Apesar das oportunidades de negócio, a importância das Filipinas nos fluxos comerciais de Portugal é ainda relativamente diminuta e conheceu bastantes oscilações ao longo da última década. As trocas entre os dois países têm por isso alternado entre períodos de maior crescimento e períodos de clara retracção, com o último ano a registar uma diminuição na ordem dos 10,8%, totalizando pouco mais de 34 milhões de euros.
Acresce, que o crescimento médio do comércio bilateral nos últimos cinco anos foi de apenas 12,3%, o que significa que muito há ainda a fazer para reforçar as relações comerciais entre os países – relações que têm sido mais favoráveis às Filipinas, com a balança comercial a apresentar sucessivamente saldos negativos para Portugal. O último ano não foi excepção, tendo-se registado o pior saldo desde 2013. Isto, apesar de as importações terem crescido apenas 0,5% (total de 24,8 milhões de euros). No entanto, as exportações diminuíram 31,2%, somando 9,4 milhões de euros apenas.
O aumento do número de empresas exportadoras para as Filipinas nos anos mais recentes (subida de 70% entre 2012 e 2016 para 151 operadores) não tem sido suficiente para reverter esta tendência para saldos negativos e em finais do primeiro semestre de 2017 as Filipinas continuavam a ter maior relevância enquanto nosso fornecedor (82º lugar) do que enquanto cliente (96º lugar).
Ainda assim, este é um mercado com potencial exportador para muitas empresas portuguesas apostadas numa maior internacionalização orientada para geografias mais a oriente. Que o digam as empresas de vestuário, matérias têxteis, calçado, peles e couros, pastas celulósicas e papel ou até de produtos químicos que entre 2016 e o primeiro semestre de 2017 viram as suas exportações com destino ao mercado filipino aumentarem entre os 220% e os 460%.
Além dos sectores identificados, as necessidades de importação do país com capacidade de resposta em termos de produção e exportação por parte de empresas portuguesas fez com que as máquinas e aparelhos, a madeira e a cortiça, os combustíveis minerais, os metais comuns e os minerais e minérios liderassem as exportações para as Filipinas nos primeiros cinco meses de 2017, atestando o potencial exportador destes sectores.
A Câmara de Comércio tem estado atenta ao potencial de negócios que a economia filipina pode representar para as empresas portuguesas. Depois do seminário Exportar & Investir: Filipinas do passado mês de Dezembro, a Câmara de Comércio está a organizar uma missão empresarial a este mercado, com o objectivo de promover negócios entre empresas portuguesas e filipinas. A missão terá lugar de 24 a 30 de Março e, caso tenha interesse, poderá pré-inscrever-se gratuitamente até dia 23 de Fevereiro. Consulte o programa e não perca esta oportunidade de garantir o seu lugar neste novo tigre asiático!

