Estados Unidos da América: Overview

Novos desafios não escondem oportunidades

No actual momento em que os Estados Unidos da América, liderados por Donald Trump e pela sua Administração, são encarados por muitos como os grandes causadores da inquietação política, económica e comercial que se vive no mundo - neste último plano, com crescentes divergências na política comercial entre os EUA, a China e a UE a justificarem um clima de pré-guerra comercial cuja responsabilidade tem vindo a ser atribuída exclusivamente ao presidente norte-americano - parece difícil olhar para o país como destino a privilegiar pelas empresas nas suas estratégias de internacionalização. Os receios entendem-se numa primeira análise, mas são muitos os factores que subsistem (e subsistirão) que continuam a fazer do país um mercado com potencial para as empresas portuguesas.

O seu inigualável posicionamento estratégico, a vastidão e riqueza dos seus recursos naturais (petróleo, gás natural, carvão, minérios, entre muitos outros), a sua dimensão (3º país mais populoso do mundo), o peso da sua economia (1ª no ranking mundial), a sua enorme competitividade, o elevado número de oportunidades e a presença de quase todas as grandes multinacionais fazem dos Estados Unidos um dos mercados mais atractivos em todo o mundo. Assim é, também pelas características favoráveis do ambiente de negócios no país, fortemente marcado pelo empreendorismo, liberdade económica, capacidade de inovação, dinamismo, volume de negócios, baixos custos energéticos e uma legislação laboral pouco restritiva. Acresce que, em termos de poder de compra (PIB per/capita), os EUA são um das economias mais ricas do planeta.

O país é líder em serviços financeiros, tecnologias de informação e uma das economias mais desenvolvidas tecnologicamente. Uma economia de serviços (80% do PIB), mas onde a indústria também desempenha um papel essencial (18,9% do PIB). De notar, aliás, que os EUA apresentam uma das indústrias mais diversificadas em todo o mundo, encontrando-se nos lugares de topo no ranking da produção de automóveis, produtos electrónicos, da indústria aeroespacial, electrónica, farmacêutica etc. Embora pouco expressivo, o sector agrícola é, ainda assim, um dos mais desenvolvidos tecnologicamente, apresentando altos níveis de produtividade.

Do ponto de vista da evolução da economia, desde a crise de 2008-2009 que o país tem vindo a recuperar, ainda que lentamente. Depois de um crescimento a uma média de 2,2% entre 2010 e 2015, o ano seguinte foi de abrandamento com uma subida do PIB de apenas 1,5%. Mas o último ano foi mais encorajador (2,3%) e as perspectivas são positivas com o FMI a avançar uma média de crescimento de 2,8 para 2018 e 2019, alimentada pelo consumo privado, aumento do investimento público e privado - com efeitos positivos no emprego - e pela descida de impostos sobre as empresas e rendimentos mais elevados.

Existe, todavia, algum nível de incerteza quanto à capacidade e sustentabilidade desta recuperação, por força de um conjunto de desafios internos (elevada dívida pública, possibilidade de redução do investimento no sector extractivo etc.) e externos, nomeadamente pela tendência proteccionista da actual Administração. Mas não obstante os riscos, existem factores mitigadores e oportunidades que continuam a merecer ser equacionadas.

 

Localização geográfica: América do norte entre o Canadá (Norte) e o México (Sul), os Oceanos Atlântico (Este) e Pacífico (Oeste)
Capital: Washington
Território: 9.147. 593 Km2 (área terrestre) - 4º maior país do mundo
População: 326.625.791 (WFB est. 2017) - 3ª maior mercado do mundo
Língua: Inglês (oficial)
Moeda: Dólar USA
Ranking Doing Business Report 2018: 6/190 (+2 posições)
Global Competitiveness Index 2017/2018: 2/137 (+ 1 posição)
Index of Economic Freedom-Heritage: 18/180 (+ 0,6 pontos)
PIB taxa de crescimento real: 2,9% (est. 2018, FMI)

 

Riscos e Oportunidades
Relações com Portugal e potencial exportador

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