Em grande parte fruto do clima de insegurança que tem vindo a marcar a região nos anos recentes, o ritmo de crescimento do comércio bilateral entre Portugal e a Jordânia tem vindo a abrandar sucessivamente desde 2012. O ano de 2015 foi de clara retracção, quando os fluxos comerciais entre os países diminuíram 24,3%, contra um crescimento de 5,2% no ano anterior. Contudo, as perspectivas são optimistas pois dados preliminares relativos a 2016 revelam uma clara retoma das trocas comerciais, ao crescerem 36,6% face a 2015.
Por enquanto, este relacionamento tem vindo a traduzir-se numa balança comercial positiva para Portugal. Contudo, e pese embora uma muito maior oscilação anual no comportamento das nossas importações, em termos gerais, estas têm registado uma taxa de crescimento manifestamente superior à das exportações: 145,2% vs. 8,3% entre 2012 e 2015. O ano de 2016 veio confirmar esta tendência com as exportações (pouco mais de 34 milhões de euros) a crescerem apenas 18% contra 164% das importações (11,2 milhões de euros).
Este maior dinamismo das importações é também visível na evolução da Jordânia enquanto parceiro comercial de Portugal. Se de 2011 para 2016 a posição da Jordânia entre os nossos clientes se manteve inalterada (64º lugar), o mesmo não se passa no ranking de fornecedores, no qual o país passou do 123º lugar para o 95º no mesmo período considerado.
Em 2015, ano que 173 empresas portuguesas venderam os seus produtos para o mercado jordano, a lista destas exportações foi liderada pelos produtos químicos, pastas celulósicas e papel, metais comuns, máquinas e aparelhos, minerais e minérios. Uma estrutura que conheceu uma ligeira alteração em 2016 (entre Janeiro e Novembro), com a subida para o top cinco das exportações de produtos agrícolas, cujas vendas à Jordânia aumentaram cerca de 370%.

Existem outros nichos e oportunidades de negócio a explorar pelas empresas portuguesas, principalmente tratando-se do grupo de electrogéneos e conversores rotativos eléctricos, produtos de vestuário, calçado, produtos alimentares, com especial destaque para o arroz, peles e couros.
Reconhecendo o potencial de negócio da economia jordana para as empresas portuguesas, a Câmara de Comércio está a organizar uma missão empresarial a este mercado, agendada de 29 de Abril a 4 de Maio. Esta missão contará com o acompanhamento pessoal de Paulo Portas, Vice-Presidente da Câmara de Comércio.
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