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Artigo de Bruno Bobone, Presidente da CCIP, na sua rúbrica semanal no Diário de Notícias.

Estamos a dois dias de saber qual será a próxima solução governativa para Portugal. Provavelmente a grande maioria dos eleitores já sabe em quem vai votar e quais são as suas expectativas sobre o resultado final.

É exatamente neste momento, em que ainda está tudo por decidir e em que tudo pode acontecer, que é indispensável pensar sobre aquilo que queremos fazer a partir de segunda-feira.

Seja qual for a solução encontrada, vamos todos ter de voltar a trabalhar, a estudar, a produzir. Seja qual for a solução que nos aconteça, há coisas que são fundamentais e essas não podem deixar de ser realizadas.

Temos de voltar a lutar por continuar a crescer, a encontrar caminhos para melhorar a vida de todos os portugueses, de encontrar soluções que sejam criadoras de oportunidades, que criem trabalho e que construam riqueza pois, seja qual for o governo, nós não poderemos contar apenas com as suas políticas para chegarmos aonde temos de ir.

Há demasiado tempo que dependemos do Estado para fazer o nosso caminho. É tempo de nos tornarmos independentes e de fazer o Estado depender de nós.

Compete a todos e a cada um escolher aquilo que quer para a sua vida e não podemos nem devemos abdicar desse nosso enorme direito e poder.

Mandar na minha vida, ser dono das minhas decisões. É isso que me faz ser uma pessoa, um ser humano que quer fazer um caminho e encontrar uma razão para viver.

Pois é nesta convicção que eu apelo hoje a todos, nas vésperas de sabermos quem ficará com a responsabilidade de liderar o governo de Portugal, que decidamos para nós próprios qual é a nossa escolha sobre o que vamos fazer nos próximos quatro anos, independentemente das opções partidárias que venham a acontecer.

E é aos empresários que mais apelo, pois são aqueles que mais capacidade têm para assumir as suas decisões, e que mais coragem devem ter para seguir os seus caminhos sem se colocarem na dependência de ninguém.

Diz o Papa Francisco, também tido e achado pelos candidatos desta campanha eleitoral, que ser empresário é ter uma nobre vocação.

E é assim porque ao empresário foi dado o dom de saber juntar os recursos de uma forma eficiente para criar os produtos que fazem falta às populações e assim criar riqueza que deve permitir a essas populações viver melhor.

Mas é também uma vocação nobre porque lhe dá a vontade de estar sempre a encontrar soluções para vencer as dificuldades que se apresentam no seu caminho.

Ora, nestes tempos que se avizinham e independentemente de quem for eleito para governar, temos várias dificuldades para enfrentar.

Temos uma economia que temos de relançar, temos um desenvolvimento que temos de atingir, temos um capital que temos de empregar de uma forma eficiente e temos um povo castigado pelo medo que tem de voltar a viver.

Tudo isto poderá beneficiar mais ou menos da política de quem nos governar, mas hoje é o dia de decidir o que vamos fazer sem depender dessa condição.

O dia de decidir que vamos mandar na nossa vida, de que vamos ter a coragem de lutar pelo que acreditamos, seja qual for a solução com que tivermos de viver.

É hoje o dia em que podemos todos crescer como pessoas e tornar-nos detentores de uma nobre vocação.

A vocação de sermos livres, autónomos, independentes, responsáveis e donos da nossa vida.

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