Index of Economic Freedom-Heritage 2019: 117/180 (+ 0,6 pontos)
PIB taxa de crescimento real: 6,9% (est. 2019, FMI)